xvi. the only good thing
彡𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗘𝗭𝗘𝗦𝗦𝗘𝗜𝗦 ᵕ̈
❝ a única coisa boa ❞
࿐「 🔥 」࿔
Aquelas palavras deixaram a ruiva completamente em choque e ao mesmo tempo devastada. Como ele iria para o Labirinto sendo que em todos esses anos que cuida dos testes dos imunes ela troca o sangue dele por um sangue de alguém não imune? Isso não fazia sentido.
—Como assim? A senhora viu os exames dele, não deu em nada!
—Isso era o que você queria, não é? Eu sei que você trocava os tubos, não adianta mais esconder. — a mais velha disse, fazendo novamente que Ella ficasse em choque. — Eu havia peço para outra pessoa coletar o sangue de Minho, porque estava muito desconfiada do seu trabalho com ele. E então, descobri que você estava fazendo de tudo para que ele não fosse ao Labirinto.
Então, todo o seu plano de anos havia dado errado? Os seus esforços para manter Minho perto dela foi tudo... em vão?
—Elliott estava muito errado sobre você. — voltou a dizer. — Você não está preparada para trabalhar conosco, Elleanor. Você é sensível e tem empatia, e esses são os seus maiores defeitos. Aqui no CRUEL devemos deixar isso de lado. Essas crianças não são seus amigos, são nossas cobaias, e você insiste em deixar o coração falar mais alto. Você é um desapontamento, Elleanor. — aquelas palavras atingiu a garota de um jeito que ela nunca imaginava. — Deveria ser igual ao seu irmão, que sempre me dá orgulho. As vezes fico pensando se você é realmente a minha filha, porque ao invés de me orgulhar, sempre me dá muito desgosto.
Ella respirou fundo para as lágrimas não começarem a cair na frente de sua mãe. Essa mãe que está a diminuindo como se fosse lixo ou um animal abandonado.
—Você ainda vai continuar fazendo o que faz, além das suas obrigações com Thomas e Teresa. Porém, vai ficar sobre supervisão em todas as suas horas de trabalho. Não devemos deixar que o mesmo erro se repita, não é? — a ruiva assentiu com a cabeça. — Se quiser, pode ir se despedir dele, já que vai partir e você nunca mais verá ele. E se voltarem a se encontrar, bom... Ele não vai lembrar de você mesmo.
A ruiva decidiu ignorar o que a mais velha disse. Iria se despedir de Minho antes que fosse tarde demais.
—Outra coisa. — a voz dela a fez parar novamente. — Dessa vez passa, mas se pisar na bola mais uma vez, será lançada no labirinto. — ameaçou.
Por parte aquela ameaça a estremeceu um pouco, ainda mais porque ela sabe o que se passa no labirinto. Porém, se for para ajudar os seus amigos, Elleanor enfrentaria até os verdugos para isso.
E então, a garota acelerou os seus passos, indo em direção ao dormitório de Minho. Não saberia como vai ser, seria a última vez que o veria, pelo menos com as suas memórias intactas.
Elleanor adentrou o quarto do asiático de um jeito desesperado que até o deixou um pouco assustado, entretanto, ele ficou aliviado em ver que era a sua Elly. Os dois não hesitaram em se abraçar, um abraço apertado e cheio de significado. A ruiva não conseguiu controlar as lágrimas que começaram a cair sem a sua permissão.
—Eu nunca vou me esquecer de você, tá legal? Nunca mesmo. — ele diz em meio ao abraço.
—Isso é impossível, Minho, completamente impossível... — sua voz estava fraca, e alguns soluços escapavam sem a sua permissão. Logo ela se separou do abraço e começou a o olhar. — Mas eu te prometo uma coisa. Eu vou te tirar de lá, Min. Vou fazer de tudo para isso acontecer. E depois irei te contar todos os nossos momentos juntos, para que você tenha em sua memória que foi apagada. É uma promessa.
O asiático colocou suas mãos no rosto da ruiva, começando a acariciar a sua bochecha e a limpar as lágrimas que caíam.
—Eu confio em você. — ele diz com um sorriso triste enquanto a olhava no fundo de seus olhos azuis. — Já que vou me esquecer de tudo mesmo, posso fazer uma coisa que sempre quis fazer?
Elleanor imediatamente assentiu com a cabeça. As borboletas começaram a invadir o seu estômago quando viu que Minho aproximava o seu rosto do dela. Seus lábios estavam a poucos centímetros de distância quando finalmente o garoto quebrou essa pequena distância. No início, Ella havia ficado surpresa com o ato, mas não hesitou em retribuir o beijo. Ela odiava o fato de isso era um beijo de despedida. As mãos da ruiva foram para os ombros dele e enquanto as mãos do asiático permanecia em sua cintura. Era um beijo doce e delicado, calmo e sereno. Suas bocas se encaixavam tão bem que pareciam ter sido feitas uma para a outra. Eles não tinham muita experiência, afinal, era a primeira vez de ambos ali. Porém, não deixava de ser especial.
Quando se separaram, eles ficaram alguns segundos olhando um para o outro. Elleanor não queria sair dali, não queria sair daquele momento. Queria viver nele para sempre.
—Você foi a única coisa boa que me aconteceu nesse inferno. — começou a dizer. — Se não fosse por você e pelos garotos... Sei lá, não sei se aguentaria.
—Você também foi a coisa mais incrível que me aconteceu, tenho certeza que já teria me matado antes de chegar até aqui. — os dois deram uma pequena risada. — Eu vou sentir a sua falta, Min Min.
Minho sorriu quando ouviu o novo apelido dado pela ruiva. Min Min. Um apelido único e especial. E mais especial ainda porque ela havia lhe dado.
—Elly... — ele começou a dizer. Precisava falar antes que fosse tarde demais. — Eu...
O garoto foi abruptamente interrompido quando a porta do quarto foi aberta em um estrondo. Os dois se afastaram imediatamente por causa do susto. Dois guardas, junto com Ava Paige e Janson estavam lá. O que eles estavam fazendo ali?
—Precisamos que você se retire, minha querida. — começou Ava, com um sorriso tão falso quanto uma bijuteria disfarçada de joia. — Vamos começar os procedimentos para o enviar para o Labirinto.
Um dos guardas que estava ali se aproximou da garota e a agarrou pelo braço, a puxando para fora do quarto. Elleanor deu um último olhar para Minho antes de sumir de seu ponto de vista.
—Ella? — uma voz masculina a chamava ao longe. A ruiva começou a abrir os olhos quando sentiu seu corpo ser balançado.
No início sua visão estava embaçada e sua mente tentava raciocinar o que estava acontecendo ali naquele lugar.
—Se abaixe! — ela ouviu a voz de Minho não muito longe deles. — Para o chão!
E então, a sua visão voltou ao normal, conseguindo identificar o garoto loiro que tentava a despertar de seu sono profundo.
—Ethan? — a garota ficou surpresa quando viu que era ele que estava ali. E então, ela percebeu a movimentação que estava presente no local. — O que está acontecendo?
—Vamos ter que ir embora, agora. — ele não deu muita explicação, apenas a ajudou a se levantar e tirar cânula nasal e a agulha que aplicava algo em sua veia.
—Pessoal! — a voz de Caçarola ecoou. — Eles estão vindo? Para onde vamos?
—Caçarola, anda! — ordenou Newt, este que empurrou uma mesa, junto com o moreno, para fazer uma barricada na porta.
—Para atrás! — ordenou Minho enquanto fazia todos irem para atrás de si, já que era o único com uma arma. Os guardas já estavam tentando abrir a porta, e até o momento, todos estavam sem saída. — Nós precisamos sair daqui! Aonde vamos?
Thomas olhou para atrás, vendo uma grande janela de vidro que seria uma ótima rota de fuga.
—Todos para atrás! — alertou Thomas enquanto pegava uma cadeira, acertando a janela. Mas, ela se permaneceu intacta. — Newt! Ajuda aqui!
Os dois garotos acertaram a janela com as cadeiras, fazendo imediatamente que ela se quebrasse e os cacos de vidro caíssem pelo chão. Thomas foi o primeiro a pular enquanto Teresa colocava um pano onde estava os fragmentos de vidro para saltar a janela. O moreno ajudou a garota a atravessar e em seguida, Newt atravessou. Ella seria a próxima, e por isso, o loiro a ajudou também, a pegando no colo para que a ruiva pousasse em segurança no chão. Todos os meninos haviam passado, faltando Minho, este que jogou a arma para Thomas, que a pegou sem dificuldade.
—Fiquem atrás de mim. — pediu antes de abrir a porta para finalmente saírem dali.
Porém, ao abrir o objeto, se depararam com outro guarda ali. Em um reflexo rápido, Thomas atirou, fazendo com que o homem caísse no chão, se debatendo devido ao choque que foi disparado em si.
—Merda... — murmurou o moreno. Mas, não havia tempo para se lamentar. — Vamos logo! — ele correu, com o grupo o seguindo.
Eles correram pelos corredores até finalmente acharem o corredor onde daria para a saída, que obviamente, a porta estava fechada.
—É ali! — apontou Thomas enquanto corria junto com o pessoal.
Ao chegarem na porta, o moreno começou a passar o cartão desesperadamente. O desespero aumentou mais ainda quando viu que o cartão passado dava "acesso negado".
—Merda... — murmurou ele. — Não! Não! Não!
—Thomas! — eles se viraram ao ouvirem a voz de Janson, que se aproximava com muitos guardas.
O garoto largou o cartão, recarregando a arma e apontando para eles, se aproximando cautelosamente dos homens que estava do outro lado.
—Abre a porta, Janson! — ordenou. Elleanor se virou para o jaleco de Ethan, onde estava preso o seu crachá, "Ethan Parker" era o que estava escrito. A ruiva não pensou duas vezes e pegou o crachá, se um não foi, o outro provavelmente iria neh?
—Vocês não vão gostar lá de fora! — ele negou de uma forma bastante disfarçada. A garota tentou passar o cartão do loiro, mas ainda sim dava "acesso negado".
—ABRE A DROGA DA PORTA! — ele berrou, já começando a ficar irritado.
—Me escutem! Estou tentando salvar a vida de vocês! — ele tentava convencer enquanto Ella ainda insistia em tentar abrir a porta com o cartão de Ethan. — O labirinto é uma coisa, mas não durariam um dia no Deserto. Se o clima não matar, os Cranks matam. Thomas, tem de acreditar em mim. Só quero o melhor para vocês.
—Está trancada. — sussurrou Newt enquanto via que o cartão ainda dava acesso negado.
—Verdade, gênio? — ironizou Minho. — Não admira que seu nome seja uma homenagem a Isaac Newton... que incrível capacidade de raciocínio.
Em outro momento, com certeza Ella teria caído na risada. Porém, eles estavam em um momento de desespero e tensão, o que a fez ter um outro tipo de reação.
—Dá para vocês pararem?! — pediu de um jeito irritada. — Não é hora para brincadeiras!
Entretanto, ela já havia desistido de tentar abrir a porta. Com certeza eles iriam voltar para aquele lugar e sofreriam mais ainda nas mãos do CRUEL.
—Deixa eu adivinhar: CRUEL é bom? — perguntou Thomas para Janson, depois de muitos segundos em silêncio.
Após aquela pergunta, o homem de cabelos cinzas abaixou as mãos, dando um sorriso convencido.
—Não passará por aquela porta, Thomas.
Um barulho de "acesso permitido" da porta sistemática fez com que todos se virassem. A porta logo se abriu, revelando Aris e Winston do outro lado.
—Oi gente. — Aris cumprimentou.
—Vamos! — falou Caçarola enquanto atravessava a porta, seguido do grupo.
—Thomas! Rápido! Vamos! — Newt gritou para o garoto enquanto seguia o pessoal.
Ao invés do moreno correr para fora, ele se virou e começou a atirar nos homens ali. Janson conseguia desviar e os guardas se protegiam com os escudos. A arma ficou descarregada e Thomas a largou no chão, se virando e começando a correr em direção a saída.
—Fechem o portão principal! — ordenou Janson em uma espécie de rádio que ficava em seu pulso.
A porta começou a fechar, o que fez com que todos do outro lado se desesperassem.
—Não! — Teresa foi a primeira a dizer algo.
—Thomas? — dessa vez quem disse foi Minho.
—Thomas, corre! — berrou a ruiva desesperada.
Todos começaram a gritar para que ele corresse mais rápido. E, em uma fração de segundos, quando o portão estava a poucos centímetros de fechar, o moreno se jogou no chão e escorregou para o outro lado. A porta se fechou completamente após isso. Enquanto todos ajudavam o moreno a se levantar, Aris quebrou o aparelho que poderia abrir o portão com um objeto de metal.
Janson bateu na porta, e em seguida tentou abri-lá com o seu cartão. Mas foi totalmente falho. Após algumas tentativas, ele desistiu, colocando as mãos no vidro, demonstrando a sua desistência. Thomas ergueu o dedo do meio, o mostrando para ele. Os outros começaram a correr.
—Seu merdinha! — o mais velho o xingou.
—Vamos Thomas, rápido! — apressou Minho após pegar uma mochila em um canto, começando a correr. — Vamos!
O grupo correu em direção a real saída, onde Thomas virou uma espécie de alavanca, que abriu a porta no mesmo segundo. Todos colocaram a mão no rosto ao sentirem o vento bateu contra as suas peles.
—Vamos! Vamos! — ordenou Thomas, e eles correram para fora, rumo a liberdade, ou... melhor dizendo, a tempestade.
E TEVE BEIJO SIM MEUS AMOREEESSS🥳🥳 MAS, como eu disse no capítulo anterior, apenas a ELLA vai se lembrar desses momentos com o Minho! Pelo menos por enquanto😏
Esse capítulo não teve tanta coisa, mas queria postar logo, entãooooo ele foi um pouco mais curto.
QUERO AGRADECER AOS 3,2K DE VOTOS! SÉRIO GENTE, MUITO OBRIGADA MESMOOO A TODO O APOIO E CARINHO QUE VOCÊS DÃO PARA A FIC! AMO VOCÊS💜✨️
ATENÇÃO: esse não vai ser o único capítulo referente as memórias da Ella! Se preparem para mais😝☝🏻
Sim, eu mudei um pouco a decoração do título do capítulo porque o outro estava BEM ESTRANHO quando colocado aqui no wattpad, dando um espaço muito nada a ver, coisa que no bloco de notas não estava dando. Me deu muita agonia e resolvi mudar, e agora acho que está melhor. Mas mesmo assim quero saber a opinião de vocês!
Peço perdão pelos erros ortográficos ou até mesmo de roteiro. Tento ao máximo evitá-los, mas pode sim passar despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
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