|| capítulo seis
SHOUPE ENCARAVA FIXAMENTE a Casteli, mostrando um vídeo na televisão da delegacia. O vídeo era de uma das câmeras de segurança do navio, mostrando o momento que Caroline entrou no quarto, Jason em seguida, e depois o vídeo acabava.
––– Logo quando vi pela primeira vez, achei extremamente suspeito. Porque o vídeo acaba quando ele entra, depois de você? ––– Shoupe olhou para Caroline, que ergueu uma de suas sobrancelhas, como se não soubesse o porquê ––– Irei perguntar uma vez. Conhecia Jason?
––– Não. ––– Caroline respondeu, ela não estava mentindo, não o conhecia. Não muito bem. ––– Minha mãe está no hospital, e você está me interrogando por base em um vídeo pela metade? ––– Caroline cruzou os braços, deixando seus olhos fixo no policial
––– Isso não é um interrogatório. Estou apenas tirando algumas dúvidas que ficou ––– Shoupe sorriu sarcasticamente para Caroline, tentando ler o comportamento da loira, mas ela não demonstrava nada, além de seu sorriso ácido nos lábios, Shoupe não conseguia a ler.
––– Você já me perguntou tudo. Estou aqui há duas horas, e não sei se minha mãe morreu ou não. Se Deus quiser não. ––– Caroline arrumou sua postura, erguendo seu corpo um pouco pata frente ––– Eu não tenho culpa se a câmera parou de funcionar ––– Ela deu de ombros, curvando um pouco sua cabeça para o lado ––– E eu acho que é o direito do cidadão, ter notícias de seus familiares quando estão internados.
––– Eu tenho uma pergunta. Porque você estava no navio? O navio estava em nome de Ward Cameron, e pelo que eu saiba… Vocês nunca se deram bem.
––– Eu estava lá por causa do Rafe. Foi uma época… Conturbada no nosso relacionamento, se é que me entende. Deve ter essas coisas no relacionamento com sua esposa. ––– Caroline explicou, mas ao dizer as últimas frases, Shoupe revirou seus olhos, colocando seu corpo para trás, suspirando. ––– É engraçado porque você não tem uma esposa. ––– Caroline riu da própria piada, enquanto Shoupe a esperava terminar ––– Acabou?
––– Uma última pergunta. ––– Shoupe engoliu seco, passando a mão pela mesa ––– Você sabia que o corpo dele estava no mar?
Caroline umedeceu seus lábios, olhando por alguns segundos para o teto, como se estivesse pensando naquela possibilidade, mas Shoupe sabia que não passava de sarcasmo.
––– Deixa eu pensar… Não. ––– Ela voltou a olhar para Shoupe, se levantando da cadeira ––– Vai ser emocionante você achar o culpado por um assassinato que nem você sabia que existia ––– Caroline o provocou. Shoupe mordeu seus lábios, sabendo que aquele assassinato poderia afundar sua carreira.
Caroline deixou um último sorriso, antes de sair da sala. Ao sair, viu Rafe apoiado do outro lado, seus braços estavam cruzados e sua feição séria. Shoupe havia chamado, o motivo não era aparente, até Caroline ser interrogada.
A Casteli sorriu para Rafe, se aproximando levemente do garoto, segurando sua mão direita. Rafe a olhou, sentindo a mão de Caroline tocar em sua bochecha, dando um selinho rápido. Ela se afastou alguns centímetros, aproximando sua boca do ouvido de Rafe
––– Eles tem uma gravação de segurança. ––– Caroline murmurou, tão baixo que apenas Rafe poderia escutar. O Cameron a olhou, antes de ser chamado por Shoupe.
Ao sentar na cadeira, Shoupe colocou o vídeo. Rafe se lembrava exatamente de como foi excluir o resto da gravação. Ninguém poderia ver Caroline saindo do quarto, completamente ensanguentada, eles saberiam que ela o matou, então ele deve que excluir o resto.
––– O barco estava no nome do seu pai. Porque ela foi? E principalmente, porque o Jason? ––– Shoupe perguntou, observando Rafe o encarar de volta
––– No dia, alguém havia dito que o barco estava sendo invadido. Talvez fosse ele. ––– Era mentira, Rafe sabia que se tratava dos pogues, mas naquela posição, era a melhor desculpa possível, e Shoupe não saberia da verdade ––– A Caroline é minha namorada. Se eu quiser levar ela para o shopping, ou para o meio do mar, eu posso. Ela é minha.
––– Mas na época não eram namorados. Correto? ––– Rafe concordou com a pergunta de Shoupe
––– Mas todos sabiam que ela era minha ––– Rafe deu de ombros, tombando a cabeça um pouco para trás
––– Mas não era. Vocês não namoravam. ––– Shoupe passou a mão pelo rosto, vendo o Cameron levantar as sobrancelhas ––– Você ficou com ciúmes da Caroline entrando em um quarto com outra pessoa?
Rafe não conteve a risada, levando uma de suas mãos até a boca. Ele negou com a cabeça, ainda com um sorriso largo no rosto
––– Sabe quanto tempo levou para eu e a Caroline sabe… Transarmos pela primeira vez? Cinco meses. ––– Rafe sorriu, ao lembrar da primeira vez que Caroline permitiu um toque dele ––– A espera valeu a pena, e se você acha que ela transaria com… Ele, você está bem errado.
Shoupe se levantou da cadeira, colocando a mão em sua cabeça. Rafe manteve seu olhar no policial, até ele se virar de costas, pensando no que poderia dizer.
––– Eu acho que Caroline Casteli matou Jason a sangue frio. ––– Shoupe se virou brutalmente, batendo as mãos na mesa de interrogatório ––– E acho que você a ajudou.
Rafe balançou a cabeça negativamente, deixando um sorriso latino em seus lábios. Era verdade, mas Shoupe não achava que aquilo era um fato, ele estava tentando o manipular
––– Eu acho que você está tentando solucionar um assassinato, que não tem solução. ––– Rafe se levantou, tirando o pó de sua calça ––– Espero não te ver novamente.
Caroline foi obrigada por outro policial, a voltar para o hospital, não autorizando ela esperar Rafe dar seu depoimento. Quando chegou, ela viu William e Tonya sentados lado a lado, esperando alguma notícia de Teresa, que continuava internada.
Ela andou de um lado para o outro, ansiosa com toda aquela situação. Ela estava roendo a unha ao ver o treinador de Sofia passando pela porta, indo em direção a um quarto. Ele havia a visto, e sabia que ela o seguiria.
Caroline andou em passos lentos até ele, olhando sempre em volta, observando se não havia ninguém a seguindo
––– Sinto muito pela sua mãe ––– O homem disse, se virando para ela ––– Isso é desagradável, não?
––– Você não é meu treinador, e compartilha o mesmo ódio da Sofia por mim ––– Caroline passou a mão por uma das camas, olhando para o nome do paciente. ––– Diga antes que ele volte
––– Você sabe que não tem se saído como deveria, e isso com sua mãe… Desabilita qualquer um. ––– Ele começou, dando um passo a frente ––– Se for para as Olimpíadas, passará vergonha. Sabe disso.
––– Está tentando me fazer desistir das Olimpíadas?
––– Não. Mas você sabe que só tem um primeiro lugar. ––– O treinador de Sofia sorriu sarcasticamente para a loira, dando a entender que Sofia ficaria com a medalha de ouro. Nem ele acreditava naquela informação.
––– E nós dois sabemos que é meu. ––– Caroline deu de ombros, convencida de seu talento. Ela sabia que era a melhor, não tinha dúvidas
––– Você sabe que tem outras patinadoras melhores do que você na atualidade, mas ainda sim age como se fosse a melhor. É impressionante, Casteli ––– Ele balançou a cabeça levemente, deixando o sorriso sarcástico em seu rosto
––– E mesmo com tantas outras, ainda sou eu que estou nas capas das revistas, nos jornais, e principalmente na lista de maior pontuação das competições. ––– Caroline se aproximou do treinador, colocando sua boca perto de seu ouvido ––– Se eu já duvidei da minha capacidade, isso foi no passado. Eu coloco você, sua aluna, e suas milhares de outras alunas que você conseguir, na última posição. E eu sempre vou fazer isso, porque eu posso.
Caroline se afastou, deixando seu olhar sob o treinador. Ele mordeu seus lábios, colocando suas mãos no bolso, tentando não mostrar o nervoso que estava sentindo.
––– Porque você age como se não olhasse a Sofia como uma competição? ––– Ele perguntou, observando a expressão séria de Caroline ––– Você sabe que ela é melhor, porque é minha aluna, e você sabe que se tivesse aceitado minha proposta de treinar você, há anos atrás, você estaria muito melhor.
––– Eu não aceitei ser treinada por você, porque a Tonya é melhor. ––– Caroline mordeu seu lábio, se lembrando de anos atrás ––– Olha, a vida é isso ––– A garota colocou sua mão embaixo, como se estivesse medindo algo. Ela colocou sua mão perto de seu peito, mostrando a altura que estava do chão ––– Eu gosto disso ––– Ela levantou sua mão até os olhos, mostrando a distância que estava ––– Eu estou aqui ––– Ela levantou sua mão até ficar em cima de sua cabeça, mostrando que ela estava muito além do esperado
O treinador deixou uma risada escapar pelos lábios. Caroline riu também, mas de uma forma ácida, encostando sua mão no ombro do treinador. Deixando um último toque, como se estivesse falando para ele nunca mais duvidar de seu potencial.
Quando Caroline saiu da sala, uma das enfermeiras pediu para que ela fosse até a sala de sua mãe ver como ela estava. Caroline concordou, ansiosa para ver a mulher, mas ao entrar na sala, não tinha ninguém na cama. Mas tinha uma carta.
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Rafe odiava a sensação de estar fazendo as coisas erradas, mas estava sentindo aquilo naquele momento. Ele deveria ter queimado as fitas da câmera de segurança, ou Shoupe não estaria suspeitando de Caroline. Ele sabia que a Casteli não o culparia, mas ele sim. Ele odiava a sensação de ter falhado, principalmente falhado com ela.
Ao chegar no hospital, ele chamou William com sua mão, fazendo com que o homem andasse até ele até uma parte isolada do hospital.
––– Já contou para a Caroline que é o pai dela? ––– O Cameron perguntou, mas logo foi empurrado por William.
––– Isso tem muitas coisas que você e ela não entenderiam. É melhor ela não saber. ––– Ele disse, mas viu o sorriso sarcástico de Rafe, que logo veio com um empurrão, fazendo William se afastar ––– Rafe, é muita coisa que você não…
––– Você vão fazer o que eu dizer, está bem? ––– Rafe se aproximou do rosto do homem, o encarando com seus olhos arregalados, e um sorriso malicioso nos lábios ––– Eu não me importo com a história que você inventou para fingir sua morte, não mesmo. Mas você irá dizer para ela, ou eu conto, e conto para o xerife também. ––– Ele se afastou, observando o medo nos olhos de William ––– Aliás, cadê ela?
––– Ela foi ver a mãe, e não voltou mais. ––– William respondeu, gaguejando. Ele estava processando ainda a informação que Rafe sabia da verdade, e que estava sendo manipulado por um adolescente.
––– Sua esposa. ––– Rafe o corrigiu, umedecendo seus lábios ––– Onde é o quarto?
Rafe bateu duas vezes na porta do quarto, mas ninguém atendeu. Quando ele abriu agressivamente, viu que não tinha ninguém. Ele ergueu suas sobrancelhas, coçando sua cabeça por alguns momentos. Ao ver uma enfermeira passando, ele perguntou onde as mulheres naquela sala estavam, ao escutar “só uma mulher estava aqui” seu coração disparou.
Ele andou três vezes por todo o hospital, passando por todos os corredores que via, mas não encontrava Caroline e nem Teresa.
Seus olhos pararam na Casteli sentada no corredor de comidas. Ela estava apenas sentada, com suas costas apoiadas na parede, e sua cabeça também. Ela estava sentada na frente da máquina de biscoitos, e a encarava fixamente, mas Rafe sabia que ela não estava olhando para a comida. Seu olhar era vago, como se ela não estivesse ali.
Ao se aproximar, ele notou que havia uma carta em suas mãos. Caroline não o olhou, mas sabia que era o namorado, entregando a carta para Rafe, sem tirar os olhos da máquina de comida.
“Filha, eu te amo, mas eu preciso ir embora.
Adeus, minha garota. Teresa.”
Quando leu a carta, Rafe entendeu o motivo da garota estar tão abalada.
Ele se sentou ao lado de Caroline, que engoliu seco, segurando as lágrimas em seus olhos. Ela não queria chorar, porque já esperava aquilo, mas mesmo assim seu coração estava apertado.
––– Porque ela sempre me deixa? ––– A Casteli quebrou o silêncio, sentindo o olhar de Rafe fixo em sei perfil ––– Quer dizer… Eu pensei que estávamos indo bem, que ela estava indo bem. Ela estava trabalhando… Falando comigo. ––– Caroline respirou fundo, sentindo seus olhos marejarem ––– Eu não… Tem algo de errado comigo? Porque ela sempre vai embora?
Caroline abaixou sua cabeça, desviando seu olhar por alguns segundos até o Cameron, que respirou fundo, levando uma de suas mãos até a mão de Caroline, as segurando.
––– Não tem nada de errado com você. ––– Rafe acariciou as mãos da garota, observando ela olhar para frente de novo ––– Caroline, você ilumina o dia de qualquer pessoa, só com um sorriso. Você é… Você. E eu sou eternamente grato por você ser só você. ––– Caroline desviou seu olhar para ele, deixando com que seus olhares se encontrarem ––– Eu prefiro morrer do que te abandonar. E qualquer pessoa pensa isso.
––– Ela não. ––– Caroline abaixou sua cabeça, engolindo seco ––– Eu… Eu sou horrível?
––– O problema não é você, olhuda. É ela. Ela tem um transtorno, e não quer ajuda. Você não pode ajudar alguém que não quer. ––– Rafe ainda segurava sua mão, a acariciando de uma forma delicada ––– Não há nenhum lado seu que não seja tão bonito, não há nada em você que seja horrível, na verdade é impressionante. Eu gostaria que você se visse da forma que eu te vejo. Amasse você o quanto eu amo.
Caroline olhou para as mãos de Rafe que seguravam suas mãos. Ela respirou fundo, voltando o olhar para Rafe.
Um dos motivos de Caroline ter se apaixonado por Rafe, era como o garoto conseguia trazer uma onda de paz quando ela estava prestes a surtar. Ele era uma boia salva-vidas quando o mar estava agitado,
––– Mas você tem que deixar ela ir. Eu sei que você a ama, ela é sua mãe, mas… Deixa ela ir. ––– Rafe murmurou, acariciando sua mão ––– Você não precisa dela. É hora de dizer adeus.
Caroline concordou com a cabeça, ainda cabisbaixa. O Cameron se levantou, estendendo sua mão para a Casteli, que a segurou fortemente, aceitando a ajuda de Rafe a se levantar. A Casteli secou as lágrimas em seu rosto, se virando de costas para Rafe, que colocou as mãos em volta da cintura dela, esperando que ela o olhasse de novo.
Os dois andaram lado a lado, e ao passar na frente do quarto onde sua mãe estava, ela se lembrou das duas cozinhando juntas. Era como se aquele momento voltasse, fazendo com que uma lágrima caísse sob sua bochecha. Rafe apertou a mão dela com mais força, fazendo com que ela voltasse. Caroline engoliu seco, segurando as lágrimas em seus olhos, ela passou a mão por trás de Rafe, fazendo com que o garoto abaixasse um pouco, ficando na sua altura, beijando o lado de sua cabeça.
––– Obrigada. ––– Caroline murmurou no ouvido de Rafe, sentindo o garoto beijar sua cabeça.
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Depois do hospital, Caroline não quis conversar com ninguém. Ela não se permitiu ficar triste, treinando como nunca para as Olimpíadas. Cada movimento que ela fazia, saia com uma incrível perfeição, tão cravado que até William duvidava se aquilo era real ou não. Ela acertava todos os movimentos, todos os giros e os ângulos corretos.
Aquilo havia irritado a todos, principalmente o treinador de Sofia, que há menos de sete horas havia a chantageado para sair das Olimpíadas.
Caroline saiu do gelo sem conversar com ninguém, saiu direto para seu vestiário. Ela ainda estava com raiva, a raiva pelo fato que sua mãe havia a abandonado sem se despedir, o fato que o treinador de Sofia havia ido até ela, de Shoupe ter gravação dela.
––– Você foi muito bem hoje. ––– A voz de Sofia fez com que Caroline se virasse, deixando uma risada sarcástica sair de seus lábios ––– Não estou brincando. Você foi ótima.
––– Sabia que seu treinador foi até mim, tentar me tirar das Olimpíadas? ––– Caroline disse, retirando seu uniforme do corpo. Sofia abaixou sua cabeça, sentindo o olhar quente de Caroline sob si ––– Você sabia, não é? E mesmo assim deixou ele ir até mim
––– Eu não sabia. Eu juro. ––– Sofia levantou sua cabeça, vendo Caroline negar com a cabeça. A loira colocou sua calça, não desviando o olhar de Sofia ––– Eu sinto muito.
––– Não acredito. Sabe porque? ––– Caroline terminou de se vestir, se aproximando de Sofia. A morena estremeceu, mantendo os olhos fixos na loira em sua frente ––– Porque você é uma trapaceira. Trapaceou com a Tonya, e agora está trapaceando comigo. ––– Sofia engoliu seco, observando os olhos de Caroline mudar. Agora a Casteli a olhava como antes, com nojo e desdém.
––– Eu não sabia Caroline. Eu te prometo. ––– Sofia engoliu seco mais uma vez, tentando não mostrar o quão estava abalada, mas sua voz a entregou, saindo cambaleada
––– Suas promessas não valem de nada Sofia. ––– Caroline cerrou seu olhar para ela, e por alguns segundos, viu o semblante de sua mãe. ––– Eu vou acabar com você. Ninguém nunca vai se lembrar que você já participou das Olimpíadas. ––– A voz de Caroline saiu rígida, fazendo com que Sofia mantivesse sua postura, mas seus olhos entregavam que ela lamentava pela amizade perdida. ––– E é por isso que eu sempre ganho, e você perde. Porque eu não trapaceio.
Caroline deixou o local, deixando Sofia sozinha no vestiário. A morena pegou um copo que estava em cima da pia, jogando contra a parede.
Talvez Caroline estivesse colocando toda a raiva que estava sentindo, em Sofia. Quando saiu da sala, ela se arrependeu de ter dito palavras tão cruéis a ela, mas ela também tinha culpa. Todos tinham culpa.
Quando chegou em casa, Rafe não estava lá. Ela aproveitou aquele momento para se alongar, esticando sua perna até o máximo, sentindo todos seus músculos se esticarem também. Ela abriu sua perna, inclinando seu corpo um pouco para frente.
––– Está fazendo o que? ––– Rafe perguntou abrindo a porta. Caroline virou seu corpo, vendo o namorado entrar
––– Me alongando. Não é óbvio? ––– Ela deu de ombros, colocando sua mão em seu pé.
Rafe se aproximou dela, se abaixando, ficando em sua altura, dando um beijo em sua cabeça.
––– Você está bem? Eu… ––– Caroline não deixou o Cameron terminar a frase, fazendo um barulho de não com a boca.
––– Estou bem. ––– Ela afirmou, alongando mais seu corpo
––– Caroline, eu sei o que aconteceu, e sei que isso te afeta. Mas você não pode ignorar o fato que… ––– Rafe exitou em falar a última frase. Ele não queria dizer com todas as palavras “sua mãe foi embora”, porque sabia que a machucaria.
––– Pode falar. ––– Caroline se levantou, se aproximando do namorado ––– Pode falar que minha mãe foi embora.
Rafe abaixou sua cabeça, se negando a dizer aquilo. Ele andou até a cozinha, abrindo a gaveta. Ele pegou uma latinha de cerveja, dando um gole generoso nela. Ao abrir seus olhos - que foram fechados por breves segundos - ele viu Caroline em sua frente
––– Você sabe que precisa conversar sobre isso, não sabe? ––– Rafe perguntou, encarando os grandes olhos de sua namorada
––– Sabe o que eu preciso? ––– Caroline deu um passo a frente, fazendo com que Rafe encostasse seu corpo na bancada da pia ––– Que você me foda até eu esquecer.
Os olhos de Rafe examinaram a garota, enquanto levava a latinha de cerveja até a sua boca. Ele precisaria se hidratar, já que Caroline estava olhando com tanta sede.
Caroline segurou a mão de Rafe, pegando a latinha, e dessa vez foi sua vez até levar para sua boca, tomando um gole. Ela não retirou os olhos do Cameron, e pareceu que aquele movimento foi o que fez ele enlouquecer de vez. Ve
––– Não é certo. ––– Ele murmurou, observando Caroline colocar a latinha em cima da bancada ––– Está abalada. Não é certo.
––– E você se importa com o que é certo ou não? ––– Os olhos pedintes de Caroline era o ápice para Rafe. Era como se ela fizesse aquilo para o provocar, e ela sabia exatamente o efeito que tinha com aqueles olhos. ––– Eu sei que é certo que eu quero que você me coma, e eu sei que você também acha isso.
––– Não acho. ––– Ele murmurou, passando o dedo indicador nos braços de Caroline
Ela abaixou seu olhar para o abdômen de Rafe, dando um sorriso vitorioso
––– Sua ereção está dizendo o contrário. ––– Caroline aproximou a boca do ouvido de Rafe, sussurrando aquelas palavras
Rafe segurou a cintura de Caroline, trocando de posições, a deixando presa contra a bancada da cozinha. Ele abriu suas pernas, colocando as duas RM volta de sua cintura
––– Vamos ver se você está se alongando bem. ––– Ele murmurou, passando a mão pelo pescoço de Caroline, parando em seus cabelos, os puxando para trás.
O gemido de Caroline foi abafado pelo beijo de Rafe, no qual desceu pelo pescoço, deixando alguns chupões no local. Caroline passou a mão nas costas de Rafe, deixando sua mão deslizar até seu quadril, mas parou ao sentir o Cameron desceu até o colo, deixando diversos chupões naquela região.
––– Sobe até o quarto. Me espera sem roupa. ––– Rafe mandou, vendo Caroline concordar com a cabeça.
Ao chegar no quarto, Caroline fez exatamente o que ele disse. Tirou toda a sua roupa, deixando seu corpo nu. Ela se deitou na cama, mas não demorou para que Rafe aparecesse na porta, segurando uma sacola de coisas. Ela apoiou suas duas mãos no colchão, levantando um pouco seu olhar, olhando curiosa para a sacola
––– Você disse que queria esquecer. Eu vou fazer você esquecer. ––– Rafe jogou as coisas da sacola na cama, deixando as algemas, as velas e um vidrador cair ––– Mas eu preciso da sua confirmação, se não vai se arrepender depois.
Caroline olhou para aqueles brinquedos, deixando um sorriso malicioso sair dos seus lábios. Ela voltou seu olhar para o Cameron, se ajoelhando na cama
––– Você só vai falar, ou vai me prender?
Rafe a empurrou para o colchão, deixando seu olhar fixo no corpo da garota. Caroline arrumou sua postura, observando o Cameron andar até atrás da cama, puxando brutalmente o braço de Caroline, prendendo a algema na cabeceira da cama, e depois a algemado. Ele fez isso com suas duas mãos, e seus dois, a deixando presa, e com as pernas abertas na cama.
Ele retirou sua camisa, não desviando seu olhar do corpo nu da garota. Ele ficou por cima da garota, deixando um beijo rápido nos lábios de Caroline, fazendo a garota fechar seus olhos por alguns segundos.
Rafe desceu seus beijos até os seios de Caroline, passando sua língua lentamente em um dos mamilos de Caroline, fazendo a garota arfar e erguer um pouco suas costas. Como suas mãos estavam algemadas, ela as apertou ao sentir a boca de Rafe em seu seio, o chupando de uma forma desesperada.
––– Rafe… ––– Caroline gemeu, sentindo o Cameron chupar seu seio com mais força. Ele queria deixar uma marca naquele local.
Ele não deu ouvidos, e só parou quando se afastou, e viu que havia deixado o seio de Caroline marcado. Ele levantou sua cabeça, beijando a garota, levando uma de suas mãos até seu rosto, e a outra descendo até sua intimidade. Quando sentiu o toque quente de Rafe, ela sentiu seu corpo se estremecer, e sua intimidade pulsar ainda mais forte.
Ele deixou uma massagem naquela região, enquanto a beijava. Os gemidos que Carolime soltava, eram todos abafados pelo beijo, ficando apenas nos ouvidos de Rafe. A mão de Rafe já estava úmida quando levou seus dedos - no qual estavam na sob a intimidade de Caroline - até os lábios da garota, os parando ali, observando como ela era bonita.
––– Você é a garota mais bonita que eu já vi. ––– Rafe manteve seu olhar em seu rosto, mas desceu até seu corpo, deslizando o dedo dos lábios da Casteli, até sua barriga ––– A mais bonita do mundo.
Caroline sentiu uma onda de calor com aquele elogio. Ela tentou o beijar novamente, mas foi impedida pelas suas mãos e pés estarem algemados.
Rafe passou a língua por toda a barriga de Caroline, fazendo a garota arfar com aquelas lambidas. Ele parou ao se aproximar da intimidade molhada de Caroline, deixando um tapa em suas coxas, fazendo com que a garota soltasse um pequeno grito, erguendo um pouco suas costas. Quando ela ergueu suas costas, Rafe colocou seu rosto no meio de suas pernas, passando a língua por sua coxa
––– Rafe… ––– Caroline murmurou, sentindo o Cameron beijar o interior de sua coxa
Rafe segurou as pernas da garota fortemente, passando sua língua por seu clitóris. Caroline poderia estar sentindo prazer naquele momento, mas Rafe estava se divertindo mais ainda. O gosto do pré gozo de Caroline era como se fosse uma droga, e ele sempre queria mais. Os gemidos que saiam da boca da loira era sua droga, a droga mais viciante que tinha, e todo dia ele queria aquilo.
Caroline revirou seus olhos, ao sentir a língua de Rafe girar dentro de si. Ela apertava suas mãos, enquanto esticava levemente suas pernas, tentando encontrar algo para se apoiar, mas estava presa. Ela estava rendida naquele momento, e gostava da sensação.
Rafe chupou seu clitóris, o puxando, sentindo as pernas da garota tremerem. Ele fez isso tres vezes, antes de voltar a passar a língua, começando a fazer movimentos de vai e vem no centro.
Quando ele parou, Caroline finalmente conseguiu abrir seus olhos, tentando deixar sua respiração mais concentrada. Sua tentativa falhou, quando ela sentiu o Cameron penetrando o vibrador dentro de si. Ela sabia que não se tratava de seu membro, já que o membro de Rafe era mais grosso e maior, e o vibrador não tinha tamanha grossura.
Ela fechou seus olhos, sentindo o Cameron mexer o objeto, mas sem o ligar.
––– Esse vibrador é seu, sabia disso? ––– Ele ficou por cima dela, esperando uma resposta de Caroline. Ela abriu seus olhos, negando com a cabeça para ele ––– Eu roubei de você. Você tinha saído para a festa na fogueira, eu invadi sua casa, e peguei. ––– Naquele momento, ela não conseguia raciocinar. Ele mexeu mais uma vez o vibrador, dessa vez o afundando em sua intimidade, fazendo a garota colocar sua cabeça em seu peitoral ––– Você não ter sentido falta, é bom, porque significa que você não está o usando. ––– Ele continuou, tirando o zíper de sua calça ––– A ideia que tem outra coisa de tanto prazer, não me agrada.
Ao terminar a frase, ele ligou o vibrador. Ele não esperou para colocar na frequência quatro, deixando com que Caroline se contorcese por inteira.
––– Rafe… Puta merda… ––– Ela gemeu alto e desesperadamente.
Ela mordeu o ombro de Rafe, tão forte que acabou deixando a marca de seus dentes ali. Ela se contorcia, não conseguindo manter seus olhos por muito tempo abertos, gemendo de uma forma manhosa
Rafe se levantou, ficando em pé ao lado de Caroline. Enquanto a garota se contorcia na cama, gritando pelo seu nome, tentando retirar as algemas de sua mão, Rafe parou ao seu lado, sorrindo ao ver a garota virando seu rosto de uma forma tão desesperada.
Ele puxou seus cabelos, obrigando a garota a virar seu rosto em sua direção, e quando ele percebeu que ela conseguiu controlar seu rosto, ele retirou sua calça, e sua cueca, deixando seu membro rígido na frente de Caroline. A loira não conseguia parar de gemer, e quando viu Rafe daquele jeito, ela tentou o tocar, mas foi impedida pelas algemas.
Ela não se lembrava da última vez que havia usado o vibrador, já que sempre que precisava, Rafe estava lá para a satisfazer, então ela não via necessidade, e nem vontade. Ele sempre fez aquele trabalho muito bem, até melhor que o vibrador, mas o que ela estava sentindo, não era a mesma sensação de como era se masturbar sozinha. Era mais prazeroso.
Ao abrir a boca para soltar mais um gemido, Rafe colocou seus dois dedos dentro de sua boca, fazendo a garota fechar a boca com mais cuidado. O Cameron a observou, e Caroline chupou seus dedos, como se fosse seu membro.
––– Boa garota. ––– Ele murmurou, afundando os dedos em sua garganta, sentindo o ar de Caroline implorar para sair.
Rafe aumentou para a frequência cinco, e última. Caroline gritou, começando a puxar suas mãos pata fora das algemas, mas estavam tão fortes, que mal conseguia retirar. Seu corpo estava se estremecendo, ela afundou seu rosto no colchão, tentando abafar seus gemidos.
Rafe passou sua mão pelo seu membro, o sentido pulsar cada vez mais. Ver a garota naquele estado, era incrível e o excitava. Ele passou sua mão mais uma vez, começando a fazer movimentos de vai e vem, enquanto seu olhar estava fixo na loira em sua frente. Seus gemidos saiam roucos, e a cada movimento que fazia, ele imaginava que era Caroline.
Ao ver o namorado se masturbando, seus olhos brilharam. Ela continuava gemendo pela frequência do vibrador, mas mantinha seu olhar fixo em Rafe, e os dois imaginavam a mesma coisa.
––– Rafe, eu… ––– Caroline não conseguiu terminar a frase, mas Rafe entendeu perfeitamente. Conhecia cada centímetro do corpo da garota, e sabia perfeitamente quando ela iria gozar.
Caroline foi a primeira a gozar, e logo em seguida foi Rafe, que derramou em seus seios. Ela sorriu com aquela sensação, e Rafe retirou o vibrador dela
Rafe retirou as algemas dos pés de Caroline, a puxando logo em seguida, fazendo a garota ficar de lado. Ele abriu suas pernas, e com as mãos ainda presas, Caroline ficou de lado, com uma perna no ar. Rafe se deitou atrás dela, penetrando seu membro dentro dela.
Ele fez movimentos de vai e vem, tão rápidos que Caroline não conseguia nem dizer seu próprio nome naquele momento. Ela havia se esquecido de tudo, estava se sentindo burra, mesmo se perguntassem alto óbvio, ela não saberia responder.
Rafe segurou seu pescoço, a enforcado, fazendo com que seus gemidos rapidamente virassem falta de ar.
––– Empina para mim, meu amor. ––– Rafe murmurou no ouvido de Caroline, deixando uma mordida nas costas da loira.
Rafe retirou as algemas, fazendo com que Caroline ficasse livre. A primeira coisa que ela fez, foi puxar o Cameron para perto, passando suas mãos por todo seu peitoral, arranhando aquela região. Rafe a empurrou contra a cama, fazendo ela ficar de barriga pata baixo, puxando seus pés para ficarem retos, assim, a deixando de quatro.
Caroline fez o que ele pediu, empinou sua bunda, a balançando, tentando chamar a atenção de Rafe. Ele deu diversos tapas naquela região, deixando vermelha toda a sua nádega.
––– Vamos ver se você aguenta tudo que pediu. ––– O Cameron murmurou no ouvido da loira, retirando seus fios loiros de suas costas, os colocando para frente, deixando beijos delicados na região, mas logo mudaram para chupões e mordidas.
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Foram poucas horas de sono, Caroline havia capotado, e ele também. Os vizinhos poderiam dizer que aquela noite havia durado uma eternidade, já que parecia que a diversão do casal ao lado parecia não acabar mais.
Rafe abriu seus olhos levemente, observando a Casteli ao seu lado. Ela ainda estava nua, dormindo como um anjo. Ele deixou um selar na bochecha da garota, antes de descer e começar a preparar o café.
Jj estava do outro lado, tocando a campainha bilhões de vezes, seu dedo não parava, esperando que alguém atendesse. Quando Rafe abriu a porta, os dois reviraram seus olhos, suspirando logo em seguida
––– A Caroline está? ––– Jj foi curto e seco, esperando apenas uma resposta
––– Não. Não está. ––– Mentiu. Rafe deu de ombros, pronto para fechar a porta e deixar o Maybank do lado de fora
––– Quem é Rafe? Parece que está desesperado. ––– A voz de Caroline ecoou, fazendo Rafe revirar seus olhos.
O Maybank olhou por cima dos ombros do Cameron, observando Caroline descer as escadas com uma camisola roxa curta. Ele se sentiu mal por olhar por muito tempo, já que provavelmente era apenas para Rafe ter aquela visão. Ele fechou seus olhos, voltando seu olhar para Rafe
––– Você disse que ela não estava ––– Jj disse, vendo Rafe dar de ombros de novo, levando uma de suas mãos até a cabeça, a coçando por alguns segundos
––– Formulei a frase errada. Ela está, só não quero que você fale com ela ––– Rafe explicou, vendo Jj concordar com a cabeça, ironizando aquela fala
Caroline encostou no ombro de Rafe, arregalando seus olhos ao ver Jj. Rafe olhou para a namorada, retirando sua camiseta, colocando na Casteli. Ela não questionou, apenas levantou os braços e deixou ele colocar
––– Estarei bem ali. Observando tudo. ––– Rafe olhou para o Maybank, se afastando apenas alguns metros
Jj olhou para a Casteli, notando que seu pescoço estava cheio de chupões. Ele ergueu suas sobrancelhas, no primeiro instante, pensou que Rafe poderia ter batido nela, mas se lembrou que Caroline não era tão perfeita assim.
––– Você sempre disse que gostava de umas coisas estranhas, mas nunca pensei que seria nesse nível. ––– Jj sorriu, vendo um sorriso se formar nos lábios dela ––– Eu preciso conversar com você. Sério.
A afeição do Maybank mudou, mostrando uma pequena preocupação entrar no corpo de Caroline. A loira se encostou na porta, concordando com a cabeça
––– Eu conversei com meu pai. Ele me disse algumas coisas bem estranhas… ––– Jj começou, sentindo os olhos verdes da garota o encararem ––– Ele disse que eu sou filho do Groff
Caroline deixou uma risada escapar de seus lábios, os molhando logo em seguida
––– E depois disse que você é o Ben de descendentes? ––– A Casteli brincou, esperando uma risada do Maybank
––– E depois disse que William é seu pai.
1- gente AGORA a história começa.
tipo, eu queria colocar colocar desde o
1 cap do ato 4, mas não consegui,
pq eu tinha que mostrar o William "se preocupando" com a Caroline, agindo como se já
a conhecesse, não sei explicar.
e agora gentw NUAHAHAHAH
vocês vão tudo que eu pretendo fazer.
ainda tem muita coisa para vocês descobrirem
2- eu sei que o hot tá meio como eu posso
dizer, levemente pesado, mas eu quis mostrar
que a Caroline precisa se preocupar
com outras coisas. ela não quee
sentir a tristeza da mãe ter abandonado,
então vai recorrer a muitas coisas sim,
e uma delas é o rafe. ela está errada
de querer mais?
3- eu não queria dar spoiler, mas quando
a Caroline descobrir que o rafe sabia
do William... Pobre rafe
4- Jason Jason, até morto você
inferniza a Caroline aff
não se esqueçam de curtir e comentar, isso dá
mais animo para continuar. até o próximo.
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