𝟏𝟒. Hugo Souza | Corinthians

Sinopse: Onde você descobre estar grávida de Hugo

Pedido de: esterlionata

Passei o dia inteiro pensando em como dar a notícia para o Hugo. O teste de gravidez na minha mão não era apenas um pedaço de plástico; era o início de um capítulo completamente novo na nossa vida. Eu estava feliz, claro, mas também nervosa. Hugo sempre quis ser pai, sempre falou disso com os olhos brilhando, mas... como será que ele reagiria agora, com a rotina puxada do futebol?

Peguei o celular e mandei uma mensagem para ele:
"Amor, passa aqui em casa depois do treino. Quero te mostrar uma coisa."

Não demorou muito para ele responder:
"Tá bem, tô indo já já. Treino foi mais curto hoje. Tá tudo bem?"

Sorri, sabendo que ele provavelmente estava preocupado. Ele era assim, sempre atento a tudo que eu fazia ou sentia. Respondi apenas com:
"Tá tudo ótimo. Te espero."

Comecei a organizar o que eu havia preparado. Comprei um pequeno par de chuteiras de bebê - pretas e douradas, igual às que Hugo usava nos jogos - e coloquei dentro de uma caixa junto com uma roupinha branca que dizia: "Futuro goleirinho ou goleirinha em campo." Ao lado, deixei o teste de gravidez embrulhado em um papel simples.

Quando ouvi a campainha tocar, meu coração disparou. Era hora.

Abri a porta e lá estava ele, com o cabelo ainda molhado do banho pós-treino, vestido com uma camiseta preta que realçava os braços fortes. Hugo entrou sorrindo, me deu um beijo rápido e me olhou com curiosidade.

- O que foi, meu amor? Tá com uma cara de quem aprontou alguma coisa. - Ele brincou, como sempre, com aquele sorriso fácil que eu amava.

- Vem aqui, senta no sofá. - Falei, tentando esconder a ansiedade.

Ele obedeceu, claramente intrigado, enquanto eu pegava a caixa e colocava no colo dele.

- O que é isso? - Ele perguntou, rindo, mas já começando a abrir com cuidado.

Hugo tirou primeiro as chuteirinhas e ficou olhando para elas, confuso. Depois, pegou a roupinha e leu a frase estampada. O sorriso desapareceu lentamente, dando lugar a uma expressão de incredulidade. Por fim, ele encontrou o teste de gravidez. Olhou para mim, depois para o teste, depois de volta para mim.

- Você tá falando sério? - Ele perguntou, a voz um pouco rouca, como se não acreditasse no que via.

Assenti, com lágrimas nos olhos, e ele largou tudo no sofá para me puxar para um abraço apertado.

- A gente vai ter um bebê? - Ele perguntou de novo, como se precisasse ouvir as palavras saírem da minha boca para acreditar.

- Vamos, Hugo. Você vai ser pai.

Ele riu, um riso nervoso e cheio de emoção, e começou a beijar meu rosto inteiro, enquanto repetia:

- Eu não acredito! Eu vou ser pai!

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HUGO SOUZA POINT OF VIEW

Eu não sabia nem o que pensar. Quer dizer, sabia que era isso que eu queria, mas ouvir de verdade, saber que a gente ia ter um bebê, era surreal. Olhei para S/N e ela estava chorando, mas era um choro de felicidade, e isso só me deixou mais bobo ainda.

- Você tá bem? Tá se sentindo bem? Precisa de alguma coisa? - Comecei a bombardear ela de perguntas, porque, na minha cabeça, ela já precisava de todos os cuidados do mundo.

- Calma, Hugo! Eu tô ótima, sério. Descobri ontem e... queria te contar de um jeito especial.

- Foi perfeito. - Eu respondi, pegando as mãos dela nas minhas. - Mas agora você vai ter que aguentar um Hugo 100% preocupado. Se você achar que eu já sou protetor, prepara, porque agora...

Ela riu, balançando a cabeça.

- Eu já imaginava.

Fiquei olhando para ela por um tempo, pensando no quanto minha vida já era boa com S/N e no quanto estava prestes a ficar ainda melhor.

- Um bebê, amor... - Falei, ainda meio sem acreditar. - Eu juro que vou ser o melhor pai que esse mundo já viu.

- Eu sei que vai. - Ela respondeu, com um sorriso tão sincero que me deixou ainda mais emocionado.

Segurei o rosto dela nas mãos e dei um beijo longo e demorado, como se quisesse guardar aquele momento para sempre.

- Já decidiu quem vai ser goleiro? - Perguntei, brincando.

Ela revirou os olhos, rindo.

- Hugo, o bebê nem nasceu ainda!

- Tá, mas olha, se puxar você, vai ser rápido no ataque. Mas se puxar a mim... goleirão garantido.

S/N começou a rir tanto que quase caiu do sofá, e eu só conseguia olhar para ela pensando no quanto eu era sortudo por ter essa mulher ao meu lado.

Fosse goleiro ou atacante, uma coisa era certa: nosso time acabava de ganhar um reforço incrível.

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