❝ O DIA EM QUE MAEVE, SAM, BUCKY, ZEMO E SHARON LUTAM CONTRA OS CAÇADORES DE RECOMPENSAS❞

- Oh, querida, não seja tímida. - o doutor Kirky disse com um sorriso estampado em seu rosto, seus olhos brilhavam em animação com o que ia acontecer em breve. Ele, Maeve, que naquele momento era a agente Saskia, e seus homens estavam na casa dos pais da garota, em frente ao quarto dos irmãos pequenos e a Petrov estava prestes a matá-los. - Vá! Mate-os Agente Saskía para sairmos desse lugar imundo e tão sujo. - A jovem garota andou em passos lentos até o quarto, no andar debaixo da casa simples e humilde que a família vivia, abriu a porta rapidamente e ficou no centro das duas camas. Os dois garotos dormiam tranquilamente e ressonavam baixinho, mas não tão para não ser escutado. Maeve pegou a arma que lhe fora entregue, a desbloqueando e a ajustando para não fazer barulhos e os vizinhos ouvirem. Ela mirou e apertou o gatilho rapidamente, acertando seus dois irmãos e os matando ali. - Boa garota. - o homem andou até ela, tocando seu ombro e o apertando, observando a cena a sua frente. Os corpos das duas crianças estavam ensanguentados e sem vida dos dois caçulas da família Petrov, mas que por conta do soro que lhe foi injetado ela não lembrava quem era e nem tinha controle de seu corpo para não ter feito aquilo. A garota olhou para Kirky, que a encarava sorrindo, e então olhou para suas mãos, não sentindo nada dentro de si. Nem um pingo de remorso, tristeza ou infelicidade. Nada.

- Boa garota. - ouviu o doutor Kirky dizer mais uma vez a ela.

Maeve piscou seus olhos ao ouvir a voz de Sharon, os avisando que tinha encontrado alguma pista do homem que ela e os três homens procurava, ela então bebeu uma última vez a bebida que havia pedido ao barman e os seguiu para fora da pista de dança, pegando na mão de Bucky, que a retribuiu com um sorriso de lado, a Petrov tentava esquecer a infeliz lembrança dela matando seus dois irmãos e os corpos ensanguentados dos mesmos. Podem ter se passado mais de cinquenta anos e não ter tido culpa de ter sido culpada pelas várias mortes causadas enquanto estava sendo controlada pela Hydra e a Kgb mas isso, infelizmente, não apagava elas de sua mente. Suspirando, apertou um pouco mais forte o aperto de sua mão com a de Barnes em uma busca de algum conforto. Desde o beijo e a declaração na pista de dança, os dois ex-soldados soviéticos não tinham decidido o que eram e apenas tinham decidido ficar juntos naquela aventura junto a Sam e após o fim daquilo. Eles não estavam tão atualizados aos nomes que as pessoas davam a relações, eles só conheciam o termo namorados e marido e mulher, apenas estes, mas preferiram não enquadrar a relação deles em nenhum destes e criar algo apenas deles. Algo só deles. Uma coisa que só eles entendiam e apreciavam.

O Falcão quando viu a cena dos dois amigos se beijando e dançando na pista de dança, sim, isso mesmo o que você leu, James Barnes dançando, sorriu apreciando que depois de tanto tempo o ex-soldado invernal estava feliz e tinha alguém que entendia o que ele havia passado por tanto tempo, e ele também ficava feliz por Maeve, que apesar de ter conhecido ela a pouco tempo, já a considerava alguém importante para ele, uma amiga, que apesar de se fazer de indestrutível tinha sentimentos e se importava com os outros e o lembrava de Natasha Romanoff, a viúva negra, que infelizmente havia morrido para os vingadores pegarem a joia da alma. Sam se lembrava de quando Steve havia o contado de sua morte após a batalha final contra Thanos e seu exército alienígena, havia ficado muito triste e chorado muito, mas entendia o porquê da Romanoff ter feito aquilo.

Ela havia feito para salvar sua família e todas as pessoas. Ele entendia.

Já Zemo quando viu os dois apenas sorriu e continuou a beber sua bebida, afinal ele já sabia que os dois iam ficar juntos desde o começo e estava ajudando com pequenos gestos e ações, fazendo Bucky ficar com ciúmes dele com Maeve, para ele entender que estava gostando da Petrov.

- Sabe, Madripoor não fica tão atrás de Nova Iorque. - Comentou Sam, enquanto ele e o restante passavam pelos containers.

O barão concordou com a cabeça. - Eles sabem se divertir. - Maeve sorriu.

- Com aquele prêmio pelas cabeças de vocês quanto mais tempo passarem em Madripoor, mais difícil fica para sair. - disse Sharon os guiando, usando um aplicativo em seu celular.

- Não é como se a gente tivesse passado por coisas mais leves. - comentou a Petrov, fazendo com que os três homens concordassem com ela.

- Chegamos! É aquele lá, container 4261. - apontou para o container vermelho a poucos metros de distância do grupo. - Eu e Maeve ficamos a vigiar enquanto vocês falam com Nage, mas sejam rápidos, temos pouco tempo. - A Petrov assentiu. A Carter os deu escutas e logo saiu de perto, sendo seguida por Maeve que ajeitou sua roupa e já pegou sua arma, deixando-a preparada e se escondeu junto a Sharon, atrás de um container.

- Sharon tem certeza que está certo? - Sam perguntou, abrindo a porta e não vendo nada dentro dele. - Está completamente vazio.

As duas mulheres se entreolharam. - Procurem alguma porta escondida, o Mercador do Poder não deixaria tão evidente assim. - Disse Maeve séria.

- Achamos! - disse Zemo, fazendo tanto Sharon quanto Maeve suspirarem tranquilas, elas então se encostaram no container atrás delas. Em alertas.

Após alguns minutos as duas mulheres começaram a ouvir passos e vários criminosos começaram a chegar naquele local, armados. - Pessoal temos companhia. - Sharon os avisou pelo aparelho do ouvido, as duas mulheres se olharam e assentiram com a cabeça, saindo de onde estavam e indo para trás de outro container, onde ao lado um grupo de quatros homens passavam.

- Nós damos um jeito, se apressem apenas. - Disse a Petrov.

A Carter foi na frente, sendo seguida por Maeve, e então as duas loiras atacaram os quatros, dois para cada uma. A Petrov deu uma rasteira em um deles, desviando de vários socos do outro que vinha atingi-la e logo sorriu empurrando-os para a parede e batendo os dois corpos em direção o outro, desmaiando os dois.

- Você não luta tão mal assim. - Comentou Sharon saindo de perto dos dois homens que tentaram atingi-la.

- Você também não, Carter. - Respondeu. - Todos os caçadores de prêmios estão aqui. - avisou Sam, Bucky e Zemo. - Temos que ir, agora!

As duas saíram de um 'corredor' dando de cara com mais alguns homens, Maeve sorriu alongando seu pescoço e indo em direção aos três homens a sua frente, enquanto Sharon tomava conta dos outros quatro. A Petrov atirou na perna de um, o fazendo cair para dar tempo para ela e logo dando uma cotovelada na cabeça de um que vinha por trás dela, tentando enganá-la. Seus braços ficaram presos por dois deles, a fazendo ficar impossibilitada de dar socos, mas não a impedindo de dar um salto para trás e prender a cabeça de um homem com suas pernas, o derrubando enquanto dava socos com seu cotovelo.

Quando o homem desmaiou, ela suspirou ofegante e encarou o outro a sua frente, pegando sua arma e atirando em seu rosto, o matando.

Maeve saiu de cima do homem, caminhando em direção ao que restava e deu um suco com seu punho no abdômen dele, o fazendo desmaiar e logo caminhou em direção a Sharon que terminava de asfixiar outro. Ela com seus sentidos aprimorados, ouviu passos sutis se aproximando das duas para pegá-las desprevenidas, a Petrov então foi em direção ao homem, passando por um espaço pequeno entre dois container e o pegou de surpresa, prendendo seu corpo com seus braços, jogando a arma que ele usava no chão e o usando como uma espécie de barreira humana para os outros dois. Quando percebeu que as balas tinham acabado, jogou o corpo do homem na direção do outro e atirou na região do coração, o matando.

A mulher se virou para trás com a arma apontada, ao ouvir passos em sua direção e se surpreendeu ao ver que era Sharon, que estava com a bochecha sangrando. Guardando a arma em sua bota, respirou ofegante. - Está bem? Algum ferimento grave? - Perguntou para a Carter, à sua frente.

- Não, e você?

- Não.

Sharon assente. - Vamos lá. - As duas começam a correr em direção ao container 4261, onde os três homens estavam com o cientista Nagel, ela abriu a porta e subiram as escadas, logo chegando aonde eles estavam.

- Como Maeve disse antes estamos mesmo tempo, pessoal. - Disse a mulher.

- Já lutamos com alguns mas tem mais, muito mais. - Disse a Petrov.

Foi então que Zemo com a arma que havia pego a alguns minutos atirou no doutor Nagel, o matando, e logo sendo parado por Sam, Maeve e Sharon. - O que você fez?! - perguntou Sam, com os olhos arregalados.

E no mesmo segundo alguém atira contra o container onde eles estavam, fazendo todos caírem no chão e o laboratório ser destruído, dando uma brecha para Zemo escapar. Maeve resmunga, tirando uma prateleira de cima de si e a jogando para longe, logo se levantando.

- Alguém viu o Zemo? - Perguntou Sam, a mulher negou com a cabeça o ajudando a se levantar junto a Bucky que ajudava Sharon.

- Que se dane Zemo, temos que sair daqui, o mais rápido que pudermos, o laboratório vai explodir. - gritou a Petrov, tossindo e empurrando Samuel para ele andar mais rápido. Os quatros saíram e meio segundo depois o container explodiu, e a cor que era antes vermelha havia ficado totalmente cinza escura. O grupo pegou suas armas, a deixando em mãos e observaram com cautela os caçadores de prêmios se preparando para atacá-los. - Merda! - disse a Petrov ao desviar de um tiro de um deles.

Os quatros começaram a trocar vários e vários tiros contra eles, que nao paravam e nem tinham a intenção de parar até ver os quatros mortos e eles ganharem seu dinheiro.

- E você gosta de viver aqui, Sharon?! Como?! - Exclamou Sam.

- Não é tão terrivel. - respondeu a Carter.

- E nem tão calmo, aparentemente. - comentou Maeve soltando um palavrão segundos depois ao perceber que sua arma tinha ficado sem balas. Ela se agachou, ficando ao lado de Bucky, que também estava sem mais balas. - Ah que legal, agora melhorou tudo a nosso favor. - resmungou bufando.

- Não íamos pela esquerda? - perguntou James a Sam.

- Você foi para o lado errado! - respondeu.

- Eu estava abrindo o caminho!

- Eu saí primeiro, devia me seguir. - Sam respondeu, dando ênfase no "me".

- E onde estamos agora?

Maeve olhou para a Carter, que era a única que ainda atirava contra os caçadores, e botou a mão em sua cabeça. - Não é hora de discussão de casal! - gritou chamando a atenção dos dois que continuaram a brigar entre si pela razão. Revirou os olhos, sem mais paciência para ambos e caminhou até o lado de Sharon. - Como você aguenta eles dois?

- Eu não aguento, só finjo que sim. - respondeu a Carter.

Zemo em cima de um contêiner, atrás do grupo de criminosos, vestiu sua máscara roxa e atirou contra um tubo de gás ao lado deles causando uma explosão em grande escala e matando alguns deles. E logo após desceu do objeto de armazenamento e começou a lutar contra os que tinham sobrevivido. Maeve e o restante aproveitou aquela pequena chance para saírem de onde estavam, correndo entre os vários container. - Buck! - gritou a Petrov puxando pelo braço de metal o homem para desviar dos tiros que estavam os seguindo, enquanto Sam, Maeve e Sharon entravam dentro do objeto e o Barnes dava conta dos que estavam junto a ele, lá fora. A Petrov foi até o fundo do contêiner, afastando tanto Samuel quanto a Carter e deu chutes repetidos e várias vezes até que a parede a sua frente abrisse um buraco para que eles escapassem e quando conseguiu, ela estava prestes a cair por ter usado toda sua força que não percebeu Bucky chegando por trás dela e a pegando em seu colo, ela sorriu em sua direçao.

- Você é meu herói, soldadinho. - ironizou, sem força até para falar.

James ri por poucos segundos, a ajeitando em seu colo e junto a Sam e Sharon os quatros saem de dentro pelo buraco que Maeve havia feito e encontram Zemo, dentro de um carro, os esperando.

- Uma bomba. - ele diz dando de ombros, sorrindo para os quatros.

- Vai voltar para a cadeia. - Sam diz convicto.

- Não querem encontrar Karli? - perguntou o barão.

- Ele tem razão, precisamos dele. - Diz Bucky, abrindo a porta do carro conversível a sua frente e entrando, se sentando com Maeve em seu colo o encarando. - Nós somos dois e eles uns vinte.

- Certo. - Sam respondeu contra a sua vontade, abrindo a porta e se sentando atrás de James. - Mas se repetir aquilo... - foi interrompido.

- Nem pensar, Samuel. - Zemo diz.

Maeve ri, negando com a cabeça.

- E você Sharon? Vai conosco? - perguntou.

- Bem, foi um prazer conhecer você Maeve e lutar ao seu lado e um belo reencontro, mas não posso. - Diz a Carter. - Não esqueça de conseguir o perdão que me prometeu e Maeve. - a olhou. - Quero o convite de casamento.

A Petrov revirou os olhos, mostrando o dedo do meio para ela, que deu risada e sorriu, fechando a porta e saindo dali. - Obrigado por tudo, Sharon. - Disse Sam, antes dela ir embora e se sentar no veículo, logo sem seguida fazendo uma feição de desgosto. - Você não vai mover seu assento, vai?

- Não.

Respondeu Bucky, encarando Maeve que logo encostou sua cabeça com a dele, levando sua mão aos cabelos do homem, fazendo um carinho. Após algum tempo de viagem os quatros já estavam no avião particular do barão, Maeve conversava com Emeraude no telefone, Bucky limpava sua faca, Sam conversava com Joaquim e Zemo, bem, ele bebia novamente.

- Está bem? - Perguntou Bucky para Sam que estava pensativo apos a ligação com Torrez, atraindo a atenção de Zemo e Maeve para a conversa.

- Estou. - respondeu o Wilson.

- Não parece estar nada bem, Samuel. - Disse Maeve, desligando seu telefone e se sentando ao lado de James e retirando seus calçados de seus pés.

- Estou só pensando em tudo o que a Sharon passou e o Nagel a referir-se à cobaia americana como se o Isaiah não fosse uma pessoa real. - Se ajeitou na poltrona, se sentando e encarando os três à sua frente. - Eu fico a pensar em quantas pessoas terão de ser mortas ou machucadas por causa daquele pedaço de metal.

- Depende, aquele pedaço de metal para muitos salvou muitas vidas e para outros ferrou outras vidas. - Disse Maeve.

- Eu sei. - Sam suspirou. - Talvez eu tenha cometido um erro.

- Você cometeu. - Disse Bucky.

- Eu não devia tê-lo posto num museu e sim devia tê-lo destruído.

Bucky respirou fundo. - Aquele escudo representa muitas coisas para muita gente, incluindo para mim. - diz. - O mundo está de pernas para o ar, precisamos de um novo capitão e não será o Walker. - Maeve concordou.

A mulher achava que a pior escolha do governo fora ter escolhido aquele John e que quem deveria assumir o manto de capitão era Sam, não outra pessoa, mas ela não podia falar nada porque ela não tinha compreensão do que aquilo significava para o Wilson e o que ele pensava. Maeve então suspirou, deitando sua cabeça na poltrona e fechando seus olhos para descansar e relaxar por poucos minutos.

- Encontraram a Madani, mãe de Khali, morta. - disse Sam, avisando. A Petrov naquele momento abriu os olhos surpresa. - Ela morreu em Riga, uma cidade perto do Mar Báltico.

- Tenho uma casa para onde podemos ir. - Disse Zemo atraindo a atenção para si. - Por mim, estou ansioso para enfrentar Karli, cara a cara. - Sam, Maeve e Bucky se entreolharam apreensivos. - Oeznik, vamos mudar de rota. - ordenou ao idoso.