Capítulo Seis| Verdade
O cheiro avassalador de salmoura encheu o ar quando Sam bateu na porta da frente do Altera.
Leah colocou toda a sua atenção em olhar para seus pés e examinar os arranhões ainda curando em suas pernas através dos buracos em seu jeans enquanto a porta se abria, revelando o Velho Quil. Apesar de sua idade, ele era alto e ereto, seu olhar firme era claro e intenso.
- Pequena Leah Clearwater - ele disse finalmente, sua voz baixa e rouca.
- Eu não te vejo desde que você era uma garotinha. Ele fez uma pausa como se tivesse notado Sam ao lado dela. - Olá para você também, Samuel. Ele também não parecia satisfeito em ver o ex dela.
Ela pode ter sorrido, mas não tinha certeza. Mas quando o Velho Quil estendeu a mão para ela, ela a agarrou, surpresa por seu aperto forte, e ele a puxou para um abraço. A emoção rastejou em sua garganta, tornando-a apertada, e ela engoliu em seco contra o inchaço, sentindo a saliva enrugar todo o caminho. Seu abraço era reconfortante e familiar.
Sam limpou a garganta, lembrando Leah abruptamente por que eles estavam lá, e entrou na casa sem ser convidado. Ele fechou a porta atrás deles com força, a fechadura estalando no lugar, e o Velho Quil o observou com olhos calmos e penetrantes. - Suponho que você saiba por que viemos até você - Sam começou calmamente, mas o Velho Quil balançou a cabeça e se virou para ir para a cozinha.
Sua cozinha estava inundada pela luz do sol, os vãos amanteigados projetando sombras suaves sob a mesa e as cadeiras. Sam pairou na porta, seu rosto em uma carranca profunda enquanto o Velho Quil oferecia a ambos copos de água, ao qual seu ex recusou.
- Então - ela resmungou, a palavra parecendo confusa em sua língua enquanto ela falava no silêncio que desceu. - Qual é o veredicto? Por que eu enlouqueci?. Ela não podia olhar para o Velho Quil enquanto ela perguntava, incapaz de encontrar seu olhar muito inquisitivo que veria através de sua máscara de indiferença, ao invés disso, inspecionava sua pequena cozinha, limpa e arrumada, os pequenos toques de sua esposa nos vasos esparsos de plantas e as pequenas notas adesivas na geladeira suja.
Uma cozinha toda arrumada e bonita.
Quando Leah sintonizou de novo, o Velho Quil tinha puxado um livro muito grande e empoeirado para a mesa da cozinha. As páginas estavam desgastadas e puídas, amareladas e em vários estados de desintegração, retidas apenas pela laminação. Leah se aproximou, inspecionando a caligrafia que preenchia página após página, e a reconheceu com um galope de seu coração.
- Isso é - ela começou, incapaz de se conter, sua voz baixa e calma e o Velho Quil a interrompeu gentilmente.
- Isso é - ela começou, incapaz de se conter, sua voz baixa e calma e o Velho Quil a interrompeu gentilmente.
- Harry? Sim. Ele, junto comigo, Billy e Joshua antes de desaparecer, ajudou a fazer isso. Documenta quase tudo o que os lobos passam, desde o início até agora. Houve poucos casos de lobos assumindo shifters, mas, note, isso aconteceu, então não é uma coisa totalmente nova. Seu dedo nodoso traçou uma linha de caligrafia, e Leah engoliu em seco, lutando contra a vontade de chorar por algo tão minúsculo quanto a caligrafia de seu pai.
Ela ignorou Sam, que ficou anormalmente imóvel e não disse uma palavra desde que o livro foi aberto, e se inclinou mais perto, seu ombro roçando no do Velho Quil.
- Então, por que isso aconteceu?
- Os lobos estão começando a mudar porque haverá uma troca de poder. Samuel vai renunciar, não que ele tenha falado sobre isso ainda, para criar seu filho com Emily, e os lobos reconhecem isso", explicou ele suavemente - Então seus espíritos podem estar fora de controle até que Jacob lute e aceite a posição de alfa.
Agora ela olhou para cima, olhando para Sam, tão grande e largo na cozinha iluminada pelo sol, a cabeça baixa, os olhos fechados enquanto ouvia a explicação.
- É verdade? ela perguntou finalmente e observou como sua mandíbula apertada, suas mãos fechadas em punhos, os músculos de seus bíceps apertados antes que ele assentisse lentamente. - Então por que você não contou a ninguém?. Ela lutou para manter a voz firme e baixa.
- Eu não ia anunciá-lo até que Emily estivesse mais adiantada. argumentou ele, seus olhos negros olhando para ela, o lábio curvando-se sobre os dentes em um rosnado vicioso. - Não serei capaz de lutar contra vampiros e manter minha cachorrinha segura, Leah. Não vou fazê-la passar pela dor de me perder.
Ela estreitou os olhos para ele, mas não comentou sobre a última parte.
"Mas se você decidir se demitir ou o que quer que esteja afetando o bando, eles merecem saber. Você..." Ela parou, inalando profundamente enquanto revirava os lábios contra os dentes antes de continuar, em uma voz mais baixa. - Isso não é uma besteira silenciosa de desistir, Sam! Eles precisam saber! Você está tirando isso deles. Longe de mim, ela quase disse, mas avançou. - Eles merecem saber, então eles não estão pirando, especialmente os filhotes. Por que você iria?. Ela engoliu as palavras e engoliu o resto de seu surto.
- Apenas diga a eles... por favor, Sammy.
Sua voz falhou em seu antigo apelido, e ela teve que desviar o olhar.
Sam ficou em silêncio.
O velho Quil fechou o livro com um baque retumbante, e Leah rapidamente aproveitou a oportunidade para colocar o livro de volta para ele, querendo sair da sala, e graças a Deus ele não argumentou que não era um inválido ou algo assim porque ela não aguentaria mais um segundo naquela sala com Sam.
Sam, seu ex; Sam, noivo de sua prima e pai do bebê; Sam, o alfa de seu bando que estava contente em deixar seus irmãos pensarem que eles estavam enlouquecendo.
A raiva e a tristeza a sufocaram enquanto ela ficava de costas para a cozinha, grata pelo Velho Quil reconhecer que ela precisava de um momento para si mesma. A ardência das lágrimas queimou no fundo de seus olhos, a pressão em forma de explosão de estrelas atrás de suas pálpebras, enquanto ela passava as mãos sobre a capa de couro gasta, abrindo-a uma última vez.
Desde então, sua mãe escondeu todas as coisas de seu pai, suas roupas, seus livros, suas bugigangas, então isso parecia a coisa mais difícil que ela enfrentou, a caligrafia de seu pai, uma parte final dele que ela nunca conseguiria manter. Sentiu a garganta apertada enquanto traçava a caligrafia pontiaguda e apertada que tinha sido um elemento básico em sua infância.
- Leah?
Ela não conseguia parar de ficar tensa, suas unhas cavando na capa do livro, ao som da voz de Sam, raspando como unhas em um quadro-negro. Achou que ela não poderia nem ter um momento de privacidade com algo em que seu pai trabalhava. Engolindo contra o aperto em sua garganta, ela fechou o livro e o colocou de volta no espaço entre os livros antes de se virar a contragosto.
Sam espreitava na porta, as mãos enfiadas nos bolsos. Sua boca estava torcida, sua mandíbula apertada, narinas dilatadas quando ele ergueu o olhar, seus olhos mais escuros que a noite encontrando os dela.
Seu estômago revirou quando ela desviou o olhar, uma mistura vertiginosa de náusea e raiva queimando-a, como sempre acontecia quando ele a olhava com aqueles olhos familiares e nunca falhava em trazê-la de volta aos quatro anos que passaram juntos. Ela estava feliz, mais feliz do que nunca, e nada jamais poderia derrubá-la.
Um casamento feito no céu, ela lembrou com clareza repentina dizendo a ele uma noite, apenas se aquecendo no arrebol de fazer amor, enrolada ao lado dele, bagunçando os cabelos do peito e sentindo-o beijar todo o topo suado de sua cabeça. Agora ele não era dela e era difícil não pensar que nunca tinha sido, não quando ele estava ali parado parecendo tão mal-humorado e quieto, quando ela foi tomada pelo desejo de beijar a carranca de seus lábios e alisar o sulco entre suas sobrancelhas.
- Eu direi a eles - foi tudo o que ele disse, sua voz baixa e rouca quando ele virou a cabeça para olhar pela janela da frente, evitando os olhos dela.
Bom, ela pensou venenosamente, cerrando os punhos e deixando as unhas cravar na pele para evitar dizer algo feio, observando-o por apenas mais um minuto antes de ver o Velho Quil olhando para eles. - Acho que já vamos indo - ela murmurou em um tom suave, incapaz de esconder o afeto de sua voz enquanto se aproximava dele.
- Não seja um estranho - o Velho Quil respondeu, seus olhos enrugando nos cantos enquanto ele a levava até a porta da frente, Sam já havia feito seu caminho até lá e estava descendo os degraus delicados.
Idiota.
Ela deu mais um abraço no Velho Quil antes de partir também, deixando o último pedaço de seu pai naquela estante empoeirada. Enquanto ela seguia Sam, ela não pôde deixar de olhar para trás, a figura do Velho Quil ainda preenchendo a porta.
Era muito longe para dizer, mas parecia que ele poderia estar dando a ela um sorriso.
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•Desculpem se tiver alguma palavra errada da muito trabalho traduzir.
•Sem Revisão
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