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A DESCOBERTA
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─ POR QUE QUÊ SEMPRE QUE A GENTE PRECISA, ELE NUNCA ESTÁ NA ESCOLA?! ─ Maya cospe suas palavras para a professora MacGonagall, que se surpreende com a falta de compostura da menina.

─ Maya, querida, a culpa não é minha.

Ela grunhe, batendo os pés. Minerva confessaria que, se a Lupin não fosse tão bondosa, estaria com medo de seu estado atual. Mas, os olhos roxos caiam muito bem com seu cabelo loiro, agora platinado, tinha que confessar.

─ Se eu tivesse força e coragem o suficiente, juro que podia matar Dumbledore agora!

─ Uh, espero nunca ter então, senhorita Lupin ─ Maya escuta uma voz familiar atrás de si, ao virar bruscamente, acaba batendo sua testa contra a barriga de Albus.

─ S-senhor Brian. ─ a menina baixa engole em seco, mas logo volta a falar ─ Preciso de sua ajuda.

─ Diga-me, ou melhor, mais tarde, vamos até minha sala antes.

Após dizer um "primeiro as damas" e fazer uma reverência básica para a platinada, Asctralice sobe correndo para onde o homem ficava, se mais alguém a visse naquele estado, com certeza estaria em sérios apuros, fofocas e boatos corriam como vento em Hogwarts.

─ Agora que estamos a sós, e, claro, com Minerva. ─ o diretor Dumbledore acena em sua direção ─ Pode me dizer como isso ocorreu?

─ EU?! ─ esbravanja, irada ─ ME DIGA O SENHOR! EU NÃO FAÇO IDEIA DE COMO ISSO ACONTECEU, NÃO FAZEM NEM DUAS SEMANAS DE AULAS E JÁ ME METO EM ENCRENCA!

─ Não é natural. ─ Minerva diz, segurando seu rosto com a palma da mão direita.

O diretor anota algo em seus pergaminhos, ao se levantar, segue em direção à Maya.

─ Por favor, senhorita, erga o pescoço. ─ May produz o desejo.

Dumbledore o analisa, pegando sua varinha do bolso e produzindo algum feitiço que o fez retirar um pouco de seu sangue.

─ Precisamos de alguns exames, Minerva, por favor, prepare o laboratório, e chame o professor Slughorn, ele será de grande ajuda.

"Não podemos deixar ela nesse estado por muito tempo, diretor." ─ Lupin a ouve dizer, agradecendo internamente por isso.

─ Ah, sim, Minerva. ─ da uma pausa ─ Por isso, irá passar o dia no dormitório hoje.

─ Vou perder as aulas?

─ Não, Maya, querida, seus colegas Marotos podem passar a matéria para a senhorita.

A loira, agora platinada, assente, pensando como iria informar a Lily que a mesma perderia todas as aulas por parecer uma blueberry.
Bem, não tinha tempo para pensar nisso agora, iria resolver depois, agora, queria apenas descansar e dormir, já tinha tido muita informação por um dia.

Já devia ser umas dez da noite, quando a menina se levanta para ver o relógio.
E sua cogitação estava errada, eram apenas duas da tarde.

─ Ah, parecia que dormi uma eternidade. ─ murmurava, mais para si mesma do que para qualquer outra pessoa ou coisa.

─ Ainda assim, May, está tarde. ─ Regulus diz, largando o livro Dom Casmurro na mesinha de centro, que, por algum motivo, estava no canto do quarto.

─ Reggy? ─ Maya coloca a mão em sua cabeça, medindo a febre─ O quê faz aqui? É uma ilusão?

Regulus ri com seu comentário.

─ Não, não, até parece que estou morto, mon amour.

A mesma sorri, recebendo um beijinho de Regulus em sua testa.

─ Seus exames estão prontos, estão com Dumbledore. Podemos ir agora, se preferir.

Num pulo, Maya se levanta, correndo para pegar a bolsinha da escola, e colocar as lentes que Minerva tinha lhe dado para não repararem em seus olhos de cores diferentes do comum.

─ Regulus, o quê faz aí? Vamos logo!

"Como assim: Herdeira da lua?!" ─ o Black mais velho pergunta, pela vigésima vez no dia, Maya jurou ter contado essa mesma pergunta oito vezes, mas não podia pensar naquilo agora, estava chocada demais para chamar-lhe a atenção.

─ Black, por favor, mais atenção agora, não vou explicar novamente. ─ o diretor diz, atraindo olhares para si.

"Na noite em que o senhor Lupin foi transformado em Lobisomens, Greyback pareceu jogar algo em seu copo de água, algum tipo de sonífero forte, cuja uma criança não aguentaria tomar, e morreria no instante que o líquido tocasse seus lábios.
Ele apenas teve o azar de produzir o ato em plena lua cheia, o quê fez com que a madame Lua a protegesse, transformando Maya em sua protegida, e, por fim, Herdeira."

─ Maya já está em sua décima quinta primavera, uma idade muito importante para uma menina de nosso tempo. ─ foi a vez de Minerva se pronunciar ─ A madame Lua deve ter achado uma boa hora para passar seus poderes para Maya.

─ Achou errado.

─ Também acho. ─ Sirius concorda com a platinada ─ Não podia ser depois do nosso casamento?

─ Hum-hum. ─ Regulus finge uma tosse ─ Não é uma boa hora, maninho.

"Foi mal."

─ E com o quê eu vou ter de me preocupar, exatamente?

Após pegar uma lista na mesa de Dumbledore, MacGonagall segue rumo até o centro da sala, Slughorn não estava presente na conversa, estava muito interessado nos bolinhos de morango, receita especial dos elfos da cozinha.

─ Águas com controle sentimental, sonhos intensos, se tornará mais sensível em relação à qualquer sentimento, e...

Minerva engole em seco, olhando para o de barba e procurando alguma confirmação para seguir com as palavras, o quê acontece com um aceno de cabeça.

"Controle mental, e previsão do futuro."

──── ⌨︎ by ﹫gwygerules