xix. i would never hate you

ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗘𝗭𝗘𝗡𝗢𝗩𝗘 ᵕ̈
❝ eu nunca te odiaria ❞
࿐「 🔥 」୭࿔

Já ouviram falar da história da Rapunzel? Onde conta a história de uma pequena garota com poderes mágicos devido a uma flor do sol. Essa flor não apenas rejuvenescía os mais velhos, mas também tinha o poder de curar feridos e até mesmo ressuscitar os mortos. Devido a esse dom, a pequena Rapunzel, ainda uma bebê recém-nascida, foi cruelmente roubada por uma bruxa gananciosa que queria ser jovem para sempre. Obcecada por essa ideia, Gothel prendeu Rapunzel em uma torre isolada, longe da sua família, longe do mundo exterior. Tudo isso por causa de um dom que a pequena Rapunzel havia dentro de si.

Esse conto de fadas não é diferente da história dos nossos personagens. Cada um deles foram tirados bruscamente de suas famílias devido a um dom que corre em suas veias. Um dom que o CRUEL anseia tanto. Assim como Rapunzel, eles foram trancados em um lugar isolado, longe do convívio humano, onde a única companhia que possuem são uns aos outros. E tudo o que eles mais querem, é a liberdade.

E isso acontece porque o CRUEL quer uma cura a todo custo. No entanto, eles adotam métodos brutais e desumanos em sua busca incessante, semelhante à maneira como Gothel manipulou e explorou Rapunzel.

A única diferença da história dos nossos personagens e da Rapunzel é que suas vidas estão bem longe de ser um conto de fadas, não há promessas de finais felizes. Elleanor, Thomas, Minho, Newt, Ethan, Caçarola e Aris existem em um mundo real e implacável, onde as chances de encontrar um final feliz são baixas.

O grupo havia montado outro abrigo para poderem descansar, também juntaram um monte de madeira para fazer uma fogueira, essa que Ella acabou acendendo com as chamas que surgiam das suas mãos.

—Pensei que fôssemos imunes. — comentou Minho, um pouco pensativo.

—Pelo jeito, nem todos nós. — diz Teresa. — Eu acho.

—Se Winston foi infectado, devemos presumir que também podemos ser. — supôs Newt.

—Nunca pensei que diria isto: sinto saudades da Clareira. — admitiu Caçarola enquanto uma lágrima solitária caia.

Após alguns segundos de silêncio, Thomas havia se levantado, indo para um pouco mais longe do grupo, se sentando em alguns destroços mais a frente. Newt, depois de pouco tempo, seguiu o moreno, se sentando ao seu lado e começando a conversar.

Minho e Elleanor estavam sentados lado a lado. O clima ainda estava um pouco tenso entre eles devido ao ocorrido de mais cedo. O asiático sabia que ela estava escondendo alguma coisa, e o fato dela não querer contar para ele o deixava muito incomodado e preocupado. Algo grave poderia estar acontecendo e se passando na cabeça da garota, Minho queria de alguma forma poder ajudar, entretanto não poderia fazer nada se a ruiva não contasse o que estava rolando.

—Me desculpa, por hoje mais cedo... — ela começou a dizer, arrancando o olhar do garoto que cortava um pedaço de madeira com a sua faca. — Eu juro que não era eu falando aquelas palavras, mas estou te pedindo desculpas porque com certeza você deve ter ficado magoado.

Minho respirou fundo antes de responder.

—A questão não é isso, Ella. — ele voltou a dar atenção para a madeira que cortava. — O real problema é que eu sei que você está escondendo algo, não só eu, mas o Newt também sabe. E também sabemos que isso está acabando com você, visto que está um pouco estranha desde quando fugimos do CRUEL. Mas você não quer contar, sei que não é obrigada a falar sobre os seus problemas com a gente, porém estamos juntos nessa, vamos te ajudar, independente da proporção deles. Mas fica difícil te ajudar quando não sabemos o que está rolando com você.

Elleanor ficou um pouco pensativa com as palavras dele. Por parte ele está certo, porém ela tinha medo. Medo de como reagiriam ao saber de toda a verdade. Não só pelas migalhas de memórias do Thomas, mas sim de memórias reais e concretas, de revelações verdadeiras e talvez um pouco perigosas.

—Se eu te contasse tudo o que se passa na minha mente, você provavelmente me odiaria. — foi a única coisa que ela disse após alguns segundos pensativa.

Minho rapidamente direcionou o seu olhar para a ruiva de novo, um pouco surpreso com o que ela disse. Odiar? Essa palavra ecoava em sua cabeça como se fosse a coisa mais absurda desse universo. Nada nesse mundo o faria odiar a garota que ele ama. Nada. E o asiático não sabe de onde ela tirou essa ideia maluca.

—Eu nunca te odiaria, Elly.

Apesar das palavras serem totalmente sinceras, Elleanor ficou com um pé atrás. Ele diz isso agora, mas provavelmente quando souber de tudo, vai odiá-la assim como todos os seus amigos.

Mas, em uma coisa ele está certo, ela precisa contar para alguém. E a pessoa perfeita para isso seria Newt. Pelo menos, se ele tivesse sentimentos de ódio pela ruiva, iria entendê-la, afinal, ele sempre entende. Não que Minho não a entenderia, mas ele tende a ser mais explosivo em algumas de suas reações, por isso, a garota não contaria de primeira para ele sem receber o conselho de seu mais fiel conselheiro.

Sem falar nada, Ella se levantou, indo até Thomas e Newt que estavam um pouco longe deles. Eles já haviam terminado de conversar, visto que estavam quietos já fazia alguns minutos.

—Ei, Newt. — ela o chamou, isso fez com que os dois se virassem para a ruiva. — Podemos conversar? Uma conversa de amiga para amigo?

Como sempre, o loiro entendeu o recado, que quando a garota pede "uma conversa de amiga para amigo", é um código disfarçado de "podemos conversar a sós?" Thomas percebeu que era uma conversa privada e por isso saiu de perto deles, voltando para onde estava o restante do grupo.

—Finalmente vai contar o que está acontecendo? — indagou Newt, recebendo um aceno afirmativo dela.

E então, Elleanor contou tudo, todas as suas memórias que havia voltado. Quando ela conheceu o Minho, quando ele foi punido por causa da fuga deles, quando ele iria para o Labirinto, até mesmo sobre o beijo ela havia contado e sobre a promessa que havia feito para ele antes de se esquecerem de tudo, além do plano que deu completamente errado de tentar tirar os seus amigos do labirinto. Obviamente a garota deixou guardado no fundo da caixa o fato de ser filha de Ava Paige. Já era informação demais, não precisaria assustar Newt com outra. O loiro prestava atenção em cada detalhe que Ella contava, assimilando todos os fatos.

—Então... Do que você tinha medo? — indagou após a ruiva terminar de contar. — Você não queria nos contar antes, mas por que?

—Eu tinha medo de tudo mudar, sabe? Agora eu sei, sei que era um deles. Ainda os ajudei a criar o labirinto, vi todos vocês indo para lá e eu não fiz... nada. Eu tinha medo de vocês não gostarem mais de mim depois disso...

Newt colocou uma mão no ombro de Elleanor, como se aquele toque respondesse todas as suas duvidas.

—El, para com isso. Nada iria mudar, até porque, você mesma disse que tentou nos salvar. Você fez isso sabendo que poderia se juntar com a gente no labirinto, e essa informação já é o bastante para a ideia de não gostar mais você fosse a coisa mais estúpida e ridícula que poderia acontecer.

A garota deu um sorriso fechado.

—Obrigada, Newt. Você é realmente o melhor amigo que alguém poderia ter.

O loiro sorriu de volta.

—Porém, tem uma coisa. — ele começou a dizer, fazendo com que Ella prestasse bastante atenção nele. — Eu acho que seria melhor cumprir a sua promessa e contar toda essas memórias para o Minho. Principalmente os momentos sobre vocês dois.

—É... Complicado... Ele não se lembra mais, nem diferença vai fazer. — ela deu de ombros.

O olhar incrédulo de Newt foi instantâneo, como se o que Elleanor disse fosse a coisa mais estúpida já dita nesse mundo.

—Claro que vai, El! Está maluca? O Minho gosta de você, e saber dessas memórias é a coisa mais importante que ele precisa. Se você continuar escondendo tudo isso, talvez a coisa fique mais feia entre vocês dois do que já está.

—E se, depois de eu contar, tudo piorar? Pode ter chances de continuar na mesma ou não adiantar nada!

—E você só vai descobrir isso quando contar. Não adianta distinguir o futuro só por suposições. Temos que fazer as coisas no presente para aí sim, termos uma base do que pode acontecer.

E é claro que ela sabe que Newt está certo. Por isso sempre prefere conversar com ele sobre os seus problemas, ele sempre tem uma forma de a aconselhar a tomar algumas decisões.

—Obrigada, Newt. — ela agradeceu de novo com um sorriso. — Sabia que eu tinha um irmão? — mudou de assunto.

—Tinha? O que aconteceu com ele? — quis saber.

—Bom, Ethan me disse que ele morreu para o Fulgor... — foi aí que ela ficou pensativa sobre uma coisa, uma informação que Parker havia lhe dado. — ...há três anos atrás...

Novamente a garota ficou pensativa. Algo não está certo. As contas não batem.

—E o que tem? Ficou pensativa do nada. — a voz de Newt a tirou de seus pensamentos.

—Quando eu disse para Thomas que iria para o Labirinto, ele disse se o meu irmão não poderia me ajudar. — começou a explicar, e Newt assentiu com a cabeça.

—Tá... E o que tem?

—Newt, eu fui para o labirinto há dois anos atrás, como meu irmão morreu há três anos sendo que quando eu fui para o labirinto, aparentemente ele estava vivo?

Foi então que ele entendeu. Realmente era uma dúvida bastante estranha.

—Bom, às vezes ele pode ter se confundido. Isso pode acontecer. — diz Newt dando de ombros. — Ele está se mostrando uma boa pessoa, não teria porque ele mentir para nós. Pelo menos eu confio nele.

E Elleanor também confia, e realmente Ethan deve ter se confundido, afinal, ele aparentemente tinha uma vida corrida no CRUEL, assim como a própria Ella teve. Além de que, se o Parker ainda estivesse do lado de seus inimigos, o grupo inteiro já teria sido pegos.


O caminho para as montanhas estava se tornando mais difícil e desgastante a cada passo. O calor do deserto era insuportável e os deixavam mais cansado do que o normal. Os suprimentos já haviam acabado, os deixando de um jeito pior do que antes.

O clima entre Elleanor e Minho era o mesmo, ambos não trocaram mais nenhuma palavra depois daquela noite na fogueira. A garota ainda estava esperando o momento perfeito para contar a ele sobre as suas memórias. Já o garoto, esperava que ela tomasse a frente da situação e falasse com ele.

A noite caiu, e todos estavam dormindo no chão desconfortável do lugar. Todo mundo estava cansado, o trajeto era mais complicado do que imaginavam que seria. Sem água e sem comida tendia a ser mais difícil de suportar tudo isso.

—Levantem! — ordenou Thomas, com a voz rouca, indicando que sua garganta estava seca. Todos, ao ouvir a voz do moreno, começaram a se levantar. — Levante! Vamos! Eu vejo algo.

—O que é? — quis saber Minho.

—Estão vendo? São luzes. — diz Thomas enquanto apontava para o lugar, para que todos conseguissem ver. Era um lugar bastante iluminado, e estava um pouco mais longe deles.

—Conseguimos. — falou Newt, parecendo mais aliviado.

O estrondo de um trovão fez com todos se assustarem e olharem para atrás, vendo, que estava completamente escuro, ter algumas iluminações nas nuvens que se aproximavam deles, eram raios, indicando que uma tempestade estava prestes a começar.

—Vamos. Temos que ir. — Ethan os apressou.

Todos pegaram as suas mochilas rapidamente, começando a correr em direção ao local com luzes. Os raios começaram a cair mais próximos do grupo que desviava dos mesmos.

—RÁPIDO!

—VÃO! CORREM!

—CONTINUEM! — apressou Thomas.

—VAMOS! — dessa vez quem disse foi Minho.

—Vem, Teresa! — o moreno diz a puxando para mais perto deles, visto que a morena estava ficando mais atrás.

Os raios começaram a atingir os locais colados ao grupo, o que os assustava e fizessem acelerar os passos. Estavam quase perto do local, faltava pouco para chegarem.

—ENTREM! VÃO! — ordenou Thomas, que estava mais atrás do grupo junto com o Minho.

O som de um raio atingindo mais próximo deles fez com que Thomas caísse. Entretanto, não foi ele que foi atingido, e sim Minho.

A voz de Thomas berrando o nome do amigo fez com que Ella, que estava mais a frente ao lado de Ethan, olhasse para atrás, ao ver que Minho estava caído no chão e desacordado, fez com que a ruiva corresse desesperada até o asiático, seguida do loiro que estava ao seu lado. Ella foi a primeira a chegar, se ajoelhando ao lado de Thomas e tentando verificar se Minho estava vivo.

—Ajudem aqui! — pediu Thomas, aos berros.

Assim que Newt se aproximou junto com Ethan, os dois loiros afastaram Thomas e Elleanor dele e ergueram Minho, passando o braço dele pelos ombros deles. Logo, voltaram a correr até o prédio, onde Caçarola, Aris e Teresa já estavam bem próximos. E então, todos entraram no local, e Caçarola logo fechou a porta.

Com cuidado, Newt e Ethan colocaram Minho no chão, e rapidamente a ruiva se abaixou ao lado dele. Uma lanterna foi acesa, mostrando que o asiático ainda estava desacordado. O desespero tomou conta de Elleanor, suas mãos tremiam e o famoso nó já se formava em sua garganta. Todos gritavam o nome dele enquanto o balançava.

—Ei! Min! Pelo o amor de Deus! Acorda! — Ella berrava com a voz embargada enquanto também o balançava. — Por favor! Acorda! — as lágrimas já começaram a cair sem que ela permitisse ou fizesse esforço para segurá-las. Porém, a garota não ligava para elas, só se importava com o fato dele estar vivo.

As vozes dos meninos ficaram abafadas, e sua visão começou a ficar embaçada. Ele não respondia, e o desespero da ruiva só aumentava a cada segundo torturante que passava. O seu coração palpitava de um jeito que parecia que ia sair pela boca e suas mãos tremiam como nunca.

Foi quando todos foram surpreendidos quando Minho soltou um grunhido, indicando que estava acordando. Um suspiro aliviado saiu da boca de todo mundo que estava ao redor.

—Minho, você está bem? — perguntou Thomas.

—O que rolou? — indagou o asiático. A ruiva deu um sorriso involuntário antes de responder.

—Você meio que... morreu.

Com essa resposta de Ella, o garoto deu um sorriso, como se fosse a coisa mais engraçada e doida que já ouviu.

Antes dele se levantar por completo, Elleanor o abraçou, um abraço tão forte que poderia até deixar Minho sem ar. Mas, o invés dele se afastar ou de reclamar, ele retribuiu, rodeando a cintura da ruiva. Era um abraço aconchegante e necessitado, como se ambos realmente precisassem dele. Um soluço escapou dos lábios dela e mais lágrimas começaram a cair, mas dessa vez, são lágrimas de alívio e felicidade. Ela estava aliviada e feliz de saber que ele estava bem.

—Posso te contar uma coisa? — a garota sussurrou em seu ouvido, como se fosse um segredo apenas deles dois. — Eu não tenho medo de nada e nem de ninguém, nem mesmo dos Verdugos que se habitavam nas sombras daquele Labirinto que percorríamos todos os dias e nem mesmo dos Cranks que enfrentamos. Mas, sempre quando penso em perder você, eu sinto um pânico estranho surgir dentro de mim, eu começo a tremer, a suar, e as vezes até quero chorar. Por que isso acontece? Por que estou sentindo isso? Bom, eu me perguntava isso, até perceber que eu tenho apenas um medo, e este é perder você, Minho. — ela diz um pouco rápido e em tom de sussurro, mas mesmo assim, ele havia entendido o que ela disse, visto que a puxou mais ainda para perto dele, aprofundando mais o abraço. — Você não sabe o alívio que estou sentindo agora de te ver bem...

Após alguns segundos abraçados, que, na visão do restante do grupo, parecia minutos, os dois se separaram. Os garotos junto com a ruiva o ajudaram a se levantar, e também se certificavam se ele estava bem.

—Ei. — Teresa diz, mas ninguém deu atenção a ela, visto que estavam mais concentrados em ver se Minho estava bem. — Que cheiro é esse?

Assim que a morena acendeu a sua lanterna, um Crank surgiu a sua frente, fazendo com todos se assustarem e irem para atrás. Eles iluminaram ao redor, vendo que estavam completamente cercados pelos mortos-vivos. Eles só não os atacavam ou se aproximavam deles porque estavam presos nas correntes.

—Vejo que já conheceram os cães de guarda. — uma voz feminina surgiu no local, todos olharam na direção da garota que se aproximava do grupo.

Ela passava pelos Cranks sem medo nenhum, como se já estivesse acostumada com isso. A garota os encarou quando finalmente chegou até eles.

—Não se aproxime! — ordenou Minho, mas a garota se aproximou mesmo assim.

—Vocês parecem péssimos. — comentou ela enquanto analisava o grupo. — Andem logo. Venham comigo. — pediu enquanto se virava, mas ao ver que ninguém a seguiu, ela se virou de novo. — A não ser que prefiram ficar com eles.

O grupo, sem hesitar, seguiu a garota. Com certeza seguir ela era bem melhor do que passar a noite com todos aqueles Cranks.

Eles andaram pelo local, passando por várias pessoas que habitavam ali enquanto seguiam a garota. O lugar era enorme e realmente, bastante iluminado.

—Andem logo! Jorge quer conhecê-los. — apressou a garota.

—Quem é Jorge? — perguntou Thomas.

—Vão ver. — foi a única coisa que a morena respondeu. — Ninguém sai do Deserto faz tempo. Vocês o deixaram curioso. E a mim também.

—Mais alguém está com um mau pressentimento desse lugar? — indagou Newt depois de olhar os homens que estava atrás do grupo.

—Vamos ouvir o que o cara tem para falar. — diz Thomas.

Enquanto andavam, Minho acabou indo mais para perto da ruiva, que estava ao seu lado.

—Ei... É sério que você tem medo de me perder? — quis saber ele. A garota assentiu com a cabeça.

—Já te perdi uma vez, não quero que isso se repita de novo. — foi a única coisa que ela disse.

Por parte essa frase fez a cabeça do asiático ir a mil. Perder ele de novo? Do que ela estava falando? O garoto espera pelo menos que ela converse com ele depois.

O grupo subiu uma escada, chegando a uma sala onde um homem tentava ouvir alguma transmissão de rádio. Esse deveria ser o Jorge.

—Jorge, eles estão aqui. — avisou a garota, recebendo um "shh" do homem.

—Droga! — murmurou ele, desligando o eletrônico e respirando fundo. Logo o mais velho se virou na direção do grupo. — Já tiveram a sensação que o mundo está contra vocês? — indagou ele, fazendo com que os adolescentes se olhassem. O homem começou a se aproximar. — Três perguntas! De onde vocês vêm? Para onde vão? Como posso lucrar? — ele colocou um pouco de bebida em um copo, mas logo voltou a olhar para o grupo ao ver que ninguém respondeu. — Não respondam juntos.

—Estamos indo para as montanhas. Procuramos o Braço Direito. — Thomas foi o que tomou a frente da situação para responder as perguntas dele. Todos os homens ao redor riram da resposta do garoto.

—Procuram por fantasmas então. — Jorge diz com um sorriso enquanto bebia um gole da sua bebida. — Pergunta dois. — ele começou a se aproximar mais do grupo. — De onde vocês vêm?

—É assunto nosso. — dessa vez foi Minho que respondeu, fazendo com que o homem desse de ombros.

Em questão de segundos, os homens que estavam atrás deles começaram a segurar os adolescentes. Um deles abaixou Thomas e garota de cabelos curtos se aproximou, escaneando a nuca do garoto.

—Cala a boca, seu chorão.

—O que é isto? — indagou o moreno, mas ninguém o respondeu.

—Adivinhou. — diz a garota enquanto entregava o objeto para Jorge, que pegou o mesmo após colocar seus óculos.

—Do que ela está falando? — quis saber Thomas enquanto se ajeitava após os homens o soltar.

—Lamento, hermano. — Jorge diz enquanto dava um sorriso. — Parece que foram marcados. Vieram do CRUEL. Ou seja: são muito valiosos.

O grupo se entreolharam, confusos e receosos ao perceberam que os mesmos homens os cercavam. Minho, imediatamente, esticou o seu braço e colocou Elleanor mais atrás de si, como se fosse um ato de proteção enquanto os homens se aproximavam como caçadores prestes a pegarem as suas presas.

—Belo plano, Thomas! Vamos ouvir o que o cara vai dizer. — ironizou Minho. — Deu super certo para a gente!

—Cala a boca, Minho. — resmungou Thomas. Todos eles foram levados para outro local, onde foram amarrados pelos pés, ficando de ponta cabeça para baixo, onde provavelmente se forem soltos, iriam cair no mesmo lugar onde tem os Cranks. — Talvez eu consiga alcançar a corda.

O moreno tentou esticar o braço até a corda que prendia seus tornozelos, mas não havia dado certo. E não ia dar, ele só ia se cansar mais e mais se tentasse.

—Curtindo a vista? — a voz de Jorge soou pelo local.

—O que você quer? — perguntou o moreno.

—Eis a questão! Meus homens querem vendê-los de volta ao CRUEL. A vida os ensinou a pensar pequeno. Mas eu não sou assim. Algo me diz que você também não.

—O sangue já zoou com a minha cabeça, ou esse trolho não fala coisa com coisa? — indagou o asiático.

—Me digam o que sabem do Braço Direito. — ordenou o homem, ignorando totalmente o comentário de Minho.

—Não eram fantasmas? — Newt questionou.

—Acontece que eu acredito em fantasmas. Ainda mais quando do os escuto nas ondas de rádio. — ele andou até onde estava com o equipamento que segurava as cordas, tocando em uma alavanca que havia ali. — Me diga o que sabe e talvez façamos um trato.

—Nós não sabemos muito. — foi a única coisa que Thomas disse.

A resposta não convenceu o mais velho, o que fez ele puxar a alavanca, descendo os jovens de uma forma rápida, fazendo o desespero tomar conta de seus corpos.

—Está bem! Está bem! Se escondem nas montanhas. Atacaram o CRUEL. Tiraram muitas crianças. Só isso. É tudo que sabemos. — contou o moreno.

—Jorge! — outro homem adentrou a sala, impedindo de Jorge falar mais alguma coisa. — O que há?

—Eu e meus amigos estávamos nos conhecendo. — respondeu. — Já terminamos.

—Espere! Você não vai nos ajudar? — indagou Thomas.

—Não se preocupe, hermano. Vamos devolvê-lo ao seu lugar. — respondeu, começando a andar para fora do local. — Aguente firme!

Ao ficarem sozinhos novamente, o grupo de adolescentes bolou um plano. Eles iam tentar empurrar alguém até a alavanca para essa pessoa os soltarem.

—Minho, pronto? — perguntou o moreno e o mencionado assentiu.

E assim, eles colocaram o plano em prática. Todos ajudavam o asiático a pegar impulso para empurrar Teresa até a alavanca. Porém, a primeira tentativa deu errado, arrancando suspiros e resmungou frustrados dos adolescentes.

—Merda! — Elleanor resmungou ao ver que a morena voltou sem sequer tocar na grade.

Eles tentaram mais uma vez, e de novo essa tentativa havia sido falha.

—Mais força, Minho! — ordenou Newt.

O grupo tentou novamente, e dessa vez ele empurrou a garota com mais força, e agora sim ela havia conseguido segurar a barra.

—Isso! — comemorou Ethan junto com todos.

—Teresa, rápido!

A mesma se virou, puxando a alavanca, todos deram um grito pelo susto já que eles haviam descido.

Teresa conseguiu se desamarrar e foi ajudar os amigos logo em seguida. Porém, a voz de Janson começou a ecoar no local, exigindo que todos que estavam no prédio entregassem os adolescentes em troca de deixar todos com suas vidas. Isso fez com que o grupo agissem mais rápido.

Agora, todos haviam sido desamarrarados e corriam em direção a saída para finalmente sair daquele lugar. Mas, eles foram impedidos pelo mesmo homem careca com barba que estava falando com Jorge antes, este que apontava uma arma na direção dos jovens.

—Não queremos problema. Só queremos sair. — disse Thomas.

—É mesmo? Janson, peguei-os para você. Vou levá-los até aí. Não atire em nós. — ele diz no walkie-talkie que estava em sua outra mão. — Rápido. Vamos. — ordenou, mas nenhum dos adolescentes moveu um músculo. — Eu disse vamos!

O grupo continuou parado e em silêncio, até que Thomas segurou o braço do homem, mirando a arma para outro lado, a fazendo disparar na parede, o garoto partiu para cima dele, dando uma cabeçada em seu nariz. Ele tentou se aproximar de novo ao ver que o cara estava desestabilizado, mas ele apontou a arma novamente para os grupo.

—Moleque atrevido!

Um tiro soou no local, assustando todos ali. Por um segundo, Elleanor achou que alguém havia sido atingido, mas ficou aliviada quando viu que foi o homem, este que caiu no chão, revelando Brenda atrás de si. Foi ela quem atirou.

—Tá legal, venham. — ela mandou, voltando a andar. Porém, ninguém moveu um músculo, ainda perplexos com o que acabaram de ver. — Andem logo! — ordenou de novo.

E dessa vez, todos a seguiram sem hesitar. Correndo atrás dela que os guiavam pelo local. Uma música começou a ecoar pelo prédio.

—Brenda, rápido! Não temos tempo! Vamos, vamos! — apressou Jorge. Agora eles sabem o nome da garota. — Por aqui! — o mais velho abriu uma grande janela, revelando que lá tinha uma tirolesa que dava para outro prédio, que também parecia estar abandonado.

—Está de brincadeira! — diz Caçarola.

—Plano B, hermano. Querem chegar ao Braço Direito? Eu os levo a eles, mas me devem uma. — explicou. Logo ele puxou uma corda, pegando impulso e descendo a tirolesa em seguida. — Venham comigo!

Os jovens viram Jorge deslizar até o outro prédio, um pouco chocado e assustados. Brenda começou a puxar mais cordas. Ella estava dando o primeiro passo para ser a próxima, porém, Minho a puxou para atrás.

—Nem pense nisso! Eu vou primeiro e você vem logo atrás de mim. — ele diz em forma de ordem, com seu olhar de protetor. E então, desceu pela tirolesa.

Elleanor foi a próxima, e em seguida todos haviam descido a tirolesa, parando dentro do prédio, menos Thomas e Brenda. E antes que pudessem fazer ou pensar em alguma coisa, a música acabou e o prédio explodiu.

Era para esse capítulo ter saído MUITO MAIS cedo, porém, acabou que tive que fazer algumas coisas aqui em casa e não deu🤡

HOJE O CAPÍTULO VINTE SAI, VIU? Vai sair no meio da madrugada, mas sim, VAI SAIR! E digo... Vai ser A reconciliação dos dois, ? Se preparem que ele está BABADEIRO😏🙈

A cena da fogueira em? Eu não sei se consigo retratar bem o quanto que a amizade da Ella e do Newt é MUITO importante, e nessa fanfic, a maior amizade é sim deles dois, não dizendo que a dela com o Thomas não é, até porque, eles cresceram e trabalharam juntos e até conversam por telepatia, PORÉM, o Newt é o melhor amigo dela antes do Thomas, ele é a pessoa em quem ela mais confia para contar seus problemas e pedir conselhos. E por mais que eu ame essa amizade, eu não sei se vocês a veem do mesmo jeito que eu a vejo, aff🙈

QUERO AGRADECER AOS 3,8K DE VOTOS!! SÉRIO, MUITO MAS MUITO OBRIGADA MESMO PESSOAAALL💜💜

Sim, eu resolvi não seguir com o filme, a Ella não vai ir pro bar com o Thomas e a Brenda, porque, em MEU ponto de vista, não faz sentido. Por isso, irei mudar, e é por esse motivo que o capítulo vinte vai sair ainda hoje JAKAKAKALALAMAKAMAK

A cena quando o Minho levou o raio, aff, a Ella morre de medo de perder ele e esse é o maior medo dela! Amo esses dois demais😔☝🏻

O que estão achando da fanfic? O que acharam do capítulo? Do desenvolvimento dos personagens? ME CONTEM TUDINHO!

Peço perdão pelos erros ortográficos ou até mesmo erros de roteiro, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.

Vejo vocês no próximo capítulo (que vai sair nessa madrugada)💜✨️

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