Breathe Me
Capitulo Único.
Leitora/Samandriel
***
Guardei minha bolsa de armas na mala do carro e fechei a tampa. Era fim de tarde e eu havia acabado encerrar um casso em Dallas, no Texas. Era um espectro, e a coisa ficou bem complicada.
Entro no carro e antes de liga-lo, permaneci por minutos encarando a estrada e pensando em um determinado alguém.
Samandriel, ele é meu "anjo da guarda", esta comigo desde que me lembro e sempre me ajudou, porém, não hoje.
Sempre que a caçada esta muito dificil ele aparece e me ajuda, não é como se eu não conseguisse sozinha, mas uma mãozinha de vez em quando é bem útil, ainda mais se for a de um anjo.
O céu que estava observando escurece de repente, ficando totalmente nublado, e junto com ele, meus pensamentos também tomam caminhos sombrios. Algo me preocupa a respeito a ausência de Samandriel. Resolvo chama-lo, pois é a melhor maneira de saber o que aconteceu.
Tiro as mãos do volante e me encosto no banco, fechando meus olhos em seguida. Nunca fui boa em rezar, mas Samandriel não é como os outros anjos.
"— Samandriel, eu sei que poder me ouvir, querido. Precisamos conversar, por favor desça até aqui."
Fico em silêncio aguardando, porem nada aconteceu. Esta ficando escuro e aparentemente vem uma tempestade, então devo começar a dirigir logo e chegar em um hotel antes que comece a chover. Mesmo assim não desisto de chama-lo, e enquanto dirigia mandava diversas preces para ele, na esperança de ser atendida.
~~
Fechei a porta do quarto e a tranquei. Quartos de hotéis sempre me deixam paranóica. Tiro a jaqueta e em seguida as botas, já me preparando para tomar um banho rápido e cair na cama, com a intenção de não levantar tão cedo. Mas claro que algo tinha que acontecer para impedir meus felizes planos. Pelo menos dessa vez foi algo bom:
— S/n, você precisa de ajuda?
Viro rapidamente na direção do rapaz vestido com uma roupa ridícula de atendente de fastfood, na plaquinha em seu peito lia-se "Alf", mas eu sabia que esse não era o nome de quem falava naquele momento.
— Samandriel! – Exclamo, feliz por vê-lo bem. Avanço até ele e o abraço forte, ele retribui. O que mais amo em Samandriel é, como já disse, ele não ser como os outros anjos. Ele me abraça forte e ri quando me afasto.
— O que aconteceu? – Perguntou.
— Aonde você estava? – Pergunto, aliviada por ele ter aparecido.– Eu fiquei preocupada. Rezei varias vezes mas você não apareceu.
— Eu estava ocupado, sinto muito. Assuntos do céu. Parece que agora eu sou importante para Naome.
— Como assim?
— Ela me usa como espião – Respondeu, desgostoso. – Detesto isso. Mas não posso desobedecer.
— Ah, amigo, calma – Falo, segurando sua mão e puxando-o comigo para nos sentarmos na cama. Eu gostaria de chama-lo mais do que apenas amigo, mas Samandriel é um anjo, e temo que ele desapareça caso eu revele o quanto gosto dele, por isso me calo e contínuo agindo como sua melhor amiga. – Escute, o que quer que esteja fazendo não é culpa sua. Essa doida que se aproveita do fato de você ser bom.
Ele sorri doce.
— Obrigada, S/a, pelas palavras gentis.
— Adoro quando se comporta como um robozinho – Rio, dando um soquinho em seu ombro.
— Eu adoro ter sido escolhido como seu Anjo Protetor – Ele diz, me encarando.
— Você é muito fofo, Driel – Digo, usando o apelido que dei a ele nas primeiras semanas em que nos conhecemos. Eu achava uma bobagem ter um anjo da guarda, achava que estava concordando em ter uma babá, mas é totalmente o contrário. Ele foi a melhor coisa que já me aconteceu.
Ficamos nos encarando, e tudo o que e queria fazer era beija-lo, porque eu sentia que era a coisa certa, mas meu medo foi maior, então apenas desviei o olhar e me levantei da cama.
— Ei, Driel, nada de sumir novamente. Vou tomar um banho e quando voltar vamos assistir o novo episódio daquela série.
— Claro – Ele concordou com um sorriso. Pisquei para ele e entrei no banheiro.
Do lado de trás de porta, quando eu estava sozinha e ele não podia me ver, sentei-me no azulejo frio e encostei minha cabeça nos joelhos.
Eu queria não ser tão covarde. Eu queria poder dizer a ele o quanto importa para mim e como eu queria tê-lo ao meu lado, mas não apenas como amigo, ou protetor. Antes que possa evitar estou chorando silenciosamente, com o rosto entre o joelhos.
Passados alguns minutos eu me levanto, decidindo não me flagelar mais. Terão outras oportunidades. Afinal, Samandriel é meu anjo protetor, ele sempre vai estar comigo.
~~
Alguns dias depois....
Recebi um telefonema muito estranho de Dean Winchester. Ele não costuma me ligar a menos que a coisa esteja muito séria.
Dean falou que precisava que eu encontrasse ele e o irmão em um endereço que me mandaria por mensagem, que era algo importante. Com certeza tem a ver com alguma placa ou coisa assim.
Mesmo não entendendo o motivo de estar sendo tao evasivo comigo, peguei meu carro e dirigi por quatro horas seguidas até a construção de aspecto abandonado que ele me indicou na mensagem.
Assim que desço do carro e vejo mais de perto, percebo o que a de errado neste lugar. Com certeza algo sobrenatural ou pelo menos proibido para o Céu. O que antes achei que fossem apenas pichações sem sentido, identifiquei como sigilos angelicais, com várias utilidades para cada um dos desenhos.
Me aproximei mais até esbarrar com os irmãos na porta.
— Ei... qual a emergência? – Pergunto não demonstrando minha aflição.
— Não é bem uma emergência, S/n – Sam Winchester falou, coçando discretamente a nuca, um sinal de nervosismo.
— Então o que foi que aconteceu? Falem logo, estão me deixando preocupada.
— Esta bem, vem com a gente.
Dean falou, pousando uma mão em meu ombro e me guiando para dentro do lugar.
Eu os acompanhei, sem saber o que tanto escondiam e com um crescente bolo no estomago. O que pode ser tão sério para me chamarem, especificamente? E o que pode ser ainda pior para não dizerem o motivo?
— Que lugar é esse? – Perguntei.
— É do Crowley – Sam respondeu.– Ele trazia outros monstros aqui, os prendia e... e torturava, para obter informações privilegiadas.
Agora que Sam falou, pude notar que todas as salas pelo qual passamos até agora eram celas.
— Por favor, rapazes, o que aconteceu? – Digo, sentindo que alguma coisa horrível poderia ter acontecido naquele lugar ainda mais horrível.
Me peguei pensando em Samandriel, e em como queria que estivesse ao meu lado agora segurando minha mão com seu jeito tranquilizador e adorável. Fazia pelo menos dois dias que eu não o via, porem como da uma vez ele estava ocupado com suas missões angelicais, procurei não ter nenhum surto dessa vez. Ele apareceria em breve provavelmente está noite ele estaria na porta do meu quarto, me observando enquanto via TV,com seu olhar doce e preocupado.
— S/n, nós não sabíamos se chamávamos você, ainda não temos certeza se essa foi a escolha certa – Sam começou a falar, me arrastando para longe de meu local feliz.
— Mas... se fosse o contrario, iriamos querer saber – Dean concluiu.
Nós estávamos parados em frente a uma porta, e Sam começou a empurra-la lentamente.
— Eu não entendo. O que pode ser tão horrível ao ponto de....
E foi quando eu vi. Ele estava sentado em uma cadeira, claramente de tortura. Mas não estava preso, não mais.
Dei um passo adiante não acreditando que poderia ser real, não acreditando que era ele alí. Samandriel.
— Não... não... não...
Murmuro atônita. Todo o sangue do meu corpo parecia ter se transformado em lava. Doía, queimava, me fazia querer gritar. Mas minhas cordas vocais não estavam em sintonia.
— S/n, ele...
Eu não me preocupei em ouvir o que Dean falava. Obriguei minha pernas a caminharem até a cadeira, até o corpo dele, e tocar-lhe o rosto em busca de vida.
— Driel?– Murmuro, ajoelhado diante dele. Haviam buracos em sua cabeça que eu não sabia como tinham sido feitos, mas não paravam de sangrar já tendo sido limpos.– Driel?
Chamei de novo. É claro que ele não responderia, ele ele está morto, morto com uma facada no peito.
Eu não sabia o que fazer, abracei seu corpo, mesmo sabendo que era apenas uma casca vazia, abracei cada vez mais apertado chorei cada vez mais alto. Blasfêmias e maldições saiam entrecortadas de meus labios quanto eu gritava cada vez mais alto.
Segurei seu corpo pelos ombros e encarei seu rosto machucado.
— Eu deveria cuidado de você – Falo, encostando nossas testas.– Eu deveria ter protegido você, anjinho, eu devera ter salvado você.
Segurei seu rosto tão próximo ao meu, imaginando como seria ter sua respiração batendo contra o meu.
— Eu sempre amei você, Samandriel, eu só tinha medo...
Segurei mais seu corpo, trazendo-o para mim. Eu só queria ouvir sua voz outra vez, ver sei sorriso de novo.
— Eu sou covarde, não sou como você. Você sempre foi o anjo mais corajoso e leal...
Eu não consigo mais continuar e nem vejo o porquê. Samandriel esta morto e alí é só uma casca, ele não pode me ouvir, nunca mais vai poder.
Não sei quanto tempo permaneci alí, mas quando sai do armazém o céu estava totalmente escuro. Eu só queria ir para casa, chorar e me amaldiçoar por ser tão ridiculamente medrosa e nunca ter dito a ele como me sentia.
Doi saber que eu poderia ter salvado ele, porque eu poderia. Eu sei disso.
Dean disse que eu não deveria dirigir, mas eu o ignorei. Entrei no carro em silêncio e liguei o motor, seguindo para a estrada.
A estrada estava vazia, e eu pisei fundo no acelerador, de repente estava socando o volante ferozmente, gritando e descontando todo o ódio que sentia de mim mesma.
Estava chegando em um cruzamento e o sinal estava vermelho, eu consegui frear antes de bater em uma van parada, mas acabei cortando meu supercílio.
Deixei que minha cabeça batesse contra o volante e tentei me controlar. Meu coração batia acelerado como nunca antes e minha respiração estava pesada.
Eu sempre achei que teríamos todo o tempo do mundo e agora, simplesmente do nada, tudo acabou e eu o perdi antes mesmo que ele fosse meu.
O sinal abriu, voltei a dirigir, limpando rapidamente o sangue que escorreu do corte.
Um único pensamento tomou minha mente, Crowley o havia matado, e um sentimento o acompanhou; Vingança.
*******
EU SEI Q NAO FOI O CROWLEY QUE MATOU ELE
Quem viu sabe que foi o Castiel sendo comandado pela Naomi.
Mas eu achei que ficou mais dramático desse jeito e ninguém quer uma psicopata sedenta por vingança atrás do Castiel, né?
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