Não acho que entreguei para vocês e para mim mesma o resultado esperado, também não acho que preenchi todas as lacunas que esperei preencher, um dia, talvez, fecharei os "buracos" desse livro.

Se vamos começar a admitir e mostrar coisas, vou começar admitindo para mim mesma algo que não me proporciona a sensação esperada.

Eu consegui.

Talvez um dia eu consiga deixar sair o sentimento que ficou travado na garganta, ou talvez, ele sempre permaneça aqui.

Escrever algo não é fácil, é ainda mais difícil quando sua mente insiste em dizer que não está bom o suficiente.

Começar desabafando num agradecimento de um livro meu nunca foi o planejado.

Mas preciso admitir para mim mesma que as lembranças ruins pareciam querer me sufocar e, por tantas vezes me senti minúscula em meio ao caos da minha própria mente, em meio à um minúsculo "quarto" que parecia fechar ainda mais a cada tentativa de ficar de pé.

Posso dizer que passei por cima dos meus limites e os traumas que me perseguem, dessa vez não me alcançaram.

Não foi fácil, não é e nunca será fácil.

Por vezes, sentei e chorei, desejando que a dor fosse embora e parasse de rasgar minha alma que em suas mãos era como papel.

Mas, acho que consegui.

Kyra e Niko têm e sempre terão o meu coração.
Os dois erraram e os dois são humanos.

Niko enfrentou uma dor imensurável ao perder a esposa e, uma dor ainda maior quando descobriu que a mulher que ele tanto amou forjou a própria morte.

Uma coisa que aprendi com os dois, foi que perdoar é tirar um peso das costas. Das próprias costas.

Durante esse processo, não pude contar com pessoas específicas... Mas pude contar com os livros, meus grandes e fiéis amigos.

Então, obrigada, Kyra e Niko, por mostrarem que o perdão nos liberta das correntes impostas por nós mesmos. Amadureci junto com vocês, e só nós sabemos o quão doloroso foi o processo.

Obrigada, Colleen Hoover, por me ensinar que ciclos se encerram e coisas boas podem vir.

Obrigada, Nino Falcone, por entender o quão difícil é querer sentir e não conseguir.

Obrigada, Tahereh Mafi, por me fazer entender que não sou perfeita, mas que posso ser amada.

Obrigada, Maven Calore, por me mostrar que não sou fraca por não conseguir me salvar.

Obrigada, Adam Silvera, por me abrir os olhos e me fazer enxergar que a vida se trata do agora.

Obrigada, E. L. James, por escrever Cinquenta Tons de Cinza.

Obrigada, Aelin Galathynius, por me ensinar a não ter medo.

Obrigada à mim, pelos motivos que só eu sei.

Por fim, obrigada, meus queridos leitores, por todos os votos e comentários, sem vocês isso não seria possível. Obrigada por não desistirem de mim.

Espero que possamos nos cruzar numa próxima aventura! ♡

Da sua autora, Athena
10 de dezembro de 2023.