I don't will let you
Capitulo Único.
Leitora/Lúcifer
***
2 de Abril, 2009.
— Eu vou falar com ele.
Sam, Dean, Bobby e até Castiel me encararam como se eu fosse algum tipo de maluca.
— Perdeu a cabeça?
Meu irmão mais velho pergunta. Dean aos poucos muda sua expressão de incrédulo para furioso.
— Claro que não, mas acho que se eu for o plano pode funcionar.
— E por que você acha isso?
— Ela pode ter razão – Castiel falou antes que eu pudesse dizer algo.– Lúcifer quer o Sam. Ele nunca o machucariam, mas também nunca o deixaria ir. E você, Dean, ele te odeia. Mataria você sem pensar duas vezes. Já S/n, ela é neutra.
— Está sugerindo usar a nossa irma como isca para o Satã? – Sam perguntou.
— Ela sugeriu, eu só estou dizendo que não é uma ideia tão ruim assim.
— Alguem aqui quer saber meus motivos da minha boca? – Pergunto aborrecida por ninguém me permitir falar.
— Não – Sam e Dean disseram e uníssono.
— Você não vai a lugar nenhum – Dean completou.
— Você não manda em mim,sabia?
— Ah, eu mando sim.
— Parem de discutir – Sam logo cortou.– S/n, você sabe o quanto é perigoso um confronto direto com Lúcifer. Não podemos permitir que você vá, ainda mais sozinha.
— Ele não vai me machucar – Falo. Sam e Dean não sabem, mas tenho sonhado com Lúcifer nas ultimas semanas em praticamente todas as noite. Eu não sei se é algo da minha cabeça ou se tem influência dele, mas algo me diz que eu preciso encontra-lo, que isso é a única forma de concertar tudo.
— Você não tem como saber – Boby falou pela primeira vez.– S/n, é uma ideia absurda.
— Eu posso estar errada, ou posso não estar. Não vamos saber se eu não tentar. Lúcifer não vai me machucar, eu sei.
— Não, a resposta é não – Dean decidiu.– Você vai ficar aqui, e se eu sonhar que você esta está planejando fugir e ir atrás dele para tentar qualquer estupidez que seja...
— Vai me bater? Me por de castigo? Vai fazer o que? Tirar meu celular me fazer dormir antes da oito? você não é meu pai, Dean, e você não manda em mim. Eu tenho vinte e seis anos, cai na real!
— Eu estou tentando proteger você, evitar que faça uma burrice que se machuque, ou pior. Eu sou seu irmão mais velho, pode me ouvir pelo menos uma vez na sua vida?
— Pode me tratar como uma adulta capaz de fazer as próprias escolhas pelo menos uma vez na vida?
— Não vamos chegar a lugar nenhum com vocês brigando desse jeito – Sam mais uma vez interrompeu nossa discussão. – Nós precisamos encontrar uma saída.
— É impossível ter qualquer conversa produtiva com ele! – Aponto para Dean.– Ele é teimoso como uma mula. Eu estou exausta de tentar.
Me afasto dos quatro e pego minha mochila que estava encima da escrivaninha de Bobby.
— Espera, S/n, aonde você vai? – Sam veio atrás de mim.
— Eu só vou ficar um pouco sozinha, Sammy, eu preciso pensar e me acalmar.
— Prometa que não vai fazer nenhuma loucura.
— Sammy...
— Prometa, pequena.
— Ta bem, eu prometo – Falo, sorrindo levemente e recebendo um abraço apertado de meu irmão.
Começo a me afastar e aceno para ele me despedindo outra vez. Entro no meu carro, um camaro 68 preto, que esta estacionado ao lado do Chevy impala 67 do meu irmão e arranco com o carro para fora do ferro velho de Bobby.
~~
Já estava escuro e eu não havia feito nenhuma parada. Minha cabeça estava a mil e eu não conseguia pensar em nada que não fosse a conversa de mais cedo com meus irmãos.
Falar com Lúcifer não me soa uma ideia tão estúpida assim, mas olhando pelo ângulo deles
... talvez eu não deva.
— Eu não uma ideia ruim.
Olhei para o lado e pisei bruscamente no freio, parando o carro, mas não antes que derrapasse por vários metros, no acostamento.
Eu estava encarando um homem loiro e sorridente no banco do passageiro. Soltei rapidamente o cinto de segurança e puxei minha arma.
— Abaixa essa coisa, não vai fazer efeito alguém em mim.
— O que você é? Um demônio, um...
— Você sabe quem sou eu – O homem piscou para mim e sorriu malicioso. De repente me veio a memoria uma lembrança desse sorriso, no sonho. Ele é Lúcifer.
— Como me encontrou? – Perguntei abaixando a arma. Ela não teria efeito algum em um arcanjo tão poderoso, eu só desperdissaria munição.
— Você anda pensando muito em mim ultimamente. É como um chamariz.
Eu o atrai até mim? Ah, merda. O que eu faria agora? Estou com Lúcifer no meu carro e não consigo formular uma frase coerente.
— Temos a noite toda, Baby, não se preocupe com o que dizer agora.
— Você está lendo minha mente?
— Talvez – Disse com um biquinho nos lábios. Ele se sentou melhor no banco e se voltou para mim, focando seus olhos claros no meu rosto.– Mas não tenho me saido muito bem.
— O que quer dizer com isso?
— Você faz muitas perguntas, não é? Eu reparei essa peculiaridade nos mortais.
— Bom, geralmente quando se tem o próprio carro invadido, nós fazemos alguma perguntas.
— Eu deveria esperar que você parasse em algum lugar?
— Não. Você nem deveria ter vindo atrás de mim.
— Por que não? Você queria me vêr.
— Eu não queria, eu... ei! como você sabe disso?
Ele estava me espionando a quanto tempo?
— Eu estou aonde querem que eu esteja, S/n – Falou, se aproximando de mim. Lúcifer tocou a lateral de meu rosto e eu me encolhi, apesar de seu toque ser extremamente quente e reconfortante, meu extinto foi me afastar. – Não tenha medo de mim.
— Eu não tenho medo de você – Falo. Eu estava me sentindo como em um dos meus sonhos. Aquela atração esquisita estava presente e eu só queria fugir, por e um força ainda maior me fazia permanecer submissa ao seu toque. – Eu tenho medo de mim e do que eu posso fazer.
— E o que você pode fazer?
Senti sua outra mão tomar posição em minha cintura. Eu não respondi, pois estava totalmente petrificada, mal respirava.
— Por que você é tão diferente deles?
— Deles? – perguntei, encontrando minha voz.
— Dos macacos que chama de irmão – Ele deu uma risada e sua respiração bateu em meu pescoço. – Por que você é diferente.
— Ninguém é igual.
— Não é a resposta que eu quero.
— É a única que você vai ter.
Ele riu de novo.
— É isso que me fascina. Não age com cautela, você não sente pavor.
Olhei para seu rosto e encontrei um largo sorriso.
— Você não é como dizem. Não parece ser tão terrível assim – Digo.– Nem mesmo tem chifres.
Sua gargalhada preencheu o carro.
— Eles acham que eu estou louca – Falo, encostando minha cabeça no banco e fitando seu rosto.– Por querer falar com você. Eles não entendem... acham que estou sendo inconsequente.
— Talvez seja uma ideia ruim para eles – Lúcifer deu de ombros.– Alem de você e da casca que Sam pode me proporcionar, não a nada que me impressa de matar todos eles.
Viro o rosto e afasto sua mão.
— Se pretende machucar minha família, vá embora.
— Prefere que eu minta? – Perguntou, aborrecido.– Eu quero ser sincero com você.
— Por que? Por que esta me seguindo e entrando nos meus sonhos? Se no fim vai matar todos nós?
— Não você – Ele negou, segurando meu rosto e puxando-o para que eu o olhasse.– Quero você comigo, do meu lado, comandando. Você tem força, tem... tem algo que nunca vi em milênios.
Ele aproximou tanto seu rosto do meu enquanto falava que nossos lábios quase se tocaram. Ergui minhas mãos, colocando cada uma de um lado do rosto dele.
— Você me trouxe até aqui – Conclui, percebendo como tudo se encaixava perfeitamente.
— Achei que nunca perceberia.
Ele sorriu antes de unir nossos lábios.
Ele estava me beijando calmamente, mas eu acelerei. A lembranças dos sonhos que me perseguiram por semanas explodiram em uma onda de adrenalina. Fui arrastada para longe da minha bolha por meu celular tocando. Lúcifer se afastou, ele ainda sorria enquanto me observava pegar o celular e atender.
— Dean?
— Hey, S/n...– Meu irmão falou. Sua voz soou aliviada.– Que bom que atendeu. Está tarde, você não apareceu...
— Eu estou bem, se é o que quer saber – Digo, ansiosa.– Estou voltando agora.
— Aonde você foi?
— Pensar, Dean. Eu estou voltando. Tchau.
Desliguei o celular e guardei no bolso. Encarei a estrada escura, sem olhar para Lúcifer.
— Nos vemos amanha?
— Não – Digo.– Claro que não.
— Não comece a se flagelar. Você gostou, e muito.
— Você me manipulou para me trazer até, quer matar um dos meus irmãos, possuir o outro e destruir o mundo. Como acha que eu deveria estar me sentindo?
— Você precisa enxergar alem disso. Assim como me enxergou alem de tudo o que diziam a meu respeito.
— Você me manipulou!
— Não. Eu só apareci porque você me deu espaço, S/n. Você me chamou.
— Eu nunca te chamei.
— Durante a noite. Você me chamava, foi assim que encontrei você.
Fiquei em silêncio. Eu não acredito que chamei por ele durante o sono. Liguei o carro e comecei a dar a volta para ir para casa.
— Eu tenho que voltar para meus irmãos agora – Falo.
Lúcifer suspira.
— Você nao não precisa fazer isso.
— Quer que eu fique com você?
— Não é pedir muito na minha opinião.
— Você é inacreditável.
— Obrigado.
— Isso não foi um elogio.
— Vou encarar como um.
— Escuta, Lúcifer – Falo, olhando para ele enquanto dirigia.– Nada mudou, e o que eu sinto por você não vai me impedir de ajudar meus irmãos a acabarem com você.
— Você vai mudar de ideia.
— É claro que não, eu nunca abandonaria minha família.
— Talvez ele te abandonem.
— Uau, obrigada – Falo, sarcástica.
— Eu não vou desistir de você, S/n – Ele falou, seu tom estava serio e sem nenhum resquício de sarcasmo ou humor.
Continuei dirigindo e quando me voltei para ele, Lúcifer ja havia sumido.
Ele não desistiria de mim. Não conseguir deixar de pensar nisso por todo o percurso de volta para a cada de Bobby. Ele não desistiria de mim. Eu apenas nao sabia se isso era algo bom ou ruim.
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