xxiii. nightmares
𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗧𝗥𝗘̂𝗦
❝ pesadelos ❞
Normalmente quando dormimos, achamos que estamos em um local seguro, sem problemas. Um lugar de paz. Por isso muitas pessoas preferem dormir do que viver a realidade, por que os sonhos são mil vezes melhores que a vida real.
Mas, não é o caso de Serena agora. A vida real está uma confusão, um verdadeiro pesadelo. Dormir seria a melhor coisa que aconteceria, certo?
Errado.
Os pesadelos a atormentam até quando está em um sono profundo de uma recuperação. A sua vida girava em torno desses sonhos ruins e tenebrosos.
A sua vida era um pesadelo.
Em seus sonhos - mais conhecidos como lembranças sombrias -, Serena havia voltado no dia da morte da sua mãe. Um dos dias que mais a assombra desde o ocorrido. Porém, ela ficou confusa quando viu a pequena Serena de onze anos tentando o impedir de matar a sua mãe. Na maioria dos seus sonhos, ela volta a ser a pequena Serena e revive aquele momento horrendo.
Mas um coisa estava diferente. A Crawford não era a sua eu mais nova.
Serena estava no corpo do seu pai. Aquele que não parava de espancar a sua mãe até a morte. Os gritos da garotinha ecoando pela sala a aterrorizava ainda mais. O que estava acontecendo?
Antes do pesadelo se agravar, o efeito do morfinaceo estava passando, o que a fez aos poucos recuperar a consciência e a acordar.
—A sua irmã pensa antes de agir? — ela ouviu a voz de Finnick. O que ele fazia ali?
—As vezes sim, as vezes não... Depende da situação, local e principalmente, depende da pessoa. — era a voz de Sean. — E as vezes isso pode ser um pouco perigoso.
—Um pouco? — dessa vez era Percy. — Ela literalmente levou um tiro, Sean. E se não fosse aquela armadura? Provavelmente ficaríamos órfãos de vez!
—Gente, ela está acordando. — avisou Sean ao ver que a irmã estava dando sinais de que iria acordar.
A loira demorou para abrir os olhos devido à claridade do quarto. Aos poucos ela voltava a ficar consciente e os seus olhos se acostumaram com a luz branca do quarto. Ao olhar ao redor, viu os seus irmãos, Finnick, Sawyer e Stiles no local.
—Graças a Deus você acordou! — exclamou Sawyer assim que Serena abriu os olhos totalmente. — Por Deus, não me assuste mais desse jeito!
—O que aconteceu? — indagou a loira.
—Você levou um tiro. — respondeu Percy. — Você está bem, por mais preocupado que ficamos, Sean nos garantiu que a bala não encostou em você.
—Eu não acho que preocupado seja a definição exata do estado em que Finnick se encontrava. — Sean começou a dizer. — Ele literalmente teve um treco quando viu você chegando desacordada aqui no 13.
Finnick acabou nem ligando para o comentário de Sean. Ele estava tão aliviado que a sua mulher estava bem, que tudo o que importava naquele momento era ela, apenas ela. O loiro a olhou enquanto segurava a sua mão.
—Não me assuste mais desse jeito, tá legal? — a loira assentiu com a cabeça. Sorrisos maliciosos surgiram nos lábios dos outros três loiros.
Mas, uma pessoa em específico chamou a atenção de Serena. Stiles estava em um canto do quarto, de braços cruzados e com um olhar culpado, isolado de todo mundo. Isso fez com que a Crawford ficasse confusa.
—Sty? — ela o chamou e ele a olhou. — O que aconteceu? Por que está assim?
Mas, ele não respondeu, apenas desviou o olhar novamente.
—Ele está assim desde quando vocês voltaram do 2. — explicou Sean. — Não sabemos o porque, ele não quis contar.
—Achamos que deve ser porque você acabou levando o tiro. — Percy sussurrou para a irmã. — Ele deve estar se sentindo culpado porque não conseguiu evitar que isso acontecesse.
Serena respirou fundo. Se fosse esse o motivo, era totalmente idiota. Foi a própria Serena que se colocou na frente da Katniss para levar o tiro em seu lugar, Stiles não tem culpa de nada.
—Sty, sabe que se você estiver se sentindo culpado pelo o que aconteceu, saiba que não é a sua culpa. — a loira tentou o tranquilizar.
—Não é isso, Sery... — finalmente ele disse algo. — Foi... Outra coisa... — suspirou.
—Então por que não nos conta? Talvez podemos te ajudar. — sugeriu Sean, uma sugestão que ele sugeriu desde quando viu Stiles naquele estado.
—Sean está certo, talvez podemos te ajudar se você contar. — diz Serena.
O Hagan respirou fundo, pronto para contar o que o culpava tanto. Mas ele não olhou para os outros, e sim para o chão.
—Quando aquele homem atirou em você, Sery... — ele começou a dizer. — Eu não me controlei... — sua voz começou a ficar embargada. — Eu atirei no homem que atirou em você, a diferença era que ele não tinha uma roupa a prova de balas. Eu o matei. Eu fiquei com tanta raiva dele por ter atirado em você, que tudo o que eu quis foi atirar nele também. Mas depois eu percebi a gravidade do problema... Eu matei um homem, e o objetivo não era fazer isso. — na última frase ele olhou para os outros, deixando visível os seus olhos que começavam a formar lágrimas. — Eu só queria defender a minha melhor amiga, a minha irmã, e acabei agindo no impulso...
—Não foi a sua culpa, Stiles. — Sawyer tentou o consolar.
—Claro que foi, Sawyer! Claro que foi a minha culpa! O objetivo não era matar ninguém, e sim esperar eles se renderem. Eu acabei estragando tudo!
—Você só queria proteger a sua melhor amiga e acabou agindo no impulso, isso é normal já que você é um soldado e também um ótimo amigo. — Sean se intrometeu.
—E outra, o objetivo foi concluído. Ao que parece, o 2 já se juntou a nós na rebelião. Por que se sentir culpado agora quando as coisas já estão dando certo? — diz Percy.
Antes de alguém responder, o sinal para o almoço começou a tocar, interrompendo a conversa deles. Em parte, Stiles deu graças a Deus por isso, não queria relembrar aquele momento.
—Olha, a gente vai sair, mas depois vamos voltar. Daqui a pouco uma das enfermeiras vem trazer o seu almoço, tudo bem? — Sean explicou e logo Serena assentiu com a cabeça.
Mas, Finnick não queria sair, não queria a deixar sozinha. Porém, prometeu a si mesmo que iria voltar o mais rápido o possível. Todos começaram a sair aos poucos do quarto, mas o Odair parou ao lado de Stiles antes de seguir os outros.
—Escuta, eles estão certos. Você não está errado por matar alguém em defesa da sua melhor amiga. Você agiu por impulso, isso acontece. — ele diz e deu um tapinha no ombro dele com um sorriso, esse que Stiles prontamente correspondeu. Agora ele se sentia menos culpado.
Ao ver aquela cena, Serena ficou um pouco feliz de ver que eles dois estavam começando a se dar bem. Nunca iria imaginar que isso provavelmente poderia acontecer, visto que Finnick não gostava mesmo do Hagan.
Alguns segundos depois, o quarto ficou totalmente vazio, deixando Serena com seus pensamentos ruins sobre o seu pesadelo.
—Já voltou? — indagou a loira ao ver Finnick entrando no quarto novamente. Não fazia nem dez minutos que o sinal havia tocado e que todo mundo tinha ido para o almoço.
—É, eu quis voltar logo. — ele respondeu com um sorriso. — Não conseguiu comer? — perguntou apontando para a bandeja que estava no colo da mais nova, inclusive estava intacta.
—Não estou com fome... — realmente era verdade, mas por parte ela realmente não queria comer, não com aquele pesadelo a atormentando.
—Não está com fome ou não quer comer? — questionou enquanto se aproximava da cama da loira. Ele sabia que havia algo de errado com ela. — O que está acontecendo, loirinha?
Serena respirou fundo, pensando se deveria contar o seu pesadelo ou não. Mas ela resolveu não contar, não queria relembrar aquilo.
—É só um pesadelo que eu não quero falar. — ela deu um sorriso fraco. — Prefiro tentar esquecer.
—Você quem sabe. — ele diz se sentando nos pés da cama hospitalar dela. Em seguida ele segurou a sua mão e começou a acariciar o local com o seu polegar. Aquele gesto trouxe uma sensação de conforto para Serena, como se aquele carinho a acalmasse de certa forma. — Eu fiquei com muito medo de te perder, sabia? Muito medo mesmo. Como Sean disse, eu fiquei em desespero quando você chegou desacordada. Sei que a bala não encostou em você, mas mesmo assim, eu fiquei bastante preocupado.
Aquela pequena declaração a fez voltar para aquele dia no bunker, onde ele disse que tinha medo de perdê-la. Isso de certa forma mostra que aquilo é verdade, que ele realmente tem medo de perdê-la.
E por parte, isso a deixava um pouco feliz. Antes era só ela e os seus irmãos, agora ela tem pessoas que a amam e gostam dela de verdade. Não que os seus irmãos não eram do mesmo jeito, mas é porque agora, Serena viu uma coisa boa que o Jogos Vorazes trouxe. Amigos, amigos de verdade. Coisa que ela se recusava a ter, mas agora, ela percebe que foi a melhor coisa que a vida lhe deu.
—Agora, o que acha de comer essa comida para não ter outra complicação e ficar mais tempo aqui? — ele mudou de assunto, o que fez a loira rir.
—Você fala como se eu fosse uma criança. — ela deu outra gargalhada.
—Se você quiser, posso até te dar comida na boca como se fosse realmente uma. — brincou enquanto pegava o garfo que estava em sua bandeja, o que arrancou outra gargalhada dela, isso fez ele rir também.
—Não precisa, eu sei comer sozinha. — disse pegando o garfo da mão dele e voltando a mexer na comida. Ela hesitou um pouco, mas logo começou a comer. Serena sentia falta da comida de sua casa, porém logo se lembrou que as pessoas no 12 passavam fome e que não tinham nada para comer, então ela parou de reclamar em sua mente.
Enquanto a mais nova comia, o Odair não parava de olhar para ela. Até mesmo naquele estado, com roupas de hospital e os cabelos um pouco desgrenhados, ele ainda a achava tão... linda. Finnick amava cada detalhe dela, e isso era algo que ele nunca iria parar de pensar. A Crawford sentiu o olhar dele sobre ela e o olhou também. Seus olhares se encontraram e o brilho neles foi instantâneo. Serena não sentia mais as borboletas no estômago e nem o coração acelerado sempre que seus olhos se encontravam com os deles, e sim sentia paz. A presença dele não a deixa mais nervosa, nem irritada, ou algo do tipo, agora ela gosta da sua presença, e toda vez que ele está com ela, tudo parece melhorar em questão de instantes.
Isso seria o amor? Você sentir uma paz imensa com essa pessoa e ter um medo profundo de perdê-la? Você sentir uma enorme vontade de tê-la ao seu lado e não conseguir mais ver a sua vida sem ela?
A porta do quarto se abrindo fez os dois desviarem o olhar e disfarçar. Eles olharam para a porta e viram Katniss adentrando o quarto e olhando para os dois com um semblante confuso e ao mesmo tempo que percebesse que atrapalhou algo.
—Se quiserem eu volto outra hora. — sugeriu enquanto apontava para a saída, indicando que ia sair.
—Não! Pode ficar. — Serena respondeu imediatamente, para evitar qualquer desconfiança e constrangimento. Uma coisa boa, pelo menos eles não foram pegos enquanto se beijavam, que nem aconteceu naquele dia na sala subterrânea.
—Tem certeza? Eu só vim ver como você estava. — ela diz se aproximando da cama. — E também vim te agradecer.
Uma expressão confusa apareceu no rosto de Serena.
—Por que?
—Por ter levado o tiro no meu lugar. — ela sorriu. — Você não tinha que fazer isso, por minha causa você está assim.
—Não tem problema, Kat. — a mais velha sorriu. — Nesse tempo você acabou se tornando uma... irmã para mim. E do mesmo jeito que eu me sacrificaria pelos meus irmãos, eu me sacrificaria por você também.
Katniss também sentia a mesma coisa, mas como bem sabemos, as duas tem uma coisa em comum: elas são péssimas em demonstrar sentimentos. Por isso, ela apenas assentiu com a cabeça e um sorriso.
—Bom, é melhor eu ir. Parece que eu atrapalhei o clima de vocês dois, e eu não queria isso. Então, até mais. — ela diz acenando meio sem jeito e saindo do quarto hospitalar.
Mas dessa vez, quem ficou envergonhada foi Serena, a ponto das suas bochechas terem uma cor meio rosada. Já Finnick deu uma pequena gargalhada ao ver o estado em que a mais nova ficou.
—Pensa pelo lado bom, loirinha, pelo menos ela não entrou se caso a gente estivesse se beijando. — ele brincou.
—Idiota.
No final, até ela achou um pouco de graça desse comentário. A companhia de Finnick Odair está sendo uma ótima distração para ela esquecer os seus problemas. Como se ele fosse a solução para todos eles.
A noite caiu novamente, e Serena teria que passar mais uma noite no quarto hospitalar. Ela tava odiando aquele lugar, e a única coisa que está salvando era a presença de Finnick. Quando ele não está com ela porque está fazendo suas atividades do 13, sua vida se torna um pesadelo de novo. Quando ela fecha os olhos por causa do efeito do morfinaceo, os pesadelos a atormentam de novo. Era um ciclo sem fim.
A presença de Stiles estava salvando aquele momento de solidão. Até a hora de dormir, eles ficaram conversando sobre assuntos bons, nada de coisa ruim, mas, Stiles havia explicado o que aconteceu depois que ele matou o homem do 2, Boggs havia lhe dado uma bronca, mas não passou disso. Infelizmente os seus irmãos estavam muito ocupados com seus cargos, então ela não os via muito, principalmente o Percy, já que o Sean era o médico responsável por ela. Por parte ela não vê a hora de voltar para o 4 e viver como antes, todo mundo juntos e unidos.
A porta do quarto se abriu, e os dois olharam na direção de quem estava entrando. Era Finnick. Ele entrou no quarto e fechou a porta, logo olhando para Stiles.
—Se quiser ir dormir, pode ir, eu fico aqui com ela. — ele diz.
—Tem certeza? Eu posso ficar aqui, sem problemas.
—Não precisa se preocupar, fica tranquilo que da minha mulher cuido eu. — é, no final eles não estavam se dando bem coisa nenhuma. — Pode ir que eu fico com ela.
Depois dessa pequena alfinetada, Stiles resolveu realmente ir embora, porque se não fosse, provavelmente Finnick iria convencê-lo a ir de qualquer forma. Ele se levantou da cama e abraçou Serena para se despedir. Logo o Hagan deixou o quarto, ficando apenas os habitantes do Distrito 4 no quarto. Imediatamente a Crawford encarou o Odair.
—Precisava disso? Achei que vocês estivessem se dando bem. — ela diz. — Stiles é gente boa, deveria dar uma chance para ser amigo dele.
—O ocorrido de hoje cedo não significa que eu tenha ido com a cara dele.
Apesar daquela conversa e da ajuda que Stiles deu a ele, Finnick ainda não confiava cem por cento no Hagan. Ainda acha que de certa forma, quando ele der uma brecha, o moreno vai correndo roubar a sua mulher, essa que ele está demorando dezessete anos para conquistá-la.
E parece que a espera está valendo a pena.
—Por que resolveu passar a noite aqui? — indagou a loira. — Não precisa desse trabalho todo.
—Porque eu quero cuidar de você, acho que isso está bem claro. E não é trabalho nenhum ficar aqui com você.
—E por que isso?
Finnick riu diante de tanta lerdeza. Sério mesmo que ela ainda não percebeu? Mesmo com ele falando o tempo todo?
—Porque eu amo você, Serena Crawford. — declarou enquanto se aproximava mais dela. — Achei que isso estava meio óbvio. Eu quero cuidar de você, quero continuar amando você até o último suspiro de nossas vidas, porque acredite, eu nunca irei amar alguém do mesmo jeito que amo você. — o coração da loira começou a disparar diante dessas palavras. — Sei que você ainda não sente o mesmo por mim, mas nunca irei desistir. Se eu estou esperando até agora, eu posso esperar mais um pouco.
Na verdade, nem a própria Serena sabe o que sente. Ela nunca teve o prazer de sentir o amor em sua vida, já que nunca teve esse exemplo em casa. Então, esse sentimento é completamente confuso e desconhecido para a Crawford.
O que ela acha que está sentindo é que está apaixonada por ele, mas não necessariamente seja amor.
Porém, sabemos muito bem que ela está errada.
—É... Está ficando um pouco tarde, melhor irmos dormir. — ela mudou de assunto. — Tem certeza que quer ficar aqui?
—Tenho. — ele respondeu com um sorriso fechado enquanto se sentava na cadeira que havia no quarto. É, uma noite confortável não vai ser.
—Tá bom... Boa noite, Finnick.
—Boa noite, loirinha.
A hora de ir dormir foi realmente uma péssima ideia. Novamente os pesadelos voltaram a atormentar. Dessa vez, ela não era o seu pai, mas havia perdido várias pessoas importantes na sua vida depois da guerra. A Capital havia vencido e em consequência para os atos do Tordo e da Sereia, os seus aliados receberam as devidas punições.
Obviamente as punições mais pesadas foram de suas famílias e amigos.
Serena berrava aos choros enquanto via os seus irmãos, Sawyer, Stiles e Finnick para uma espécie de forca. Ela lembrava disso porque havia lido algo parecido no livro da Tiffany. A cena foi horrenda quando Snow ordenou que ativassem a corda. Ver os corpos de todas as pessoas que ama pendurados, sem vida, foi pior do que o pesadelo onde ela era o seu pai.
E então, ela acordou, ofegante e com o rosto molhado por causa das lágrimas que caíram no meio do sono. Finnick, que estava em um sono leve, acabou acordando quando ouviu a respiração ofegante da loira. Ele imediatamente se levantou e foi em direção a cama dela.
—Ei, calma, está tudo bem. — ele tentou a acalmar e não pensou duas vezes em envolvê-la em seus braços, com cuidado devido aos ferimentos. — Está tudo bem, foi só um sonho.
Serena ainda tremia devido ao susto. Parecia tão real que por um momento ela achou que fosse realmente a vida real.
—Por favor, quero ver os meus irmãos. Quero ver se eles estão bem. — implorou com a voz trêmula enquanto tentava se afastar, mas o mais velho não deixou ela se afastar e a puxou para mais perto.
—Calma, eles estão bem, foi só um pesadelo, tudo bem? Eu estou aqui, nada de ruim vai acontecer enquanto eu estiver aqui, eu prometo.
O carinho que ele fazia em seus cabelos e costas estava a acalmando. "Era só um sonho" ela repetia isso o tempo todo em sua mente, e Finnick fazia questão de repetir também. Aos poucos sua respiração voltou ao normal, o seu corpo parou de tremer e as lágrimas pararam de cair.
—Está melhor? — ele sussurrou, a loira confirmou. — Foi tudo um sonho, loirinha, nada de ruim vai acontecer com a gente. — o loiro se separou do abraço e olhou no fundos dos olhos dela. — Eu prometo, tá bom? — ela assentiu com a cabeça.
—Obrigada. — agradeceu. Ela confiava nele, agora ela confia. Sabe que se ele prometeu, ele vai cumprir.
E esperamos realmente que ele cumpra.
—Eu vou voltar para o meu lugar, okay? Qualquer coisa me chama. — ele diz começando a se afastar para voltar para a sua cadeira.
—Espera. — Serena o impede de avançar mais enquanto segurava o seu braço. Finnick se virou para ela com um olhar confuso. — Dorme comigo, por favor... — pediu, quase implorou. — Eu não quero que esses pesadelos me atormentam de novo... — sua voz saiu fraca no final. Quando que a Serena de meses atrás iria ficar assim, tão vulnerável na frente de alguém sem ser os seus irmãos.
O Odair ficou hesitante no começo, não saberia se era uma boa ideia e também não queria se aproveitar da situação. Mas, como ela mesma pediu, percebeu que não teria problema. Ele se aproximou da cama novamente, e enquanto Serena dava espaço para o mesmo se deitar ao seu lado, o loiro tirou os seus sapatos e com cuidado, se deitou ao lado dela, e se cobriu com a coberta que ela mesma ofereceu. Assim que ele se ajeitou, a Crawford não hesitou em se aconchegar nele, colocando a sua cabeça em seu peito e sua mão já região de seu abdômen. O mais velho a abraçou, tomando cuidado para não tocar em nenhuma ferida, devido a costela quebrada que ela havia adquirido com o ocorrido no 2, ele também pousou a sua mão sobre a dela que estava em seu abdômen. Eles pareciam o casal perfeito vendo daquele jeito. Os dois juntos abraçados para dormir. Bingo, mais uma coisa que Finnick conseguiu ao longo desses dezessete anos tentando conquistar a garota que ama.
—Não estou te machucando não, neh? — perguntou. Serena imediatamente negou.
E então, eles ficaram ali, em silêncio, ouvindo apenas a respiração um do outro. Já Serena conseguia escutar o coração de Finnick que estava um pouco acelerado. O carinho reconfortante que ele fazia em seu ombro foi o remédio perfeito para ela pegar no sono.
Dessa vez, nenhum pesadelo a incomodou de novo.
Esse capítulo estava mil vezes melhor na minha mente, mas obviamente ao colocar no papel ele ficou meio xoxo capenga🤡 odiei😔
Dessa vez eu PROMETO MESMO que não irei mais demorar na postagem de capítulos! Com o fim de Secrets from Past que vai vir essa semana, as atualizações vão vir mais rápidos, E com um cronograma FIXO! Ou seja, GOLDEN HOUR VAI TER DIA FIXO DE POSTAGEM TODA SEMANA!!!
Mas obviamente, esse cronograma só vai ser funcional depois que eu postar o último capítulo de Secrets from Past, ou seja, semana que vem. A seguir vai estar os dias de postagem de cada fanfic:
Segunda: Golden Hour
Quarta: Fire Blood
Sexta: The Smallest Man Who Ever Lived
O horário vai variar, posso postar de manhã cedo quando tô na escola, de tarde ou a noite. Vai depender de que horas eles vão estar prontos, bele? Bele!
Confesso que esse capítulo foi MUITO FOFO e espero muito que vocês sintam o que eu senti enquanto escrevia. Juro, amo demais esses dois😔☝🏻
Acabei de perceber que falta bem pouco para a fic acabar, NAO TO BEM😭😭 mais alguns capítulos e PA, damos tchau a essa fanfic maravilhosa! Mas não vamos pensar nisso😝
Próximo capítulo vai ter o especial que tanto falei para vocês em? Não é um hot, mas é quase um... repito, QUASE. Espero muito que vocês gostem porque essa cena deu MAIS DE 1K DE PALAVRAS! Me superei em?
Por mais amigos que nem o Stiles, esse aí não se acha em qualquer lugar☝🏻
Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.
A ordem de postagem ainda continua a mesma, Secrets from Past está quase finalizada, faltando um capítulo para concluir a fic. Depois disso, as postagens vão ficar do jeito que falei para vocês.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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