xxviii. who are you?
ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗢𝗜𝗧𝗢 ᵕ̈
❝ quem é você? ❞
࿐「 🔥 」୭࿔
Ella conseguiu escapar do guarda que a acompanhava o tempo todo. Ele apenas disse que ia ao banheiro e pediu para que a garota o esperasse. É claro que ela não fez isso.
Precisava de alguma forma saber se os meninos estavam do outro lado dos muros. Precisava de alguma forma se juntar a eles para salvar o Minho.
Foi quando ela passou perto de uma sala. Onde um movimento um pouco... estranho ocorria. Ella ficou perto da porta, escondida o suficiente para não vê-la, mas perto o suficiente para ver o que acontecia. Janson estava lá, e parecia ter dado uma ordem para lançarem bombas do outro lado do muro. Só então que a garota percebeu o sensor de identidade de Thomas em um dos computadores, além de seu rosto nas telas maiores. Eles estavam lá. Realmente eles vieram salvar o Minho. Essa pequena informação fez com que Elleanor sentisse um alívio percorrer o seu corpo.
Ela ficou ali escondida, até que Janson saiu, assim como alguns homens. Apenas um homem estava lá, distraído mexendo em um dos computadores. A ruiva se certificou se ninguém viria e adentrou a sala. Com passos leves e silenciosos, apesar dos saltos, aproximou-se do homem. Sua mão alcançou a nuca dele e, de repente, seus olhos brilharam em um tom laranja enquanto chamas surgiam em sua palma. O homem ficou paralisado, em choque, incapaz de compreender o que estava acontecendo.
—Vai ficar tudo bem se você colaborar. Mas, se decidir ir contra mim, saiba que não hesitarei em te queimar até a morte — ameaçou ela, em tom baixo, próximo ao ouvido do homem. Ele, apavorado, assentiu com a cabeça, indicando que obedeceria. — Me conte tudo o que viu agora a pouco. Tudo o que sabe. Quero saber cada detalhe.
A garota andava apressadamente pelos corredores, se desviando de qualquer guarda ou rosto conhecido que ela visse. Por mais chateada que estivesse, querendo ou não, precisava da ajuda do seu irmão. E era ele mesmo que ela estava procurando. Provavelmente Elliott estaria no laboratório.
E, bingo, lá estava ele. Concentrado, anotava informações sobre alguns soros em sua prancheta. O laboratório estava vazio, o que era perfeito para uma conversa entre os dois. Assim que sentiu a presença da irmã, Elliott levantou o olhar, surpreso e confuso ao mesmo tempo.
—Izzy? — ele a chamou pelo apelido, largando a prancheta sobre uma mesa.
—Você quer o meu perdão, não é? — perguntou ela, aproximando-se dele.
O loiro imediatamente assentiu com a cabeça.
—É tudo o que eu mais quero! — afirmou ele, sem hesitar, como se era realmente o maior desejo dele.
—Então, eu irei te dar mais uma chance. E eu juro, te juro, que se você mancar de novo, eu irei te matar com as minhas próprias mãos. Entendeu?
E novamente, Elliott afirmou com a cabeça, indicando que assentia com o que a ruiva disse.
—Olha, os meninos estão do outro lado dos muros. — começou Ella.
—Como sabe disso? — quis saber o mais velho.
—Eu estava andando pelo prédio e vi o Janson ordenando que lançassem bombas do outro lado. Vi em um dos computadores o sensor de identificação do Thomas e depois encurralei um dos homens para me dizer tudo o que soube sobre o paradeiro dele. — explicou a garota. — Mas, esse não é o ponto agora. Precisamos de alguma forma achar eles. E com certeza vão dar um jeito de atravessar os muros e adentrar a cidade. Preciso da sua ajuda para achá-los.
Elliott ficou um pouco pensativo antes de dizer algo.
—Eu acho que sei para onde eles podem ir. — começou ele, voltando a olhar para a irmã. — Nos muros, tem uma parte onde tem uma visão perfeita para o prédio. Não posso dar certeza se eles estarão lá, mas acho mais provável que sim. Ainda mais se alguém que vive do outro lado ou até mesmo dentro da cidade se aliar a eles.
Ella balançou a cabeça, assentindo.
—Então é para lá que nós vamos. — concluiu. — Pode ir comigo até lá? — ele confirmou, mas um pouco hesitante.
—Sabe que vai ser perigoso, não é?
A garota deu um sorriso fechado, triste mas o mesmo tempo determinado.
—Eu prefiro morrer do que ver ele sofrer, Elliott. Se eu tiver que oferecer a minha vida em troca da liberdade do Minho, eu faria isso sem pensar duas vezes.
O mais velho sorriu, orgulhoso ao ver no que a irmã havia se tornado. Apesar de ser preocupante ao mesmo tempo.
—Tá legal, só precisamos escapar dos guardas.
Um pouco mais tarde, Elliott e Ella conseguiram despistar os guardas de novo, conseguindo sair do prédio e mudar o caminho de casa para o caminho do muro que o mais velho falou. Já estava escuro e o anúncio do toque de recolher era o único som que ecoava na cidade. O loiro era o guia, andando na frente enquanto a irmã o seguia. Eles tiveram que tomar muito cuidado para andar, já que, como era de se esperar, aumentaram a segurança. Com certeza era por causa de seus amigos que foram flagrados pelo drone.
Não demoraram muito para chegar no mencionado muro que o Paige comentou. Era alto, e provavelmente ele estava certo: era o melhor ponto de visão na direção do prédio do CRUEL.
—Olha, aqui vai o plano. — ele começou a dizer quando pararam na parede. — Você sobe e procura eles. Eu fico aqui de olho para o caso de ter um movimento suspeito ou se notarem a nossa ausência para assim subir e avisar vocês. — a ruiva assentiu, concordando com o plano. — Vem, eu te dou impulso.
Ele se abaixou, colocando suas mãos para Ella tomar o impulso e conseguir subir. E assim ela conseguiu.
—Toma cuidado. — pediu o mais velho, preocupado.
—Vou tomar. — ela diz com um sorriso.
Elleanor subiu e andou por dentro do muro, que não sabia que existia uma passagem. Realmente Elliott estava certo nesse quesito. Ela estava perto de uma outra passagem que dava para uma escada, quando começou a ouvir vozes conhecidas.
—Não disse que havia uma entrada? — era a voz de Thomas.
—Talvez. — a garota ficou confusa ao ouvir a voz de Gally. Ele não estava morto?
—Talvez? O que quer dizer com "talvez"? — novamente era Thomas.
—Dá uma olhada. — pediu Gally.
Um silêncio se instalou, o que fez com que Ella começasse a subir as escadas. Ela estava tão perto, tão perto de ver os seus amigos novamente depois de tanto tempo. A garota já sentia seu coração apertar de ansiedade e os olhos querendo encher de lágrimas. Porém, ela se segurou. Era o início de uma missão de resgate e não poderia chorar agora.
Ela subiu as escadas, se deparando com uma espécie de varanda. E lá estava eles, Thomas, Newt e Gally. O moreno olhava em um telescópio, na direção do prédio do CRUEL. Quando ele tirou o seu olhar da lente do objeto, a sua feição não era nada agradável. Elleanor supôs que ele havia visto Teresa, entendo a "entrada" que Gally disse.
—Eu disse que tinha uma entrada. Não que você ia gostar. — diz o de cabeça raspada.
—Na verdade, há outra maneira de entrar no prédio. — finalmente a garota disse algo, fazendo os três olharem em sua direção. Ella, que estava escorada na grade perto da porta, começou a se aproximar deles. — Eu posso colocar vocês lá dentro.
Os olhares dos três eram diferentes. Thomas estava com um olhar confuso enquanto Gally estava com um olhar sério. Já Newt, o olhar dele era de saudade e de alívio em ver que a melhor amiga estava ali agora, e provavelmente bem, apesar de estar confuso.
—Nós não precisamos da ajuda de uma traidora. — Gally foi o primeiro a dizer. — Bem que eu sempre disse que você não prestava.
—Cala a boca, Gally. — mandou Ella. — Se voltou dos mortos só para me acusar de algo que não sabe, é melhor voltar de onde veio.
—Mas... Por parte ele não está errado. — Thomas interviu, fazendo a ruiva olhar para o moreno com o cenho franzido. — Você parou de conversar comigo por telepatia. Fico me perguntando o que aconteceu para você fazer tudo isso.
—Está do meu lado ou do dele? — indagou a ruiva, complemente incrédula. — Achei que éramos amigos, Thomas.
—Mas fica difícil acreditar em você depois de tudo o que rolou. Ella, você estava com o CRUEL, tinha suas memórias de volta e sabia que a Teresa ia fazer tudo aquilo. Até tudo estar totalmente explicado e você provar que podemos confiar em você de novo, vai ser bastante complicado. — continuou o moreno.
Por parte, ela não julgava o Thomas. Diferente dela, o garoto não tinha todas as suas memórias. Não sabe dos seus motivos como sabia há meses atrás antes de ir para o Labirinto. Então, entendia o fato dele não entender o seu lado.
Porém, uma única pessoa a entenderia, porque apesar de também ter suas memórias apagadas, convivia a mais tempo com ela após esse ocorrido do que o Thomas. Newt era o único que não a julgaria, tanto que ele não havia falado nada até o momento. Ele era a pessoa perfeita para explicar o que havia acontecido. Ele iria acreditar nela, porque ele a conhece. Mesmo após as memórias apagadas, ele está a mais tempo com ela do que o Thomas após as suas memórias virarem um vão escuro.
—Newt, podemos conversar? Uma conversa de amiga para amigo?
Como sempre, ele havia entendido o código disfarçado. Sempre entendia. Era o jeito que Ella pedia uma conversa em particular entre eles dois.
—Claro, El. — ele concordou sem hesitar. Isso fez Gally bufar.
—Sério? — indagou o de cabeça raspada com um olhar incrédulo.
Porém, o loiro ignorou essa fala de Gally, começando a andar em direção a Ella, os dois começando a descer as escadas.
—Só toma cuidado para ela não te trair de novo! — alertou Gally.
Mas, ao invés de receber uma resposta em palavras, Ella, enquanto andava, mostrou o dedo do meio para ele, uma forma discreta de mandar ele se ferrar.
Os dois resolveram conversar em um beco que havia perto do muro. Eles até se encontraram com Elliott, que disse que estava tudo bem ao redor. Newt estranhou a presença do mais velho, mas resolveu esperar a amiga se explicar antes de tirar conclusões precipitadas.
—Bom, agora que estamos sozinhos, pode me contar tudo o que aconteceu. — o loiro foi o primeiro a dizer assim que chegaram no local perfeito para terem uma conversa a sós. — Eu acredito em você, é claro que eu acredito, mas eu ainda quero saber o porquê de tudo isso. A traição, o sumiço, tudo. Porque eu sei que a minha El nunca faria isso. A El que subiu na caixa, toda assustada por causa do tanto de garotos e das piadas de mal gosto. A minha El que ajudava a todos na Clareira. A minha El que é a minha melhor amiga. A minha El que está totalmente diferente da Elleanor que vejo a minha frente. Pelo menos na aparência.
E realmente está. A garota usava um conjunto de calça social e blazer na cor bege claro, com uma espécie de regata com a barra curta na cor branca, além das botas de cano baixo e de salto médio que é da mesma cor que o blazer a sua calça. Seus cabelos totalmente arrumados e brilhantes, como se tivesse saído do salão de beleza. Sim, ela estava diferente da Elleanor que vestia camiseta e calça jeans com uma jaqueta de couro e botas de corredora. Estava diferente da Elleanor que vivia com os cabelos ruivos desgrenhados, que ficava em um rabo de cavalo nas vezes em que corria no labirinto. Newt só esperava que essa diferença fosse apenas na aparência.
—Thomas supôs que foi você quem nos dedurou para o CRUEL quando fomos resgatar o Minho. — ele voltou a falar depois de alguns minutos em silêncio. — É claro que ele pode ter essa paranoia, afinal, o que mais se passa naquela cabeça de trolho é perguntas e confusões. Eu imediatamente disse que você nunca faria isso. Nunca se esforçaria tanto para um plano de resgate e depois nos dedurar, ainda mais quando esse plano de resgate envolve salvar o Minho. Mas confesso que essa dúvida plantou em minha mente depois que você e o Thomas pararam de conversar por telepatia. Eu não quero acreditar nisso, não quero acreditar que você fez tudo isso porque achava que era o certo. Que se juntou aos nossos inimigos porque realmente quis. Porque não real, depois disso tudo, eu realmente me pergunto quem é você de verdade. Se continua sendo a Ella, a minha El, ou se, após as memórias terem voltado, se transformou em outra pessoa. — aquelas palavras a atingiram como um tiro. Na verdade, o tiro teria menos impacto. Ela havia mudado tanto assim depois que recuperou as memórias? — Por isso, eu te pergunto: quem realmente é você?
Ella respirou fundo antes de revelar o segredo mais profundo que ela escondia há meses. Aquele que, poderia mudar tudo. O segredo que poderia justificar suas ações, de uma péssima maneira ou até mesmo de uma boa maneira.
—Eu sou Elleanor Paige.
O que antes era uma feição séria, se transformou em uma feição confusa e surpresa no rosto de Newt, que estava tentando assimilar as palavras da ruiva.
—Então, quer dizer que... — ele foi interrompido.
—Sim, Ava Paige é a minha mãe.
Tá, admito, tô demorando para postar porque não quero que acabe😔☝🏻
FINALMENTE O REENCONTRO VEM AI AMOREEESS! Mas, no começo não foi bom não😶 prometo que no próximo eles vão entender ela e pedir mil perdões, principalmente o Gally😱
Esse capítulo até que ficou maior do que eu pensei, socorro.
Enfim, já deixei avisado no mural, mas irei avisar aqui também: fui aprovada em uma entrevista de emprego. Então, sim, é quase certeza que irei começar a trabalhar ainda esse mês. Por isso, provavelmente, as atualizações podem demorar um pouco, ainda mais que tenho quatro fanfics para atualizar. Como as aulas da faculdade começam em março e eu irei trabalhar de manhã, eu irei conseguir fazer uma atualização rápida. No entanto, pode ocorrer imprevistos. Mas fiquem tranquilos que não irei abandonar vocês!!!
QUERO AGRADECER AOS 67K DE LEITURAS E 6K DE VOTOS! SÉRIO, MUITO OBRIGADA GENTEEE! AMO VOCÊS DEMAAAIIISS🥹💜💜
Ah, deixando avisado que: minha fanfic do Newt está MUITO próxima de ser lançada! Irei acelerar o fim de TSMWEL para publicar ela! E já digo, muita gente me INFERNIZOU por essa fanfic, então já deixo avisado: se pelo menos nem um terço das pessoas que me pediram ler, eu irei na casa de cada um e irei obrigar a ler a base de tortura🥰 BRINCADEIRA! (Ou não)
Peço desculpas pelos erros ortográficos. Tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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