v. the arena
𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗖𝗜𝗡𝗖𝗢
❝ a arena ❞
Serena foi com passos rápidos e irritados até o elevador. Foi a primeira a chegar no alojamento. Ela foi até a cozinha e pegou uma faca em cima da mesa que já estava posta para eles jantarem. Depois foi novamente para a entrada do alojamento, onde os outros já estavam chegando. A loira empurrou Finnick com força até a parede e o prensou na parede com a faca em sua garganta.
—Que merda foi aquilo?! — ela altera o tom de voz, quase gritando, bastante irritada. — É assim agora não é?! Fazemos um acordo e um planejamento de como agir na entrevista e você faz isso?! — a loira pressionou a faca com mais força em sua garganta. — Se você acha que agindo desse jeito vai fazer eu ser sua aliada ou sua amiga, saiba que você está fazendo isso de um jeito completamente errado! — Sawyer a afastou imediatamente de Finnick ao ver que ela iria pressionar mais ainda a faca na garganta do loiro. — Eu vou te matar! Seu desgraçado!
—Calma, Serena! — o mais velho tentou a acalmar enquanto tirava a faca de sua mão. — Pare de agir desse jeito.
—Você viu o que ele fez, Sawyer! Você viu! Fizemos um acordo para nós dois fingir sermos amigos e ele faz o total contrário do combinado! E eu fui idiota o bastante para aceitar esse seu acordo estúpido!
—Ei, calma lá, loirinha. — Finnick começou a dizer. — Primeiramente, eu fiz isso para nos salvar. Viu o que aconteceu com a Katniss e com o Peeta, não viu? Isso é estratégia de jogo, e pode nos salvar na arena.
—Ele está certo. — Sawyer concordou com Finnick, isso fez a Crawford soltar uma gargalhada irônica.
—Nos salvar? A única estratégia de jogo que nos salva daquele inferno é lutar e se esconder! Um romance nos faz parecer vulneráveis e alvos fáceis! E é isso que você fez eu parecer!
—Caramba, Serena! — Finnick acabou se alterando também. — Eu estou fazendo isso para nos ajudar e é desse jeito que você age comigo?
—Se fosse para realmente me ajudar, teria me consultado antes ou seguido o planejado! — ela se aproximou dele, ainda irritada. — Eu espero que você morra naquela arena, porque finalmente irei me livrar de você!
Por fim, ela saiu do cômodo, indo para o seu quarto. Estava irritada, completamente irritada. Finnick Odair mudar totalmente o plano deles foi algo que a irritou completamente. Já havia decido, quando chegar o momento certo, ela mesma irá matar Finnick Odair com suas próprias mãos.
—Você deu sorte, minha sereia, parece que esse ano vai ser trópicos só pela roupa leve. Pode ser desertos também, mas vamos torcer para não ser.
Eles já estavam na Sala de Lançamento. Sawyer a vestiu com o macacão preto e branco que os tributos vão usar nos Jogos desse ano. Ele também arrumou o cabelo da loira em um rabo de cavalo.
—Sessenta segundos para o início. — disse a voz.
—Sawyer, por favor, se eu morrer naquela arena, cuide dos meus irmãos, por favor. — implorou para o loiro mais velho, este que negou com a cabeça.
—Não. — disse simplista, o que fez Serena arquear a sobrancelha, confusa.
—Não?
—Não. — ele deu um pequeno sorriso. — Isso não vai ser preciso. Você é Serena Crawford, você vai vencer essa coisa. Confio em você, minha sereia, sempre confiei.
Os dois se abraçaram com certa força. Serena sentiria muita falta de Sawyer, assim como Sawyer sentiria muita falta de Serena.
—Obrigada. — ela sussurrou, ainda abraçada a ele. — Por tudo.
—Me agradeça quando você voltar e eu fizer um lindo vestido para sua entrevista final. — sussurrou quando se separaram. — Aí você vai ter motivos para me agradecer. — ele sorriu. — Antes, preciso te dar uma coisa, duas, na verdade.
Ele tirou do seu bolso dois objetos. O medalhão de concha e a pulseira de pérolas que usa com seus irmãos.
—Dei um jeito para que seu medalhão passasse pelos Pacificadores. E a pulseira, eu dei um jeito de consertar.
Sawyer colocou o medalhão no pescoço de Serena e a pulseira em seu pulso direito. Ele escondeu medalhão dela por dentro de seu macacão para ninguém ver. Logo eles se abraçaram novamente.
—Dez segundos para o início.
Eles se separaram ao ouvir a voz. Serena respirou fundo e caminhou até o círculo de metal, em segundos o vidro desliza para baixo ao seu redor. Imediatamente a Crawford estranhou a demora. Já deveria estar subindo para a arena, não é?
—Está quebrado? — sussurrou para si mesma enquanto batia de leve no vidro.
Ao olhar para Sawyer novamente, ele fez um sinal para que ela ficasse de cabeça erguida. E assim ela fez quando sentiu o prato de metal começar a se erguer. Logo ela já estava de pé na arena sentindo a brisa atingir seus cabelos. Seus olhos por serem verdes, demoraram mais para se acostumarem com a claridade da arena. Assim que sua visão se acostumou com a claridade, seu olhar vai para seus pés, que está cercado por ondas azuis que sobem por cima de suas botas. Ela começou a olhar a arena em volta, vendo a água se espalhar por todas as direções. Logo Serena avistou Katniss, que parecia estar ofegante e desesperada enquanto procurava por algo, ou melhor, alguém, enquanto olhava tudo ao redor.
Essa que acabou de presenciar a morte de Cinna.
Ao ver Katniss, Serena percebeu uma coisa.
Esse é o lugar perfeito para uma Sereia.
Mas não é um lugar para uma Garota em Chamas.
Porém, o que presidente Snow não sabe, é que a Sereia e a Garota em Chamas vão se juntar. Dizem que água e fogo não podem se misturar, não é? Mas elas vão mostrar que pode sim. Enquanto a Garota em Chamas queima uma parte dessa arena, a Sereia inunda outra parte dela. Juntas, ambas irão colocar essa arena de cabeça para baixo.
Feliz Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre ao seu favor!
—Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes! — a voz de Claudius Templesmith ecoou pela arena.
Serena tem menos de um minuto para pensar em uma estratégia. Seus olhos parou em um nunchaku na Cornucópia e em um cinto com adagas. Com certeza aquele nunchaku era para ela, é meio nítido isso. Depois, por ter se aliado a Katniss e Peeta, precisaria buscar ambos para se esconderem na floresta, mesmo contra a sua vontade, mas acordo é acordo.
A loira novamente passou a reparar melhor na arena. Não há barcos nem cordas, nem mesmo algum pedaço de madeira à deriva em que se agarrar. Não, há apenas uma maneira de se alcançar a Cornucópia. O som do gongo soou e imediatamente a loira mergulhou na água. Por ser do Distrito 4, Serena sabe nadar, e muito bem aliás, já está acostumada com as ondas, mas mesmo assim a loira sentia seu corpo leve. Provavelmente deveria ser o sal. Ela saiu da água quando chegou na trilha de terra e rocha e começou a correr o mais rápido que conseguia até a Cornucópia. Serena não vê mais ninguém convergindo para o seu lado, embora o chifre dourado esteja bloqueando uma boa parcela da sua visão. Mas ela não permite que a lembrança dos adversários diminua seu ritmo.
Agora, Serena está pensando como uma Carreirista, porque a primeira coisa que ela quer é colocar suas mãos em uma arma.
Ao chegar, ela primeiro pega o cinto com adagas e prende em sua cintura. Foi quando ouviu um barulho bem sutil de alguém lançando uma arma em sua direção, o que a fez desviar imediatamente e pegar uma adaga de seu cinto e lançar no tributo que queria a atacar, a adaga cravou no pescoço do homem que caiu morto no chão, o canhão soou no mesmo instante. Sua atenção voltou para o nunchaku que estava lá e ela pegou o objeto, ele era totalmente preto e brilhante, assim como o que ela usava em sua casa. Passos fizeram sua atenção mudar, passos de alguém se aproximando dela. Em um reflexo rápido, Serena se virou e bateu na pessoa com a sua arma, o que fez essa pessoa se chocar com a parede prateada da Cornucópia por causa do impacto do nunchaku com sua cabeça. A Crawford levantou sua arma para bater no tributo novamente, quando ele segurou seu braço antes dela fazer tal ato.
—Ei ei ei, calma aí loirinha, sou eu! — disse Finnick Odair enquanto virava sua cabeça para a olhar. Mas na verdade, saber que era ele não diminuiu nem um pouco a vontade de atacá-lo, e sim aumentou mais ainda.
—Me dê um motivo para não te atacar novamente. — diz o encarando com um olhar sério.
—Somos aliados, esqueceu? Foi o que combinamos antes daquilo tudo acontecer. — explicou. A loira ainda pensava bem se confiava em Finnick Odair novamente. — Cuidado! — ele avisou, com uma voz tão poderosa, tão diferente de seu ronronar sedutor, quando Serena iria virar para se defender, Finnick a puxou para atrás de si com certa força, o que fez a Crawford sem querer acabar de joelhos no chão. O loiro lançou seu tridente no tributo que se aproximava para atacá-los e logo o som de impacto quando a arma atinge seu alvo chegou aos ouvidos da Crawford. Serena olhou para o mais velho com raiva no olhar.
—Você me jogou no chão! — exclamou enquanto se levantava.
—É, mas te salvei. — disse Finnick enquanto tirava o seu tridente do tributo, esse que Serena não reconheceu. — Vá procurar o Peeta, eu vou falar com a Katniss. — ordenou e logo correu em direção a Katniss.
Serena revirou os olhos quando ele deu essa ordem.
"Sério? Ele manda em mim agora?" — pensou.
Mas não era a hora para discutir, ela realmente precisava procurar o Peeta. A loira começou a correr pela área enquanto o procurava, até que seu olhar parou em duas pessoas aos socos dentro da água, perto de um dos círculos de metal. Ela tentou ver quem era os tributos e imediatamente reconheceu Peeta. Ela tentou pensar em uma estratégia para resgatá-lo, quando viu o tributo tentar puxar Peeta para dentro d'água. Imediatamente Serena pulou na água e pegou uma adaga se seu cinto, quando viu que o tributo puxou o loiro para dentro d'água para afogar ele, a Crawford mergulhou também e lançou a adaga na direção do tributo, o objeto acertou em cheio a garganta do tributo e segundos depois ele começou a boiar na água. Serena pegou Mellark pelos braços e o puxou para subir junto com ela para fora da água. O loiro estava se debatendo na água desesperado olhando para todo o lado.
—Ei, ei, calma. — a mais velha tentou o acalmar. — Está tudo bem, sou eu, Serena. — ele já estava mais calmo quando reconheceu a loira. — Não podemos enrolar muito, precisamos sair daqui.
Eles dois nadaram até a superfície, onde Katniss e Finnick os esperavam. Finnick ajudou os dois a subirem na trilha de rochas e logo o olhar de Katniss vai para os Carreiristas formando uma aliança na Cornucópia. Os quatro correram até a floresta. Peeta e Katniss na frente, Serena e Finnick atrás. Eles corriam sem parar enquanto ouviam os sons do canhão no caminho.
—Tudo bem, esperem. — a voz de Finnick fez todos pararem.
Katniss e Peeta se abaixaram e logo Serena e Finnick também se abaixaram. A Everdeen começou a olhar a floresta em volta.
—Obrigado. — Peeta agradeceu Serena, o que a fez ficar confusa. — Por ter me ajudado lá.
—De nada. Somos aliados, temos que ajudar uns aos outros, não é? — ele assentiu com a cabeça.
—Céus, está quente. — Mellark disse enquanto olhava em volta. — Temos que achar água potável.
Realmente aquele lugar estava muito quente. A água que eles estavam não era potável, por isso, fora de cogitação para eles beberem. A única solução seria ou passar horas procurando água potável ou receber uma dádiva de um patrocinador. Logo os disparos do canhão começaram a soar pela arena, indicando a morte de mais tributos.
—Acho que não estamos mais dando as mãos. — debochou Finnick enquanto ria.
—Acha isso engraçado? — perguntou Katniss, séria.
—Cada disparo daquele canhão é música para os meus ouvidos. Não me importo com nenhum deles.
—Bom saber. — ela disse tirando uma faca grande de sua aljava de flechas.
—Quer enfrentar os Carreiristas sozinha? O que Haymitch diria?
—Haymitch nem está aqui.
—Vamos andando. — disse Peeta enquanto se levantava, querendo evitar uma discussão. Serena imitou o seu ato.
Os quatros caminhavam pela floresta, Peeta ia na frente para cortar qualquer obstáculo pelo caminho com sua faca grande. Finnick ia atrás de Peeta, Serena atrás de Finnick e Katniss atrás de Serena. Peeta cortava as folhas e cipós para liberar o caminho. Katniss observava a selva, as árvores não são fortes o suficiente para os sustentarem em cima, o que significa que eles vão ter que passar a noite no chão, com risco de serem encontrados por outros tributos. Enquanto eles andavam, Serena e Katniss perceberam alguns zumbidos, mas a Crawford achou que era mosquitos e continuou andando, já Katniss olhou em volta para ver se realmente eram mosquitos, mas ela não viu nada e continuou andando. Foi quando Katniss percebeu as pequenas ondulações, como se fossem placas de vidro. Ela começou a prestar mais atenção e só então a mesma percebeu que era as ondulações de um campo de força, do mesmo jeito que Beetee e Wiress mostraram no Centro de Treinamento, bem onde Peeta estava indo.
—Peeta não! — ela gritou quando viu a faca de Peeta ser levantada no ar para cortar algumas trepadeiras.
Mas era tarde demais. Um clarão aparece seguido de um som alto e agudo. Então, Peeta é lançado para atrás, rechaçado pelo campo de força, seu corpo se choca com Finnick que caiu para atrás, fazendo Serena e Katniss caírem também.
—Peeta? — Everdeen rastejou rapidamente até onde o loiro estava deitado, imóvel. Ela o sacudiu ligeiramente. — Peeta? — ela colocou seu ouvido em seu peito, onde ficava seu coração. Mas não tinha nada, nem mesmo sua respiração, apenas silêncio total. — Ele não está respirando! Ele não está respirando! — Katniss disse em desespero. — Peeta! — ela gritou enquanto o sacudia com mais força.
Finnick jogou Katniss para o lado com certa rapidez, fazendo a morena pegar uma flecha e ajeitar em seu arco, apontando para ele. Serena imediatamente a fez abaixar a sua arma enquanto via Finnick fazendo respiração boca a boca em. Peeta. Apesar de não gostar nenhum pouco de Finnick Odair, Serena sabia o que ele estava fazendo, ele estava ajudando, não tentando o matar. Katniss se aproximou dos dois enquanto a loira ficava os observando de longe. Finnick começa a pressionar com as mãos o ponto em cima de seu coração. Esse processo foi se repetindo várias vezes, e quando Katniss já pedia suas esperanças, ele inspirou o ar, indicando que havia acordado. Finnick se afastou, ficando mais perto de Serena enquanto Katniss se aproximava de Peeta e colocava sua mão em seu rosto.
—Peeta? — Everdeen suavemente com a sua voz fraca. Ele abriu lentamente os olhos e logo eles se encontraram com os de Katniss. —Aí meu Deus! — sua voz saiu embargada e mais lágrimas começaram a cair de seus olhos.
—Cuidado. — diz ele fracamente. — Tem um campo de força ali na frente.
A morena riu em meio às lágrimas e logo selou seus lábios em um selinho rápido. Sua mão começou a acariciar seus fios de cabelo loiro.
—Você morreu. — ela diz com a voz embargada. — Você morreu. Seu coração parou.
—Está tudo bem. Ele está funcionando agora.
Ela o ajudou a se levantar e logo o puxou para um abraço forte. Serena e Finnick apenas olhavam os dois.
—Então, isso que é amar alguém? — sussurrou Serena para si mesma, sem perceber o que estava falando, isso fez Finnick a olhar quando ouviu o que ela disse.
—O que? — Odair perguntou, fazendo Serena o olhar.
—Nada, só pensei alto. — disse voltando a olhar para os tributos do 12, ainda se abraçando.
Duas coisas passou pela cabeça de Serena: ou eles realmente se amam, ou são ótimos atores para fazerem todos acreditarem nisso, até mesmo a própria Serena repensar se esse romance deles é realmente verdadeiro.
Mas obviamente ela decidiu acreditar que é atuação, afinal, para a Crawford, o amor não existe. É apenas uma lenda que usam em livros para enganar as pessoas da vida real.
Assim como o amor de seus pais que um dia ela achou que era real.
Oioi gente! Capítulo novo postado! Acho que não demorei tanto assim, bom, espero eu🙂
Confesso que amei escrever o inicio desse capítulo KAKAKAKAKAKAKKAKAKAKAKA
A Serena quase matando o Finnick, duas vezes ainda, ela o ama tanto😻
Eu juro que achei que esse capítulo ia ficar pequeno, mas ficou maior do que eu pensei😳
Eu não tenho muito o que falar desse capítulo, apenas que estou amando a relação de amor e ódio entre Serena e Finnick🤪🤌🏻
Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas tem vezes que passa despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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