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O MILORDE
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MAYA SE SENTIA CONFUSA, HAVIA se passado algumas horas desde o ataque dos comensais, e ela tentava entender como ou quando eles haviam entrado em Hogwarts.

─ Precisamos achar um jeito de impedi-los! ─ James dizia, afinal, não conseguia dormir, como a amiga ao seu lado.

─ Sim, Prongs, mas como?!

─ Que tal uma ordem? ─ Maya sugere, fazendo os homens a olharem ─ A Ordem da Fênix.

─ Sim, um grupo pequeno onde podemos treinar para uma futura guerra, que ideia genial, May!

A menina cora com o comentário, ficou-se subentendido que iriam falar no dia seguinte com Dumbledore, pois precisavam dormir.
O ataque acontecido fez com que os Marauders ficassem acordados a noite toda preocupados, e as olheiras debaixo de seus olhos revelavam isso.

─ Precisamos avisar Remus e Peter da ideia de criar a ordem. ─ Sirius dizia na tarde de Quinta-feira, com as provas mensais sendo finalizadas.

─ Acho melhor irmos direto para o escritório de Dumbledore, ele deve escolher os integrantes, a ordem será dele.

Os meninos ao lado de Maya soltam um "certo" seguindo caminho para o escritório.

─ Ainda não me acostumei com a cor do seu cabelo, May, gota de limão!

Subindo as escadas, James já podia ouvir os zumbidos de conversas dentro da sala.

─ Acho que podemos esquecer isso por ora, Minerva. ─ Albus dizia, acenando com a mão.

─ Não acredito que seja algo possível, Al.

─ Pois é.

─ Diretor!!!

A loira mais nova dali entrava, passando direto pelos quadros de antigos diretores.

─ Que mal educada! ─ um deles dizia, o que fez a menina soltar um murmuro de insatisfação.

─ Sinto muito, senhores, porém é muito importante! ─ todos os olhares se voltavam para a mesma ─ Ontem, depois de resolvermos o "problema peludo" de Remus, fomos atacados por comensais.

Minerva leva as mãos à boca, enquanto o mais velho se levanta e olha para a mesma.

"Conte-me isso direito, senhorita Lupin."

E assim ela o fez, não esquecendo de mencionar Peter e o caso com a ordem.

─ O senhor Pettigrew não me parece ser o de maior confiança neste momento.

─ Dumbledore, tenho que discordar, Peter é um de nós.

O diretor o olha, no fundo dos olhos, como se lesse sua alma.

─ Tem certeza, senhor Black?

Essa simples pergunta o fez recuar, até tentou falar, mas nada saia.

─ Adorei sua ideia de criar uma organização, senhorita Lupin, porém, percebi alguns furos em seu plano, se me permite. ─ Asctralice estava animada, ninguém nunca havia concordado com uma ideia sua antes, e ter um homem como Dumbledore aprovando, significava que realmente havia arrasado ─ Irei reformá-lo para caberem mais pessoas dentro disso.

A quintanista assente, agradecendo a oportunidade, e saindo com os meninos ao seu lado.

─ Então. ─ se vira para o Orion ─ O quê faremos?

─ Nada, Black, estamos falando de Dumbledore.

"Mas..." ─ sua fala é cortada por um simples aceno.

Já eram 8 p.m, e os alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts ou se preparavam para dormir, ou se preparavam para os exames, ou conversavam.
O remédio de insônia de Maya já fazia efeito, e ela colocava um pijama com as cores vermelho e dourado, o brasão da Gryffindor bem ao seu peito direito, indicando o patriotismo da casa.

Uma carta relusia à luz do luar bem na escrivaninha ao lado de sua cama, carta cuja a mesma ainda não havia percebido a presença. Ir em direção à cama, sentar, ler um trecho de "Orgulho e Preconceito", e, por fim, deitar e dormir.
A rotina da menina fora interrompida pela carta.

─ Para sra. Lupin.

As poucas palavras escritas numa caprichosa letra fizeram efeito na menina, que abriu a mesma e a leu.

─ Um convite? Para um encontro? ─ acenou os ombros ─ De quem seria...?

"Bem, desde que não seja um Malfoy, nada é tão ruim que não possa piorar." ─ com esses pensamentos na cabeça, ela se levantou e se trocou.

Um corset preto com uma capa, a previsão do tempo indicava chuvas das nove às seis da manhã nessa mesma noite, e, de fosse pega, teria que rezar para não sair do colégio.
Mas, sutileza sempre foi um ponto forte, para sua sorte.

Só esperava que pudesse montar num dos "animais invisíveis que nunca lembrava o nome, mas que guiavam os alunos do vilarejo até a escola."

─ Hey, amiguinho invisível... Testrálio! Isso, testrálio, o que acha de dar uma carona para mim, amiguinho?

"Cadê a sua cara?"

O portão da casa onde o suposto admirador estaria era enorme, e Asctralice estava bem à frente desse. Pode ouvir um rangido ao abri-lo, e segue caminho até a porta principal.
Recua um passo, o homem que estava ali poderia ser um louco, e não tinha ninguém ao seu lado, seria ela tão inocente assim?

Resolveu tentar.

─ Seja bem-vinda, senhorita Lupin. ─ Maya ergue seu olhar, reconhecendo a figura magra e levemente pálida a sua frente.

Era Voldemort.

──── ⌨︎ by ﹫gwygerules