¡ O BEIJO !

O LUGAR SEGURO ERA um trato que James e Maya criaram no seu segundo ano. Eles se deitavam no colo um do outro e falavam o que os incomodava:

─ Bem. ─ ela suspira, se deitando no colo do amigo ─ Eu...

Isso iria doer, e ela sabia. James era o melhor amigo de Sirius, e no próximo dia seria a reunião no clube.

"Eu estou gostando de Regulus. E ele disse que não quer ficar perto de mim"

James rangiu os dentes, acariciando seus cachos:

─ Mas eu tenho certeza que ele 'tá afim de mim, ele sentiu meu cheiro na amortentia. ─ Isso fez o Potter sorrir.

─ E quanto a Sirius?

─ Acho que ele irá saber na hora certa, não temos nada sério mesmo.

James começa a contar como seu dia foi incrível e a Lily lírio Evans Potter aceitou o fato que tinha uma quedinha por ele:

─ Ela disse que vai gostar de mim quando os trolls voarem! E eles voam!

─ Trolls são feitos de pedra, James.

─ Nada que um Wingardium Leviosa não funcione.

A garota sorri, se aconchegando no colo do menino:

─ Venha, vamos dormir, estou com sono. ─ diz, fazendo o menino fazer uma conchinha no sofá.

E a mesma dormiu nos braços do Potter, tendo o constante sentimento de aconchego.

Já eram quase oito horas da noite quando Maya acabou de se arrumar. Seu cabelo cacheado estava hidratado e moldado perto ao seu rosto, um vestido tom pastel de rosa ao seu corpo, feito do mais puro cetim, que Sirius dera para a mesma quando passou o Natal na casa do mesmo, e nos seus pés, um par de saltos da mesma cor.
A mesma se levanta, indo ao encontro de Lily Evans, cuja estava com um vestido vermelho radiante que destacavam seus olhos:

─ Allons-y? ─ pergunta, vendo a menina rir e assentir.

As garotas descem de braços dados para a comunal, encontrando os meninos brincando entre si.
Seus olhos cruzam com os de Sirius, vendo o mesmo abrir um largo sorriso e oferecer seu braço:

─ Ma chère Mademoiselle. ─ e beija as costas de sua mão ─ Está radiante.

Remus limpa sua garganta, pedindo espaço para o maroto.

"Está perfeita! Você e Lily."

A menina sorri, agradecendo e pegando a mão do menino para dar uma voltinha.
Ela e Sirius saem do salão, indo até as masmorras, onde ocorreria o mini baile.
Tinham muitas pessoas até, para um espaço tão pequeno. Ao fundo, se via Zabini e Nott conversando, alguns corvinos falando entre si, Regulus estava com Narcisa, e, Deus, ele estava divino.

Sua roupa lembrava muito as vestes passadas, algo como "Mulherzinhas" ou "Orgulho e Preconceito." Ela nunca imaginou como ficaria lindo com aquelas roupas. O mesmo usava um colar que parecia ser ouro puro, sem nenhuma falha ou bijuteria.
Sirius desenrrosca seus braços, indo "cantar" uma lufana que, segundo o mesmo, estava esplêndida naquele vestido verde escuro.

Regulus conversava com Slughorn, falando sobre sua ambição de trabalhar com poções:

─ Como eu dizia, muitas áreas da magia se encaixam nisso, mas Auror não é uma ideia má.

O garoto vê a menina perdida ali, no meio de todos, sem nada para fazer. Se despede do homem, indo em sua direção:

─ O quê uma menina tão linda e tão perdida faz aqui, sozinha? ─ e ela o olha, estranhando o fato de estar sozinho.

─ Seus amigos cópias-de-jararacas não vêm participar da festa?

O garoto sorri, sabendo que ela utilizava o sarcasmo como defesa, mais comum impossível.
Maya cruza seus braços, olhando o garoto:

─ O quê quer?

O garoto olha para os lados, se aproximando da menina, e deposita um leve selinho em seus lábios:

─ Estamos correndo um perigo enorme ficando juntos ─ diz ─, eu só quero te proteger.

Droga, isso fez a menina se derreter e sorrir boba. Essas palavras eram as mesmas que Remus usava na lua cheia, que James usava quando caia da vassoura, e agora Regulus...:

─ Regyllus... ─ A mesma o abraça, tentando achar algum tipo de afeto.

O mesmo se afasta bruscamente, corando levemente e acariciando seu braço.
Não o levem a mal, ele não se importava de abraçar as pessoas, mas ELE tinha que tomar uma atitude para isso:

─ Seus, hum, pais...

─ Sim, Lupin.

Regulus sofreu muitos traumas em sua casa, mas nada superava as dores que eles lhe faziam.
Maya assente, olhando para o chão, enquanto o menino segurava sua mão e, com ela, acariciava seu próprio rosto:

─ Vamos... ─ Maya é interrompida por Slughorn vindo em sua direção.

─ Maya! Minha estrela favorita do Quidditch! ─ isso fez a menina rir ─ Está gostando da festa?

─ Sim, com certeza! ─ e começam a conversar.

Maya adorava a companhia do Slytherin, ele tinha tanto para contar e conversar, era fácil levar uma conversa com ele.
Reunindo toda a sua coragem, Black passa um braço pela cintura da Gryffindor, fazendo ela olhar para o mesmo com afeto.

A noite foi passada assim, todos rindo e se divertindo, a alegria presente entre as casas. O tintilar das taças brindando, os risos, tudo estava no estilo clássico. O menino Black não tirou o braço da garota, e ela não se importava com isso.

"Estou um caos! Exausta." Ela fala, tirando os saltos altos e indo em direção ao corredor:

─ Me leva no colo? ─ pergunta, pedindo para o garoto pegá-la.

O mesmo ri, puxando a menina, cuja pés doíam por causa do salto fino:

─ Aquela droga ainda vai me matar, preciso de um novo.

─ Qual você quer?

─ Tem um lindo que eu vi numa loja em Londres nessas férias! Ele é rose com detalhes de flores... Parece que saiu de um filme de princesa!

Regulus sorri, vendo a menina falar animadamente sobre os pares de sapatos que chamavam sua atenção:

─ E lá vai meu dinheiro... ─ Regulus diz, fazendo a garota rir.

─ Droga, Reggy, sim! Aquelas botas de camurça ainda serão minhas!

Ao entrar em seu dormitório, o garoto deita a menina com toda a delicadeza existente, fazendo a mesma se aconchegar nos travesseiros fofos do menino:

─ Deita comigo? ─ pergunta, fazendo manha.

Regulus se deita, fazendo conchinha com a garota:

─ E os vestidos? ─ diz, numa tentativa de fazer a menina voltar a falar sobre quantas possibilidades ela teria de comprar com apenas 100 galeões.

Ele adorava ouví-la, adorava tocá-la, adorava olhá-la. Regulus a adorava, a amava, e isso não era apenas um relacionamento bobo de adolescência, ele sabia.
Aos poucos, seu corpo foi relaxando no do menino, e dormiu nos seus braços:

─ Te amo, loirinha.

──── ⌨︎ by ﹫gwygerules