𝟐𝟐. Julian Álvarez | Atlético de Madrid

Sinopse: Onde você e Julian terminam e se reconciliam.

Notas da autora: Desculpa pelo sumiço gente KKKKKK. feliz ano novo atrasado.

As luzes da Puerta del Sol brilhavam na noite madrilena, mas minha mente estava distante, perdida em um passado que eu ainda tentava superar. Quando Julian Álvarez chegou ao Manchester City, nossa história começou como um conto de fadas. Ele era encantador, focado, e completamente apaixonado. Eu, uma garota de Manchester, nunca imaginei que me envolveria com um jogador tão talentoso e carismático.

Mas a distância emocional que a rotina de jogos e treinos criava foi como uma barreira invisível entre nós. As mensagens diminuíram, as conversas se tornaram monossilábicas, e a conexão que compartilhávamos começou a se dissipar. Quando ele saiu pela porta naquela noite fria em Manchester, após nosso último e doloroso desentendimento, senti como se um pedaço de mim estivesse indo embora para sempre.

Agora, em Madrid, eu estava aqui, tentando recomeçar. Minha empresa tinha me transferido para a Espanha, e ironicamente, Julian também havia mudado para o Atlético de Madrid. Eu soube da transferência dele antes mesmo de chegar à cidade, mas fazia de tudo para evitar qualquer lugar onde pudesse encontrá-lo.

Naquela noite, eu estava em um café, revisando alguns documentos no meu laptop, quando ouvi aquela voz que me fazia arrepiar.

— S/N?

Olhei para cima e lá estava ele, mais maduro, o cabelo um pouco mais longo e os olhos castanhos brilhando com algo que parecia surpresa — e talvez arrependimento.

— Julian. — Meu tom foi seco, mas meu coração batia tão rápido que parecia querer saltar do peito.

Ele puxou uma cadeira e sentou-se sem pedir permissão. Típico.

— Não esperava te encontrar aqui. Achei que você ainda estivesse em Manchester.

— Surpresa. As pessoas se movem. — Tentei parecer indiferente, mas minhas mãos tremiam levemente ao segurar minha xícara de café.

Ele ficou em silêncio por um momento, e eu percebi que ele estava me estudando, como fazia quando estávamos juntos.

— Eu sinto muito, sabe? Por tudo.

— Julian, não acho que isso importa agora. — Mas minha voz falhou, traindo o muro que eu estava tentando construir.

— Importa para mim. Desde que deixei o City, não paro de pensar em você. Eu estraguei tudo, e cada dia que passou sem você só me fez perceber o quanto eu sinto sua falta.

Eu ri, mas foi um riso amargo.

— Você sente minha falta agora que está em um novo time, uma nova cidade? Parece conveniente, não acha?

— Não é isso. Eu tentei seguir em frente, mas ninguém é você, S/N.

Houve um momento de silêncio. Ele estava sendo sincero, eu sabia. Mas meu orgulho, a dor que senti quando ele foi embora, me seguravam.

— Você não sabe o que eu passei depois que terminamos, Julian. Foi como se você tivesse arrancado tudo o que tínhamos e jogado fora.

— Eu sei que te machuquei. E sei que pedir desculpas não apaga isso. Mas eu quero tentar de novo. Quero consertar o que destruí.

Olhei para ele, tentando decifrar se ele realmente estava disposto a fazer isso. Não era fácil confiar novamente, mas algo em seu olhar me fez hesitar.

— E se você fizer tudo de novo? Se me machucar de novo?

— Eu não vou. Não posso prometer que sou perfeito, mas prometo que vou tentar ser melhor. Por você, por nós.

Ele segurou minha mão sobre a mesa, e pela primeira vez em meses, senti que talvez ainda houvesse algo entre nós. Algo que valia a pena arriscar.

— Não vai ser fácil, Julian.

— Eu não espero que seja. Mas quero que seja com você.

Suspirei, e finalmente, sorri.

— Tá bom, então. Vamos ver no que dá.

O sorriso que ele me deu foi o mesmo que me conquistou no início, e naquele momento, soube que estava tomando a decisão certa. Afinal, o amor verdadeiro merece uma segunda chance.

Julian não demorou a se aproximar ainda mais. Ele segurou minha mão com força, como se quisesse se certificar de que eu não escaparia.

— Gracias, S/N. Te prometo que esta vez voy a hacer todo bien. — Sua mistura de espanhol com português ainda me fazia sorrir, mesmo que eu tentasse esconder.

— Não me agradeça ainda, Julian. Quero ver suas ações. Palavras bonitas não vão me fazer esquecer tudo o que aconteceu. — Minha voz era firme, mas meu coração estava mole como manteiga.

Ele assentiu, sério, e me lançou um olhar decidido. Era aquele olhar que ele tinha antes de um jogo difícil, quando estava determinado a dar o melhor de si.

— Entendido, chefe. Vou te mostrar.

E assim começou nosso "novo começo".

●●●●

Julian estava cumprindo sua promessa de tentar. Ele me convidava para sair, mandava mensagens inesperadas durante o dia, e fazia questão de me incluir em cada aspecto de sua nova vida em Madrid. Claro, ainda havia resquícios de mágoa entre nós, mas ele estava derrubando cada barreira com gestos simples e sinceros.

Em uma noite de sábado, ele me convidou para assistir ao jogo do Atlético contra o Real Sociedad. Apesar de ainda estar nervosa com a ideia de ser vista publicamente com ele, decidi ir. Afinal, era uma forma de apoiá-lo e também de ver se ele realmente estava disposto a me ter ao seu lado.

O estádio estava lotado, e o clima era eletrizante. Julian jogou com uma intensidade que eu não via há tempos, como se estivesse tentando provar algo — talvez não apenas para a torcida, mas para mim também. Ele marcou um gol, e assim que a bola entrou na rede, ele correu em direção à arquibancada onde eu estava.

Com um sorriso enorme, ele apontou para mim, ignorando os gritos e câmeras ao seu redor. Meu rosto esquentou, mas não consegui conter o riso. Ele realmente estava tentando, do jeito mais Julian possível.

Depois do jogo, enquanto saíamos do estádio juntos, ele estava radiante.

— E aí? Ganhei pontos hoje? — Ele perguntou com um tom brincalhão.

— Talvez. Ainda não decidi. — Respondi, provocando-o.

Ele me abraçou pela cintura, puxando-me para mais perto.

— Bom, se eu não ganhei no jogo, vou ter que ganhar fora dele. — Sua voz tinha um tom de desafio, e eu não pude evitar sorrir.

— Boa sorte com isso, Álvarez. Você vai precisar.

Apesar da brincadeira, eu sabia que estava me rendendo aos poucos. Julian estava conquistando meu coração novamente, e por mais que meu orgulho tentasse lutar contra, havia algo nele que eu não conseguia resistir.

Naquela mesma noite, sentados no sofá da minha sala comendo pizza, ele olhou para mim com um brilho nos olhos que me desarmou completamente.

— Eu te amo, S/N. E sei que talvez seja cedo para dizer isso de novo, mas não quero perder mais tempo. Quero você na minha vida, sempre.

As palavras dele eram simples, mas carregavam tanto peso que eu senti meu coração apertar.

— Também te amo, Julian. Só não me faça me arrepender disso.

Ele sorriu, me puxando para um beijo suave.

— Nunca.

E naquele momento, sob as luzes de Madrid, com os sons da cidade ao fundo, percebi que talvez o amor verdadeiro fosse mesmo sobre superar, perdoar e tentar novamente. E com Julian, eu estava disposta a tentar.

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