Love out of lines 🔞
Capítulo Único.
Leitora/ Chuck (God)
Aviso: É hot mas é light
***
Ouvi meu celular tocar, era tarde e eu já estava deitada na cama, exausta depois da uma caçada especialmente cansativa à um Djinn. Pensei em não entender, mas o infeliz era persistente.
Levantei e fui tateando pelo escuro atrás do objeto, acabei encontrando-o no meio de uma pilha de roupas e o atendi:
- Alô... AH PORRA! - gritei depois de tropeçar em alguma coisa no escuro e bater com o joelho na bairada da cama.
- S/N! É assim que fala comigo? - Reconheci a voz de Dean, meu irmão mais velho.
- Vá se foder, Deanno - Respondi, sentando na cama e acendendo o abajur, massageando meu joelho. - Olha a hora que é agora, o que você quer?
- Minha irmãzinha... - Resmungou ironicamente. - Eu e Sam estamos com um problema, precisamos viajar por alguns dias. Pode fazer um favor para nós?
- Tudo bem - Concordei, deitando novamente. - No que precisa de mim?
- Conhecemos um profeta, ele aparentemente corre perigo então não podemos carregar ele por ai com a gente e também não podemos abandona-lo. Fica de olho nele para nós?
- Um profeta? - Pergunto, bem surpresa com a novidade.
- Isso ai - Confirmou. - Vamos deixa-lo na sua casa amanhã cedo. Só tenta não assustar ele.
- Assustar? Como assim?
- Você me entendeu.
- Vá se foder - Digo revirando os olhos.- De um beijo em Sam por mim.
- Sem chances, Maninha - Ouvi ele rindo.
- Babaca.
- Também amo você, S/a.
Desliguei o aparelho e voltei aos travesseiros, planejando dormir o máximo que pudesse. Parece que arrumei um trabalho de babá.
~~
Eu estava tendo um sono tranquilo e maravilhoso até a campainha tocar e irritantemente penetrar minha mente.
Acordei em um susto caindo da cama e ficando por alguns instantes encarando o teto.
- Ain...
Outra vez a campainha tocou, estava ficando sem paciência. Levantei tentando manter a calma e peguei minha calça encima da poltrona, saindo do quarto enquanto tentava vesti-la. A campainha do satã continuou tocando e me irritei de verdade.
- Eu já to indo, cria do demônio, não consegue esperar não desgraça?
Gritei descendo as escadas e tropeçando nos últimos três degraus, e outra vez acabei de costas no chão, encarando o teto.
- Ain...
Repeti. Novamente a campainha. Eu juro que vou matar quem quer que seja!
- O QUE FOI INFERNO? - Gritei abrindo a porta e me deparando com meus irmãos e mais outro cara. Ele tinha olhos azuis muito bonitos e cabelos bagunçados que o deixavam com um ar meio de maluco.
- Calma, S/n. O que foi isso? - Sam perguntou.
- Ah. São vocês - Falo, pondo a mão na cabeça, eu havia esquecido completamente. - Desculpa, eu... não é um bom dia.
- Percebemos, você esta um caco - Dean riu.
- Bom ver você também, Dean - Resmunguei. Ele sorriu e me abraçou, Sam também me abraçou.
- Obrigada por aceitar esse favor, Pequena - Sam sorriu, acariciando minha cabeça.
- O que vocês não me pedem sorrindo que eu não faço chorando.
- S/n, esse é Chuck - Dean apresentou. - Chuck, essa é nossa irmã S/n. Espero que ela não te deixe louco até voltarmos.
- Não garanto nada - Falei. Dean piscou para mim e beijou minha testa antes de seguir para o carro. Sam também se despediu de mim e foi embora.
- Entra, Chuck - Falei, dando espaço para que ele entrasse.
Ele entrou e eu fechei a porta. Ele era bem quieto.- Não acredite em nada do que os meus irmãos disseram, eu sou a mais normal da familia.
Ele sorriu, um sorriso muito bonito por sinal.
- É, e a mais bonita também.
- Obrigada - Agradeço sorrindo. Ele estava flertando comigo, não deixava dúvidas, eu estava parecendo um espantalho.- Já tomou café? vem comigo.
Fomos para a cozinha e eu preparei algumas coisas para comermos, estava querendo perguntar a ele sobre a coisa da profecia, mas não sabia como.
Ele tamborilava sem parar os dedos na mesa.
- Está ansioso? - Perguntei, tomando um gole do café.
- Tenho ansiedade... e alguns outros problemas também - Respondeu. Dei um sorriso leve.
- Tudo bem, eu também tenho muitos problemas. Se conhecesse a história da minha vida acharia que a sua é um mar de rosas.
- Eu conheço sua vida - Falou. Encarei seu rosto, confusa.
- Conhece?
Ele explicou que escrevia livros, mas não sabia que eram histórias reais, sobre minha vida e a de meus irmãos, chamavam Supernatural.
- Você não tinha ideia de que era real? E você você publicava elas?! - Perguntei, chocada.
- Não... eu achava que eram sonhos, ilusões, você sabe. Coisas criadas pela minha cabeça. Eu nunca teria publicado se soubesse da verdade.
- E você continua tendo esses sonhos?
- Continuo, eles nunca param - Falou. Fiquei com pena dele, Chuck parecia bastante abatido. Ficamos alguns minutos em silêncio e então me levantei.
- Você deve estar cansado. Eu conheço meus irmãos, Dean gosta de pegar a estrada bem cedo e não quero nem imaginar a hora que você acordou.
Peguei em sua mão e segui até as escadas, subindo para o segundo andar. Chegamos no quarto ao lado do meu.
- Seu quarto.
Ele sorriu outra vez e senti meu estômago revirar.
- Você é muito gentil.
- Seria legal se todos pensassem assim - Falei, dando um meio sorriso.
Ele entrou no quarto e eu dei meio volta, entrando no meu próprio, feliz por ter a chance de dormir mais.
~~
Acordei por volta das duas da tarde. Não tinha nenhum sinal de Chuck pela casa, então deduzi que ele estivesse no quarto. Já fazia um tempo desde que o deixei no quarto, então fui checar se estava tudo bem com ele.
Bati algumas vezes na porta e não houve resposta, achei isso bem esquisito, então abri a porta sem que ele respondesse, já que estava aberta.
- Chuck...?Tudo bem aqui?
Ele levantou a cabeça, surpreso e até sobressaltado.
- Ah... sim, eu estou bem.
Respondeu, gaguejando e com pausas longas. Ele estava debruçado sobre várias folhas de papéis, estava escrevendo alguma coisa.
- O que esta escrevendo? - Perguntei curiosa, me aproximando da escrivaninha. Chuck recolheu as folhas rapidamente, evitando que eu as pegasse.
- N-não é uma boa ideia - Falou, ficando de pé.
- E por que não? É mais uma das suas histórias sobre mim e meus irmãos?
- Tecnicamente - Respondeu, recuando até se encostar na parede.
- Se é sobre mim eu tenho o direito de ler, não acha?
- Talvez... é só que...
- Não, Chuck. Eu quero ler.
Fui até ele e tomei as folhas de sua mão e comecei a ler.
- Por que escreveu isso? - Perguntei quando acabei, olhando-o estagnada.
- Não foi de propósito, eu sonhei com isso, não consigo controlar.
- Sonhou com isso? - Eu o encarei.- Nós mal nos conhecemos. Como já pode sonhar com isso?
- Eu não sei, não sei como controlar - Respondeu, repetindo.
- Oh, nossa - Falei, relendo alguns trechos. Admito que ideia não era ruim, mas parecia uma loucura, já que eu nem o conheço praticamente.- Se Dean encontra um negocio desses ele vai pirar.
- D-Dean?
- Isso ai, Dean, meu irmão. O cara que quase atirou no meu namorado de colégio só porque ele apertou minha bunda no baile. E, qual é, era um baile! - Dei de ombros.- Tanto faz. Dean é super ciumento. Ele pensa que sou a princesinha da familia Winchester e devo me manter casta para sempre. E já que nosso pai não esta aqui, a função de cuidar disso é dele. Só a ideia de que eu possa ter dormido com alguem o deixa possesso. E isso aqui...
- Ta. Eu entendi - Chuck me interrompeu, agora ele parecia assustado.
- Tudo o que você escreve acontece? - Perguntei, curiosa.- Tipo... tudo mesmo?
- Até hoje nunca errei.
Soltei o ar e cocei minha nuca, um pouco, muito, desconfortável. Eu não via meios de o que Chuck escreveu viesse a se concretizar, mas aparentemente iria. Deixei as folhas na mesa e me retirei do quarto, buscando ar para me ajudar a pensar.
Desci as escadas, pensando em modos de evitar que aquilo acontecesse. Não que eu estivesse querendo evitar por saber que meu irmão ficaria doido. Dean não tem nada a ver com isso. Tem a ver comigo. Eu nunca... bem, nunca transei com ninguém. E minha primeira vez ser com um completo desconhecido que escreve coisas sobre a minha intimidade e pública por ai, é sem duvidas a coisa mais bizarra.
Chuck é um cara bonito, sem duvidas atraente. Mas eu não estou pronta para dormir com alguem, muito menos com ele. E, meu deus, ele até escreveu como vai ser. Eu vou me sentir em um filme porno, e aquela droga é o roteiro!
Eu só preciso fazer tudo ao contrário do que ele escreveu, certo? Esta escrito que vou para a cozinha, okay, sem cozinha para mim.
Dou a volta e subo para meu quarto, fechando a porta e me mantendo longe de Chuck. Eu me sinto de certa forma "violada" pelo que ele escreveu, talvez sem isso, só as coisas fluindo naturalmente, nós tivéssemos até uma chance, mas não assim.
Deitei-me na cama e estranhamente não senti nenhum sono, e eu sempre estou com sono.
Passei um tempo ali, até ouvir um batida tímida na porta:
- S/n?
- Não podemos nos ver, Chuck.
- Precisamos conversar.
- Eu sei onde essa conversa termina. Não vai rolar.
- Okay... só... me desculpe. Eu não queria que você lesse por esse motivo. Não posso evitar, quando os sonhos chegam, eu só escrevo. Sinto muito se você ficou magoada ou...
- Droga, por que você é assim tão fofo?! - Perguntei, irritada abrindo a porta e dando de cara com Chuck encostado no batente. Seus olhos azuis se arregalaram de supresa.
- E-eu fofo?
Perguntou, apontando para o próprio peito.
- É. Droga, você parece um filhote de cachorro - Falei, suspirando derrotada.- Escute, não é que eu tenha ficado magoada, eu só fiquei em choque entende? Eu nunca... nunca transei com ninguém antes, então quando li aquilo... ai, você já entendeu.
Eu estava totalmente vermelha e constrangida.
- Eu sei. Você nunca encontrou ninguém que fosse o certo - Chuck falou, o tom não era debochado como geralmente os caras usam.
- Como você sabe?
- Profeta, lembra? - Ele deu de ombros.
Soltei um suspiro.
- É, meio difícil de não lembrar - Resmunguei. - Vem, vamos comer alguma coisa.
Sai do quarto e ele me seguiu.
- Achei que fosse fazer tudo ao contrário do que tinha escrito - Ele comentou.
Droga, ele tinha visto essa parte também?
- Nada vai acontecer se eu não quiser - Falei.- Nem se Deus tivesse escrito aquilo, a menos que eu queira, não vai rolar.
Chuck deu um sorrisinho de canto e me seguiu enquanto eu ia para a cozinha.
Preparei algo para comermos e também peguei uma garrafa de vinho. Algo que nunca faltava na minha casa era álcool.
- Você não é como os seus irmãos - Ele comentou enquanto me observava preparar a massa. Eu adoro cozinhar, e uma das minhas atividades favoritas, resolvi preparar então uma massa italiana.
- Como assim? - Perguntei, curiosa.
- Sam e Dean... eles caíram de cabeça na caçada. Não consigo imagina-los com uma residência fixa, cozinhando ou coisa assim.
- Eles, sobre tudo Dean, sempre foram mais fiéis ao negocio da familia. Sam, tentou negar por um tempo, mas esta no sangue. Eu caço também, mas não com a mesma frequência, não é bem a minha praia.
- Eu sei - Ele sorriu.
- Tem algo sobre mim que você não saiba? - Perguntei, olhando-o feio para ele.
- Acho que não.
- Cor favorita?
- Roxo.
- Comida favorita?
- Pizza.
Parei por um minuto e pensei.
- Programa de TV favorito?
Ele riu.
- Friends.
- Ah, qual é - Reclamei, me encostando no balcão.- Não da para brincar com você.
- Desculpe - Ele disse, rindo ainda mais.- É inevitável.
Balancei a cabeça em negação mas acabei rindo. Chuck era engraçado, mesmo quando não fazia nenhuma piada. Seu jeito meio doido era encantador.
Me voltei para a tarefa de cozinhar e comecei a pensar sobre ele. Nunca encontrei um cara que tivesse tanta empatia, nunca mesmo, ele me fazia querer saber cada vez mais sobre ele e ficar perto dele o tempo todo. Isso é bem estranho.
Servi uma taça de vinho para mim e depois para ele, e me sentei ao seu lado enquanto a massa cozinhava.
- Obrigada - Ele agradeceu.
Pisquei com um dos olhos e tomei um gole. Lembrei de algo que eu já deveria ter perguntado.
- Mas e então... quem ta perseguindo você?
- Parece que são demônios.
- Mas se você é um profeta, não pode prever aonde eles estão e se esquivar?
- Eu teria que viver na estrada para isso - Ele disse.
- É, tem razão - Digo. Era isso o que eu e meus irmãos sempre fazíamos. Levantei e voltei para o balcão para terminar a comida.
~~
- Você é tao sem graça - Falei, tentando barrar a risada que se seguiu. - Geralmente preencho o silêncio com alguma historia engraçada das minhas caçadas. Mas, droga, você já conhece todas!
- Se isso te conforta, seria legal ouvir de você. Tenho certeza que algumas coisas eu não vi direito.
Pensei um pouco:
- Las Vegas? - Perguntei.
- Lembro perfeitamente.
- Malibu?
- Também.
- Oh, Deus. Não deixe que meus irmãos descubram isso - Falei rindo e encostando a cabeça em seu ombro. Já tínhamos terminado de comer e fomos até a sala nos sentar. Consequentemente abri outra garrafa de vinho e acabamos nos aproximando mais.
Comecei a entender que aquilo não era nada forçado ou artificial, estava tudo muito natural.
Paramos de rir e passamos à nos encarar. De repente meu celular tocou.
- Inferno - Resmunguei antes de pegar o aparelho no bolso.- Alô!
- S/n, tudo bem? - Sam falou.
- Tudo ótimo. Como vão as coisas?
- Bem, como sempre. Dean só me infernizou para ligar, sabe como ele é.
- Sei - Concordei.- Diga a ele que esta tudo bem e para nos deixar em paz.
- Desde que ele me deixe em paz - Sammy resmungou.- Certo. Tchau, pequena.
- Tchau, Sammy -Falei.
Desliguei o aparelho e o coloquei encima da mesa.
Me virei para Chuck, com uma expressão decepcionada.
- Isso acabou com o clima, não foi? - Falo.
Ele sorriune aproximou o rosto do meu, seus olhos azuis fixados no meu rosto.
- Não para mim.
Ele alcançou meus lábios e me beijou devagar.
- Droga, por que você tem que ser tão fofo? - Falei, rindo baixo me lembrando que já tinha dito isso mais cedo. Envolvi seu pescoço com os braços e o beijei.
Chuck envolveu minha cintura com as mãos. Quando suas mãos me puxaram para seu colo, quebrei o beijo sem conseguir conter um pequeno ataque de risos.
- O que foi? - Chuck perguntou, confuso.
- Digamos que não estou acostumada com isso - Murmurei.- E eu começo a rir quando fico nervosa.
Chuck pos uma mecha dos meus cabelos atrás da minha orelha e segurou meu rosto.
- Não tem porque ficar nervosa, S/n - Falou, aproximando o rosto do meu.
- Sou uma idiota.
- Não, não é - Disse voltando a me beijar. Retribui seu beijo, levando minhas mãos até seus cabelos e afundando meus dedos nos fios.
Chuck se inclinou até me deitar no sofá e ele estar por cima de mim, ele começou a beijar os cantos da minha boca, depois minha mandíbula, pescoço... busto.
Arfei quando as mãos dele penetraram minha blusa, suas palmas em contato com minha pele já quente causaram uma sensação próxima a um choque elétrico. Ainda sem tirar os lábios da minha pele, Chuck voltou a subir seus beijos até retornar aos meus lábios.
Levantei os braços para me livrar da minha camisa. Sentei-me no sofá e subi outra vez em seu colo, começando a desabotoar sua camisa.
Comecei a beijar o pescoço dele, ouvindo-o suspirar baixo.
- Como...- Ele começou a falar, quando comecei a movimentar meu quadril sobre o dele.
- Eu disse que nunca tinha feito, não que não sabia como se faz - Respondi, antecipando sua pergunta e cobrindo seus lábios com os meus, para que ele não falasse mais.
Eu estava certa de que era aqui que eu queria. Aos poucos vamos nos livrando de nossas roupas, deixando-as que elas caíssem ao lado do sofá. Outra vez Chuck deitou-se por cima de mim, com sua barba roçando na minha pele e me causando espasmos prematuros. Deslizei minhas unhas pelas costas até seus ombros, cravando-as alí quando Chuck me puxou para seu quadril e senti seu volume. Fechei minhas pernas envolta de sua cintura. Lentamente, e sem quebrar o contato visual, Chuck me penetrou.
Em momento algum senti dor, apenas um leve encomodo inicial inicial que logo desapareceu. Um ritmo se estabeleceu, rápido, enquanto eu o arranhava para que fosse mais forte, Chuck preferiu torturar-me. Ele cobriu meus lábios com os dele, abafando meus gemidos e eu os dele.
Chuck apertou minha cintura e me puxou com mais força contra si, joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, percebendo que a qualquer momento eu chegaria ao ápice. Ele precisou me penetrar apenas mais duas vezes para que eu alcançasse o nirvana.
Chuck estocou pelo menos outras três vezes para que ele chegasse ao mesmo estado que eu, apertando meu corpo contra o dele próprio e beijando meu pescoço.
Deitei no sofá, sobre o peito dele, me dando conta de algo:
- Não foi como você escreveu - Falei.- Foi diferente.
- Foi como tinha que ser.
- Você disse que nunca errava - Observei.
Chuck sorriu antes de depositar um beijo na minha testa.
- Parece que errei hoje - Ele riu.Esperei que meu telefone tocasse, pois meus irmãos pareciam ter um dispositivo "empata foda", já que sempre ligavam nos momentos mais inoportunos. Mas o celular não tocou. Para meu alívio.
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