066
Eles não tinham certeza de como essa situação havia começado ou por que, mas a princesa estava gostando.
Ela tinha as duas pernas sobre os ombros de Aemond, suas coxas sendo seguradas por mãos firmes que deixavam marcas vermelhas nos dedos, enquanto a cabeça dele estava sob a saia do vestido dela.
Na biblioteca escura, rodeados de livros e pergaminhos.
A princesa prendeu a respiração ao sentir o hálito quente dele contra sua pele íntima, sua língua habilidosa traçando padrões intrincados, levando-a à beira do êxtase. Seus dedos agarraram a borda da mesa, os nós dos dedos ficando brancos enquanto ela se rendia ao prazer que ele estava lhe proporcionando com maestria.
A língua de Aemond girava e se movia contra o clitóris inchado de Rhaenys, seus lábios capturando os gemidos suaves dela. O gosto da excitação dela encheu sua boca, aumentando ainda mais seu desejo de agradá-la, seus dedos deslizavam dentro da umidade dela, encontrando o ritmo certo para deixar ela louca de prazer.
Ele apreciava o ato íntimo que compartilhavam, escondido nos cantos pouco iluminados da biblioteca.
Os suspiros de Rhaenys ficaram mais altos, seus dedos se enroscando nas mechas platinadas de Aemond enquanto ela arqueava as costas, se oferecendo totalmente à língua habilidosa dele.
Os lábios de Aemond se curvaram em um sorriso perverso enquanto ele continuava a se dedicar fervorosamente entre as coxas trêmulas de Rhaenys. Ele se deleitava com o gosto dela, saboreando a mistura inebriante do desejo dela e do sangue que compartilhavam.
Enquanto ele continuava a se banquetear com ela, Aemond podia sentir as coxas dela tremerem contra os ombros dele, a respiração dela se acelerando. Ele sabia que ela estava perto e se deleitava com o poder que tinha sobre ela, com a capacidade de levar Rhaenys à beira do êxtase.
Com um gemido trêmulo e abafado, o corpo de Rhaenys convulsionou, suas paredes se apertando ao redor dos dedos de Aemond enquanto o orgasmo a dominava. Aemond levantou o rosto debaixo das saias da princesa e observou com admiração o rosto dela se contorcer em êxtase, seu próprio desejo ficando mais forte a cada espasmo da liberação dela.
Ele retirou os dedos lentamente, saboreando os últimos resquícios do prazer dela, antes de se levantar e pressionar seu corpo contra o dela. Seus lábios se chocaram em um beijo forte, as línguas duelando enquanto as costas da princesa batiam contra a madeira fraca da mesa e Aemond se mantinha perto dela.
Suas trocas de palavras sussurradas em alto valiriano adicionaram uma camada extra de sensualidade, a língua antiga saindo de suas línguas como um código secreto conhecido apenas por eles dois.
Faziam apenas dois dias desde a morte de Alys Rivers, o corpo ainda não encontrado ou talvez ninguém se importava com a estranha que estava morta no meio dos becos. A princesa estava com dificuldades no sono dela, o leite de papoula estava ajudando bastante com as dores que sentia no ombro.
De alguma forma, a princesa conseguiu fingir um acidente e dizer que o machucado foi feito enquanto tinha uma espada em mãos. Daemon e Jacaerys não acreditaram na história, mas o irmão mais velho da princesa temia que se ele perguntasse, a resposta faria ele ter um ataque do coração.
Essa noite, o sono dela pareceu não chegar de forma alguma pela dor do ombro. Então, ela se levantou da cama para ir até a biblioteca em busca de novos livros para ler e voltar ao quarto.
Coincidência ou não, Aemond estava sentado em uma das cadeiras da biblioteca, um candelabro de velas pequenas na ponta da mesa enquanto ele lia um livro sobre os dragões anciões da Casa Targaryen. Nada muito interessante.
E então, ambos acabaram terminando nessa situação perigosa.
Onde podiam ser facilmente pegos por algum servo ou guarda, até mesmo qualquer membro da família.
Ele a beijou novamente, primeiro com suavidade, mas depois com uma fome mais desesperada e voraz. Suas mãos começaram a explorar mais por baixo das vestes dela.
Rhaenys gemeu suavemente durante o beijo e colocou as mãos na nuca de Aemond, trazendo-o para perto de si e se esfregando devagar contra ele.
Ele a levantou e a colocou em outra de uma das longas mesas da biblioteca. Rapidamente, ajudou a puxar o vestido dela até a cintura e as calças dele até as panturrilhas. Em seguida, deitou-se sobre ela, com seus corpos tão próximos que sua boca estava quase tocando a orelha dela.
— Eu quero você. Aqui. Agora. — ele sussurrou, a fome em sua voz era óbvia. — Por favor.
Um grande arrepio subiu pelas costas de Rhaenys, o peito ainda subindo e descendo com rapidez e as bochechas coradas pelo recente orgasmo. Ela soltou um gemido quieto e segurou nos ombros de Aemond, abrindo um pouco mais as pernas para que ele pudesse se acomodar e fazer o que deseja.
Porém poucos segundos antes de Aemond tentar entrar nela, a porta da frente da biblioteca fez um rangido alto de madeira velha e pesada e um suspiro alto de mais de uma pessoa entrando com uma iluminação de vela. Os dois se viraram para olhar na direção do som, o coração acelerando como uma bomba prestes a explodir. Aemond ficou paralizado por um momento antes de associar a situação e puxar as calças para cima, juntamente com Rhaenys.
Ele trouxe Rhaenys para uma parte mais escura da biblioteca, perto de uma grande pilha de antiguidades que ninguém tocava ou prestava atenção a anos. Prendendo ela contra uma estante de livros, Aemond fez um sinal para que a princesa ficasse quieta e acalmasse a respiração dela.
A Velaryon acabou dando uma risadinha baixa e abadafa pela mão de Aemond, a mão livre dela descendo para perto dos cordões da calça do tio. Quase como se estivesse ousando ele a reagir de alguma forma, a princesa passou dois dedos pela parte da frente e devagar enfiou a mão para dentro da calça de couro preto, levantando as sobrancelhas quando não conseguiu nenhuma reação de Aemond.
Ela resmungou contra a mão dele, vendo que ele estava tão concentrado que não tinha notado o toque provocativo dela. Ela não se contentou com a fraca reação do príncipe e novamente tocou ele, mesmo que ela não soubesse como fazer isso ou como dar prazer a ele, ainda. Rhaenys tentou se lembrar se já havia lido algo do gênero em algum dos livros de romance erótico que encontrou em um área escondida dessa mesma biblioteca, porém nada estava vindo na mente da princesa.
Aemond sorriu com a natureza brincalhona de Rhaenys. Ele olhou para ela tentando puxar sua calça, fazendo o melhor que podia para ser furtiva e falhando, mas era engraçado. Sua respiração ficou presa quando ela fez isso, mas ele não reclamou, apenas pressionou a mão com mais força contra a boca dela e observou as prateleiras de livros com foco intenso.
Mas, mesmo com essa distração, ele não perdeu os sentidos. Na verdade, seus sentidos estavam mais aguçados do que nunca.
Rhaenys tentou mover a mão dela em alguma direção, mas estava totalmente perdida e desengonçada.
— Rhaenys, pare com isso! — Aemond sibilou com os dentes cerrados, embora seu corpo o traísse à medida que ele ficava cada vez mais excitado.
Aemond mordeu a língua para não emitir nenhum som. Mas soltou um pequeno gemido quando ela tentou acariciar ele através de suas calças. Os passos ainda estavam presentes, cada vez mais perto das prateleiras de livros atrás das quais eles se escondiam.
Ele se abaixou e segurou a mão dela. Ele queria deixar isso acontecer. Mas eles estavam em um lugar onde isso talvez não fosse apropriado para algo como o que estavam fazendo.
— Você se lembra daquela vez em que estávamos em um corredor e havia alguns criados por perto, e você ainda não queria parar? — Rhaenys disse perto do ouvido de Aemond e tentou deslizar a mão pela calça dele. — Eu quero fazer o mesmo...
Aemond sorriu e ele se inclinou para sussurrar de volta para ela.
— Essa foi uma situação completamente diferente. — ele beijou o pescoço dela, com a boca quente em sua pele, resmungando entre dentes, com o rosto ficando vermelho. Mas, no final, isso não importava. — Rhaenys, pelo amor de todos os sete, você vai me causar um... acidente.
Ele deu uma última olhada para a entrada da biblioteca, antes de pressionar seu corpo contra o dela.
— Um acidente, hm? — a princesa murmurou novamente e finalmente enfiou a mão na calça dele, tocando-o ali mesmo.
— Shhh. — sussurrou Aemond, colocando um dedo nos lábios dela. Ele afastou uma das mãos do corpo dela e cobriu a boca. Sua respiração estava aguda e irregular. Ele colocou a mão que agora estava livre sobre a mão de Rhaenys dentro de suas calças. — Um pouco mais. — disse ele suavemente. Seu corpo agora estava completamente pressionado contra ela para se apoiar.
Ela ergueu as sobrancelhas com a ação dele, mordendo o lábio ao sentir o membro duro na palma da mão dela e a mão dele sobrepondo, guiando os movimentos desajeitados de Rhaenys.
Aemond recostou a cabeça nas prateleiras de livros e fechou o olho. Seus lábios se entreabriram e ele emitiu um som suave, quase inaudível.
Ele não sabia dizer se era um suspiro, um gemido ou um lamento. Talvez fossem os três.
Seu aperto na cintura de Rhaenys ficou mais forte, e sua respiração começou a ficar mais superficial. Ele mal conseguia respirar. A mão dele se afastou da boca e começou a subir e descer o pulso dela de forma ritmada, conseguindo ensinar e guiar ela da maneira que ele apreciava ser tocado.
Rhaenys sorriu para Aemond, mordendo o lábio com a respiração forte enquanto trabalhava a mão dela e o som dos passos parecia ter desaparecido por completo da biblioteca, pois apenas um silêncio ensurdecedor estava pairando no ar. A princesa olhou para ele novamente quando sentiu os quadris dele tremerem um pouco, e ele dar tudo de si para se manter quieto.
— Rhaenys... — ele sussurrou o nome dela várias vezes. Ele estava em êxtase, seu coração acelerou a uma velocidade inacreditável, e cada parte de seu corpo sentiu uma sensação que nunca havia sentido antes. Tudo doía. Tudo implorava por liberação agora.
Ele estava perdido no momento, e tudo era culpa de Rhaenys.
Aemond agarrou uma parte da prateleira com as mãos, enquanto o suor começava a escorrer de sua testa. Seus olhos se fecharam com força e um gemido alto escapou de sua boca. Sua cabeça caiu para trás e ele soltou algumas respirações rápidas.
Rhaenys manteve a mão fazendo os movimentos rápidos como ele tinha ajudado ela, tocando o comprimento molhado com as pontas dos dedos e sentindo latejar, até ela escutar Aemond soltar um outro gemido alto e esconder o rosto dele no ombro da princesa, derramando a liberação na mão e no vestido de Rhaenys.
Ele sorriu para ela, com os olhos cheios de fadiga. Levou a mão ao queixo de Rhaenys e o ergueu para poder olhá-la nos olhos.
— Você me deixa louco. — ele disse em voz baixa. — Você gosta de ultrapassar os limites, não é, minha doce sobrinha? — ele provocou, com o olho azul brilhando com uma mistura de maldade e adoração. — Talvez, da próxima vez, devêssemos encontrar um local ainda mais arriscado, onde a emoção da descoberta acrescente uma camada extra de excitação.
Sua troca apaixonada continuou, as paredes da biblioteca testemunhando seu amor proibido, enquanto eles se deleitavam com a mistura inebriante de prazer e perigo que vinha com seus encontros íntimos.
Poucos minutos depois, Aemond já havia fechado o cinto de sua calça e caçado por algum pano que pudesse limpar a mão de Rhaenys e o estrago que ele fez no vestido dela. A princesa estava calma, não estava com nojo do que tinha feito com o príncipe e apenas sorria de forma calma, parada perto de uma janela grande.
As nuvens negras começavam a cobrir a capital, deixando a noite ainda mais cheia de terrores e sombras perigosas. O clima mudava bruscamente, um céu onde antes estava recheado de estrelas brilhantes agora estava coberto por grandes nuvens carregadas de uma chuva forte de primavera.
Ela ficou quieta enquanto Aemond limpava o vestido dela, os braços cruzadas na frente do peito, olhando a chuva começar a cair em pingos finos antes de engrossar a quantidade e o barulho, ventos fortes fazendo as árvores e o mar se moverem de forma furiosa.
— Está começando a chover. — ela comentou enquanto virava o rosto para olhar Aemond e depois voltava a encarar a janela embaçada. — Tessarion não gosta de chuva, deixa ela estressada. — disse de forma carinhosa quando contou a característica do dragão fêmea, a Rainha Azul.
— Chuva? — ele perguntou, olhando para fora, para as nuvens que cobriam o céu. — Vhagar ama chuva, ela adora voar quando tem tempestades. — ele contou para Rhaenys, passando a mão pela lateral dela, em direção ao traseiro, enquanto falava com ela. — Você tem medo de um pouco de chuva?
Ele estava provocando ela, dando um fraco aperto em seu traseiro, mas logo teve a mão afastada por um tapa da princesa.
— Joffrey tem medo de chuvas, ele sempre gosta de vir dormir com um de nós quando acontece. Em Dragonstone era mais frio e o clima mais nebuloso, por isso as chuvas com trovões eram constantes e ele se assustava por ser pequeno demais. — disse Rhaenys e então se virou para olhar Aemond com um suspiro alto. — Então como o meu quarto sempre foi perto do pequeno, ele recorria aos meus braços... ainda recorre.
— Joffrey deveria ser mais forte e corajoso não? Está no sangue dele. — ele disse baixo com uma pequena risada, uma piada.
Rhaenys bufou revirando os olhos e então olhou uma última vez para a janela antes de decidir sair da biblioteca.
— Os Targaryen podem ter medo de fogo, como qualquer outra pessoa. Assim como os Velaryon podem ter medo de água, ou assim como os Lannister podem ter medo de leões. — falou, e deu uma breve pausa. — Principalmente um Velaryon da idade dele, ele é uma criança.
Aemond deu um pequeno aceno com a cabeça e olhou para ela mais uma vez, as bochechas dele ainda estavam coradas pelo calor que passou durante a demonstração de prazer que Rhaenys ofereceu a ele, e a adrenalina em serem pegos pela pessoa que havia entrado na biblioteca mais cedo.
Ele continuou olhando enquanto a sobrinha abria as portas da biblioteca olhando ao redor antes de sair, segurando um livro de romance na pequena mão, a mesma que estava masturbando ele. Assim que as portas se fecharam novamente, Aemond se encontrou sozinho em meio as centenas de livros dos mais diversos gêneros, porém nada ali estava interessando ele no momento, nada além da princesa Rhaenys.
O cheiro da essência dela.
Baunilha e canela.
Ele se viu pensando com mais frequência em seu sorriso caloroso, sua risada contagiante, seus olhos gentis e seu toque reconfortante e, quanto mais pensava nisso, mais percebia que sua atração ia além do desejo carnal. No entanto, ele ainda não conseguia aceitar que havia se tornado algo mais profundo, algo mais.
Mas estava ali, se formando.
O príncipe resmungou algo e então andou em direção a porta após ter ficado minutos parado, encarando a direção que ela foi embora. Os passos das botas de Aemond ecoavam alto pelos vazios e longos corredores, juntamente com os barulhos de gotas caindo com força, trovões fazendo iluminações no céu escuro.
Enquanto ia, ele viu o pequeno Joffrey se esgueirando pelas escadas, carregando um pequeno cobertor azul marinho nas mãos e indo na exata direção do quarto da princesa Rhaenys, e o mero pensamento dos irmãos mais novos da Velaryon sempre buscarem tanto conforto nela já dizia o quão perfeita ela seria como mãe, o quanto de amor ela tinha para oferecer a eles.
Da mesma forma que Rhaenys buscava conforto nos braços de Jacaerys quando ela queria.
Da mesma forma que Aemond buscou conforto nos braços de Alicent quando ele perdeu o olho, ou nos braços da irmã mais velha, Helaena.
Assim que o príncipe chegou em seu quarto, um guarda veio em sua direção, marchando em passos firmes até que seu rosto ficasse mais visível na luz das tochas.
— Cole. — Aemond disse com um aceno da cabeça e olhou ele de cima a baixo, a expressão séria e fria como sempre tinha em seu rosto.
— Meu príncipe. — reverenciou ele. — Trago em mãos uma carta de seu irmão, Príncipe Daeron.
A menção do caçula fez ele levantar as sobrancelhas, já que Daeron não tinha dado notícias a muito tempo, a quase 6 anos foi a última carta que ele mandou para a família e a 4 anos a última vez que ele visitou a capital, por pouquíssimas horas juntamente de seu dragão.
Então ele logo agarrou a carta em mãos e entrou em seus aposentos para ler o conteúdo, esperando que não fosse algo preocupante para ter uma dor de cabeça mais do que ele constantemente tinha com o irmão mais velho deles com suas saídas noturnas e polêmicas, que desgraçavam o nome tão poderoso e digno.
"Caro irmão, espero que esta carta o encontre bem. Estou escrevendo para informá-lo de que retornarei ao castelo depois de uma longa estadia em Oldtwon. Sei que você está aguardando meu retorno e estou ansioso para me reunir com você depois desse tempo afastado, ou talvez não já que percebi que minha presença malmente é lembrada por qualquer um de vocês. Estou ansioso para conversar com você e discutir tudo o que aconteceu na minha ausência.
Até nos encontrarmos novamente em alguns dias, Daeron."
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top