xxii. those we trust
ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗗𝗢𝗜𝗦 ᵕ̈
❝ aqueles em quem confiamos ❞
࿐「 🔥 」୭࿔
—Aí estão vocês! — diz Newt assim que Elleanor e Ethan chegaram para se reunir ao grupo. O loiro, Minho e Caçarola estavam em uma montanha baixa de pedras, ficando um pouco mais alto e longe da parte debaixo onde estava as outras pessoas. Aris estava com suas amigas e Thomas ainda estava com Brenda na tenda. — Conseguiu achar a sua irmã, Ethan?
Por parte, aquela pergunta era uma que o loiro não queria responder no momento. Não queria relembrar que não achou a sua irmã e ainda por cima provavelmente iria ficar para atrás. Nesse momento, ele só queria esquecer tudo isso.
—Se pudermos não falar desse assunto, por favor. — pediu ele com um sorriso, e todos assentiram com a cabeça.
Ella se sentou ao lado de Minho enquanto Ethan se sentou ao lado do outro loiro, ficando também ao lado da ruiva. O asiático abraçou a garota de lado, o que fez com que ela deitasse a sua cabeça em seu ombro. Estava um pouco frio ali, apesar de terem recebido mais roupas quentes, e aquele aconchego fazia com que os dois se aquecessem mais um pouco.
Vendo tudo aquilo fazia com que o grupo percebesse que finalmente estariam livres. Livres do CRUEL. Livres do Fulgor. Eles vão viver em paz depois de muito sofrimento.
—Eu amo você. — disse Minho.
Essas palavras fez com que Ella levantasse a cabeça de seu ombro, surpresa, seus olhos se encontraram com o olhar sereno e sincero de Minho. Os olhinhos brilhando como estrelas, e ele a olhava como se fosse a primeira maravilha do mundo.
Existem três tipos de "eu te amo": te amo, eu te amo e eu amo você. Os três parecem ter o mesmo significado mas ao mesmo tempo são diferentes. O primeiro se usa mais para falar com qualquer pessoa, sem ter alguma ligação, ou seja, tende a ser menos importante quando é falado. O segundo é para pessoas mais importantes, um pouco mais profundo. O terceiro é praticamente a mesma coisa do segundo, só que muito mais sincero, como se a pessoa sempre amasse a outra. Esse normalmente tende a ser o mais verdadeiro do que os outros dois.
E o jeito que Minho falou que ama Elleanor é de um jeito profundo e verdadeiro. O primeiro amor de ambos sempre foram eles, e mesmo após a memória apagada, esse amor nunca esfriou, sempre esteve ali.
—Eu amo você também. — ela diz com um sorriso. Seu olhar transmitia sinceridade sobre as palavras ditas agora. Elleanor realmente ama Minho, e sempre vai deixar isso bem claro, tanto em palavras, como em ações.
O asiático também sorriu, e em seguida, os dois selaram seus lábios em um beijo calmo e rápido, mas cheio de significado, dando mais ênfase às palavras ditas um para o outro.
—É pessoal, estamos de vela... — a voz de Newt fez os dois olharem na direção dos outros três garotos.
—Vela? Estamos mais para candelabro! — disse Caçarola, arrancando gargalhadas de todos ao redor.
—Amigos é para isso, para serem velas. — concluiu Ethan. — Vão se assumir agora ou vão enrolar mais?
—É bom assumir logo, sabe, precisamos planejar o casamento. — diz Caçarola.
—Deixa eu adivinhar, pretende cozinhar no casamento também? — perguntou Ethan. — Falaram que você era um cozinheiro de mão cheia na Clareira. — ele diz de uma forma irônica, mas ao mesmo tempo em forma de brincadeira.
—Claro! A cozinha vai ter que ficar comigo.
As risadas ecoaram no grupo. Em seguida, Thomas apareceu, se sentando ao lado de Newt. Ele havia explicado que a Brenda ficou na tenda para descansar mais. Já estava anoitecendo, e o pôr do sol já começou a aparecer. Além deles, era para todos os seus amigos da Clareira estarem ali também, vendo o que eles estão vendo, ver que finalmente eles vão ficar livres.
—Queria que Alby visse isso. — diz Newt.
—E o Winston. — falou Caçarola.
Ella pegou o bonequinho de madeira em seu bolso, aquele que Chuck havia lhe dado e que ela nunca o largou, sempre andando com ele para todo lugar que fosse.
—E o Chuck. — disse a ruiva enquanto olhava para o objeto em sua mão, começando a sentir um aperto em seu coração. Sentia tanta falta do seu pequeno, que faria de tudo para tê-lo ao seu lado novamente.
—Ele teria muito orgulho de vocês, El, Tommy. — falou o loiro, arrancando um olhar de agradecimento de ambos. — A propósito, não descobriu mais nada sobre o que está acontecendo com você? O fogo, os olhos laranjas, aqueles sintomas malucos...
A garota negou com a cabeça.
—Isso não importa mais. Eu já sei o que tinha que saber, que eu não nasci assim e que na verdade foi o CRUEL que colocou essa coisa em mim. Não vamos mais precisar disso. — ela deu de ombros.
—Espera aí, que coisa? — indagou o outro loiro, um pouco confuso. Ele viu a garota estalar os dedos no shopping abandonado e acender uma fogueira, mas nunca sequer prestou atenção nisso. — O lance de que você pode fazer fogo com as mãos? — Ella assentiu com a cabeça.
—Sei lá, só sei que não ligo mais. Prefiro deixar para atrás tudo sobre o CRUEL.
—Mas você precisa saber. — Thomas interferiu. — É algo que você precisa procurar respostas. Talvez a Mary saiba de algo.
—Isso não agrega em nada na minha vida mais. Além de que, a única coisa que eu sei é que fui torturada a ponto disso acontecer. Eu não quero ter respostas de algo que veio através de uma tortura.
—Cara, é melhor respeitar. Se ela não quer saber mais, não vamos forçar. — Minho interviu, defendendo a decisão da ruiva.
Caçarola viu Aris não muito longe, conversando com Harriet e Sonya, e gritou o nome dele para dar um oi, esse que retribuiu acenando com a mão.
—Gosto desse moleque. — comentou ele.
—É, mas ainda não confio nele. — diz o asiático, arrancando pequenas gargalhadas do grupo.
—Cadê a Teresa? — quis saber Thomas.
—Ela subiu ali. — respondeu Newt apontando para onde a mencionada estava. Era um precipício não muito longe. A garota encarava o céu, como se esperasse algo.
E então, Thomas deixou o restante do grupo e começou a caminhar até onde Teresa está.
—Eu não gosto daquela garota. — comentou Ella, arrancando um olhar confuso dos garotos.
—Por que? — indagou Caçarola.
—Sei lá, intuição feminina. Sinto que ela não presta.
—Eu concordo. — interviu Ethan. — Ela também não me parece boa pessoa.
Na verdade, Elleanor tem motivos para não gostar de Teresa, e muitos. Principalmente aquelas que estão relacionadas às suas memórias, as poucas memórias que ainda tinha.
A garota olhou para onde os dois estavam, e imediatamente sentiu seu coração começar a acelerar e as suas mãos tremerem. Estava nervosa. Nervosa porque tem mais uma coisa que precisa contar, uma coisa que não podia contar. Uma informação que a fez insultar Minho no deserto, dando indícios que não podia falar.
Porém, precisava fazer isso, precisava falar o que a atormenta desde quando fugiram do CRUEL.
—Pessoal, eu preciso contar uma coisa. — começou a garota, arrancando os olhares deles para si. Ella respirou fundo antes de começar. — Eu...
Uma bomba sendo lançada ali perto a interrompeu bruscamente. Helicópteros haviam chegado e estavam bombardeando o local, causando desespero em todos que estavam ali. Segundos depois, os soldados do CRUEL começaram a descer dos veículos, atirando nas pessoas que haviam ali. Eles haviam achado o Braço Direito. Eis a questão: como?
O grupo não pensou duas vezes antes de começar a correr para se protegerem dos tiros sendo lançados.
—Cadê o Thomas? — perguntou Minho enquanto o quinteto se escondia atrás de alguns galões redondos.
Ao longe, eles viram Vince em cima de um veículo, começando a atirar nos guardas e Harriet o ajudando com munições.
—Vince! Harriet! — Ethan os chamou, começando a correr até os dois seguido do restante do grupo. — Querem ajuda?
—Nos dê cobertura! — a morena auxiliou.
—Munição! — pediu o mais velho. — Ei! Sabe usar isso? — ele diz entregando a espingarda para o asiático, que apenas assentiu com a cabeça enquanto recarregava e destravava a arma. — Me dê cobertura! A metralhadora é a única chance.
Os cinco recém chegados receberam uma arma. Ella se posicionou ao lado de Ethan, que estava atrás daqueles mesmos galões redondos que estavam escondidos há segundos atrás. A ruiva atirava sem dó e piedade nos soldados do CRUEL, deixando alguns caindo no chão totalmente sem vida.
—Vince, rápido! Eles são muitos! — alertou Newt quando viu que mais soldados se aproximavam.
—Acabou! — avisou Caçarola ao ver que a sua munição havia acabado.
—Cuidado! — berrou a ruiva ao ver que um dos guardas jogaram algo na direção deles. O objeto caiu dentro da caminhonete e começou a apitar, indicando que ia explodir.
—Merda! — Vince gritou antes da espécie de granada explodir, fazendo todos serem eletrocutados e caírem no chão, imóveis.
Os soldados pegaram os corpos de todos, ainda inconscientes, e fizeram uma espécie de círculo, deixando todo mundo ajoelhado em uma espécie de fileira quando ficaram conscientes. Até o momento, o grupo estava nessa ordem: Ella, Minho, Newt, Ethan, Harriet, Caçarola, Aris e Sonya. Logo, os homens começaram a passar uma espécie de escaner na nuca de todos os adolescentes, dizendo em voz alta a identificação deles.
—Você está bem? — Minho perguntou para a ruiva ao seu lado, que apenas assentiu com a cabeça.
—Quantos nós pegamos? — perguntou Janson para um homem.
—Quase todos. — respondeu.
—Quase?
—Perderam alguns.
O guarda abaixou o pescoço da ruiva, começando a escanear a sua nuca.
—A14. — o guarda falou alto.
—Elleanor. — Janson diz se aproximando da garota, que começou a olhá-lo com raiva no olhar e seus olhos oscilando entre laranja e seu azul costumeiro. Ah, se pudesse... — Nos encontramos de novo.
—Que ótimo. — ironizou ela.
O mais velho riu baixo, olhando ao redor como se tivesse procurando alguém.
—Cadê o Thomas? — perguntou.
—Estou aqui.
Eles se viraram na direção da voz do garoto. E lá estava Thomas, que caminhava na direção deles com as mãos para cima, como se estivesse se rendendo. Logo ele foi arrastado até Janson, que deu um sorriso cínico ao ver o garoto antes de dar um soco em seu estômago.
—Coloquem-no na fila. — mandou o mais velho. O moreno foi colocado de joelhos ao lado de Ella. — Tragam-na. — ele ordenou para o mesmo homem de antes.
—Você é burro? — perguntou Elleanor enquanto olhava para Thomas.
—Por que não fugiu? — indagou Minho.
—Cansei de fugir. — respondeu ele de forma séria.
O som de uma aeronave fez com que todos olhassem para cima, vendo uma nave voando no céu e pousar próximo a eles. O veículo foi aberto, saindo de lá alguns soldados e atrás deles estava Ava Paige, que caminhava na direção de Janson.
—São todos? — quis saber a mulher.
—A maioria. Será o suficiente.
—Carreguem. — ordenou a mais velha.
Os guardas começaram a pegar os jovens, os levando até a nave. Um dos soldados colocou Thomas de pé, em seguida fizeram o mesmo com Ella. Os dois estavam cara a cara com Ava.
—Oi Thomas, Elleanor. — cumprimentou a mulher.
Ao olharem para o lado, viram Teresa caminhando na direção da doutora, Ava ficou aliviada ao vê-la que estava bem, o que causou confusão em todos, menos em Thomas e Ella. Ver a morena fez com que o sangue na cabeça da ruiva começasse a ferver.
—O que? — Caçarola questionou, totalmente confuso e desnorteado. — Teresa?
—Espera, o que está acontecendo? — indagou Newt.
—Ela está com eles. — respondeu Thomas.
—Desde quando? — Minho perguntou.
—Teresa sempre entendeu o bem maior. — Janson começou a explicar. — Já que nunca perdeu a memória.
Todos encaravam a garota com decepção no olhar, esperando alguma explicação.
—Me desculpem. Eu não tive escolha. É o único jeito. Nós temos que achar uma cura. — ela tentava se defender.
Porém, o ódio subiu completamente dentro da ruiva. Seus olhos ficaram laranjas e as chamas começaram a aparecer em suas mãos. Ela não teve escolha? Seu maior desejo era de queimar ela viva e usar a sua carne como jantar.
—Você é um monstro! — exclamou Elleanor, se aproximando da morena, pronta para atacá-la.
Porém, uma dor aguda em sua cabeça a fez parar no mesmo instante. Ella cambaleou, pressionando as têmporas enquanto a dor se intensificava, como se algo estivesse rasgando sua mente. Sua visão ficou turva, mas mesmo assim, ela podia sentir o calor de suas chamas diminuindo, como se fossem apagadas à força. Era como se estivessem a forçando a não atacar a Teresa. Os garotos ficaram preocupados com esse ocorrido, tentando saber o que estava acontecendo. Minho tentou se aproximar, mas foi impedido por um dos soldados.
—Por que está tão brava, minha querida? Você a ajudou, esqueceu? — diz Ava enquanto se aproximava mais da garota.
Mais um semblante confuso apareceu no rosto do restante do grupo.
—Do que ela está falando, Ella? — indagou Thomas.
—Ela não contou para vocês? Que ironia! — começou Janson. — Elleanor sempre soube da traição da Teresa, e se comunicavam telepaticamente para que o plano saísse como o planejado.
A reação confusa foi substituída pelo desapontamento. Antes a Teresa tivesse traído eles, mas a Ella? A melhor amiga e parceira deles desde quando se lembram? Essa mesma Ella estaria do lado de seus inimigos?
—Isso é verdade? — quis saber Minho. Porém, a ruiva não respondeu, a dor em sua cabeça estava insuportável. Ela não conseguia se mover e nem falar nada, nem ao menos se defender. — Eu acabei de dizer que te amava e você faz... isso?
Elleanor tentava falar, abria e fechava os lábios para se defender, dizer o real motivo. Não é porque ela não queria contar, ela simplesmente não podia contar. Era como se estivesse sendo controlada desde quando fugiram do CRUEL.
A dor em sua cabeça aumentou, a fazendo soltar um grito agonizante de dor. A garota tentava lutar contra esse controle, mas a cada vez que tentava, mais o incômodo forte aumentava.
—Deixa ela em paz. — interviu Ethan, ficando frente a frente com Ava. Porém, ele foi ignorado, era como se não dessem a mínima para o loiro. — DEIXA A MINHA IRMÃ EM PAZ! — ele diz alto, com um tom de voz firme e grave, ordenando que parassem.
E de repente, a dor parou e o choque tomou conta de seu corpo. Todos encaravam o Parker com outro olhar confuso e incrédulo, principalmente Ella.
Então, ele é o Elliott Paige? O irmão que foi dado por morto até mesmo pela Mary?
—Por que está intervindo, Ethan? Pelo o que eu saiba, era você que estava com um rastreador para dedurar o local do Braço Direito. — falou Ava, dando de ombros, como se fosse óbvio.
—Rastreador? — indagou Newt.
—Mas machucá-la não fazia parte do acordo! Já tem os imunes, já tem tudo o que precisa. Agora deixa a minha irmã e os amigos dela em paz.
—Que acordo, Ethan? — quis saber a ruiva. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Lágrimas de emoção por saber que seu irmão está vivo, lágrimas de culpa por sempre saber da traição de Teresa, mas que não contou aos seus amigos por causa do controle que o CRUEL tem sobre ela e também de decepção.
—Minutos antes de vocês fugirem, Ethan e eu tivemos uma... conversa. — Ava começou a dizer. — Ele iria tomar conta de Elleanor enquanto andava com um rastreador em sua nuca para revelar a localização do Braço Direito. Claro, como não confio muito nele, Teresa estava no plano para confirmar caso ele conseguisse tirar o rastreador.
Uma só noite, três traições diferentes. Por causa de três pessoas, a liberdade que eles tanto sonhavam foi completamente destruída.
—Você entendia isso, Thomas. Entendia que só há um meio para o fim. — a loira mais velha começou a dizer. — Não importa o que pensem de mim, não sou um monstro. Sou uma médica. E eu jurei achar uma cura a qualquer custo. Só preciso de mais tempo.
—Mais sangue! — uma voz foi ouvida atrás deles. Era Mary, que havia se soltado do guarda, este que apontava a arma para ela.
—Oi, Mary. — cumprimentou Ava. — Queria reencontrá-la. Lamento ser nestas circunstâncias.
—Lamento muitas coisas também, mas não isto. Pelo menos a minha consciência está limpa. — a mulher diz com firmeza.
—A minha também.
Em questão de segundos, um tiro ecoou, fazendo todos sobressaltarem por causa do susto. Ao olharem para Mary de novo, uma mancha vermelha começou a crescer em sua blusa. Vince se desesperou, a segurando antes que ela caísse completamente no chão. Janson havia atirado.
—Venha, Janson. Carreguem todos. Vamos. — ordenou Ava. — Se livrem dessa gente toda.
Ethan havia se aproximado de Ella, segurando levemente o seu braço para que ela a acompanhassem. Porém, a ruiva deu uma cotovelada em sua costela, fazendo com que ele a soltasse. Um dos soldados, a mandado de sua mãe, a segurou pelo braço e começou a puxá-la junto com os outros. Não queria ir embora, não queria segui-los, mas simplesmente não conseguia se soltar mais do braço do guarda, nem atacar. A única escolha que tinha era ir.
—Para trás! — todos viraram para atrás ao ouvirem a voz de Thomas. Ele estava com uma bomba em uma mão e uma espécie de ativador em outra. As armas foram apontadas para ele, mas Janson ordenou que não atirassem. — Libertem todos.
—Thomas, abaixe isso. — pediu o mais velho.
—LIBERTEM TODOS! — ele berrou.
—Você sabe que eu não posso! — diz a Paige.
—Thomas, por favor, pare! — Teresa interviu. — Eu fiz um trato com eles. Prometeram que estaríamos seguros.
—E devemos acreditar em você agora? — indagou o moreno com raiva.
—É verdade. Ela impôs essa condição. — confirmou a doutora.
—CALA A BOCA! — o adolescente gritou, completamente fora de si.
—Tudo pode voltar a ser como era. — continuou a loira. — Thomas, quer que todos morram?
—Escute-a, Thomas. Pense no que vai fazer. — aconselhou Janson.
Logo, Minho, Newt e Caçarola se aproximaram de Thomas, ficando ao lado do amigo.
—Estamos com você, Thomas. — falou Newt.
—Não... — sussurrou Teresa.
—Não! — negou Ava.
—Faça.
—Estamos prontos.
"Vai Thomas." — a voz de Elleanor ecoou em sua mente, o que fez o moreno ficar confuso e olhar para ela. — "Acabe logo com isso."
—Não voltaremos. — diz o moreno com a voz trêmula.
—Thomas?
—É o único jeito. — ele falou, com o polegar no ativador, logo eles fecharam os olhos.
—Thomas!
Uma buzina junto com um carro começando a andar chamou a atenção de todos, que olharam para atrás ao ver uma caminhonete, sendo pilotada por Jorge, andar até um helicóptero, esse que caiu precipício a baixo, lançando pedaços de madeira e pedra para todos os lados. Essa distração foi perfeita para todos começarem a revidar e atacar.
Janson ordenou que levassem Teresa, Ava, Ella e Ethan para a nave, e assim fizeram os soldados, para que todos ali ficassem em segurança.
Tudo estava um caos. A bomba de Thomas sendo lançada, tiros sendo trocados. Elleanor não conseguia ver muito bem o que estava acontecendo.
Entretanto, uma coisa chamou a sua atenção.
Um pouco mais longe, um soldado atirou em Minho, que atirava neles para defender e proteger os seus amigos. O asiático foi eletrocutado e os guardas estavam mais próximos dele. O desespero tomou conta da ruiva, e aumentou mais ainda ao ver que os homens começaram a arrastar Minho para a nave.
—Não não não não não. — começou a negar enquanto caminhava para fora do veículo. — NÃO! ELE NAO! ELE NAO! — ela começou a berrar, correndo na direção do garoto.
—ELLA! CUIDADO! — alertou Ethan ao ver que um dos soldados ia atirar nela. O loiro agiu por impulso, e se jogou no guarda, o impedindo de atirar na irmã que corria desesperada para tentar salvar Minho.
Porém, foi em vão. Outro soldado do CRUEL conseguiu atirar nela, fazendo com que Elleanor caísse no chão, sem conseguir se mover devido ao choque que tomava de seu corpo. Ela sentiu seu corpo ser movido para dentro da nave novamente, em seguida, os guardas que carregavam Minho também entraram, assim como Janson. As portas se fecharam e a nave voou, para longe das montanhas.
A raiva e o ódio crescia dentro dela. Ela não conseguia se mover mas estava consciente. Tudo era culpa do CRUEL. Tudo seria evitado se ela pudesse ter contado. E por culpa deles, ela foi obrigada a se juntar aos seus inimigos, a razão da desgraça deles.
O CRUEL pode achar que Elleanor vai jogar ao lado deles. Entretanto, a garota é esperta, e tem cartas na manga que eles nem sequer imaginam que podem ser jogadas. Afinal, as cordas da marionete um dia podem ser cortadas.
A raiva e o ódio cresciam dentro dela como um incêndio incontrolável, queimando cada pedaço de calma que ainda poderia existir. Ela não era mais dona de suas ações, mas isso não apagava o que sentia. Pelo contrário, tornava ainda mais insuportável.
Tudo era culpa do CRUEL. Eles roubaram sua liberdade, a torturaram, controlaram a sua mente, o seu corpo. Toda a dor que ela e seus amigos sofreram era uma consequência direta das mãos sujas daqueles que se diziam heróis. Tudo isso poderia ter sido evitado, se ela tivesse tido escolha. Agora, por culpa deles, ela era forçada a lutar ao lado de seus inimigos, aqueles que causaram as maiores desgraças de suas vidas.
Mas o CRUEL subestimava Elleanor. Eles achavam que ela era uma marionete, obediente e previsível, mas não entendiam que até as cordas mais resistentes podem ser cortadas. Ella sabia jogar o jogo deles, mas também sabia manipulá-lo. Eles podiam acreditar que ela estava sob controle, mas a ruiva era esperta. Ela tinha cartas na manga que nem Ava Paige e nem Janson poderiam prever.
Por enquanto, ela permanecia em silêncio, deixando que os fios invisíveis de controle se apertassem em torno dela. Mas no fundo, ela sabia: isso não era eterno. Uma marionete ainda tem o potencial de puxar suas próprias cordas. E quando a hora certa chegasse, Elleanor seria mais do que apenas uma peça no tabuleiro deles. Ela seria o estopim que colocaria fogo em tudo que o CRUEL construiu.
BIG REPUTATION, BIG REPUTATION, A ELLA VAI REPUTAR😝😝🥳🥳🥳
FIM DO ATO DOIS GALERIS, TO MAL😔☝🏻
Espero que eu tenha deixado bem claro que o motivo da traição da Ella foi por causa daquele capeta do chip, abraços🙏🏻
Confesso que esse capítulo estava bem melhor na minha mente, aí agora ele parece tão xoxo, odiei😭
Esse capítulo ficou maior do que eu pensei, socorroooo
PRIMEIRAMENTE quero agradecer aos 4,1k de votos! Sério, MUITO OBRIGADA MESMO PESSOAAAALLL🫶🏻
SEGUNDO: quero agradecer a DIVA DIVONICA YAS (scoopsink) que me ajudou MUITO E MUITO na questão da traição do Ethan, que, eu estava empacada em como que ia ser. MUITO OBRIGADA DIVAAA💜💜
Já aviso de novo, o Ato Três vai ter sofrimento viu? Ainda mais com a Ella no CRUEL, entaoooo, PREPAREM O CORAÇÃO!
O capítulo do ato tres vai sair ainda agora, só preciso fazer ele e tadam! Ai sabe lá quando irei postar o capítulo vinte e três (vai ser rápido, eu prometo🙏🏻).
O que estão achando da fic? Quais são as suas teorias para o que está acontecendo com a Ella? Por que vocês acham que o Ethan, ou melhor dizendo, Elliott, traiu todo mundo também?
Deixando claro que: a partir do ato tres, o Ethan vai começar a ser referido como Elliott, já que esse é o nome verdadeiro dele, beleza?
E no final vocês estavam certos, ele realmente é o Elliott, omg😱😱
Peço perdão pelos erros ortográficos ou até mesmo erros de roteiro, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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