𝟏𝟎. Óscar Romero | Botafogo

Sinopse: Onde Óscar e S/N (grávida de seu primeiro filho) estão comemorando o título da Libertadores juntos.

Pedido de: belladasilva609

Notas: desculpa por ter errado a foto dele, achei mesmo q era ele KKKKKKKKKK

A noite era mágica no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Estava tudo pronto para um dos maiores momentos da história do Botafogo, e lá estava eu, S/N, sentada na arquibancada ao lado da torcida alvinegra, com uma das mãos apoiada na minha barriga de seis meses. Nosso primeiro filho - ou filha, porque Óscar e eu decidimos manter a surpresa - estava prestes a testemunhar algo grandioso, mesmo sem ainda ter vindo ao mundo.

Meu marido, Óscar Romero, estava no centro daquele espetáculo. Era o maestro do time, aquele que ditava o ritmo e carregava o coração da equipe. A ansiedade pulsava em mim, mas também havia orgulho. Estávamos a noventa minutos de uma possível glória eterna: o título da Libertadores da América.

O jogo começou tenso, como qualquer final deveria ser. Do outro lado, o Atlético Mineiro tinha um time perigoso e motivado. A cada toque de bola, eu sentia meu coração disparar. Era impossível não ficar nervosa, mas ao mesmo tempo, sabia que Óscar estava lá, dando o melhor de si.

Logo aos 35 minutos, o Botafogo abriu o placar. Luiz Henrique, o jovem atacante, aproveitou um cruzamento perfeito de Marçal e cabeceou para o fundo da rede. A torcida explodiu em um rugido ensurdecedor, e eu me levantei junto com todos, vibrando, sentindo o bebê dar um chute, como se também comemorasse.

- É isso aí, meu amor! - Murmurei para a barriga, enquanto uma lágrima teimava em escapar.

Mas o Atlético não era um adversário fácil. No início do segundo tempo, Vargas empatou com um chute de fora da área. Foi um golpe duro, e a tensão tomou conta do estádio. Óscar, no entanto, parecia inabalável. Ele comandava o meio-campo com classe, distribuindo passes, acalmando o time e buscando soluções. Ele tinha aquele olhar determinado que eu conhecia tão bem, o mesmo olhar que ele tinha quando decidiu que queria conquistar meu coração anos atrás.

Aos 44 minutos do segundo tempo, veio o momento decisivo. O Botafogo teve um pênalti a seu favor. Alexander Telles, experiente e frio, colocou a bola na marca e bateu com precisão, deixando o goleiro sem chances. 2 a 1 para o Botafogo. A explosão de alegria foi ainda maior que no primeiro gol, mas eu sabia que ainda não era o fim. A prorrogação estava cada vez mais próxima.

Nos acréscimos, quando o nervosismo estava no limite, Junior Santos roubou a bola no meio-campo e partiu em velocidade. Óscar o acompanhou de perto, e, com um passe mágico, deixou o atacante cara a cara com o goleiro. Junior não desperdiçou. Gol. 3 a 1. O título era nosso.

Quando o apito final soou, as lágrimas vieram com força. Eu me sentei de volta, aliviada e extasiada, enquanto assistia meu marido ser engolido por seus companheiros de equipe e pela torcida. Era um sonho realizado, algo que ele sempre quis. Mas eu sabia que ele não demoraria a pensar em mim.

Minutos depois, enquanto a equipe celebrava com a taça, Óscar veio em minha direção. Ele escalou a arquibancada como se ainda tivesse fôlego de sobra. Quando me viu, abriu os braços, o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.

- Consegui, amor. Consegui por nós.

Eu me levantei com um pouco de dificuldade, mas ele rapidamente segurou minha mão e me ajudou. Seus olhos brilharam ao olhar para minha barriga, e ele se ajoelhou, beijando-a.

- Esse título é nosso, meu pequeno ou minha pequena. Você me deu sorte.

- Você foi incrível, Óscar. Estou tão orgulhosa de você. - Minha voz saiu embargada, e ele se levantou para me abraçar.

- Você é minha maior inspiração, S/N. Nada disso faria sentido sem você.

- É melhor você dizer isso também ao nosso filho, porque ele chutou bastante durante o jogo.

Óscar riu, aquele riso leve e contagiante que eu tanto amava. Ele me beijou ali mesmo, sem se importar com as câmeras ou com a multidão ao redor. Era o nosso momento, o nosso título, a nossa história.

Depois de um tempo, fomos ao campo, onde ele me apresentou à taça. Fizemos questão de tirar uma foto juntos, ele segurando o troféu e eu, a barriga. Era o registro perfeito de uma noite inesquecível.

Naquela noite, enquanto voltávamos para o hotel, Óscar segurou minha mão o tempo todo. Estava exausto, mas feliz como nunca. Ele olhou para mim com aquele brilho no olhar e disse:

- Esse é apenas o começo, S/N. O maior título da minha vida ainda está aqui dentro.

E, ao ouvir isso, percebi que, por mais importantes que fossem as conquistas no futebol, nossa família sempre seria o troféu mais valioso de todos.

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