oliver aiku; halloween
Oliver Aiku sempre gostou de manter as coisas simples. Relacionamentos eram como partidas: você joga, se diverte e, se acabar, parte para o próximo jogo. Sem drama, sem complicações. Uma das primeiras coisas que ele te disse foi: "Se ocasionalmente terminarmos, seguimos nossas vidas." E você, com um sorriso discreto, havia concordado. Passado era passado, e era assim que as coisas tinham que ser.
Mas agora? Agora ele estava agindo como se tivesse esquecido completamente dessa regra. E era irritante para caralho. Desde o momento em que você decidiu terminar, sem aviso, sem explicações, Oliver ficou obcecado. Não havia barganha ou pedidos de volta, só aquela obsessão silenciosa, disfarçada por mensagens casuais, encontros "acidentais" e um olhar que dizia claramente: "Você pode até tentar fugir, mas não vai."
Para alguém tão acostumado a vencer, aceitar o fim sem entender o motivo era insuportável. No começo, ele tentou ignorar. Deixar você ir, como qualquer outro relacionamento que ele já teve. Mas algo em você era diferente. Talvez fosse o jeito como você terminou — rápido, cirúrgico, como se ele não tivesse significado nada. Ou talvez fosse porque você nunca olhou para trás.
Aquilo queimava dentro dele.
Dias depois do término, ele mandou uma mensagem casual: "Espero que esteja bem."
Você viu. Leu. Não respondeu.
Isso foi o gatilho.
Ele tentou ignorar a raiva crescente, mas falhou miseravelmente. As lembranças que ele tanto queria deixar para trás agora pareciam persegui-lo — o cheiro do seu perfume preso na memória, sua risada ecoando quando ele menos esperava. Era sufocante. E quanto mais ele pensava, mais a obsessão crescia.
Por que você simplesmente desapareceu da vida dele sem explicação?
Ele apareceu na mesma academia que você começou a frequentar recentemente. Coincidência? Claro que não. O sorriso largo e a falsa surpresa no rosto dele quase fizeram você rolar os olhos.
— Ei, não sabia que vinha aqui. — Ele falou como se nada tivesse acontecido, como se vocês não fossem estranhos agora.
Você manteve a calma.
— Só um lugar novo. — Respondeu, já querendo sair daquela conversa.
Mas, mesmo depois que você o deixou para trás, sentiu seu olhar seguir cada passo seu. Foi ali que a paranoia começou. Detalhes que antes passariam despercebidos agora pareciam pistas de algo maior. Como ele sabia onde você treinava? Por que parecia estar sempre perto dos lugares que você frequentava?
Você começou a receber mensagens anônimas. Algumas inofensivas, piadas internas que só vocês dois entenderiam. Outras um pouco mais... intrusivas.
"Você ainda gosta daquele drink que tomava sempre no verão?"
Seu estômago revirou ao ler.
Você não respondeu, mas ele continuou. Sempre cuidadoso, sempre parecendo casual. Oliver não era o tipo de cara que faria uma cena. Ele era paciente, meticuloso. O tipo de pessoa que prefere derrubar o oponente lentamente, como uma serpente que aperta suas presas devagar até não sobrar ar.
Uma noite, quando voltou para casa, você encontrou algo que fez seu coração parar: uma foto de vocês dois. Estava dobrada cuidadosamente e deixada embaixo da sua porta. Atrás, ele havia escrito: "Você sabe que eu odeio perder."
Mudar de número não ajudou. Ele continuava te achando, mandando mensagens que pareciam dizer: "Você nunca esteve realmente fora do meu alcance." Bloquear nas redes também não servia de nada. Você parou de postar, mas ele sempre descobria onde você estava.
Então veio a última mensagem:
"Eu não gosto de finais sem sentido."
Era como se ele estivesse dizendo que ainda não havia acabado. E, talvez, no fundo, você soubesse que estava certa desde o começo: o passado sempre volta para morder sua bunda.
A paranoia tomou conta de você. Cada vibração do celular fazia seu coração disparar. Você olhava por cima do ombro, evitando lugares públicos, evitando até respirar de alívio. E ainda assim, ele encontrava maneiras de se infiltrar, como uma sombra que não desaparecia.
Uma noite, enquanto tentava desligar a mente com um pouco de música, o toque do seu telefone cortou o ar. Um número desconhecido. Você hesitou por alguns segundos, mas atendeu. Do outro lado da linha, apenas uma voz suave, familiar demais: — Por que você está dificultando tanto as coisas, princesa?
Seu sangue gelou.
— Oliver... O que você quer?
— Você sabe exatamente o que eu quero. A gente não terminou, lembra? — Ele falou com a mesma confiança de sempre, como se fosse um fato estabelecido. — Você acha que pode simplesmente me apagar?
Você apertou o telefone com força, tentando não deixar a tremedeira na sua mão se espalhar pela voz. A adrenalina pulsava, misturada com raiva. Seus olhos se moveram rapidamente pela sala, verificando cada janela e porta, garantindo que estavam trancadas. Cada tranca parecia frágil demais, como se ele pudesse passar por elas sem esforço.
— Escuta, Oliver, — você começou, tentando manter a voz firme, mas a respiração estava irregular. — Eu não sei o que você acha que vai conseguir com isso, mas vou te dizer uma coisa: chega. Acabou. Para com essa merda agora.
Ele deu uma risada baixa, quase condescendente. — É você quem está complicando, não eu. Só quero o que sempre quis.
Você percorreu a sala com passos rápidos, a mão segurando o celular enquanto puxava a cortina da janela para checar a rua. Vazia. Ou pelo menos parecia.
— O que você quer é um problema seu, não meu. Eu saí da sua vida, Oliver. Aceita isso. Para de agir como se fosse o dono da porra do mundo. — A raiva na sua voz transparecia agora, e você não fez questão de esconder.
— Você sempre fica tão linda quando está com raiva. — A voz dele era macia, como se estivesse se divertindo com cada palavra que saía da sua boca. — Mas sabe o que é engraçado? Você ainda se importa. Está trancando as portas, checando as janelas... como se isso fosse me impedir.
Seu coração disparou, uma onda de gelo correu pela espinha. Ele sabia.
— Você está aqui? — Sua voz vacilou por um segundo, mas você engoliu em seco, tentando recuperar o controle. — Você está perto, Oliver? Porque, se estiver, eu juro que vou chamar a polícia.
A risada dele veio baixa, rouca, como se fosse um segredo entre vocês dois. — Polícia? Isso seria divertido. Mas sabe, princesa, se eu quisesse realmente entrar, já estaria aí dentro.
Você se virou para a porta principal e conferiu a corrente, trêmula, tentando sufocar a sensação de pânico. Estava trancada. Mas isso não te fazia sentir segura.
— O que você quer de mim, porra? — gritou, perdendo finalmente o controle. — O que você quer que eu diga? Que você venceu? Está bom, Oliver, você venceu! Agora sai da minha vida, para com esse jogo!
A linha ficou em silêncio. Você quase acreditou que ele havia desligado até ouvir a respiração baixa e calma.
— Eu não estou jogando, princesa. Eu só... — Ele respirou fundo, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. — Eu só quero você de volta. Você não vê? Estou fazendo isso porque te amo.
— Isso não é amor, Oliver. Isso é loucura.
— Loucura? — Ele soltou uma risada amarga, e agora havia algo sombrio na sua voz. — Loucura foi você achar que podia simplesmente sair da minha vida, como se eu não fosse nada. Como se... — A respiração dele se tornou mais pesada. — Como se eu não tivesse importância.
— Porque você não tem. — A resposta saiu antes que você pudesse pensar, cortante como uma lâmina. Era uma mentira desesperada, uma tentativa de criar uma barreira entre vocês.
O silêncio que se seguiu foi mais perturbador do que qualquer grito. Então, a voz dele voltou, agora fria: — Vamos ver até quando você consegue manter essa pose.
A ligação terminou com um estalo seco.
Você achou que o silêncio significava o fim. Duas semanas sem mensagens, sem ligações, sem sinais de Oliver. A paz parecia quase real.
A tranquilidade que você sentiu logo se tornou uma ilusão. As noites sem insônia e as manhãs sem o peso da paranoia foram substituídas por um novo tipo de tensão, estava muito calmo, tudo muito quieto.
Então, uma noite, enquanto você estava assistindo a um filme, o telefone vibrou. Um número desconhecido novamente. O estômago virou, mas, em um impulso, você atendeu.
— Olá? — Sua voz soou hesitante, quase um sussurro.
— Oi, linda. — A voz de Oliver estava tranquila, mas havia uma nota de frieza que enviou arrepios pela sua espinha. — Sentiu minha falta?
— O que você quer? — Você tentou manter a compostura, mas a tensão começou a tomar conta de você.
— Quero que você saiba que não estou longe. Na verdade, estou mais perto do que você imagina.
Você sentiu um nó na garganta e olhou pela janela. A rua estava vazia.
— Não me assuste. — Você tentou falar de maneira firme, mas a tremedeira na sua voz entregou seu pânico. — O que você quer?
Ele riu, mas não era um riso alegre. Era como se ele estivesse se divertindo com a sua angústia.
— Estou a poucos quarteirões de você. E adivinha? — Ele fez uma pausa. — Estou esperando que você venha me encontrar.
Você engoliu em seco, tentando processar o que ele estava dizendo.
— Não vou a lugar nenhum. Você está louco.
— Não, princesa, você é quem não está entendendo. Eu só quero que você saia. Quero que você me encontre. — A voz dele estava tão calma que parecia irreal. — Porque, se você não vier até mim, posso ser forçado a ir até você. E você sabe que isso não seria divertido para ninguém.
Um frio percorreu seu corpo.
— Oliver, por favor. Deixe-me em paz.
— Você sabe que não posso fazer isso. Já faz muito tempo que você me pertence.
Depois da ligação, você decidiu não dormir, a ideia de fechar os olhos parecia impossível. Ao invés disso, você se trancou no banheiro e mandou mensagens para amigos, pedindo que ficassem em contato. Você não sabia o que estava prestes a acontecer, mas sentia que o tempo estava se esgotando.
Quando a manhã chegou, você se sentiu um pouco mais aliviada. Durante o dia, tudo parecia normal, exceto pela constante sensação de que algo estava errado. O olhar dos estranhos se tornava suspeito, e cada movimento que você fazia parecia ser acompanhado.
Finalmente, quando você estava prestes a sair do escritório, a mensagem que você temia chegou:
"Hora de brincar, princesa. Estou na porta."
O pânico tomou conta de você e suas pernas tremeram ao se dirigir à saída.
Quando finalmente saiu do prédio, decidiu que não poderia simplesmente ir para casa. Com a adrenalina pulsando, você começou a andar em direção ao parque próximo, na esperança de despistar Oliver. Mas, ao dobrar a esquina, você o viu.
Oliver estava encostado em um poste, com a expressão relaxada e um sorriso que fez seu coração afundar.
— Oi, princesa. — Ele se endireitou, dando a volta no carro estacionado, aproximando-se lentamente.
— O que você está fazendo aqui? — Você apertou os punhos.
— Vindo buscar você. Lembra? Como eu fazia antes.
— Oliver, não. — Você tentou manter a calma.
— Eu só quero que você entre no carro para a gente conversar melhor.
— E se eu não quiser? — Sua respiração ficou descompensada.
— Então, princesa, eu vou ter que mostrar a você que o que eu quero é o que você quer também. E não vou parar até que você me diga que sou tudo o que você deseja.
A raiva queimava dentro de você. Era insuportável ver Oliver tão calmo, tão satisfeito, enquanto você lutava para manter a sanidade. Por um momento, hesitou, mas a exaustão mental se tornou insuportável. Com um movimento brusco, você abriu a porta do carro e entrou, batendo-a com força.
Oliver deu a volta, entrou no carro e fechou a porta com um leve sorriso, como se tudo estivesse sob controle. O clima no carro era tenso, e você sentiu o peso da sua decisão. Ele começou a cantarolar uma música familiar, como se não houvesse nada de errado, como se você não estivesse passando por um momento de pânico absoluto.
— Então, princesa, o que você tem feito? — perguntou ele, com um tom despreocupado. Perguntando como um maldito descarado que não esteve te seguindo.
Você olhou pela janela. Não sabia como responder. Queria dizer que sua presença era sufocante, que você desejava estar em qualquer outro lugar, mas as palavras pareciam travadas na sua garganta.
— Não estou com vontade de conversar — você finalmente respondeu, o tom seco contrastando com a leveza que ele tentava impor.
— Ah, mas eu não pedi sua opinião. — Ele riu, mas não havia alegria nas suas palavras. — Eu quero que você me diga o quanto sente a minha falta. Sei que você não quis dizer o que disse na ligação, princesa. — Oliver inclinou-se para frente, como se tentasse ler cada expressão do seu rosto. A calma dele era irritante. — Você estava apenas assustada.
Você fechou os olhos por um momento, desejando que tudo aquilo fosse um pesadelo do qual pudesse acordar. Ele estava tão próximo, tão seguro de si, enquanto você se sentia como se estivesse em um labirinto.
— Não, Oliver. Você não entende. — Sua voz saiu mais fraca do que esperava. — Eu terminei porque... porque eu queria que você focasse na sua carreira. Você tinha potencial, e eu não queria ser um peso.
Ele soltou uma risada baixa, mas não havia diversão. Em vez disso, era um riso de desdém.
— Então, você acha que me deixar seria a solução? Que eu poderia apenas esquecer tudo? — A expressão dele mudou, dando lugar à raiva.
Os dedos dele apertaram o volante, aumentando a velocidade do carro e fazendo você se sentir mal do estômago.
— Não, não é isso que eu quis dizer! — Você se apressou em corrigir, sentindo o pânico crescer à medida que a situação escapava do seu controle. A velocidade aumentava e a estrada se tornava um borrão.
As lágrimas começaram a brotar e você fez o possível para conter a sensação de impotência. — Eu fiz isso porque me importo com você! — você gritou, a voz quase se perdendo no rugido do vento que passava pela janela dele aberta. — Queria que você fosse feliz!
— Você realmente acha que me deixar iria me fazer feliz? — Ele retrucou, as palavras carregadas de desprezo. — Acha que eu não sou capaz de lidar com isso? Você, me abandonando assim, achando que estava fazendo um favor... Isso me destruiu!
— Não foi assim que eu quis que fosse! — Você protestou, a voz tremendo. — Eu só queria o melhor para você. Mas agora...
— Foda-se. Você é a única coisa que eu quero, e você tem a audácia de me deixar por causa da sua própria insegurança. Olha onde isso nos trouxe.
As palavras dele eram como facadas, seus olhos se arregalaram.
— O quê? Você achou que eu simplesmente te deixaria para trás depois de chegar onde eu planejei? Porra. Você sabe quantas noites passei acordado pensando no nosso futuro antes que você simplesmente me deixasse sem explicação?
— Eu não queria te machucar, Oliver. — Sua voz falhou, quase engasgada pelas emoções que se acumulavam no peito. — Eu fiz o que achei certo...
Ele riu, mas era uma risada vazia, sem qualquer traço de alegria.
— Certo para quem, princesa? Para você? — Ele te encarou rapidamente antes de voltar os olhos para a estrada, acelerando mais. O mundo lá fora passava rápido demais, e você sentia que o tempo estava contra você. — Você se achou no direito de decidir por mim, como se eu não tivesse escolha? Como se eu não tivesse voz na nossa história?
Você fechou os olhos por um instante, tentando conter as lágrimas. O ar no carro parecia rarefeito, sufocante, e cada palavra que saía da boca dele era uma faca cravada mais fundo.
— Eu nunca quis ser um obstáculo na sua vida — você murmurou, sabendo o quão inúteis essas palavras soariam para ele agora.
— Obstáculo? — Ele soltou uma risada amarga. — Caralho, eu nunca ouvi tanta besteira em toda a minha vida.
Ele virou o volante, fazendo uma curva fechada. A curva brusca fez seu corpo colidir contra a porta, e a dor instantânea no lado da sua cabeça trouxe uma onda de realidade que quase te atordoou. Você tocou sua têmpora e sentiu o líquido quente escorrendo. Os olhos dele rapidamente foram até você.
— Merda! — Oliver ofegou, sua expressão de raiva se transformando em preocupação ao perceber o ferimento. Ele freou bruscamente e o carro parou na beira da estrada.
— Desculpa! Eu não queria... — ele começou, mas a voz tremia com a tensão acumulada. O desprezo que antes dominava seu olhar agora se misturava com uma inquietação que você não conseguia interpretar.
Você estava confusa e magoada, e a última coisa que esperava era essa mudança repentina.
— Você se machucou, porra! — Ele estava quase em pânico, os olhos grandes enquanto avaliava a ferida. — Deixa eu ver.
Ele se inclinou para mais perto, e você se afastou involuntariamente. Ele te olhou como se implorasse para você não fazer isso, não se afastar do toque dele.
— Eu não consigo te deixar ir. — Ele finalmente confessou, a voz baixa e carregada de melancolia. — Eu não consigo.
Ele selou seus lábios com os seus antes que você pudesse reagir. O beijo foi abrupto, como se a urgência de suas emoções precisasse de uma saída instantânea. Suas reações foram automáticas, o corpo respondendo ao toque familiar, mesmo em meio ao tumulto. Uma fina gota de sangue escorreu pelo seu rosto e o gosto de sangue invadiu o beijo.
— Oliver, para. — Você empurrou levemente seu peito, mas ele não se afastou. Em vez disso, aprofundou o beijo, sua mão segurando firme sua nuca, como se temesse que você pudesse desaparecer a qualquer momento.
— Por favor, não se afaste de mim, — ele sussurrou entre os beijos, sua respiração quente contra sua pele. — Você quebra meu coração sempre que age como se não me amasse.
Ele pressionou os lábios contra os seus em um beijo machucado, a urgência dele preenche cada espaço vazio entre vocês. Oliver deslizou a língua no canto da sua boca, onde o sangue manchado escorria da testa. O toque quente e úmido fez sua cabeça girar, e você não conseguiu evitar um arrepio que percorreu seu corpo.
— Oliver... — Você tentou protestar, mas a voz falhou, afogada pela confusão. O gosto metálico do sangue misturava-se ao dele.
Ele deslizou novamente, te silenciando. As mãos segurando seu rosto com firmeza. A sensação de seus lábios se movendo em sincronia com os seus era tão familiar.
Você ficou quieta por um momento, perdida em pensamentos, até que Oliver apertou sua mandíbula, forçando-a a olhar nos olhos dele.
— Retribua, por favor. — Ele implorou, a voz embargada com desespero. — Não me deixe no escuro.
Você respirou fundo, deixando a raiva e a dor momentaneamente de lado. Oliver precisava disso, e, de alguma forma, você também. Então, você cedeu. Seus lábios se moveram novamente contra os dele, e a tensão entre vocês se dissolveu.
A mão dele deslizou para o seu pescoço, segurando você perto como se pudesse sumir a qualquer momento. Oliver ofegou contra sua boca, como se cada beijo fosse uma batalha vencida, uma confirmação de que você ainda estava ali com ele, apesar de tudo.
— Você é tudo o que preciso, sabia? — ele murmurou. — Por favor...
Oliver ofegou contra seus lábios, seus olhos fechados por um instante, como se estivesse absorvendo o momento e tentando recuperar o controle de si. Ele se afastou lentamente, mas levou as mãos até o seu rosto, os polegares traçando círculos suaves na sua pele.
— Olha para mim, princesa. — Ele sussurrou, com a voz rouca. Seus olhos imploravam por sua atenção, como se cada segundo sem contato visual fosse uma eternidade dolorosa.
Você hesitou, sentindo o coração pesado, mas levantou gradualmente o olhar, encontrando os dele.
— Eu sinto muito. — Ele sussurrou, seu tom agora genuíno e arrependido. — Eu não queria te machucar. Acredita em mim... Por favor, princesa... Fica comigo.
Você sentiu o peso daquelas palavras cair sobre seus ombros como uma âncora. A culpa rastejava em você como uma sombra inevitável, sussurrando que, de alguma forma, a queda dele era resultado das suas escolhas. Você quebrou Oliver, e agora ele estava retribuindo na mesma moeda, arrastando você para o mesmo abismo de onde ele parecia não conseguir sair.
— Eu não sei se consigo... — você sussurrou, mas sua voz soou fraca, como se você mesma não acreditasse nessas palavras. A verdade era que você já estava afundando, e era tarde demais para resistir.
Oliver sorriu levemente, mas era um sorriso triste, como se ele já esperasse que você cedesse e soubesse que, no fundo, você não iria embora.
— Claro que consegue. — Ele murmurou, aproximando-se mais, os dedos ainda traçando linhas suaves em sua pele. — A gente vai ficar bem. — Ele sussurrou contra sua testa, plantando um beijo suave ali. A promessa naquelas palavras parecia frágil, mas você queria desesperadamente acreditar nela.
Parte de você se agarrou à ideia de que, se ele te amava tanto, talvez houvesse uma maneira de consertar tudo. Talvez você realmente tivesse responsabilidade pela dor dele e, se fosse assim, deixar Oliver para trás seria apenas mais uma traição.
Você sentiu as lágrimas escorrerem, mas ele as enxugou com o polegar antes que pudessem cair por completo, como se estivesse determinado a não deixar você fraquejar.
— Vamos para casa — ele disse, assim que se afastou. Sua voz soava mais calma agora, mas havia uma urgência sutil que não passava despercebida.
Você assentiu. Ele ligou o carro novamente e começou a dirigir, uma mão firme no volante, enquanto a outra continuava acariciando sua perna de maneira carinhosa.
Finalmente, o carro desacelerou e parou no estacionamento da casa de Oliver. O motor ronronou por alguns segundos antes de ser desligado, deixando vocês em silêncio. Sem dizer nada, ele abriu a porta do carro e saiu. Você o observou contornando o veículo com passos rápidos. A porta ao seu lado foi aberta e ele se abaixou, os olhos fixos em você.
— Vem cá — ele murmurou, a voz rouca, enquanto seus dedos se estendiam até seu rosto.
Com delicadeza, ele afastou o cabelo que havia grudado na sua testa, sujo de sangue. Seus dedos deslizavam com cuidado. Você piscou lentamente, sentindo o coração bater dolorosamente no peito. A suavidade do toque dele contrastava com a brutalidade dos momentos anteriores, e isso só te deixava mais confusa.
— Está doendo? — Ele perguntou, com os olhos fixos na ferida, mas você sabia que ele estava perguntando mais do que isso.
Você abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra saiu. Só conseguiu assentir novamente. Oliver suspirou, passando a mão por seu rosto como se estivesse tentando memorizar cada detalhe, cada linha, para se certificar de que você ainda era a mesma.
— Me desculpa — ele sussurrou, se inclinando para envolver os braços ao seu redor, abraçando seu corpo enquanto afundava o rosto na curva do seu pescoço.
Então, com um movimento suave, ele te puxou para fora do carro. As mãos dele te seguraram com um cuidado, como se você fosse algo frágil prestes a se quebrar. Seus dedos apertaram sua cintura levemente, e antes que você pudesse se afastar ou questionar, ele girou seu corpo e te apoiou delicadamente contra a porta do carro. O frio do metal fez sua pele arrepiar.
Ele segurou seu rosto com uma mão, seus lábios encontraram os seus mais uma vez. Desta vez, o beijo não era apenas urgente, o sangue seco nos lábios de vocês te fez torcer levemente o nariz, o gosto cruciante te fez recuar, e ele se aproximou, pressionando seu corpo com mais intensidade contra o carro. A mão subiu pela lateral do seu corpo até segurar a base da sua nuca, prendendo você ali.
Você sentiu a respiração quente dele contra sua boca, ofegante e ansiosa, enquanto ele mantinha o corpo próximo ao seu, deixando pouco espaço entre vocês. As mãos dele subiram por suas costas e, por um momento, ele parou, como se tentasse se controlar.
— Preciso de você, — ele sussurrou contra seus lábios, quase como um lamento. — Não me afasta de novo.
— Eu não vou... — sussurra com a voz embargada.
Ele te olha por baixo da franja de cabelos desgrenhados grudada na testa, como se as palavras fossem o suficiente para aliviar o temor dele. Ele sabia que estava caindo em uma espiral, mas agora vocês dois estavam caindo juntos.
Oliver abriu a porta traseira do carro abruptamente, e antes que você pudesse reagir, ele te puxou para dentro com firmeza. As mãos viajaram para dentro da blusa, deslizando pela pele como se isso fosse urgente, como se cada segundo sem você fosse uma tortura insuportável.
Ele te empurrou suavemente contra o estofado, fechando a porta atrás de vocês com um estrondo abafado. A escuridão no carro oferecia uma falsa sensação de privacidade, enquanto as batidas apressadas do coração dele ecoavam nas suas orelhas, quase sincronizadas com as suas.
— Me deseje como você costumava desejar. — Ele murmurou, a voz rouca e entrecortada.
Então, sem aviso, ele bateu os lábios nos seus em um beijo apressado. As mãos de Oliver se moviam em seu corpo sem hesitação, prendendo você no lugar, enquanto aprofundava o beijo. Ele roubava cada suspiro seu, como se estivesse tirando oxigênio dos seus pulmões para continuar respirando.
Quando finalmente se separaram por um instante, ambos estavam ofegantes. Ele encostou a testa na sua, com as respirações curtas se misturando no ar apertado do carro.
— Você é minha — ele murmurou. — Sempre foi.
A mão dele apertou levemente sua cintura e ele abaixou a cabeça, depositando beijos rápidos e molhados na curva do seu pescoço, como se quisesse marcar aquele momento na pele. A urgência em cada movimento deixava claro que ele não estava pedindo, mas reivindicando, como se quisesse garantir que você jamais esquecesse o que existia entre vocês.
— Diz que você sente o mesmo. — A voz dele era um sussurro, um pedido — Por favor... só fala que você ainda me quer.
— Eu... — Sua voz saiu baixa, quase inaudível, mas ele segurou seu rosto com as duas mãos, obrigando você a encará-lo.
— Fala, — ele insistiu, agora quase em uma súplica desesperada. — Me dá alguma coisa para acreditar, só dessa vez. Qualquer coisa...
Você inspirou fundo, sentindo a garganta fechar. — Eu ainda quero você, — você finalmente sussurrou, as palavras saindo baixas.
Antes que você pudesse sequer processar a reação dele, seus lábios estavam de novo nos seus, mais suaves desta vez.
— Então não me deixa, nunca.
A vulnerabilidade na voz dele te pegou de surpresa. Você passou as mãos pelos cabelos dele, bagunçando ainda mais as mechas desordenadas, enquanto ele relaxava sob seu toque, como se estivesse finalmente soltando um peso que carregava há muito tempo.
— Estou aqui, — você murmurou, os dedos acariciando sua nuca. — E não vou a lugar nenhum.
Você afunda suas mãos nos cabelos dele, puxando-o para mais perto, e ele responde pressionando o corpo contra o seu. Você pode sentir a dureza dele contra suas coxas.
— Olhe para mim, — ele pede — Não desvie o olhar.
Você não pode fazer mais do que obedecer, seus olhos se fixam nos dele. As mãos de Oliver encontram caminho para os botões da sua blusa, desabotoando-a com pressa antes de puxá-la impacientemente, fazendo os últimos botões rasgarem. Seus olhos se arregalaram por um momento e o seu corpo arqueou com a pressão do pano sendo puxada.
— Porra... Sim, eu senti tanta saudade deles — ele estendeu a mão, apertando e apalpando seus peitos antes de amassá-los contra a palma da mão e afogar o rosto abaixo, mordiscando e sugando levemente até que a pele estivesse marcada.
— Oliver... — você ofegou, o ar do carro se tornando quente enquanto ele puxa seu corpo contra o dele com afinco.
— O que você quer, princesa? — A voz sai abafada enquanto ele se concentrava no que estava fazendo. Os dentes roçaram seu mamilo, não exatamente mordendo, mas ameaçando. Ele se afasta levemente para dar atenção ao outro. — Diga-me o que você precisa.
Olhando para baixo, você encontra o rosto bonito e desgrenhado enterrado entre seus peitos, os olhos fixos neles como se você fosse o banquete mais delicioso que ele já tinha visto.
— Espere... — você respira em um gemido arrastado — Não morda aí.
— Mas você tem um gosto tão bom... — ele gemeu, apimentando beijos ao longo do colo dos seus seios — Senti falta da maneira como você se move sob o meu toque.
Ele se afastou, sentando-se sobre os próprios calcanhares antes de deslizar os dedos pelas suas pernas e enfiá-los na barra da sua saia, deslizando para cima até que ela estivesse amontoada na sua cintura. Ele gemeu suavemente quando descobriu o quão molhada você estava, os dedos deslizando sem esforço através de sua excitação.
— Você já está tão molhada para mim. Eu mal toquei em você e você já está pingando. — Zombou enquanto os dedos encontravam sua umidade, arrastando provocantemente ao longo da borda de sua calcinha. Ele olhou para você, com um sorriso perverso nos lábios. — Isso é tudo para mim, princesa?
Seus dedos mergulharam mais baixo, deslizando sob o tecido fino para roçar contra sua área mais sensível. Você ofegou, empurrando deliberadamente seus quadris contra a mão dele. O polegar circulou seu clitóris lentamente, enquanto a outra mão segurava sua perna com força o suficiente para deixar as marcas dos dedos.
Ele enganchou os dedos sob sua calcinha, empurrando-a para o lado para expor sua buceta aos olhos dele.
— Eu estive pensando nisso por tanto tempo — ele admitiu, seus dedos arrastando suas dobras escorregadias.
— É um pouco constrangedor... Eu preciso de você dentro de mim — puxou-o pelo colarinho da camisa, buscando distração nos lábios dele.
Com um movimento rápido, ele desfez o cinto e empurrou as calças para baixo, libertando seu pau dolorido.
— Eu vou te foder com tanta força — ele promete, sua respiração quente contra o seu ouvido. — Vou fazer você esquecer todo o resto. Tudo o que você será capaz de pensar é no meu nome.
A visão dele, duro e latejante de necessidade, envia uma nova onda de desejo correndo pelo seu corpo direto para sua buceta.
— Você está pronta para mim? — Ele pergunta, a ponta de seu pau empurrando contra sua entrada. — Porque, uma vez que eu comece, acho que não serei capaz de parar.
A mão dele se estende para baixo, segurando a base de seu pau e alinhando-o e empurrando em provocação. Então, com um empurrão rápido, ele está dentro de você.
— Porra... — você pragueja, ofegando enquanto segura o estofado do banco.
Ele faz uma pausa por um momento, saboreando a sensação antes de começar a se mover. Cada empurrão é deliberado, profundo, como se ele estivesse tentando encontrar algo.
Ele se curvou sobre você, com as suas pernas sobre os ombros dele, esmagando seus peitos contra suas coxas. Um gemido agudo deixou sua garganta, ele estava tão fundo na posição atual que, a cada vez que os quadris se moviam, você sentia ele bater contra o colo do útero.
As mãos se apoiam ao lado do seu rosto enquanto ele mantém os olhos nos seus, ele não precisa de esforço algum para manter você no lugar enquanto dirige para dentro de você. O som da pele batendo contra a pele enche o carro, misturando-se com seus gemidos desesperados e a voz ofegante dele falando contra o seu ouvido.
— Oliver... Deus, eu preciso... — Ele corta você, batendo os quadris contra você com força.
— Eu sei do que você precisa — ele respondeu, capturando seu lábio inferior entre os dentes — E eu vou dar a você.
Ele chupou seu lábio inferior com força suficiente para te fazer gemer em reclamação, um gemido arrastado dele sobrepõe-se ao seu. Ele rosna baixinho, batendo e empurrando contra você, até que você seja uma bagunça embaixo dele, gemendo incoerentemente e implorando por uma pausa.
Você sente sua buceta contrair e convulsionar ao redor dele, seus olhos rolam para trás enquanto a boca dele abre em um gemido. Os quadris pressionam os seus pela última vez antes que ele sinta você tremer e seu corpo vacilar a cada empurrão. Ele cerrou os dentes, enchendo sua buceta até ameaçar transbordar.
Ele sabe que vai ter que mandar lavar o maldito banco do carro, mas ele não se importa, muito preso em seu próprio orgasmo para sequer pensar em algo além da sua buceta apertando e tirando cada gota dele.
— É isso, querida...
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