Echo (part.4)
Leitora/Dean Winchester/Damon Salvatore.
***
NY, City.
- Não enche, Damon!
Gritei, entrando em meu apartamento. O moreno me seguiu.
- Quando pretendia me contar que é uma Estripadora?
Perguntou me seguindo.
- Nunca. Simplesmente porque eu não sou uma.
Falo. Eu estava ficando muito irritada.
- Eu vi o que você fez com aquele cara, S/n. Você arrancou a cabeça dele com os dentes.
Eu o encarei, perigosamente comecei a me aproximar do Salvatore.
- E o que você tem a ver com isso, Damon? - Pergunto.- Vai me controlar agora?
- Eu não ligo para o que você faz, mas se é uma louca que arranca cabeças prefiro manter uma distancia. Pode manchar minha imagem, sabe?
Ele disse, abrindo os braços e apontado para si próprio.
Eu fui até o armário e apanhei uma garrafa de vinho.
- Ah, querido, não existe nada que eu posso fazer que suje ainda mais a sua imagem.
Ele revirou os olhos.
- Eu vou me mandar.
- Isso, pode ir! - Gritei.- Eu não preciso de babá, Damon Salvatore.
Antes de sair ele parou na porta.
- Eu seria mais cauteloso se fosse você. Soube que tem caçadores na cidade. Um Estripador chama muita atenção.
Dito isso ele saiu, deixando-me sozinha.
Siux Falls.
- Eu tentei, eu juro que tentei, Dean.
Sam falava ao irmão.
- Como assim? O que quer dizer com "eu tentei"? - Dean indagou.
O Winchester mais velho estava de volta, de alguma maneira, Dean havia voltado dos mortos. Após encontrar Bobby Singer e seu irmão, o loiro questionou à respeito de S/n, ja que ao contrário do esperado por ele a joven não estava com nenhum deles.
Sam não sabia como dizer. Pensou, de todas as maneiras possíveis, a forma mais simples e menos dolorosa de dar a notícia para Dean e ainda assim não encontrou.
- Ela não aguentou, Dean - Começou. O Winchester mais joven baixou a cabeça e deixou claro seu sentimento de culpa por não ter sido capaz de salvar a amiga.- A S/n desligou a humanidade dela.
Os olhos verdes de Dean arregalaram-se. Ele não conseguiu acreditar de início. Dean sabia que seu irmão não brincaria ou tão pouco mentiria sobre algo tão importante, mas ainda assim não conseguiu acreditar.
- Não. Ela não faria isso - Falou, apoiando-se em uma cadeira.- Sam, ela não faria!
- Ela fez - Sam confirma.- Você não a viu, Dean, não sabe como ela estava.
Dean ficou em silêncio por alguns segundos e quando voltou a agir foi logo atrás de suas chaves.
- Vou atrás dela.
- Eu não acho que seja uma boa ideia, Dean.
O loiro voltou-se para o irmão.
- Por um segundo que seja, você é capaz de acreditar que eu não irei procura-la?
Sam suspirou.
- Eu sei que não importa o que eu diga, sei que vai atrás dela. Só... Dean você não imagina o que vai encontrar. Não é mais a S/n que você conheceu.
- Eu não me importo! - Dean quase gritou.- É a mulher que eu amo, Sam. Eu vou atrás dela, eu vou traze-la de volta.
- E você acha que eu não tentei, Dean? - O mais novo falou.- Fui atras dela e tentei convence-la a voltar. Ela não aceitou. S/n disse que se tentasse outra vez, ela se tornaria um pesadelo.
- Não ligo - Dean reafirma. Ele apanha as chaves do carro.- Eu vou trazer ela de volta. Quando e onde foi o último lugar que a viu?
Sam, mesmo sabendo que poderia ser um erro, que tudo poderia ficar ainda pior, cedeu e contou para o irmão tudo o que sabia a respeito de S/n.
***
NY, City.
Arrastei o corpo até a beira do rio e o arremesso o mais longe possível.
- Sério? No rio?
Olhei para Laura e revirei os olhos.
- Tem um lugar melhor?
A loira deu de ombros.
- Só acho que você tem sido imprudente demais, S/n. Foram três só hoje.
Eu a dexei falando sozinha e continuei andando. Conheci Laura nos primeiros dias de transformada, e depois nunca mais nos vimos até duas semanas atrás. Desde então tenho usufruído de sua companhia.
- Se vai me aborrecer, acho melhor nem vim atrás de mim, Laura.
Ela me seguiu mesmo assim.
- Não vou mais falar nada, se prefere assim - Ela ergueu as mãos. - Vai se encontrar com Damon hoje?
- Não - Respondo entrando no meu carro, a loira entra no carona.- Ele saiu da cidade.
- Ja era de se esperar, Damon não fica mais o que algumas semanas no mesmo lugar.
- É, mas não creio que o motivo tenha sido esse - Falei.- Eu toquei no assunto "Katherine".
- Uow! - Ela solta.- A eterna ferida aberta dele.
- Bem, não me importo - Dou de ombro.- O Bourbon estava perdendo a graça mesmo.
- Duvido - Ela balançou a cabeça. - O que mudou?
Eu revirei os olhos.
- Ele estava enchendo meu saco, ta bom? Falou que eu estava perdendo o controle.
Ela riu balançando a cabeça.
- Vocês se merecem.
Decido mudar de assunto e a questiono com um sorriso sugestivo:
- Então vamos a caça hoje?
Laura me olha.
- Você acabou de jogar tres corpos no rio.
- Não esse tipo de caça - Eu digo.- Tem um bar à alguns quilômetros daqui.
- Sendo assim eu topo.
- Ótimo!
Exclmei acelerando o carro.
***
O bar estava cheio. Laura e eu pegamos uma mesa mais afastada da porta.
Pessoas entravam e saiam a todo instante, o lugar ficava cada vez mais movimentado conforme as horas passavam. Até que todos os garçons decidiram sumir.
- Acho que terei de ir até o balcão para conseguir mais bebida - Reclamei. Laura não me dava mais atenção, estava ocupada demais com a garota ruiva que fingiu ter esbarrado nela.
Levantei-me da mesa e caminhei até o bar onde o barman parecia não dar conta de todos os pedidos. Me encostei no balcão e o chamei.
- Esta lotado, desculpe a demora.
Eu me aproximei bem de seu rosto e murmurei:
- Eu odeio esperar. À partir de agora eu serei a primeira pessoa que você vai atender.
O homem piscou algumas vezes e assentiu com a cabeça.
- Agora me traga tequila.
Ele concordou mais uma vez e se afastou.
- Então agora você hipnotiza as pessoas?
Viro o rosto imediatamente na direção da voz tão conhecida. O loiro se encontrava parado a poucos passos de mim, as mãos dentro dos bolsos da jaqueta.
- Olha só quem está vivo - Falei e logo me voltei para o balcão onde ja havia sido posto minha dose. - Tequila?
Dean aproximou-se de mim e se encostou ao meu lado.
- Achei que minha recepção seria mais calorosa - Ele comenta.
- Espere até que a bebida suba - Digo sorrindo, ele não reage. Eu reviro os olhos.- O inferno tirou o seu bom-humor também?
Aceno para o barman pedindo outra dose que imediatamente é servida.
- O que aconteceu com você?
- Seu irmão não contou?
- Contou... eu só esperava que ele estivesse errado.
Minha expressão não se altera.
- Bom, parece que agora você pode conferir com os próprios olhos.
Entorno o pequeno copo e a bebida desce queimando por minha garganta. Dean agarrou meu braço e me fez olhar para ele.
- S/n, olhe para mim! Não se deu conta ainda de que tudo isso que você fez não importa mais. Eu estou aqui por você agora.
Eu depositei o copo sobre o balcão.
- Isso não depende mais de você, Dean. Acha que você foi o unico motivo pelo qual quis desligar minha humanidade? Eu era um poço de culpa e tristesa e agora tudo acabou!
- Não acabou - Ele insiste.- Tudo de um jeito ou de outro vai acabar voltando e quando a sua humanidade voltar... eu não vou desistir de você, entendeu?
- Esse discurso já está passado - Falo. Solto meu braço do dele, mas Dean prensa seu corpo no meu contra o balcão.- Eu não quero machucar você, Dean, mas eu vou.
- Não, não vai - Afirmou. O loiro segurou meu rosto e aproximou o dele para que ficássemos mais perto possível. Eu sei, e ele também sabe que é o meu gatilho emocional. Dean é o único capaz de fazer tudo voltar, as coisas boas e as ruins também.- Você não vai me machucar e sabe por quê, S/n? Porque ai dentro, ai no fundo... você ainda me ama.
Em meu íntimo tudo formigava. Eu sentia como se algo estive quase se partindo e eu deveria evitar que ocorresse. Fechei os olhos, sabendo que precisava quebrar o contato visual, em seguida respirei fundo. O cheiro do sangue dele invadiu minhas narinas, aumentando o fervor. De repente o som de seu coração bombeando era tudo o que eu conseguia ouvir... o sangue correndo em suas veias me fez abrir os olhos e parar em seu pescoço.
Imediatamente minha garganta queimou, parecia extremamente seca. Dean tornou-se a garrafa do melhor vinho importado. Travei meu maxilar no momento em que senti minhas presas saltarem. Vejo as veias saltarem por todo o meu rosto atraves do vidro da janela.
- Dean... eu tomaria cuidado se fosse você - Tentei advertir. - Nada me impede de leva-lo até o beco e me livrar de você.
- Você não faria isso.
Ele afirmou sem se afastar. Seu cheiro tomando cada pedaço de mim, não despertando apenas minha sede, mas tambem outros desejos e necessidades, principalmente o carnal. Lembranças entrometidas de noites passadas com ele invadem minha mente, tornando a simples tarefa de pensar algo tremendamente arduo.
Eu estava literalmente salivando. Usando minha força e velocidade inverti nossas posições. Para qualquer pessoa próxima eramos apenas um casal tendo um momento mais quente, mal sabiam que eu estava a um passo de rasgar a garganta de Dean.
Desci a ponta de meu nariz por toda a extensão do pescoço de Dean, sentindo seu cheiro concentrado. Novamente minhas presas saltaram.
- Ele te deu verbena, não deu?
Perguntei. Dean parecia muito certo de que eu não o machucaria e ele não poderia ter toda essa certeza a menos que tivesse consigo uma garantia de proteção contra mim.
Sem contar que Sam não era idiota, ele sabe a situação em que me encontro e também deve se lembrar muito bem da minha ameaça na lanchonete semanas atrás. Ele não permitiria que seu irmão viesse até mim sem qualquer segurança, portanto Dean deve estar entupido de verbena até os ossos.
- Eu não aceitei - Respondeu.
- Esta mentindo - Digo. Eu deslizo meus dedos por seu pescoço, subindo e descendo.
- Tire a prova - Pediu.
Eu o encarei fixamente nos olhos:
- Não minta para mim - Comecei e por um segundo seus olhos perderam o foco. - Você ingeriu verbena?
Dean retribuiu meu olhar e respondeu:
- Nem uma gota.
Eu sorri e aproximei de seu rosto, desviando de seus lábios no último segundo e indo até seu ouvido.
- Não confio em você.
Falo e deixo-o ali, sozinho, pois se cotinuasse sentindo o cheiro de seu sangue por mais tempo perderia a descrição.
Continua...
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