˚˖𓍢ִ໋' ❄️:✧ 𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎
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A NEVE branca, pura e imaculada, cobria o chão de forma quase mágica, estendendo-se por toda parte como uma vastidão silenciosa e gelada. As árvores dos bosques, altivas e imponentes, com seus pinheiros robustos, estavam completamente envoltas por uma espessa camada de neve que se acumulava sobre os galhos, tornando-os pesados e dobrados. O cenário parecia uma pintura de inverno, com os contornos da floresta se dissolvendo em um mar de branco, onde tudo o que se via era a quietude da neve, como se o mundo estivesse em um sono profundo, aguardando o despertar.
Ivy, com seu semblante sereno, estava em êxtase diante daquela paisagem gélida. O vento cortante, carregado de cristais de gelo, acariciava sua pele, e ela sentia um prazer imenso ao ver os flocos de neve caírem suavemente sobre seus cabelos, que brilhavam sob o toque gelado. Era como se ela estivesse finalmente no seu habitat natural, onde o inverno não era apenas uma estação, mas uma extensão de sua própria alma. A sensação do frio era revigorante para ela, como se a terra congelada estivesse abraçando seu ser com uma força silenciosa e poderosa.
Do outro lado, Flora lutava contra o congelamento. O vento, que para Ivy era acolhedor, para ela era apenas um tormento. Suas mãos estavam rígidas e vermelhas, e ela não conseguia esconder o tremor que percorria todo o seu corpo. A neve, em vez de ser uma beleza, parecia um obstáculo imenso, cobrindo tudo o que ela desejava, transformando o mundo em algo frio e distante. Ela fechava os olhos, desejando secretamente que a neve se transformasse em campos verdes, com flores coloridas se abrindo sob o calor de um sol que jamais aparecia. Tudo o que Flora queria era a suavidade e o calor da primavera, onde o mundo se tornava mais gentil e acolhedor.
Ambas as irmãs caminharam em silêncio, seus passos abafados pela espessa camada de neve sob seus pés. O frio envolvia o ar, mas algo peculiar chamou a atenção de Flora: à sua frente, iluminando a paisagem como um farol perdido na imensidão branca, havia um lampião. Sua luz brilhava com uma intensidade surpreendente, quebrando o manto de escuridão que os rodeava e refletindo na neve, fazendo-a brilhar como se pequenas lantejoulas estivessem espalhadas por toda a terra. A visão de tal beleza a fez recordar do calor dos raios de sol que sempre imaginara ver, como se aquela luz fosse a promessa de um verão distante.
Mas, antes que qualquer uma das meninas pudesse reagir, algo aconteceu. A luz do lampião, que antes parecia reconfortante, começou a crescer em intensidade até se tornar cegante. A luz envolveu as duas irmãs, forçando-as a fechar os olhos com força, como se uma onda de calor e energia imensa as atingisse de súbito. O ambiente ao redor delas parecia desvanecer, e uma sensação de deslocamento tomou conta de seus corpos.
Então, em meio ao brilho ofuscante, uma voz profunda e poderosa surgiu, como se ecoasse de todas as direções, ressoando no fundo de seus corações.
— A hora está chegando, minhas princesas.
A voz parecia vinda de um lugar além do espaço e do tempo, uma presença tão antiga quanto o próprio mundo.
— Vocês devem trazer os filhos de Adão e Eva com vocês. Só assim o terrível império da Feiticeira Branca encontrará o seu fim.
Flora e Ivy sentiram a gravidade daquelas palavras, como se o próprio destino tivesse se revelado diante delas, imenso e inevitável.
— Este sempre foi, e sempre será, o destino de vocês: guardiãs de Nárnia.
E assim, tão subitamente quanto surgiu, a luz começou a desaparecer. O brilho se dissipou como uma névoa, e o som da voz foi silenciado, deixando as irmãs em um vazio absoluto.
Com um sobressalto, ambas acordaram em seus quartos, ofegantes e confusas, seus corações acelerados. O mundo ao seu redor parecia o mesmo, mas havia algo diferente, algo que elas não conseguiam compreender. As paredes familiares, a cama macia, o cheiro do ar... mas e aquele sonho? Ou teria sido mais do que um sonho?
— Real... — Ivy murmurou, com a voz tremendo levemente, como se ainda estivesse tocando o eco daquela experiência.
— Real... — repetiu Flora em seu próprioquarto, sua mente tentando entender a magnitude das palavras que ouvira. Como poderia algo tão vívido ser apenas uma criação da mente?
Ambas sabiam que algo havia mudado. Algo em seus corações tinha sido despertado. O que quer que fosse, o destino que lhes fora revelado parecia mais do que uma simples visão. Era real.
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₊˚ʚ 🌷❄️₊˚✧ ゚.• Olá, Narnianos! Estão prontos para embarcar nessa aventura ao lado de Ivy e Flora? Porque eu, com certeza, estou mais do que preparado para levar todos vocês nessa jornada mágica!
₊˚ʚ 🌷❄️₊˚✧ ゚.• Espero que tenham se encantado com esse prólogo, ou melhor, com essa pequena degustação do que está por vir. A história está só começando, e garanto que muita emoção ainda nos aguarda!
₊˚ʚ 🌷❄️₊˚✧ ゚.• Não se esqueçam de votar e deixar seus comentários, cada um deles é uma dose extra de motivação para continuar escrevendo!
₊˚ʚ 🌷❄️₊˚✧ ゚.• Até o próximo capítulo, reis, rainhas, príncipes e princesas de Nárnia! Que a magia continue nos guiando por essa terra encantada!
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