𝕴𝗹𝗮𝘄

Any Gabrielly

Aquele livro estava chato, já era a vigésima ou centésima vez que eu o lia, e não sabia exatamente o por que tinha uma enorme obsessão por um livro que eu nem gostava, mas era um presente de minha mãe, o presente da uma vez que a vi, e foi um dia antes de meu aniversário de 10 anos, desde então nunca mais a vi. Sei que é um presente barato comprado em uma banca qualquer apenas para não deixar algo para trás, mas esta tudo bem, ainda são 01:30 da manhã e eu já sou adulta.

Devo superar isso por bem ou por mal, ninguém escolhe aonde nasce, com quem se convive ou onde morre, então por que me lamentar agora depois de tanto tempo? Tão inútil. Soltei a fumaça do cigarro barato entre os lábios fechando finalmente aquele livro, o joguei sem vontade algum no chão de meu quarto e me ajeitei na cama toda bagunçada.

Fiquei olhando a capa fina do livro, que tinha uma capa em tons marrons, uma vez se esteve branco, hoje em dia estava manchado e sujo de café e outras coisas que mal lembrava como tentei o destruir, eram um livro que me causava dor e raiva, mas também me trazia segurança e lembraças boas.

Levantei minha cabeça no mesmo momento em que ouvi uma notificação em meu celular, olhei para ele com a tela ligada deixado em cima do criado mundo, não conseguia enchergar de quem era a mensagem de onde estava deitada, por isso me estiquei para pegar o celular como pude, assim que o alcancei me sentei na cama e coloquei a minha senha numérica.

Achei estranho a mensagem estar em nome de Noah, o que ela fazia acordada a essa hora me mandando uma pasta de arquivos de fotos, mas decidi olhar a mensagem mesmo assim, nunca imaginei o que veria, nunca se quer imaginei o que teria naquele arquivo, só sei que assim que o abri vi uma pasta com varias fotos extremamente nojentas que me causaram ânsia no mesmo estante.

Eram diversas, mas muitas fotos mesmo de Sina com o meu namorado Noah, eu não estava entendendo do porque Sina me mandou um arquivo em quase duas da manhã com varias fotos sua com meu namorado, eram fotos fofas, fotos extremamente sexys, e fotos totalmente nu, eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, minha cabeça estava em uma grande confusão, tanta que mal havia notado a falta de ar e a busca dele.

Por que aquilo agora? Ele não estava trabalhando? Por isso não estava em casa, era tudo muito confuso. Estava tão no automático que apenas me levantei rapidamente da cama tirando o pijama que vestia, colocando uma calça moletom branca e uma blusa também branca que encontrei na montanha de roupas bagunçadas. Ouvi algo cair entre as roupas que eu mexia e vi minha antiga bombinha de asma, não sabia o que estava acontecendo com o meu ar, mas ainda sim peguei a bombinha e a coloquei na boca.

Sentada ao chão com meus olhos fechados tentando recuperar o ar com a bombinha de asma, dava para ver claramente em que estado eu estava, e não era o melhor, após recuperar o ar um choro doloroso se fez presente, meu peito doía, mas não como antes que perdi o ar, como alguem que estava destruída por amar alguem e ver fotos de mais de 3 anos de sua melhor amiga e namorado juntos, isso que eu namorava a mais de 5 anos, era inacreditável.

Josh: E você pelo menos bateu nele? ㅡ Estava mexendo o copo com bebida e gelo dentro, olhando para alguma parte da bancada do bar distraida sem perceber, até me assustar com o barulho de um desparo de tiro aparentemente vindo de la fora, olhando para o garoto de cabelos loiros em minha frente, vendo que talvez a deixei falar por mais tempo sozinha do que imaginei.

- O que? Não...eu...ela...Isso aconteceu a menos de 40 minutos atrás.ㅡ Falei com a voz rouca e chorosa, meus olhos doíam, assim como minhas bochechas de tanto chorar, até havia uma pouca maquiagem antes, e agora apenas uns rabiscos pretos borrados do choro.

Josh: Uau, então dose dupla. ㅡ O garoto de cachinhos pegou a mesma garrafa de bebida que havia me servido e encheu até a metade do meu copo, me fazendo o tomar com vontade, sentindo minha garganta queimar. ㅡ Isso, quanto mais sentir a bebida, menos vai sentir a dor.

ㅡ Está mesmo qualificado para esse trabalho? ㅡ Perguntei tossindo um pouco, o olhando de baixo, não estava vazio o lugar, mas não era o mais cheio que já vi, os outros dois barmens atendiam o restante com rapidez, enquanto o garoto mal saia da minha frente, separadas por uma bancada de madeira com verniz, era lindo.

Josh: Sou o melhor da noite. ㅡ Sorriu convencido, pegando de baixo do balcão uma taça grande e redonda, peguei o meu copo novamente terminando a bebida que ainda tinha nela, deixando no balcão e prestando atenção no que a mais alta fazia. ㅡ Calma ai, você vai gostar.

Ele então pegou a bacia de gelo e coloco até na metade da taça, pegou licor azul e outras duas que mal consegui ler que ela já colocou na taça, esmagou alguns morangos e colocou trudo dentro, mexeu a bebida com um canudo e assim me entregou, eu estava curiosa, estava muito bonito e caprichado, estava estar delicioso também.

ㅡ Uau você é bom nisso. Como chama a bebida. ㅡ Perguntei tocando meus dedos no canudo metálico, mexi mais um pouco a bebida enquanto olhava, logo após bebericando um pouco, gemendo deliciosamente com a mistura de sabores, estava incrível.

Josh: Eu chamaria de, Bebida azul para uma gatinha deprimida. ㅡ Parei de beber levantando minha cabeça, olhando para o barmen gato que estava em minha frente sorrindo me paquerando sem esconder nada esse tempo todo, e eu não era cega, apenas estava em outro clima, anteriormente.

ㅡ E você salvou a gatinha deprimida, adorei a bebida... ㅡ Sorrio mostrando meus dentes e espremendo um pouco meus olhos, voltando a bebericar aquela bebida especialmente para mim.

Ficamos conversando a madrugada toda, conversamos sobre coisas aleatórias e spbre nossa vida enquanto o garoto na qual descobri se chamar Josh me fazer diversos drinks me deixando animada mais uma vez, porém eram uma felicidade diferente das outras na qual uma vez tive.

A noite foi curta de mais para tantas risadas e chororos em um bar a quadras de minha casa, mas valeu a pena, ganhei um amigo, um paquera, um...bom, acho melhor apenas deixar a vida seguir como predestinado.

Fim.

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