|| capítulo seis
O AVIÃO BALANÇAVA, Caroline segurava em seu banco, apertando o cinto de segurança, sentindo as turbulências a empurrando para frente, fazendo a garota bater sua cabeça no banco da frente. Os gritos tomaram conta do avião, mas Caroline apenas respirou fundo, e ao sentir o avião se inclinar rapidamente para frente, ela colocou as bolsas de oxigênio, vendo todos que estavam na ponta traseira do avião, voarem para fora. Alguns se seguravam nas poltronas, mas não adiantava, o vento os puxava para fora.
Um grande escuro tomou conta da visão de Caroline, que ficou desacordada por algum tempo, e ao abrir seus olhos novamente, ela viu que suas pernas estavam presas na neve. Ela soltou um gemido de dor, segurando suas pernas, se levantando rapidamente.
Ela cambaleava a cada passo que dava, vendo uma asa de avião presa na areia, e alguns corpos solteados pela neve. Seu olhar percorria por todo o lugar, e ao ver um moletom conhecido, ela se aproximou, vendo o corpo solteado na neve, se ajoelhando na frente do corpo, e ao retirar a neve de seu corpo, a garota viu que era Samuel.
—— Não, não, não —— Caroline repetiu, retirando completamente a neve do rosto do garoto, deixando amostra que realmente era o adolescente —— Não! Não! —— Caroline gritou, sentindo as lágrimas tomarem conta de seus olhos. A garota começou a balançar o corpo de Samuel —— Samuel! Por favor ajuda! —— Ela gritou, implorando por uma ajuda, balançando o corpo do garoto, vendo suas lágrimas caírem sob seu rosto —— Samuel acorda!
Caroline balançava o corpo de Samuel desesperadamente, implorando para que o garoto acordasse. Seus gritos eram completamente doloridos, sentindo uma dor que nunca havia sentido antes, ao olhar para o corpo sem vida de seu amigo.
A loira colocou sua cabeça no peitoral do cadáver, gritando para o garoto voltar a vida. Caroline soltou o corpo de Samuel, soluçando ao lado do corpo do garoto.
Ao virar o corpo de Samuel novamente, a garota viu o rosto do homem que tentou a assassinar na última noite, a mandando de Ward Cameron. Caroline se levantou assustada, olhando para o corpo, que antes era de Samuel, e virou de seu assassino. Ao se virar para trás, a garota sentiu as mãos de Ward Cameron em seu pescoço.
ELA CAIU ao fazer um giro duplo, se lembrando do seu pesadelo da última noite. Havia se passado quatro dias desde a tentativa de assassinato, e toda noite Caroline acordava em crise de pânico, sonhando com a morte de seu falecido amigo, se misturando com o corpo do homem que matou. No primeiro pesadelo, Samuel morria de acidente de carro, no segundo, seu pescoço se quebrava em uma competição, e agora o terceiro, morrendo de um acidente de avião.
Desde aquele dia, a garota não havia saído da pista de gelo. Kiara disse para os adolescentes que Caroline precisava de um tempo para raciocinar tudo que estava acontecendo em sua volta, e que querendo ou não, Samuel era bem mais próximo de Caroline do que dos pogues.
Caroline estava tentando voltar a patinar, mas ela sempre caía nos movimentos mais fáceis, como um giro duplo. Ela estava treinando para uma peça que iria ter, cisne negro, e ela iria tentar ser o cisne, mas como iria passar mal conseguindo patinar direito? Havia diversas competidoras melhores, tinha Sofia. A garota na qual ela tinha uma rixa desde pequena, por sempre estar roubando seu primeiro lugar. Mas depois que Caroline começou a usar roupas mais formais nas competições, com seus próprios patins, ela percebeu esse posto, mas ainda sim Caroline tinha que ser melhor que ela.
Ela soltou um gemido de dor, vendo seus joelhos manifestarem uma dor estritamente, ela se lembrou do que o médico havia dito, mas para patinar ela precisava forçar seus joelhos. A garota socou o gelo, rosnando furiosa por ter errado o passo. Caroline se levantou, patinando até a pequena porta que dividia a pista de gelo para o chão normal
—— Você vai conseguir... —— Tonya passou a mão no ombro de Caroline, mas a garota se virou brutalmente para sua treinadora
—— Eu não consigo nem fazer um giro duplo! Não me conta mentiras, que vai ser pior. —— Caroline cuspiu ácida aquelas palavras, irritada consigo mesma.
—— Eu te juro, você vai conseguir. —— Tonya sorriu para Caroline
E então a garota voltou para alguns meses atrás, quando o mindinho de Caroline se juntou com o de Samuel, fazendo uma promessa, na qual ele jamais cumpriria.
—— Não faça promessas que você não pode cumprir. —— Caroline se virou, caminhando irritadamente até seu vestiário.
Por alguns meses, o remédio que a garota tomava era forte o suficiente para controlar a mania de Caroline, mas ela sentiu como se ele fosse perdendo seu efeito, e se viu fazendo tudo de novo.
Ela abaixou a manga de sua blusa, mordendo seu ombro, e ela só se sentiu satisfeita quando sentiu o gosto de sangue em sua boca. Ela se afastou de seu ombro, vendo a marca de seus dentes ali, se cobrindo novamente.
Ao abrir a porta do vestiário, Caroline viu Rafe parado em sua frente, estranhando a visão, mas abriu a porta por completo, deixando o garoto entrar no vestiário.
—— O médico disse para não fazer esforço. —— Rafe olhou para o grande espelho que havia no local, observando Caroline pelo reflexo —— Os cortes estão melhores? —— A garota balançou sua cabeça em sinal de sim. —— Não vai me dizer quem fez isso?
Caroline olhou para Rafe, vendo que o garoto já a observava pelo reflexo. Seus olhos se encontraram, fazendo ambos os corações bombearem sangue mais rapidamente, se acelerando.
A loira desviou seu olhar, olhando para a pia do banheiro
—— Eu estou mais preocupada em ganhar esse papel —— Caroline arrumou sua postura, voltando a olhar para Rafe —— Eu preciso dele. —— A voz de Caroline saiu um pouco mais baixa, entregando a tristeza que estava sentindo
Rafe tentou se aproximar da Casteli, mas Caroline deu um passo para trás, vendo a expressão de Rafe mudar, ficando confuso com a atitude de Caroline
—— Não é porque a gente transou, que eu te amo, ou algo assim —— Rafe ergueu suas sobrancelhas, balançando sua cabeça negativamente —— O que? Você achou mesmo que eu estava apaixonada por você?
Quando você fala "eles estão se apaixonando de novo", não, eles não estão. Ou eles estão se apaixonando pelas memórias que criaram juntos, mas o sentimento não voltará a ser o mesmo, pois eles estão apaixonados pelas memórias, ou você está dizendo que a paixão nunca foi embora. É como você oferecer uma comida para alguém, uma comida que costumava ser s sua favorita. A pessoa vai dizer que se enjoou de tanto comer aquela comida, ou vai dizer que é a sua favorita, e não irá excitar em experimentar de novo. Caroline se recusava a aceitar seus sentimentos, ela não poderia estar apaixonada por alguém que estragou com a vida de seu amigo.
—— O que está acontecendo com você? —— Rafe perguntou para a garota, estranhando seu comportamento.
A verdade é que nem ela entendia seus próprios sentimentos.
—— Não finja que se importa. —— Sua respiração ficou pesada, sentindo uma angústia em seu peito
—— Eu me importo, Caroline. —— Caroline sentiu um arrepio ao escutar o seu nome sair dos lábios de Rafe —— Porque não me fala?
Caroline colocou as mãos no bolso de trás de sua calça jeans, respirando fundo. Ela encarou Rafe, que a encarava também, sentindo os olhos de Rafe penetrarem sua alma
—— Eu só... Não estou boa o suficiente, e tem uns garota... Sofia. Ela pode pegar o papel, e se ela pegar eu vou ficar bem triste —— Caroline concordou com sua cabeça, vendo Rafe prestar atenção em sua fala —— É isso.
Rafe concordou com sua cabeça, mas ao tentar se aproximar dela novamente, ela esticou seus braços, balançando seus dedos indicadores em sinal de não
—— Rafe, você beijou outra garota, estragou a vida do meu amigo, e você acha que vai ser assim? Tão rápido? —— Caroline balançou a cabeça negativamente, negando todos seus sentimentos pelo garoto —— Sai.
Ao ver Rafe sair, Caroline fechou a porta do vestiário, se apoiando contra a porta. Ela deslizou até o chão, colocando a mão em sua cabeça.
Caroline não se lembrava muito de seu pai, eram poucas recordações que guardavam um espaço em sua mente, mas duas tomavam conta das memórias de Caroline. A primeira era ela e seu pai, deitados no sofá, e o mais velho havia colocado clube da luta, pensando que Caroline estava dormindo, mas quando viu os olhos verdes de Caroline hipnotizados com o filme, ele apenas a abraçou mais forte, vendo que ela estava adorando. A segunda lembrança era dos dois no pequeno comércio que seu pai tinha para se manter, era o dia do aniversário da loira, sete de agosto. Seu pai havia dito para passar o dia com ele, e depois voltariam para casa com um bolinho, mas alguns ladrões entraram no comércio, e ao ver que não tinha tanto dinheiro no caixa, eles atiraram no homem. Caroline se lembra de colocar suas na barriga dele, estocando o sangue, mas a memória acabou por aí.
Como ela não se lembrava de seu pai, ela não sentia tanta a sua perda, o que no fundo a chateava bastante, mas o que poderia fazer? Ela nem se lembrava de como era os olhos de seu pai. Mas era diferente com Samuel, ela o conhecia, grande parte das melhores memórias de Caroline foi com ele. Como ela poderia não sentir o luto? Ela gostaria que o luto sumisse, como o de seu pai, mas não estava sendo assim.
Caroline colocou suas mãos na cabeça, apoiando elas em seus joelhos. Ao olhar para o lado, ela viu Samuel, sentado ao seu lado, olhando para frente, mas quando ele virou seu rosto, e Caroline conseguiu ter certeza que era ele, ele sorriu.
—— Cuidado para não ficar igual o filme —— Caroline ficou com a boca entreaberta, observando Samuel em sua frente. Samuel riu ao ver a expressão de Caroline —— Acho que você já está ficando
—— Acho que eu estou mais parecida com o Tyler Dunken. —— Ela virou seu rosto, encostando sua cabeça no ombro de Samuel
—— Meu deus eu sempre odiei esse filme. —— Admitiu o garoto
—— Mas você sempre assistiu ele comigo, até dizia que gostava —— Caroline olhou de canto para ele, deixando um sorriso triste sair de seus lábios
—— Eu assistia porque você gostava.
Caroline deixou uma lágrima escorrer de sua bochecha, engolindo seco.
Ela sabia que aquilo não era real, mas queria aproveitar o máximo. Queria sentir o toque de Samuel pelo menos uma última vez, mesmo que fosse um fruto de sua imaginação.
—— Vai ficar tudo bem. —— As mãos do rapaz passaram em seus cabelos, deixando um suspiro aliviado sair da boca de Caroline
—— Eu sinto a sua falta. —— Ela murmurou, segurando suas lágrimas, mas não conseguiu impedir que algumas caíssem —— Muito.
Samuel segurou o rosto de Caroline, vendo alguma a lágrimas escorrerem de seu rosto. Ele passou a mão em sua bochecha, vendo um sorriso se formar nos lábios de Caroline
—— Você é a minha melhor amiga. —— Samuel beijou a testa da garota, e Caroline desabou naquele momento. —— Não chora. —— Samuel colocou a cabeça de Caroline em seu peitoral —— Aliás, eu sempre soube que você iria acabar nos braços do Cameron musculoso. —— A última frase fez com que Caroline soltasse uma risada, em meio a suas lágrimas
Caroline olhou para frente, vendo seu reflexo no espelho. Apenas dela. Samuel não estava ali, ela sabia disso, mas quando não viu o garoto no reflexo do espelho, ela sentiu seu coração se quebrar mais uma ver, mais uma vez de tantas outras. Caroline olhou para o lado, vendo o garoto a observar
—— Você se perguntou uma vez, o que eu tinha pensando no meu leito de morte —— Samuel olhou para ela, dando um sorriso de orelha a orelha —— Foi em você. —— O garoto segurou o dedo mindinho de Caroline, onde havia feito a promessa —— Minhas melhores lembranças foi com você.
O som da buzina da kombi de Jonh B entrou pelos ouvidos de Caroline, e de repente Samuel havia sumido de sua visão. A garota passou a mão no ar, onde o garoto estava sentado, pedindo para ele voltar, mas não aconteceu nada. Ao escutar de novo o barulho, Caroline se tocou que era Jonh B, e se levantou, secando as lágrimas de seus olhos. Ela saiu correndo até fora da pista, vendo Tonya abraçar o jovem.
Jonh B a olhou por cima do ombro de Tonya, dando um sorriso largo ao ver a loira do outro lado da rua. Caroline correu até seu amigo, o abraçando com força. Caroline se afastou, beijando a bochecha de Jonh, enquanto o garoto ria
—— Você saiu da jaula! —— Caroline sorriu com animação, beijando a outra bochecha de Jonh B
—— Eu saí da jaula! —— Jonh B beijou a bochecha de Caroline, fazendo a garota gargalhar —— Precisamos ir até o castelo! Ficou sabendo do plano louco do Jj?
—— O Jj só tem planos loucos! —— Jonh B segurou a mão da amiga, mas sentiu que a garota excitou ao ir até a kombi —— Calma.
Jonh B subiu na kombi, espero que Caroline subisse também, mas invés disso, a garota andou até Tonya, abraçando sua treinadora. Tonya sorriu, mas estranhou o toque, já que fazia tempo que a garota não a abraçava por vontade própria
—— Me desculpa. Por estar sendo tão grosseira esses últimos meses. —— Caroline se soltou dos braços de Tonya —— Vai ficar tudo bem. —— Caroline repetiu a frase de Samuel
—— Eu nunca te culparia por algo assim. —— Caroline sentiu as mãos quentes de Tonya tocarem seu rosto, fazendo a garota tombar a cabeça um pouco para o lado —— Eu sempre vou ficar do seu lado, querida. —— Tonya retirou suas mãos do rosto dela —— Vai lá, e quando
voltar, quero que me conte tudo.
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O caminho todo Jonh B contou sobre o plano de Jj, e como deu perfeitamente errado. Jonh B não sabia exatamente o motivo de ter sido solto, o porque retiraram as acusações, mas estava completamente animado, e Caroline também.
Ao chegar, os dois saíram da kombi, e todos os pogues foram abraçar seu amigo. Eles fizeram um abraço de urso, típico dos pogues.
—— Cadê a Sarah? —— Jonh B perguntou, notando que a loira não estava ali
—— Ela foi encontrar com a Whezzie ontem a noite, e não voltou.
Os adolescentes foram até o cais, esperando que Sarah voltasse. Caroline estava sentada ao lado de Jj, que deu seu óculos escuros para a garota, colocando em sua cabeça, vendo um sorriso escapar de seus lábios
—— O Ward pode ter pego ela —— Jonh B esticou seus braços
Ao ouvir o nome de Ward, ela sentiu seu corpo se arrepiar. Ela não queria contar para ninguém sobre a tentativa de assassinato que sofreu. Não queria que seus amigos se preocupassem com ela, eles já tinham muita coisa para se preocuparem.
—— Tá tranquilo. —— Caroline respondeu, olhando para Sarah de dentro de uma lancha
—— Precisamos achar a Sarah. —— Jonh B olhou para Caroline
—— Está tranquilo mesmo. Ela 'tá ali —— Kiara apontou, completando a frase de Caroline
Quando Sarah se aproximou, ela abraçou Jonh B. Caroline olhou para os dois, dando um sorriso, vendo o amor ser transmitido apenas por um toque.
—— Eles vão atrás do Rafe. —— Jonh B disse para Sarah, mas foi Caroline que sentiu a dor.
Ela sabia que era o certo, sabia que ele tinha que pagar, mas porque sempre sentia um aperto em seu peito, só de pensar em ver o garoto atrás das grades?
—— Ele me atacou ontem —— Sarah admitiu, olhando para Caroline —— Ele está maluco. —— Ela havia dito aquilo para Jonh B, mas estava olhando para Caroline
—— Que bom que você está bem. —— Caroline deu um sorriso de canto - completamente falso -
Topper começou a se gabar, dizendo que havia salvado Sarah. A garota havia concordado, e Topper deu uma pequena alfinetada, dizendo que alguém tinha que salvar sua namorada. Jonh B disse que eles não eram mais namorados, para Sarah contar o que eles eram, mas ela não disse casados, disse que eles estavam juntos.
Caroline olhou para Kiara, fazendo uma careta com seu rosto, que tirou uma risada dos lábios de Kiara. A morena abaixou sua cabeça, e Caroline engatinhou até o lado da amiga
—— Talvez o próximo chifre seja do Jonh B —— Caroline sussurrou no ouvido de Kiara, que fez a garota soltar uma gargalhada alta, mas quando todos a olharam, ela parou, ficando sem graça
Quando Topper foi embora, o clima ficou um pouco estranho. Caroline se levantou, dizendo que precisava ir para casa, só para ver como Tonya estava. Kiara se levantou também, acompanhando a amiga, e Pope foi até o mercado de seu pai. E Jj ficou ali, mas deixou Jonh B e Sarah sozinhos na rede
Caroline andou até sua bicicleta, mas Kiara gritou seu nome, fazendo a garota se virar para trás. Ao se aproximar, Kiara ficou em pé em sua frente, perguntando se as garotas poderiam conversar, e Caroline concordou
—— Sabe eu e o Pope a gente... —— Caroline fez um som malicioso com sua boca, tirando uma risada da boca de Kiara —— Caroline! Eu... Achei estranho. Foi minha primeira vez e eu não sei exatamente. —— Kiara se sentou no sofá, colocado suas mãos em seus joelhos —— Sabe, foi tudo perfeito. A fogueira, o luar, a paisagem... Mas porque eu não me sinto bem?
—— Talvez você não o ame. —— Caroline deu de ombros, se sentando na frente da morena —— Você tem que perder a virgindade com quem realmente ame.
—— Você perdeu a virgindade com quem amava?
Caroline se lembrou de sua primeira vez. Rafe havia ido em uma apresentação da garota, mas não conseguiu falar com ela no dia, então esperou o dia seguinte, para a convidar para sua casa. Como não havia ninguém em sua casa, ele decidiu deixar ela dormir ali. Eles não tinham um "romance" nem nada do tipo, mas eram apaixonados, apenas não sabiam que ambos sentiam a mesma coisa. Quando Caroline deu o primeiro passo, Rafe estranhou, ele disse que ela não precisava o beijar, mas Caroline disse que queria aquilo. Eles se beijaram no sofá da sala de Rafe, assistindo "Enrolados", e quando subiram para o quarto, Rafe disse que ela não era obrigada a transar com ele, mas Caroline não se sentia obrigada, ela se sentia feliz.
—— Sim. —— Caroline sorriu ao se lembrar, e depois se lembrou do dia mais recente —— E eu adorei
—— Posso saber quem é? —– Kiara balançou os ombros, curiosa com a informação
—— Você não conhece. —— Caroline cortou o assunto, deixando Kiara um pouco chateada, mas se contasse quem era, poderia chatear mais a garota —— Quem você está tentando enganar? Você não gosta dele. Termina com isso.
Jj aparecendo correndo, dizendo que havia acontecido algo com o pai de Pope.
Quando chegaram na casa de Pope, Caroline sentou o pai do garoto, fazendo um curativo em sua testa. O homem a agradecia, enquanto ela terminava as coisas. Ela se sentou ao lado de Kiara, escutando o homem com atenção. Ele disse para Pope falar com sua bisa.
Enquanto o garoto conversava com a mulher, os pogues foram até uma lojinha, Jonh B e Jj ficaram no carro, e Caroline, Kiara e Sarah andavam tomando suas bebidas
—— Ele me salvou, e eu já fui tão babaca com ele —— Sarah exclamou, dando de ombros —— Agora parece que eu cometi o crime do século!
—— Nem me fala. O Pope está de cara virada para mim porque eu não estou apaixonada por ele. —— Kiara fez um bico, rindo da situação
Caroline sentiu seu celular vibrar, era a notícia de um site que acompanhava as patinadoras artísticas de perto. Ao abrir a notícia, a garota derrubou seu celular no chão, Sarah se abaixou e ajudou a garota a pegar seu celular, vendo a notícia que estava no aparelho
"Competidora Sofia tem suas pernas quebradas. Criminoso não foi encontrado."
A garota abriu a página, vendo que ela precisava ficar um ano e meio de repouso, já que a fratura foi muito profunda. Ela não iria competir para o teste.
—— Não era a garota que você ia competir? —— Caroline olhou para Sarah —— Uma tragédia. Mas é menos uma.
Caroline concordou com sua cabeça, observando suas amigas entrarem dentro da kombi.
—— Eu tenho que ir falar com a Tonya. Mas eu já volto. —— Caroline sorriu, ajudando Sarah a fechar a porta da kombi
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Os gritos de Ward Cameron ecoavam pela pequena casa de Barry. Rafe estava sentado no sofá, ele não estava prestando atenção em seu pai, ele só conseguia pensar que Caroline estaria feliz com seu ato, e iria conseguir ganhar o papel que tanto queria.
—— Tudo isso porque!? Você já está na merda, e piora ainda mais por causa dela!? —— Ward gritou, e ao ver que o garoto não estava prestando atenção, ele deu um tapa em seu rosto —— Porque você gosta tanto dela?
Rafe olhou para seu pai, mas ele só conseguia pensar que Caroline estaria feliz.
Todos que eram do ciclo de Caroline, haviam percebido que depois do acidente, a garota havia mudado completamente, não apenas sua personalidade, mas seu estilo também. Ela não sorria mais com tanta frequência, e quando sorria eram sorrisos falsos, tentando agradar alguém. Rafe havia percebido que a garota estava fingindo uma felicidade, e ele faria de tudo para ela não precisar mais fingir, mesmo que isso significasse quebrar o joelho de alguém.
O barulho de um carro fez com que Ward olhasse pela janela, vendo a loira sair do carro. Ele observou seus ferimentos, vendo que ela ainda mancava, mas sua mão e sua barriga já estavam bem, já que o canivete não havia cortado tão profundamente.
—— Quem é? —— Rafe olhou pela janela, dando um sorriso ao ver a garota. O garoto tentou sair do quarto que estava, mas seu pai o puxou —— Eu tenho que ir falar com ela!
—— Não. Não tem. Você vai ficar aqui, e vai fugir, entendeu? —— Ward segurou o rosto de Rafe. —— Barry, diga a ela que ele não está. —— Ward gritou, e Barry concordou da sala
Ao ver Caroline abrir a porta, o garoto cheirou uma última vez o pó que estava em sua mesa, e se levantou, indo em direção a garota. Ele observou seus ferimentos, e deu um sorriso satisfeito
—— Parece que alguém já fez o trabalho por mim —— Ele deu de ombros, se virando até a mesinha, apontando para o pó branco —— Quer um pouco? Posso te dar de graça, se prometer nunca mais queimar meu pulso
—— Cadê o Rafe? —— Caroline ignorou a fala de Barry, cruzando seus braços na frente do garoto
—— Eu não sei —— Barry se sentou na frente de sua mesa, observando Caroline olhar em volta, procurando o Cameron —— Qual é. Senta aqui. —— Caroline se aproximou de Barry, com sua cara fechada e os braços cruzados. A garota chutou a mesa, derrubando todo o pó que tinha. Barry se levantou furioso, ficando frente a frente de Caroline, mas percebeu que a garota não estava com medo. Ela não tinha nenhuma emoção naquele momento —— Qual é a porra do seu problema?
—— Eu perguntei onde está o Rafe.
Barry tombou sua cabeça para trás, dando um sorriso de orelha a orelha. Ele apontou o dedo no rosto de Caroline, que deu um tapa em sua mão, fazendo ele abaixar as mesmas. Ele olhou para o pó no chão, revirando seus olhos, ainda sorrindo.
—— Agora eu sei porque o Rafe baba por você —— Barry se aproximou de Caroline, mantendo o contado visual em seus olhos —— Você é maluca. —— Ele se afastou dela, se sentando novamente —— Se você não fosse dele, eu me apaixonaria por você.
Rafe estava escutando toda a conversa do quarto de Barry. Ele sentiu seu sangue ferver ao escutar a última frase de Barry, sentindo vontade de socar o traficante até ele ficar desacordado. Rafe se levantou, mas seu pai o segurou, ele balançou sua cabeça negativamente, mas Rafe segurou as mãos de seu pai, as afastando dele, deixando o garoto livre.
Os lábios de Caroline se formarem em um sorriso, ao ver Rafe encostado na porta. Barry olhou para loiro, saindo da sala, indo até seu quintal, deixando os dois sozinhos no cômodo.
—— Sabia que você estava aqui —— Caroline olhou para o rosto dele, se aproximando lentamente dele
—— Fiquei sabendo da patinadora —— Rafe sorriu para Caroline
—— Porque eu acho que você tem algo haver com isso?
Caroline não estava feliz, não como Rafe imaginou. Ele pensou que ela correria até seus braços, agradecendo o garoto, mas ao invés disso ela estava um pouco irritada.
—— Eu só fiz o que era necessário para você ficar feliz. —— Rafe arregalou seus olhos, e ao ver Caroline andar para trás, colocando suas mãos na cabeça, ele se arrependeu da ação.
A loira começou a andar de um lado para o outro, passando suas mãos nos cabelos. Se alguém descobrisse, sua carreira estaria arruinada, seria como se ela tivesse cometido aquele crise. Sua pena seria nunca mais patinar, ela sabia disso, pois estudou sobre isso.
E pela primeira vez, Rafe viu Caroline sem palavras.
—— Caroline... —— Rafe tentou encostar suas mãos nas da garota, mas Caroline se afastou, o encarando —— Me desculpa.
A garota respirou fundo, passando sua mão em seu rosto, tentando se acalmar. Suas mãos começaram a tremer, seus joelhos começaram a bambear, e ela se viu obrigada a se sentar no sofá de Barry.
—— Você pode destruir minha carreira. —— Caroline olhou para Rafe, em um total desespero —— O que eu fiz para você de tão ruim? —— A voz de Caroline saiu trêmula
Caroline apoiou seus braços no joelho, vendo o garoto abrir sua boca, mas não saiu nenhuma palavra.
—— Eu fiz isso só porque eu queria te ver feliz! —— Rafe gritou, fazendo a garota se estremecer
—— Me fazer feliz? —— Caroline se levantou irritada —— Você me faria feliz, longe da minha vida. —— Ela o empurrou, antes de ir até a porta
Caroline abriu a porta, e quando Rafe viu a garota entrar no carro novamente, ele sentiu seus olhos marejarem.
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Ela não havia conseguido tomar um gole de sua cerveja.
Pope era parente de Demank Tanny, e provavelmente tinha uma grande fortuna nas costas.
—— Estamos diante de um rei? —— Caroline olhou para Pope, dando um sorriso para ele, que rapidamente foi retribuído
Todos fizerem uma pequena referência para Pope, que pediu para pararem de brincar. Pope começou a explicar que se eles acharem a cruz, eles poderiam dividir, como iriam dividir o ouro.
—— E vão viver felizes para sempre? —— Caroline olhou para o lado, vendo a mulher e o homem que haviam sequestrado Pope
Por alguns segundos, ela viu Samuel atrás deles, coberto de sangue, e seu pescoço quebrado. A garota se levantou assustada, vendo sua respiração ficar mais ofegante. Ao sentir a mão de Kiara encostando em seu ombro, ela viu Samuel sumir, e se virou para trás, vendo Kiara, que sussurrou uma pergunta, e Caroline apenas concordou, se sentando novamente ao lado da amiga.
A mulher começou a rir quando Pope disse que o funcionário havia agredido seu pai, mas Caroline não prestou muita atenção naquela conversa, ela só conseguia se lembrar da ilusão de Samuel.
Jonh B retirou uma chave de seu bolso, mas era falsa. Pope estava com a verdadeira
—— Limbrey, certo? —– Ele mostrou a chave, piscando em seguida para Caroline, que rapidamente entendeu seu recado —— É isso que você quer? Olha vendo aqui, a maré tem uns seis metros, se eu jogar no canal agora... A probabilidade de vocês acharem é quase zero. —— Jonh B sorriu —— Vamos testar?
Jonh B jogou a chave para Caroline, que rapidamente a garota pegou, com um sorriso em seu rosto. Limbrey se assustou, respirando aliviada ao ver a loira segurando o pequeno objeto
—— Manda ele se afastar do Pope —— Caroline apontou com a cabeça para o garoto
Limbrey voltou a negociar com Pope, que recebeu o sinal de Jonh B
—— Eu aceito. Mas quero a gravação.
—— Não precisa fazer isso Pope —— Jonh B se aproximou —— É sua parada.
—— Mas é para você. É pelo seu pai, é bem mais importante.
A atuação dos dois adolescentes fez Caroline sorrir. A loira jogou a chave novamente para Jonh B, que entregou para Pope, que entregou para Limbrey, pegando a gravação ao
mesmo tempo.
—— A gente se vê Pope. —— O homem disse, mas Caroline segurou o peitoral dele, o impedindo de andar
—— Aparece aqui de novo, e você morre. —— Caroline sorriu sarcasticamente para ele, o soltando —— Tenha um bom dia.
Jj se encostou na porta, dando um sorriso para Caroline
—— De quem foi a ideia da chave falsa? —— Pope deu de ombros
Quando Jonh B colocou sua mão no ombros de Jj, e o garoto começou a sorrir, Caroline sorriu também, dando uma risada
—— Até um pombo cego acha comida —— Caroline sorriu ao escutar a frase de Jj
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A garota tentava controlar seus pensamentos, mas eles sempre voltavam a Rafe. O garoto havia sido preso, e por mais que tentasse, a Casteli estava preocupada. E se o Cameron não estivesse sendo bem tratado na prisão? E se alguém tentasse o machucar? Era o pensamento que ecoava na cabeça de Caroline. O garoto poderia surtar ali, e ele não teria uma ajuda, ele não saberia o que fazer. Por mais que tentasse, ela se importava com ele, e muito.
—— Caroline, o que foi? —— Kiara olhou para a amiga —— Você está bem?
—— Sim. Estou. —— A garota suspirou, sentindo uma angústia em seu peito, passando a mão em seu pescoço, onde o homem havia a enforcado —— Tirando as noites sem dormir, o sentimento que tudo vai desmoronar a qualquer momento, sim, eu estou sim.
—— Eu não sei o que dizer —— Kiara tentou sorrir —— O que te incomoda?
—— Não se preocupa. Eu só vou tomar um ar, 'tá legal? —— Caroline se levantou, tocando no ombro de Kiara, caminhando até o lado de fora
Ela começou a andar de um lado para o outro, se lembrando de Ward Cameron a agredindo. Ela queria estar feliz pela prisão, mas ela queria o matar. Caroline colocou sua mão na cabeça, tentando se acalmar
—— Ei —— Uma voz doce a chamou, e ao se virar, viu que era Sarah —— Você está bem?
—— Eu que deveria estar fazendo essa pergunta para você. É o seu pai e o seu irmão que estão presos.
—— Mas eu acho que você está na beira de um susto psicólogo. —— Sarah riu sem humor, mas Caroline soltou uma risada verdade, o que fez Sarah ir também —— O que foi?
—— Você desistiu de tudo pelo Jonh B. Da sua família... De tudo. Você se arrepende?
Sarah sorriu com a pergunta de Caroline, percebendo que aquilo não era somente sobre ela.
—— Não. As vezes fazemos loucuras por amor, como eu fiz para o Jonh B —— Sarah olhou para o garoto pelo vidro da sala —— Mas é o amor que nos move. Não conseguimos lutar com o coração por muito tempo.
—— E... Você odeia o seu pai? Pelo que ele fez?
Sarah apertou seus olhos, negando com a cabeça
—— É o amor. —— A loira deu de ombros
Caroline deu um sorriso para Sarah, coçando sua cabeça.
Naquele momento, ela percebeu que o amor poderia ser complicado, mas ele que nós move. O primeiro sentimento que Caroline sentiu pós seu episódio depressivo, foi raiva, raiva de Rafe Cameron, mesmo que fosse raiva, ele conseguia despertar um sentimento nela, que em meses diversas pessoas não conseguiram. Quando suas mãos se tocavam, o peito de Caroline nunca batia tão forte, e ao se deitar na cama, ela se lembrava dele a cada momento. Talvez ela só não quisesse admitir que estava apaixonada por Rafe, porque sabia que aquilo poderia arruinar sua vida.
—— Eu preciso ir. —— Caroline abraçou Sarah —— Obrigada.
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Mesmo com uma peruca da cor preta em seus cabelos, Caroline não conseguia enganar ninguém, mas ela tinha que tentar.
Ao entrar na delegacia, ela se dirigiu até Shoupe, dizendo que queria conversar com Rafe. No começo, o policial excitou, mas deixou a garota entrar na cela.
O olhar confuso de Rafe entregava seus sentimentos. Ele não sabia o porque da Casteli estar ali, mas estava feliz. Ao ver a garota se aproximando da grade, ele se aproximou também, ficando frente a frente com a garota
—— Qual é a do visual? —— Ele apontou para a peruca de Caroline, que deu de ombros com um sorriso —— Um disfarce?
—— Eu tinha que tentar. —— Ela sorriu, retirando a peruca de seus cabelos.
Caroline olhou para Rafe, sentindo seu coração disparar. Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, mas não era desconfortável.
—– Porque está aqui? —— Perguntou o rapaz, coçando sua orelha —— Disse que nunca mais queria me ver.
—— Hora da raiva, sabe como é —— Caroline apoiou suas mãos na grade, tombando sua cabeça para o lado
—— Eu sei que você não vai acreditar em mim mas... —— Rafe olhou para Caroline. O garoto tocou com seu dedo indicador na mão de Caroline, que rapidamente segurou o dedo do garoto, passando os dedos dele entre os seus, entrelaçando suas mãos —— Eu gosto de você.
O amor pode ser complicado, ele te mostra vários lados da sua personalidade, que você nunca soube que estava ali. Caroline nunca havia se sentido amada, ela sabia que ela era amada, mas nunca tinha certeza disso, mas com Rafe era diferente, ela tinha certeza de algo, pela primeira vez na vida.
Não era como se aquele sentimento tivesse surgido do nada. Não tem como algo surgir, se nunca foi embora. Mas ainda sim algo dentro dela relutava, se lembrando das coisas horríveis que Rafe fez, se lembrando da pessoa horrível que ele era, mas ele não era assim, pelo menos não com ela.
Mas ela não queria sentir.
—— Eu não quero ouvir seu nome, e fingir que eu não sinto nada por você, mesmo que meu sentimento seja sessenta por cento ódio. —— A loira deu um sorriso para Rafe, vendo os olhos do garoto brilharem, conseguindo ver seu reflexo —— Você quebrar o joelho de uma mulher não foi o ato mais romântico, mas a intenção foi bem fofa.
—— Bom, eu agradeço por ter reconhecido meu ato. Eu suponho. —— Rafe engoliu seco, afastando suas mãos de Caroline, que suspirou —— O seu desdém por mim está muito nítido. E eu não quero me irritar mais, não agora. Então sai.
—— Sabe quantas vezes eu pensei antes de pisar aqui? Antes de vir aqui te ver? —— Rafe balançou sua cabeça negativamente, fixando seu olhar na Casteli —— Então eu não vou sair.
—— É como eu disse, você sempre volta. —— Rafe sorriu convencido. O garoto sabia que estava certo, ele poderia fazer de tudo, mas Caroline sempre estaria ali para ele, como ele estava ali para ela. —— Você ainda é minha. Você goste ou não. —— Suas mãos atravessaram as grades, tocando no queixo de Caroline, que engoliu seco ao sentir o toque —— E você ainda diz que me odeia. —— Ele se afastou, vendo Caroline olhar para sua mão
—— Eu te odeio. Eu te odeio mais do que tudo. —— Caroline confessou, dando de ombros. Rafe a encarou, cruzando seus braços —— Eu não consigo parar de pensar em você. É frequente, e eu não consigo parar, mesmo que eu tente, eu não consigo, e acho que não posso. —— Os olhos de Rafe brilharam ao escutar a confissão de Caroline
—– Lembra da primeira vez que a gente se conheceu? —— A pergunta de Rafe tirou uma risada baixa dos lábios de Caroline, que concordou com sua cabeça
—— É claro. Você disse que eu era difícil de comer, e vomitou em mim. —— Caroline riu, mas Rafe negou com sua cabeça, observando seu sorriso. Sua imagem favorita.
—— A primeira vez foi quando você tinha... Cinco anos. —— Ele sorriu, vendo o olhar confuso de Caroline —— Você estava trabalhando com o seu pai, e eu e meus amigos foram até o lado pogue da ilha, combinados de colocar maconha em algumas lojas, assim a polícia prenderia os donos. —— Caroline ergueu suas sobrancelhas, prestando atenção em sua fala —— Mas você viu. Seus braços estavam cruzados, e você era muito pequena. Eu tinha o triplo do seu tamanho, eu tenho, na verdade. —— Ela deu um sorriso ao escutar a piadinha de Rafe —— Mas você cruzou seus braços, tão pequenos, e me ameaçou. Você não se importou pelo fato de eu ser três anos mais velho, ou um kook.
A loira abaixou sua cabeça, deixando um sorriso completamente bobo sair de seus lábios. Ela balançou seu corpo, seu rosto estava iluminado, juntamente com o rosto de Rafe.
Ao escutar os gritos de Tonya, Caroline olhou para a porta, saindo rapidamente de perto de Rafe, indo até a entrada. Ela viu os policiais segurando a mulher, enquanto ela gritava para a soltar, que ela não havia feito nada. Caroline empurrou um dos policiais, mas Shoupe a segurou
—— Soltem ela porra! —— Caroline gritou, tirando as mãos de Shoupe de forma agressiva de seu corpo —— Soltem caralho! —— Caroline empurrou a mão de um policial, mas viu que Tonya estava algemada
—— Senhorita Casteli, ela quebrou o joelho de alguém. Isso é crime.
Ao escutar a frase do policial, ela ficou com a boca entreaberta, olhando para o corredor, vendo Rafe do outro lado. Caroline apontou para o loiro, e depois apontou para Tonya, tentando raciocinar o que estava acontecendo
—— Não, ela não... Não —— Caroline gaguejou, vendo o policial balançar a cabeça. Ao ver o policial puxando Tonya para dentro de uma cela, Caroline tentou correr, mas Shoupe a segurou. —— Eu vou te tirar daí Tonya! —— Caroline gritou, sentindo as mãos de Shoupe a agarrarem com força. Ela se debatia, tentando sair das mãos do policial —— Vai ficar tudo... —— Ela excitou, vendo a expressão assustada no rosto de Tonya. Uma lágrima escorreu de seus olhos, e ela mordeu seus lábios, segurando as lágrimas —— Bem. —— Ela sussurrou, deixando seus joelhos encostarem no chão. Caroline levantou seus braços agressivamente, empurrando Shoupe para trás —— Me solta! —— A garota exclamou, olhando para o policial irritada
Ao olhar para frente, ela viu Rafe na cela, observando toda aquela cena. Caroline correu irritada até o garoto, segurando as grades, vendo a raiva tomar conta de si, novamente.
Rafe deu um passo para trás, vendo a garota balançar as grades.
—— Porque você tem... —– Caroline deu um soco nas grades, observando o garoto. Ela segurava seu choro, escutando os policiais irem atrás dela —— Nada disso foi real? —— A garota deu uma pausa, respirando fundo, deixando algumas lágrimas escorrerem de seu olho —— Eu realmente pensei... Eu acho que... —— Rafe encarou o chão, voltando seu olhar para a garota
—— Eu não fiz nada. —— O garoto sussurrou, tombando a cabeça um pouco para o lado —— Nada.
—— Você é apenas um mentiroso! —— Caroline gritou, avançando para frente das grades, mas Shoupe a segurou novamente, segurando suas mãos. Caroline deixou algumas lágrimas caírem no chão, enquanto Shoupe a levava a força para fora da delegacia.
eu não sei o porque dos capítulos estarem
tão longos! perdão!
mas esse capítulo está muito bom!
pelo menos na minha visão KAHAHAHHA
ai gente obrigada por toda a
repercussão da fanfic. estão tão
mas tão feliz. essa fanfic significa
muito para mim, e muito obrigado.
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