𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟳
Finalmente o tão esperado sábado havia chegado e Aya não poderia estar menos animada.
A música estava alta, em um nível que zumbia nos ouvidos dela, os garotos do time berravam e pulavam na piscina, as pessoas chegavam aos montes, o barulho do tilintar de copos e de sua casa sendo bagunçada cada vez mais consumia o último resquício de bom-humor de Aya.
Trancada no próprio quarto tentava parecer agradável, não se sentia bonita naquele momento, na verdade, sentia-se horrorosa e ridícula, estava tão chateada e tão estupidamente envergonhada pelo o que havia acontecido no dia anterior.
Megumi ainda rondava seus pensamentos, o cheiro de seu perfume perturbava seus sonhos e a imagem de seu sorriso era cravada em sua mente. Não conseguia parar de pensar no quase algo dos dois.
Porém, mesmo essa lembrança conturbada perturbando sua cabeça, ainda estava preocupada, como ele estava se sentindo? Será que havia se recuperado do temor? Ela não tinha essas respostas, mal sabia se o garoto estava em casa! Aya era uma covarde, mal tinha capacidade para mandar uma mensagem perguntando se ele estava bem.
Estava com dificuldades em separar os meses de amizades daqueles últimos dois minutos confusos e considerava-se uma péssima pessoa por isso.
Levantou-se do banquinho de sua penteadeira parando em frente ao espelho de corpo, observando a roupa emprestada de Mahina. De acordo com a amiga, Aya não tinha roupas sexy o bastante e precisava dar uma repaginada no visual, então escolheu algo que deixasse seus peitos mais expostos que seus olhos.
O vestido era bonito sim, mas talvez ficasse melhor em Mahina - a dona dele - ela era menor que Aya e tinha as curvas mais acentuadas. Mas ainda sim o tecido preto que imita o cetim estava colado ao corpo de Aya, ia até metade das coxas e o decote não era tão profundo, mas Aya não costumava usar decote, não porque não achava bonito, e sim porque não tinha tanta autoconfiança o suficiente para usar.
As alças finas ressaltaram os ombros e a clavícula de Aya, no seu pescoço o colar de borboleta ainda residia, não importava que não combinasse, ela não o trocaria por nada nesse mundo. Em seus pés coturnos sem salto pousaram confortavelmente, Aya adorava aquele par de sapatos, eram os seus favoritos.
Aya sempre foi boa com maquiagem, não sabia fazer coisas mirabolantes, mas no básico se garantia e muito. O delineado era fino e cortante, tão reto e que parecia ter sido feito com régua, sua pele impecável que dedicou um tempo considerável fazendo era o ponto alto, iluminada e não tão pesada, pois sabia que iria suar e não queria ficar com cara de quem poderia derreter a qualquer momento. E em seus lábios, o vermelho pintava, ela amava vermelho, tinha inúmeros tons e sempre que tinha a oportunidade, Aya usava.
Suas unhas, pintadas do mesmo tom repousaram no busto exposto, e Aya tentou sorrir, sabia que estava bonita, mas não se sentia como tal.
— Deus te abençoe, Aya - Mahina entrou no quarto de supetão, fechando a porta atrás de si — Você é um espetáculo!
A garota riu para a amiga tão bonita quanto, Mahina era de tirar o fôlego, possuía um charme inimaginável por entre sua carranca costumeira. Sentiu Mahi a abraçar por trás e apoiar o queixo em seu ombro.
— Obrigada.
— Você é tão linda - Mahina sorriu — Deveria saber e se sentir como tal.
— Você também - ela repousou as mãos sobre os braços que a estava abraçando — Como está lá embaixo?
Mahina a virou até que estivessem uma de frente para a outra — Sem graça, porque você não está lá! Aya, você sabe que sem você não tem festa.
Aya deu a ela um sorriso meio tímido, desviando das orbes verdes de Mahina — Eu já vou descer, eu juro.
Ayame estava insegura com as outras pessoas, tinha medo de ser alvo de chacota, ser excluída quando seus amigos não estavam vendo ou de dizer a coisa errada ou de não saber continuar uma conversa. Aya estava tão nervosa e não sabia como relaxar, nunca foi uma dificuldade se comunicar, mesmo não sendo bem-vinda em várias situações, nunca hesitou em falar. Era o seu dom especial sempre saber o que falar, por que logo agora ele se perdeu?
— Se alguém te incomodar, me fale porque estou maluca pra arrumar uma briga hoje mesmo! - Mahina franziu o cenho, fechando os punhos com força na frente de Aya e a garota gargalhou afastando-se da melhor amiga enfezada.
— Se for brigar, brigue no jardim - Aya foi até sua penteadeira, guardando o restante de maquiagens esplanadas por ela — Kai vai vir hoje, sabia?
Aya trocou de assunto subitamente, sentando na beirada da superfície de madeira, cruzando os braços em frente ao corpo encarando a amiga de cima a baixo.
Mahina fingiu não se abalar — E no que essa informação me afeta?
Aya sorriu ardilosa, os batom vermelho dando um ar totalmente diferente às expressões da garota — Afeta que da última vez que vocês se viram vocês transaram até quebrar a cama do meu quarto de hóspedes e depois disso você não mandou uma mensagem sequer para o garoto.
— E eu tinha a obrigação de fazer isso? - disse simplista, mas o leve rubor nas bochechas de Mahina dizia muito sobre a veracidade de sua resposta.
Aya ergueu uma sobrancelha em aviso mas deu continuidade — Claro que não, mas já que aparenta não dar a mínima para isso, por que passou a porra do inverno inteirinho lamentando por ele? De repente a atração cabulosa por ele desapareceu?
— Você é ardilosa feito o diabo, sabia disso? - Mahina jogou uma peça de roupa e Aya rapidamente desviou do arremesso, rindo no processo de ir até a própria cama recolher as roupas jogadas — Já que tocou nesse assunto, como o Kai vai vir, o amigo gatinho dele obviamente vem junto.
— Eu deveria ter algum tipo de reação ou algo do tipo? - Aya sequer olhou para amiga.
— Aya pelo amor de Deus, há quanto tempo você não beija alguém? Ou sequer flerta?
A lembrança das provocações sutis e dos olhares, que agora carregavam outro sentido, entre ela e Megumi vieram a tona como um golpe certeiro e Aya quase caiu para o lado.
— E-Eu não sei do que você está falando - Aya riu nervosa, negando com a própria cabeça ao se dirigir para a porta — Anda, devem estar esperando por nós lá embaixo.
Mahina compreendeu no mesmo instante e a vontade avassaladora de gargalhar subir por sua garganta — Perdão senhora, esqueci que você está se guardando para o branquelo cheio de rabisco.
Aya estancou no lugar, a violência da vermelhidão cresceu por suas bochechas e ela respirou fundo antes de se virar para encarar Mahina — Se continuar com isso dúvida quanto que eu não ando perto das cercas cheias de arame com esse seu vestido lindo e caro?
A garota de cabelos curtos ergueu as mãos em sinal de rendição, prendendo o riso ao dizer — Tudo bem, senhora Fushiguro! - Aya semicerrou os olhos para ela, apontando um dedo furioso para o sorriso prepotente de Mahi — Mas agora é sério, você acha que ele vai vir?
A expressão suavizou e Aya caiu em dúvida por seus pensamentos, Megumi poderia vir, até porquê ela o convidou, Naoya o convidou e até Mahina o chamou, todos gostavam dele e eram amigos, mas por outro lado, o garoto passou por um evento totalmente traumático a poucos dias, muito provável que esteja se recuperando de tudo que aconteceu consigo mesmo. Era praticamente impossível Megumi aparecer naquela festa.
Mas o aperto no peito de Aya dizia que ela queria que fosse totalmente o contrário.
— É claro que não - Aya soltou um curto riso anasalado — Vamos descer agora.
[***]
Sua cabeça ainda estava a milhão, não conseguia se concentrar, lia e relia o mesmo parágrafo diversas vezes, nunca conseguindo entender. Não conseguia manter um raciocínio na história, lia a mesma linha várias e várias vezes, mas sempre se esquecia ou não compreendia. Aquilo o incomodava, o sentimento de aflição, aquela inquietação em seu peito.
Dormir era a melhor opção no momento, assim como foi a melhor opção o final de semana inteirinho. Depois de se mexer, trocar de posição, tirar e colocar o cobertor, Megumi finalmente pegou no sono, um sono estranho e agitado, agoniante e completamente desconfortável.
Após uma luta contra o sono, Megumi dormia com as janelas trancadas, sem um único feixe de luz ultrapassando as frestas. Mas isso até uma luz ofuscante e barulhos histéricos o tirarem de seu sono.
— Que porra é essa? - com a voz grossa e rouca por ter acabado de acordar, Megumi brigou com as duas figuras que invadiram seu quarto. - O quê vocês estão fazendo aqui?
Yuuji e Nobara pararam de discutir sobre algo que, particularmente, não interessava Megumi e o olharam de cima a baixo.
— Deplorável em Megumi, dezessete anos e dorme oito horas da noite, que tipo de velho é você? - Yuuji dizia enquanto semicerrava os olhos para Megumi que bocejava, o ignorando completamente.
— Nós dois estávamos morrendo de preocupação e você aí dormindo - Nobara disse emburrada cruzando os braços logo em seguida sendo imitada por Yuuji — Por que passou o dia inteiro trancado?
— Interessa? E vocês não responderam minha pergunta, o que estão fazendo aqui? - Sua cabeça não tinha parado de doer e agora tinha dois impasses para ajudá-la a continuar ali.
Megumi pegou seu celular vendo às horas, era onze e meia da noite, não entendia o quê os dois estavam fazendo ali àquela hora da noite e muito menos o porquê de não estarem fora de casa.
— Nós viemos te chamar pra ir na festa na da Aya, do jeito que você sumiu pensamos que já estivesse lá. E saindo do assunto, vai continuar deprimido até quando?
Se lembrou que a garota havia o chamado dias antes e que ele prometera ir dessa vez, mas realmente não tinha como, ele e oseu dia tinham sido péssimos. Não queria ir para ficar ouvindo as pessoas perguntarem se ele estava bem a cada cinco minutos e não estava preparado o bastante para encarar Aya, para lidar com as consequências de suas imprudências.
— Não tô muito afim de sair, podem pegar o meu carro - se deitou preguiçosamente na cama se cobrindo até a cabeça.
Megumi ouviu passos correndo, até sentir dois corpos jogados em cima dele.
— Por favor Megumi!
— Aí! Vocês são pesados - tentava se desvencilhar, mas os dois continuavam abraçando — Por Deus, eu preciso respirar!
— Nós te amamos! Por favor, só hoje! - Megumi continuou xingando tentando empurrar os dois.
Os dois apelaram para uma coisa. A Maior fraqueza de Megumi. Cócegas.
O garoto gargalhava, chegava a perder o ar nas ligadas de risada pesadas e audíveis, um som tão incomum que trazia alegria para os outros dois — Tá bom! Tá bom! Eu vou... - Megumi recuperava o fôlego, colocando a mão na própria barriga — Eu odeio vocês.
— Nós também te amamos, Megumi.
Megumi via nos os olhos dois a tamanha preocupação, em como aquela tentativa aparentemente inocente carregava um peso ainda maior, uma tentativa de fazer Megumi sair de casa, de melhorar ao ter outras pessoas queridas ao redor e o mesmo duvidava que esse tentativa pífia funcionasse mas precisava tentar, se não por ele mesmo então que fosse por seus irmãos.
Decidiu tomar outro banho antes de ir, espairecer a mente, tendo as impurezas físicas sendo tiradas por uma rajada gelada de água. Porém, enquanto tomava banho Yuuji e Nobara atrás a porta do banheiro tagarelando sem parar. O garoto agradeceu pelo box ser totalmente escuro, assim poderia ter um pingo de privacidade mesmo com aqueles dois perturbados estando praticamente escoltando o seu banho.
Era ruim admitir, mas aqueles dois eram uma presença reconfortante. Queria poder conversar abertamente com eles.
— Então, naquele dia você e a Aya estavam se abraçando e não prestes a fazer outra coisa? - Yuuji perguntou desconfiado, o tom lento e pairante.
— Sim, foi só isso.
— Nunca abracei alguém com minha boca estando a três milímetros da pessoa - Nobara o alfinetou com um sorriso malicioso nos lábios.
Deveria saber que a ruiva não guardaria segredos de Yuuji, os dois eram como um só, o que entrava pelo ouvido de um, saía pelo ouvido do outro.
— Eu sinto que vocês estão me perseguindo ultimamente - Megumi colocou a cabeça para fora do box para sua voz ecoar melhor — Fico impressionado com o fato de vocês saberem tanto sobre a minha vida e espalharem detalhes dela como duas senhoras fofoqueiras.
Yuuji e Nobara se entreolharam logo caindo na risada.
— Megumi você é um livro aberto! - Itadori assentiu freneticamente com o comentário da irmã. — Mesmo se eu não tivesse visto vocês dois, eu saberia o que está rolando entre você e a Aya. É explícito o quão você gosta dela e isso é escancarado para quem ousar prestar atenção.
E era verdade, Megumi passou tanto tempo sendo indiferente e frio, tornando suas emoções como coisas ruins a serem expostas, que em qualquer vestígio de sentimento as pessoas saberiam o que estava acontecendo.
— Vocês dois fariam um belo casal - Megumi entortou o nariz franzindo o cenho. — Ambos são estupidamente bonitos e tristes.
— Vocês andam lendo muita ficção adolescente, eu e Aya não vamos ser um casal e eu terei sorte caso ela me perdoe por ter tentado beijá-la - Ele voltou para debaixo do chuveiro, suspirando ao sentir a água gelada escorrer pelo seu corpo novamente, encarava os próprios pés, tentando imaginar os dois juntos de verdade mesmo, como um casal.
Era impossível para ele imaginar tal coisa.
Não era cabível alguém como Aya estar ao lado dele, ele não a merecia e ela… Era incrível demais para estar ao lado de alguém que enxerga o mundo de uma maneira tão destrutiva e fria. Aya merecia alguém a altura dela, como Naoya.
— Não pense em desistir se nem ao menos tentou! - Yuuji berrou por detrás da porta.
— Vá com esse papo motivacional para outro canto! - ele berrou de volta.
— Só está assim porque não sabe lidar com rejeição ou simplesmente não sabe lidar com garotas que não lambam os seus pés! - Nobara rebateu ríspida — Está com medo porque Aya é algo novo, não sabe decifrá-la e isso te assusta. Aya não ser como Aimi te faz hesitar.
A água está gelada mas não tanto quanto a frase de Nobara. Era a mais pura verdade, do tipo cru e extremamente doloroso.
Não significava que gostava de Aimi ainda, que nutria sentimentos por ela, mas que se prendia ao tipo de relação que ela o proporcionou, tinha um medo irracional de agir com Aya do mesmo jeito que agiu com a prima dela, sendo frio, servindo apenas como um poço de lamentações e um corpo cuja a única função era esquentar o outro lado da cama.
— Já te disse para não mencionar Aimi, sabe que não é o melhor dos assuntos - Megumi se repreendeu automaticamente pelo tom rude de sua voz — E parem de se meter entre eu e a Aya, já sei bem o que fazer - tentou amenizar com o comentário, que felizmente deu certo mesmo não sabendo o que fazer.
— Essa história vai ser deixada pra outra hora - Nobara disse se levantando — Vou me trocar, Yuuji se o Megumi demorar mais um minuto nesse banho tira ele a força. - O rosado concordou lançando um aceno positivo para ruiva que saía do banheiro.
— Se quiser que eu dê um chá de sumiço no Naoya ou em qualquer garoto que tentar cantar a Aya... - Nobara falou calmamente, em um nível mais baixo, como se estivesse tramando.
— Vai embora! - Megumi berrou enquanto a ruiva saia correndo rindo antes que Megumi se irritasse de verdade.
Megumi desligou o chuveiro, logo expulsando Yuuji do banheiro dizendo que não iria fugir. Se secou enrolando a toalha em sua cintura, se olhando no espelho uma última vez antes de ir para o quarto, observando as marcas arroxeadas perto das tatuagens no ombro e no bíceps, apoiou os dois braços na superfície de mármore da pia, os músculos se contraindo perante a tentativa de se acalmar.
O garoto não se achava bonito, mas também não se achava feio, entretanto, ultimamente Megumi vem se odiando ainda mais, sempre encontrando um defeito em si mesmo. Percebeu que suas olheiras estavam mais fortes, suspirou decepcionado consigo mesmo por isso. As noites mal dormidas e a alimentação ruim, infelizmente, começaram a dar efeito.
Mas agora não era hora de se autodepreciar, se enrolasse mais dentro daquele banheiro era capaz de Nobara o arrastar pelas pernas.
Foi até seu armário, optando por usar algo que já estivesse acostumado, um jeans largo de lavagem escura, uma camiseta preta e um all star surrado, alguns caprichos como sua corrente de prata fina, alguns anéis e os seus piercings nas orelhas e na sobrancelha, era surpresa que os furos não tivessem fechados já que fazia muito tempo desde a última vez que os colocara. Passou o costumeiro perfume, forte e refrescante, com leve notas tônicas e robustas notas amadeiradas.
Depois de tanto reclamarem, no final, foram eles que se atrasaram. Megumi sentou-se em sua cama respondendo algumas mensagens, ignorando outras, dificilmente alguém despertava seu interesse em manter uma conversa. Na verdade, ultimamente só utilizava o aplicativo de mensagens para conversar com Aya, mas não conversava com ela desde ontem a tarde e era estranho a falta que as conversas banais faziam.
Recebeu uma mensagem de um número desconhecido e, ao abrir, soube quem era no exato momento.
"Quero conversar."
Megumi não respondeu, respirou fundo antes de largar o celular em cima da cama e se jogar nela, queria passar a noite deitado naquele colchão macio, sem ninguém para incomodá-lo mas como nem tudo é um mar de rosas, ele não podia ficar ali parado adiando para sempre seus assuntos pendentes com Aimi, ou com seu pai e até mesmo com Aya.
Desceu as escadas resolvendo esperar no andar de baixo, o relógio já marcava uma da manhã, e definitivamente não era hora de sair, mas Satoru nunca reclamava.
— Tá lindão em Megumi - Yuuji disse ao ver o garoto — Pra quem não queria ir, se arrumou até demais. - Descia as escadas sendo seguido por Nobara.
— Cala a boca - Se levantou procurando as chaves pelo bolso — E até agora não entendi o porquê de quererem tanto que eu vá junto.
— Porque nós amamos sua companhia - Nobara disse com um sorriso cínico no rosto.
Riu fraco vendo isso - Minha companhia vulgo minha carteira de motorista, certo? Se queriam uma carona era só pedir, não precisava fazer um escarcéu todo.
— Nós iríamos nos sentir mal se fizéssemos você de uber. - Megumi revirou os olhos como resposta.
— Parem de falar alto! - Satoru gritou do andar de cima - Impossível ter uma noite de sono decente com animais na minha casa.
— Você tá parecendo um velho! - os três gritaram em uníssono.
— O velho aqui não vai abrir a porta amanhã de manhã quando vocês voltarem para casa, vão dormir no jardim! Tomara que esteja frio.
— Tchau Satoru! - Yuuji disse — E todos nós sabemos que você está mal humorado porque levou um pé na bunda!
O homem não respondeu e isso era sinal de que ele iria atacar caso descesse, então os três colocaram-se para correr, se despedindo novamente do mais velho em meio a risadas e passos apressados.
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