𝟎𝟗. Guilherme Arana | Atlético Mineiro

Sinopse: Onde você consola Guilherme depois do vice do Atlético Mineiro na final da Libertadores

Pedido de: BiancaS445. Espero muito que goste! 😁

Estádio Monumental de Núñez, Buenos Aires. A noite estava perfeita para uma final de Libertadores. O céu limpo, as arquibancadas pintadas de preto e branco, divididas entre a torcida apaixonada do Atlético-MG e a do Botafogo. Eu estava lá, no meio da torcida atleticana, usando a camisa 13 com o nome "Arana" estampado nas costas, o coração disparado e a expectativa de um título histórico.

O jogo começou intenso. Aos dois minutos, uma entrada dura de Gregore em Hulk causou um alvoroço. O árbitro hesitou, mas depois de revisar o VAR, puxou o cartão vermelho. A torcida atleticana explodiu, gritando com confiança: "Agora é nossa vez!"

Com um a mais em campo, a equipe do Atlético parecia dominar as ações, mas o Botafogo surpreendeu. Aos 35 minutos, Luiz Henrique recebeu um passe na entrada da área, cortou o zagueiro e finalizou colocado. A bola foi no canto direito, sem chance para Everson. Meu coração apertou. "Ainda dá, ainda dá", pensei, tentando ignorar a ansiedade.

No intervalo, fui até Guilherme, que estava aquecendo próximo ao túnel. Ele parecia focado, mas eu sabia que carregava uma pressão absurda nos ombros.

- Ei, Arana. Você é um monstro, tá? Não deixa esse placar te desanimar. Vocês vão virar isso.

Ele sorriu de canto, aquele sorriso cansado, mas confiante. - Pode deixar. Esse título é nosso.

Quando o segundo tempo começou, o Atlético voltou com tudo. Aos 47 minutos, Eduardo Vargas apareceu como herói. Após um cruzamento perfeito de Paulinho, o chileno cabeceou firme, e a bola balançou a rede. Eu gritei até perder a voz, abraçando todo mundo ao meu redor. "Vamos, Galo!", pensei.

O jogo seguiu equilibrado, com o Botafogo tentando resistir e o Atlético pressionando. Mas o tempo passava, e o nervosismo tomava conta. Já nos acréscimos, o inesperado aconteceu. Junior Santos, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou um contra-ataque mortal. Ele recebeu na velocidade, invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou por Everson e encontrou o fundo da rede.

Senti o chão desaparecer. O silêncio tomou conta da torcida atleticana enquanto os botafoguenses explodiam em festa. O árbitro apitou o fim do jogo logo depois. O Botafogo era campeão.

Esperei o estádio esvaziar um pouco antes de descer até o gramado. Vi Guilherme sentado no banco de reservas, cabeça baixa, os olhos fixos no chão. Me aproximei devagar, sem dizer nada. Apenas sentei ao lado dele e coloquei a mão no seu ombro.

- Foi só um jogo, Guilherme. Você deu tudo de si.

Ele suspirou, sem me olhar. - Não foi só um jogo, S/N. Era a chance de entrar pra história.

- Você já tá na história. Uma final de Libertadores não apaga tudo o que você fez por esse time.

Ele finalmente virou o rosto na minha direção, os olhos brilhando, como se segurasse as lágrimas. - Você acredita nisso?

- Claro que acredito. E se você não acredita, eu vou continuar aqui, te lembrando todos os dias.

Um pequeno sorriso surgiu no rosto dele. Então, sem aviso, ele me puxou para um abraço apertado. Ali, no meio de um estádio vazio e do peso de uma derrota, o único som que importava era o da nossa respiração, sincronizada, enquanto eu tentava passar para ele toda a força que ele sempre me deu.

- Obrigado, S/N. - Ele murmurou contra meu ombro. - Você sempre sabe o que dizer.

- Só faço minha parte. E agora, você vai levantar e seguir em frente. Porque o que aconteceu hoje não define o jogador, nem o homem incrível que você é.

Ele assentiu, e juntos saímos do campo, prontos para enfrentar o que viesse. Porque, no final, o amor e o apoio sempre serão mais fortes que qualquer derrota.

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