Between Angels and Weapons
Capitulo Único.
Leitora/Dean Winchester.
~~~
— Quais são as nossas chances? – Pergunto enquanto faço as contas das nossas munições. Bobby pensou por menos de um segundo.
— Um total de zero. S/n, é estupidez.
Solto um suspiro ríspido atravesso a correia da arma por meus ombros.
— Pode ser até estupidez, mas aqueles monstros estão com ela e eu não vou ficar sentada aqui esperando que eles a matem e venham atrás de nós.
Mary veio até mim e apoiou uma mão em meu ombro. Ela olhou-me ternamente antes dizer:
— Se é o que você quer... Vá, querida, mas por favor... volte!
— Vou voltar. E trarei todos comigo.
Mary balançou a cabeça afirmamente e se afastou enquanto eu terminava de pegar todos os meus armamentos.
***
À algumas semanas, Charlie havia sido pega em uma emboscada preparada pelos anjos. Eles queriam, com toda certeza, que ela desse a eles informações à respeito da resistência e dos locais aonde mantemos bases.
Me disponibilizei imediatamente para ir atrás dela e de todos os nossos outros companheiros que foram capturados na emboscada. Temos poucos homens, nenhum disponível para me acompanhar, mas isso não é um problema para mim.
Caminhava pela mata, atenta a qualquer ruído e pronta para alvejar qualquer um que cruzasse meu caminho. Estava seguindo um rastro desde o local da emboscada, não havia nada alem de desolação e destruição, porem também parecia ter alguem lá...
Me aproximei lentamenre, esgueirando-me por trás das árvores, até ouvir vozes:
— Devíamos estar procurando por Mary e pelo Nefilin.
— Eu sei o que devíamos fazer.
— Então por que...
— Porque você tem que calar a matraca, por isso!
Apanho minha arma e me aproximo mais. Dois homens surgem em meu campo de visao. Um era loiro e alto, o outro um pouco menos e seus cabelos eram escuros, ambo carregavam mochilas. Não pareciam anjos, mas também não pertenciam a este lugar.
— Tem haver com essa tal de Charlie?
Charlie?
— Continua andando – O loiro fala sem parar de caminhar.
Como eles sabem de Charlie?
Antes que eu pense em como descobrir isso, a chegada de dois anjos vindos do interior da mata os surpreendem. Um deles eu conhecia, era Natael, um dos babacas que tentou me matar à alguns meses.
Troquei a pistola pelo arco automático, apanhei uma das flechas com pontas feiras de laminas angelicais derreticas e apontei para Natael, atingindo-o em cheio na garganta.
O outro saltou para o lado, surpreso, começou a procurar o local de onde ela havia vindo e quando seus olhos e encontrara eu o atingi com uma segunda flecha.
Os dois homens ainda mais atentos passaram a procurar por quem poderia tê-los salvados.
— Não deviam andar tão distraídos por ai – Digo, indo até os corpos e recuperando minhas flechas.
— Eu teria acabado com eles – O moreno falou. Encaro-os com um sorriso desdenhoso.
— É claro que teria – Afirmei. O loiro nao falava nada, aoenas e fitava com olhos congelados.– Seu amigo está bem?
— Ele nunca esta bem, não se preocupe com isso.
O homem aproximou-se e se jogou encima mim, abraçando-me como um urso. Quase cravei uma flecha em sua barriga de tão surpresa.
— Ei, ei.... o que é isso, cara?!
Seus olhos, de um verde muito intenso, me encarou e eu podia jurar já ter visto algo assim antes.
— Desculpe é só que você... seu nome é S/n, certo?
— Sim. Já nos conhecemos?
— Sim... quer dizer, não. Eu conheço outra S/n, de outro mundo.
Outro mundo? À um tempo atrás eu teria simplesmente atirado nele, e o chamado de maluco, mas quando citou o "outro mundo" imediatamente fiz a ligação entre o fato de seus olhos terem me chamado a atenção.
— Você é Dean Winchester, filho da Mary?
Ele afirmou com a cabeça.
— Conhece minha mae?
— Sim! Ela... ela é incrível, tem feito muito por nos – Afirmo. Lembro então sobre o que ele disse de Charlie.– O que sabem sobre Charlie?
— Ela esta com os anjos... vimos qiando eles a levaram, estava indo atrás dela.
Repondeu.
— Ótimo, era exatamente para onde eu estava indo. Ela foi pega em uma emboscada e para onde estão levando-a tem outros. Eu estou em uma missão de resgate.
— Sozinha? – O moreno pergunta sorrindo irônico.
— Sim, igual a quando matei Natael e seu amiguinho, salvando a sua bunda.
Dean riu discretamente... não tão discretamente na verdade.
— Vamos? Não temos tempo.
— Eu que o diga.
O loiro resmungou.
Começamos a caminhar e a curiosidade foi maior, olhei para Dean e perguntei:
— Mas... e ai, de onde conhece a outra eu?
Dean não respondeu imediatamente. Ele soltou um suspiro antes de começar a falar com um tom que remeteu a uma nostalgia melancólica:
— Foi em um roadhouse de alguns amigos à um tempo. Ela quase me deu um tiro e depois eu paguei uma bebida para ela. S/n dizia que a melhor maneira de se fazer amigos é estando todos bêbados.. assim ninguem mente e a coisa começa do jeito certo.
— Gostei dela – Comecei, mas então notei algo: – Ela "dizia"?
Dean se calou.
— Tudo bem se nao quiser falar sobre isso – Digo. Dean começa a andar mais rápido e passa na frente. – Qual o problema dele?
Pergunto ao amigo dele.
— Eu esqueci minha lista no outro mundo, mas apenas saiba que são muitos.
Revirei os olhos e segui adiante, decidindo não interrogar mais nenhum dos dois.
***
Alcançamos o campo onde os prisioneiros eram mantidos. Assim que chegamos, vi as portas do celeiro serem abertas e um grupo arrastar Charlie pelos braços. Eles a colocaram no centro, prontos para executa-la.
— Okay... eu tenho um plano – Falo.
— Qual? – Dean pergunta. Entrego uma granada para ele e apanho três flechas.
— Crie uma distração.
Não espero que ele fale mais nada e corro pelos arredores do gradeado. Assim que ouço a explosão, invado o campo disparando flechas nos três anjos que seguravam Charlie.
Ketch, entrou também e usando uma arma com balas mata-anjos ele atirou por toda parte.
Dean apanhou Charlie.
— Tire-a daqui. Vou atras dos outros! – Falo, recuperando minhas flechas.
— Não mesmo! Você vem conosco.
Dean falou.
— O que? Claro que não. Eu preciso salvar os outros.
— Você não pode sozinha, e eu não vou perder você outra vez!
Dean quase rugiu isso. Seus olhos pareciam pegar fogo, e apesar de não entender o porquê da sua reação, optei por ir com ele.
— Rápido, vamos sair daqui logo.
Falo indicando o caminho.
***
Estávamos caminhando em direção a fenda que levaria Dean e Ketch de volta para o mundo deles. Eles tinham apenas algumas horas antes que ela fechasse totalmente e os prendesse aqui.
— Nunca mais vá a qualquer lugar sem reforços – Falo para Charlie.
— Disse a garota que veio me salvar sozinha.
Dei um sorriso e continuamos a caminhar. Charlie era como uma irmã. Nesse mundo desolado onde perdemos tudo e todos, achar alguem que podemos chamar de família é raro. Eu não poderia perde-la.
Sentamos para descansar e cuidar dos ferimentos de Charlie. Quando tive um momento a sós com Dean fiz questão de ir direto ao ponto:
— O que foi aquilo?
— Aqui o que?
Desconversou.
— Não finja que nao entendeu. Como assim " eu não vou te perder outra vez"? O que realmente acontecia entre você e a eu da sua dimensão?
Dean passou a mão pelo rosto e me encarou cansado.
— Nós nos amávamos. S/n foi a mulher mais forte, corajosa e incrível que tive a sorte de amar. Então três anos atrás ela foi morta por demônios.
— Demônios?
— Exatamente. Eu disse a ela para voltar, mas S/n quis me proteger e enfrentou eles... e eu não consegui salva-la.
Fiquei em silencio, apenas presenciando sua dor. Me aproximei um pouco mais e o abracei, pois sentia que ele precisava daquilo. Dean me abraçou de volta e afundou o rosto em meus cabelos.
— Ei, pombinhos, precisamos ir agora – Ketch nos alertou.
Dean e eu nos afastamos e voltamos a caminhar atrás de Charlie e Ketch.
Chegamos ao local da fenda depois de mais ou menos uma hora de caminhada. O pequeno fio brilhante denunciava que se demorassemos mais cinco minutos seria tarde demais.
— Ótimo, vamos!
Dean falou.
— Eu não posso ir – Falo.– Dean, aqui é a minha casa.
— Ta brincando? Esse mundo esta destruído! Vem comigo.
— Não. Meus amigos estão aqui, todas as pessoas que conheço também. Eu tenho um compromisso com esse lugar.
Dean estava muito contrariado, mas o ápice foi quando Charlie disse:
— Eu também vou ficar.
Ele ainda tentou nos convencer e quando Ketch disse que ficaria também, ele nao tinha saída. Sua passagem fecharia a qualquer instante e ele não teria volta.
— Escute... vá e faça o que tiver que fazer. Quando voltar e essa maldita guerra tiver acabado, deixo que me pague uma bebida.
Dean respirou fundo e me deu um beijo rápido.
— Eu vou voltar, eu prometo.
— Acredito em você.
Ainda demonstrando indecisão, Dean caminhou até a fenda e nos lançou um ultimo olhar antes de passar por ela e a mesma desaparecer.
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