022

Aemond moveu uma das mãos para onde as amarras do vestido de Rhaenys se encontravam, deslizando devagar para baixo. Mas ciente de que ela poderia se sentir envergonhada em mostrar o corpo, ele apenas baixou suas mangas a uma altura que desse início aos seios, não expondo eles. Rhaenys deu um pequeno sorriso com esse ato dele, pois ela realmente estava com um pouco de timidez em se mostrar totalmente nua a ele.

Ela suspirou levemente quando sentiu seus dedos apertarem a parte interna de sua coxa, acariciando. Aemond fazia questão de manter contato visual com a sobrinha enquanto fazia todos os movimentos, apenas quebrando quando tomava seus lábios em beijos salientes. Ele espalmou a mão por baixo da saia, aos poucos subindo cada vez mais até que ela se mantivesse acima dos quadris, livre para que ele pudesse fazer o que desejava fazer.

Quando ele levou os dedos para tocarem ela pela primeira vez, a princesa arqueou um pouco as costas e se aproximou ainda mais, os quadris próximos aos dele quase encostando em seu pau escondido pela calça e o escuro do quarto.

Mais uma vez, Aemond traçou dedilhados pela pele nua dela, descendo o traçado até o ponto latejante que ela tanto ansiava para ser tocada. E quando ele o fez, foi inevitável que ela não deixasse um gemido escapar dos lábios, então quando ele começou a fazer movimentos lentos ela fechou os olhos tão forte que doía.

Ele parecia ter habilidade com as mãos, o que ela já imaginava visto que Aemond poderia ter tocado e se deitado com uma quantia desconhecida de mulheres.

Aemond fazia a mesma coisa que ela era acostumada a fazer, mas do jeito dele parecia ser mais prazeroso do que quando ela usava as próprias mãos. Era diferente. Era um toque único.

Rhaenys apoiou a cabeça na curva do pescoço dele, não conseguindo se manter ereta enquanto Aemond tomava um ritmo maior circulando sua intimidade, sempre provocando enfiar seus dedos mas nunca o fazendo. Parecia que ambos estavam lutando contra eles mesmo, se forçando a não chegar ao limite para que a sensação tão boa acabasse rápido. Aemond quase não conseguia se manter parado embaixo dela, a todo momento tentando buscar um pouco mais de fricção com seu corpo.

Deuses.

Por um momento ele abandonou seu íntimo e ela levantou a cabeça para encarar o tio, tentando entender o porque dele ter parado. Rhaenys até tentou puxar a mão dele novamente, mas ele manteve ela parada, ao invés dele obedecer o que ela queria que ele fizesse, Aemond encostou os lábios no seu pescoço e mordiscou a sensibilidade de sua pele.

— Aemond. — ela sussurrou tão baixo, tão arrastado que a sua voz quase proporcionou um orgasmo nele, tão atraente. — Continue, por favor.

Foram essas palavras tão simples que fizeram com que ele realmente iniciasse isso novamente, mas de forma diferente.

Ele desceu os dedos pelo busto, percorrendo a barriga, causando calafrios para enfim chegar nos labios gotejantes dela. Aemond colocou dois dedos, um de cada vez e esperou por alguns segundos antes de mover em uma sequência lenta, mantendo os lábios ocupados em seus ombros e pescoço. Ela gemeu baixo, agarrada no corpo dele e puxando seu cabelo platinado entre as mãos.

Aemond sentia seu corpo queimar por ela, para sentir ela. Mas ainda não era a hora e ele certamente conseguia se contentar com apenas toques até um certo tempo, tentando ao máximo manter o autocontrole em mente.

Ele tinha mais do que certeza de que Rhaenys guardava suas honras para um futuro casamento.

Enquanto ele deslizava os dedos constantemente, usava seu polegar para circular o clitóris, ao mesmo tempo que ele mesmo tentava manter os olhos abertos para conseguir ver quando ela chegasse ao limite nos dedos dele, poder observar a tão linda e desejada princesa de toda Westeros ficar corada e molhada, com os lábios separados gemendo pelo nome dele, se possível.

Rhaenys, uma última vez, precisou apoiar seu rosto nele escondendo as feições de prazer, quando sentiu que seu corpo chegaria logo em um ponto de prazer inevitável. Não demorou menos do que segundos para que isso acontecesse, suas pernas fraquejarem e apertarem ao mesmo tempo envolta da cintura de Aemond, seu corpo esquentar ainda mais e seus lábios separados não conseguindo se manter calada, porém eram gemidos arrastados, se apertando contra ele buscando qualquer tipo de apoio e ainda mais contato com seus dedos que mantinham o ritmo constante mesmo depois dela atingir o orgasmo que ele buscou.

Aemond precisou puxar o rosto dela para que pudesse enxergar, deixando beijos desajeitados em seus lábios quebrando os gemidos que continuavam saindo de sua garganta.

Como uma canção que agrada os ouvidos.

Mesmo depois que ela se recuperou da forte sensação que Aemond lhe proporcionou, os dois continuaram agarrados um no outro, respirando forte quase sem ar, apoiando o rosto um no pescoço do outro. De vez em quando, ele deixava alguns simples beijos molhados e rápidos, esperando que ela tivesse o seu tempo de descanso nos braços dele.

Tanto Rhaenys quanto Aemond nunca tiveram em mente estar em uma situação assim, nem nos mais profundos pesadelos.

Porque era impossível, porque eles deveriam se odiar desde o que aconteceu...eles não se suportavam e não conseguiam se manter no mesmo local sem piadas ou provocações sobre diversos acontecimentos do passado.

Deveria ser assim, mas não estava sendo.

Rhaenys queria descobrir se era possível desprezar e desejar uma pessoa ao mesmo tempo.

— Rhaenys? — ela já estava em silêncio a algum tempo em seus braços, ainda respirando fundo e com o vestido todo amassado, as saias no quadril e o que cobria os ombros, abaixados como estava antes.

Ela não tinha certeza se queria olhar para Aemond agora, ver seu olho descoberto a encarar profundamente, se sentindo envergonhada de fazer o que fez com o tio ainda que tivesse gostado. Mas ele não esperou que ela respondesse de volta, ele apenas alcançou a parte de trás de seu vestido e amarrou novamente do mesmo jeito que estava antes, também abaixando as saias e segurando em sua cintura durante o processo para afastar um pouco do atrito corpo a corpo, o calor inundava quase queimando a pele corada e suada.

Rhaenys se encolheu no toque firme, ainda se sentindo sensível, e evitou olhar para Aemond quando ele a colocou sobre a cama dele com as pernas cruzadas, se mantendo sentado na borda em silêncio assim como ela fazia.

Ela cutucou a carne envolta das unhas olhando as costas de Aemond, seu peito subir e descer ofegante e seu cabelo todo bagunçado com alguns nós por culpa do alvoroço dela. Rhaenys devagar se mexeu indo até ele, se rastejando pela cama antes com lençóis tão arrumados.

Quando ela ficou de joelhos ao seu lado e se apoiou em seus ombros ele levantou sua cabeça para olhar para ela, podendo agora notar melhor as consequências deixadas com o que havia dado. As bochechas rosadas, os lábios avermelhados e mordidos, seu ombro possuía as marcas de uma mordida que ele deixou para lembrar da noite tumultuada que compartilharam, suas sobrancelhas estavam curvadas para cima e um sorriso leve aparecia nas pontas da boca.

— Aemond? — ela chamou.

— Sim? — ele não conseguia acreditar no quão magnífica ela era até estando toda bagunçada, se soubessem que Rhaenys havia aceitado ele como um amante, comentariam do quão sortudo era.

Infelizmente, ele pensava que não fariam o mesmo caso a situação fosse contrária, visto que muitos das mulheres da corte costumavam comentar a tempos sobre a aparência dele desde que começou a usar um tapa-olho para esconder o machucado.

— Você pode fazer isso de novo, por favor? — ela citou enquanto segurava no queixo dele. Rhaenys estava bem ali em sua frente, pedindo para que fosse tocada mais uma vez, a mercê dele.

— Como eu posso recusar um pedido tão bem feito, como este?

A noite tão gelada de repente se tornou a mais quente e as neblinas de frio se tornaram fumaça.

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