capitulo vinte e três.


Fanart incrível feita por @Wzysoo no twitter!





—— quando assuntos do passado voltam,
o presente se desequilibra e
ameaça o futuro.













—— O pai de Suna está te procurando na sala do direitor.

[...]

Ouvir aquilo me assustou, a confusão que se formara pela base do meu rosto foi inevitável, eu não conseguia pensar em nenhum motivo o suficiente para que justamente o pai de Rintarou estivesse a minha procura.

—— O pai dele? Por quê? - a olhava perplexa.

—— Não sei, ele está a um bom tempo te esperando, acho bom ir. - me alertou.

Eu apenas concordei me levantando devagar, após me despedir da minha amiga, caminhava pelos corredores brancos de todo o Inarizaki, e a cada passo meu coração batia mais e mais contra o peito, machucando minhas costelas pela ansiedade. Da última vez que me senti assim, foi quando marcaram a união com meu pai e o dele. Tudo se mexia rápido demais na minha mente buscando alguma explicação para o Sr.Suna estivesse a minha procura. Que eu me lembrava bem, Rin estava na escola, quando nos separamos, ele havia ido ao clube de vôlei, eu sabia bem que, mesmo ele estando suspenso do time por um tempo, o mesmo ainda ia lá direito, treinar era sua salvação, e duvido muito que ele deixaria de frenquentar o clube por isso. Então, se o seu filho estava na escola, por que raios ele procurava por mim?

Coisa boa com certeza não era, ainda me lembro bem quando o vi de relance saindo da sala do diretor no dia que falei com meu pai. Ele parecia um homem sério, daqueles que você sabe de longe que transmite caos pelo olhar julgador e afiado. Quando passei pelo último corredor, bati com o punho na porta marrom feita de madeira cara. Em nenhum momento a ansiedade deixou o meu corpo, e quando a voz de dentro me permitiu entrar, eu senti meu estômago cair no chão com a visão do diretor de braços cruzados para mim.

—— Mandaram me chamar? - foi tudo o que eu disse após um comprimento de respeito aos mais velhos ali.

O pai dele me encarava sério, vestindo um terno preto lápis, e a gravata bordada a vermelho escuro combinava perfeitamente com os broches de ouro na borda das mangas, ele exalava dinheiro. Realmente, aquele homem se parecia com um deputado, e imaginar que ele também já tinha sido delegado, era o mesmo que jogar na minha face o quão poderoso ele poderia ser, e isso me assustava, normalmente pessoas assim a gente só vê através de uma televisão.

—— O senhor Reiko gostaria de ter uma conversa a sós com a senhorita.

Eu apenas concordei me sentando esperando o diretor trocar mais algumas palavras aleatórias para mim. Após isso sua partida da sala me deixou tensa, principalmente por me sentir sendo julgada e observada pelo mais velho ali. Ele tinha feições de prepotência, e isso estava me incomodando um pouco. O seu olhar era quase tão terrível quanto o de Rintarou, porém nele era quase como se carregasse algo mais, uma malícia diferente, como se aqueles olhos já tivessem passado por muita coisa na vida.

—— Gostaria de falar comigo Sr.Reiko? - comentei coçando atrás da minha nuca, queria acabar com aquilo o mais rápido possível.

O homem descruzou seus braços, se levantando da cadeira de couro escuro do diretor, o que me mostrou uma grande ousadia dele estar sentado ali. E quando ele cruzou a sala parando atrás da minha cadeira eu me assustei.

—— É lamentável - iniciou —— Que meu filho esteja interessado por alguém tão deplorável como você.

Aquelas palavras no começo não fizeram tanto sentindo para mim, mas quando meu cérebro começou processar cada sílaba que saia de sua boca, foi como socos no estômago vindo diretamente dali. Me sentia pequena e indefesa.

—— Não sei do que está falando senhor, preciso que seja breve em seus assuntos, tenho que estudar para uma grande prova ao final desse mês. - comentei me levantando para encara-lo. Eu não iria ouvir audácias de alguém que não sabia nada sobre mim e que exalava preconceito sobre minha pessoa.

—— Ainda por cima é extremamente mau educada com aqueles mais velhos, sente não acabei de falar ainda.

Ele disse assim que passei por ele, eu estava quase alcançando a porta, mas tudo aquilo me fez voltar ao lugar que eu estava no início, e se não fosse pela minha ética, eu não sei o que faria com o homem a minha frente. Talvez chutar o seu saco fosse uma boa ideia. Com esse pensamento meus olhos rolaram pelas mãos do homem e eu percebi que tinha uma aliança no dedo e alguns machucados na mesma mão, logo então me lembrei que ele e Rintarou tinham uma péssima relação.

Um pai que batia no filho, que ótimo.

—— Eu acho incrível como Rintarou está disposto a perder tudo para tê-la por perto, ele até prefere não jogar no time de vôlei a ficar sem você. - disse passando as mãos pelo rosto. O olhei confusa, mas ele continuou.

—— Disse a ele muito bem que ficaria sem jogar nas finais se visse ele novamente junto a você, e bem, eu chego na escola e vejo justamente os dois chegando junto, por aquele maldito portão. - bateu suas mãos na mesa, e pulei um pouco com o ato.

—— Não acho que Suna e eu te deva alguma satisfação sobre isso, senhor Reiko. - encarei ele.

No fundo eu me senti um pouco mal em saber aquilo, pensar que Rin estivesse nessa situação e não ter me falado nada era porquê o afetava muito. Ele não era alguém que comentava sobre o que estivesse sentindo e muito menos o que acontecia, ele tinha uma mania insana de achar que podia resolver tudo com suas próprias mãos, e era isso que o machucava, porquê ele não podia. E isso martelava minha cabeça um pouco, por quê o pai dele estava tão vidrado na nossa relação? Ou quando descobriu que estávamos nos aproximando? Pela sua forma de falar parecia que ele sabia de algo a bastante tempo já. Isso me irritava, porquê ultimamente eu estava sentindo que eu era sempre a última a ficar sabendo das coisas, quando todo mundo já tinha consciência ao meu redor.

—— Sabe senhorita [Nome], o meu filho tem um futuro brilhante, e eu não vou deixar que uma bolsista como você estrague isso. - apontou seu dedo em minha direção. Uma raiva começou a explodir dentre o meu peito dolorido com toda aquela situação.

Eu me sentia desprotegida na frente daquele homem, e a vontade de chorar queimava atrás da minha garganta, era insuportável sentir isso tendo que me manter firme naquela conversa.

——  Você não se importa realmente com o futuro do Rin não é? Só quer destruir a vida dele como destruiu a de seu filho mais velho, certo? - quando disse aquilo eu senti o arrependimento bater na minhas cordas vocais de tão forte.

Eu sabia que foi algo maldoso e tamanho desrespeito a ele, mas aquele homem tinha que ouvir algo de ruim da minha boca, ele merecia, pois ele nem ao menos me encarou desde que entrei naquela sala, como se ele fosse alguém mais importante do que eu, como se a vida dele valesse mais que a minha por ele simplesmente ser ele.

—— Eu daria um tapa na sua cara se não tivesse grande respeito por sua mãe, [Nome]. - o final daquela frase chamou totalmente a minha atenção.

—— Minha mãe? Você conhece minha mãe? - me levantei, tentava lembrar sobre algo do senhor Reiko nas coisas da minha mãe porém nada vinha na mente agora.

—— Sabe, a sua mãe era uma grande amiga da minha mulher. - ele disse me encarando —— E
também o grande amor da minha vida.

—— O que? - praticamente gritei ao ouvir aquilo.

—— Senhorita, você não conhece a sua mãe como realmente acha que conhece. Ela era uma perfumista fantástica, minha esposa a admirava na faculdade, mas o problema da sua mãe era que ela era apaixonada pelo infeliz do seu pai, e isso foi sua maior destruição. - ele riu no final da frase.

—— Não permito que mencione sobre ela e muito menos sobre meu pai. - apesar de tudo, a vida de meus pais não era de interesse de ninguém além de mim.

Meu estômago se revirava inúmeras vezes dentre o meu corpo, aquele homem estava me fazendo pensar e duvidar sobre incontáveis histórias em relação aos meus pais. Quando me toquei a um tempo atrás que o pai de Rintarou era justamente o senhor Reiko Suna, eu me lembrei que mamãe já havia estudado com sua falecida mulher durante a faculdade. Mas como foi a muito tempo e mamãe tinha trancado sua universidade quando ficou grávida, numa se passou na minha cabeça que ela conhecia de uma maneira mais pessoal o senhor Reiko e sua mulher, visto que nunca teve nada em suas coisas algo sobre isso.

—— Ela era uma mulher maravilhosa senhorita, e se ela tivesse me dado a chance eu teria feito ela a mulher mais feliz do mundo.

Ele mencionar isso sobre minha mãe me causava náuseas, o homem já tinha sido casado por muito tempo com sua esposa, e agora era viúvo, ele não mostrava nenhum respeito por sua falecida.

—— Acredito que ela foi muito feliz com o meu pai, afinal foi o homem que ela amou enquanto viva, mas não estou entendendo onde o senhor quer chegar. - cruzei meus braços tentando olhar para outro lugar, me sentia tão estressada dentre aquela conversa que o ar já estava faltando em meus pulmões.

—— O problema senhorita [Nome], é que os homens da família Suna não devem se apaixonar, meu filho mais velho estava apaixonada por aquele maldito Miya, mesmo estando noivo, e no final, tudo acabou em morte [Nome], eu como pai, perdi tudo que um dia meu filho poderia me proporcionar. - senti sua voz vacilar um pouco.

—— Sua mãe era a mulher com que sonhei me casar um dia, conheci ela após uma aula na faculdade, mas no final eu vi ela se casando com outro enquanto eu me casava com sua melhor amiga, eu fiz de tudo para te-la [Nome], sinto que ela amaldiçoou a minha família para que eu nunca mais fosse feliz na vida.

O olhei horrorizada, aquele homem era louco, totalmente insano, eu nem conseguia entender tudo o que ele falava. Era quase como se ele fosse obcecada pela mulher que um dia minha mãe foi. O encarava sem saber o que dizer ou argumentar algo.

—— Então eu digo e repito senhorita, eu não quero você junto ao meu filho, e farei de tudo ao meu alcance para te manter longe, Rintarou já é alguém problemático demais, e não preciso de novos problemas do passado se repetindo no presente em minha vida. - vi ele mexer em um envelope marrom escuro em sua maleta preta em cima da mesa.

—— O senhor é louco. - comentei me levantando, mas fui parada quando seus braços jogaram o mesmo papel lacrado em cima de mim.

—— Seu pai precisa de tratamento não é? Você precisa de dinheiro eu sei, sua mãe não deixou dinheiro suficiente para que conseguisse se sustentar não é? Aqui tem mais que o suficiente para se manter depois que sair da escola, o diretor me contou que você quer cursar química, com uma carta minha posso fazer você entrar em qualquer faculdade, posso te dar tudo isso. - ele pausou jogando uma carta para mim.

—— Você só precisa se afastar de Rintarou [Nome], parta o coração dele, e deixe meu filho livre dessa aberração que é amar alguém, você sabe muito bem que não vão dar certo, por deus, vocês são pessoa totalmente opostas. Preciso que você faça isso, eu já percebi que Rintarou não irá me dar ouvidos não importa o que eu faça.

Aquelas frases me machucaram, eu não sabia muito bem o que exatamente se passava na cabeça daquele homem, mas eu me sentia enojada. Ele estava praticamente dizendo para machucar seu filho, tentando me comprar com uma chantagem barata sobre meu futuro. Mas no fundo eu sentia pena dele, ele parecia ser alguém deplorável que precisava de muita ajuda psicológica ou algo do tipo. A única coisa que tinha certeza agora, era que, eu precisava salvar Suna Rintarou de tudo isso, não era eu que seria a sua destruição, era o seu próprio pai. Rin precisava de ajuda, ele necessitava de algo que nunca teve por todo esse tempo que esteve sozinho, após perder pessoas que ele tanto amava em sua vida. Ele precisava de compreensão, de alguém que o entendesse, de alguém que estivesse sempre com ele, um apoio. Se ele estava disposto a perder tudo para ficar comigo, eu estaria a partir de agora disposta a tudo para ficar com ele. Nem que isso causasse a minha destruição. Rintarou não sofreria nunca mais.

—— Agradeço a sua preocupação com Rintarou, senhor Reiko, mas eu não sou alguém tão fácil de ser influenciada, eu não preciso de nenhuma ajuda para entrar em alguma faculdade, estudo exatamente para conseguir isso sozinha. - entreguei de volta o envelope para ele.

—— E além disso, Rin já é alguém maior de idade, ele sabe onde está se metendo, e quanto mais você separar a gente, mais ficaremos juntos. - comentei me virando, iria embora, essa conversa não chegaria a lugar algum.

—— Pode não me dar ouvidos agora, mas leve está carta, o conteúdo dela talvez lhe interesse. - esticou o papel em minha mão. Eu olhei interessada por aquela carta, parecia ser antiga. O olhei confusa, mas sem perguntar algo apenas agarrei o papel e sai daquela sala que me sufocava cada vez mais.

[...]

Quando o ar entrou nos meus pulmões pelas janelas dos corredores, senti meu cérebro batendo direto no meu crânio. Os diálogos de agora a pouco ainda rodavam como flash's em minha mente. Eu me sentia confusa e estufada, era quase como se nada estivesse dando certo realmente na minha vida. Os únicos momentos em que sentia leveza e paz ser derramada pelo meu corpo, era quando estava ao lado de Rintarou, e isso me preocupava um pouco. Estava começando a me sentir dependente dele, o meu corpo nesse exato momento queria correr para o seus braços e pedir desculpas por tudo, até por aquilo que não era realmente a minha culpa. Queria gritar com todos e chorar na mesma intensidade. Eu estava perdida, ainda mais por não saber o que sentir. Queria muito poder ligar agora para minha mãe, e perguntar o que ela faria no meu lugar. Gostaria de pedir conselhos e achar soluções com ela, queria alguém mais velho para me proteger de tudo isso que me rodeava nessa situação. Tinha medo de me sufocar em toda essa confusão que minha vida se encontrava.

A ideia de ter o pai de Rintarou apaixonado em minha mãe ainda não tinha sido totalmente digerido por mim. Papai nunca havia mencionando algo sobre isso, talvez ele também não soubesse. Sei bem que eles não cursaram a mesma universidade, se conhecerem em um café da tarde. Ele trabalhava como garçom no local, mamãe se encantou por ele, e no fim acabaram trocando seus números. Era um clichê, que eu facilmente desejei inúmeras vezes que acontecesse comigo. Eu sempre quis perguntar para ela o que ela havia sentido quando conheceu meu pai, e quando ela soube que estava apaixonada e que o amava de verdade. Sempre me perguntei várias vezes quem disse "eu te amo" primeiro ou coisas íntimas assim.

Meu pai nunca foi alguém que falasse muito sobre ela, mas eu sabia bem que o relacionamento dos dois era algo leve e calmo, não tinha brigas ou desentendimentos. Era um relacionamento saudável, tinha muito amor ali dentro dos dois, eu nunca soube dizer quando foi o exato momento em que meu pai se transformou no homem que é hoje, mas eu imagino de uma forma imensa o tamanho da saudade que ele deve sentir dela. Talvez a sua morte, ele ainda não tenha aceitado, e isso me machucava o peito, porquê era algo que me mantinha afastada dele.

Não aprendi compartilhar segredos ou sentimentos com ele, na verdade, não aprendi a desabafar com ninguém, sempre ignorei coisas desse tipo, pois sempre acreditei que nada, nunca, me afetava realmente. Mas tudo isso era ao contrário, me tornei alguém que tinha medo de falar o que sentia, alguém com medo de levantar a voz, até mesmo alguém com medo de viver a vida da maneira que gosta. E tudo isso eu percebi quando conheci ele, Rintarou era totalmente o oposto do que um dia se passou na minha mente, no começo eu achei que era inveja, mas na verdade era admiração.

Eu sei muito bem que o garoto tinha seus defeitos, e ele estava longe de ser o melhor aluno da classe, mas ele era incrível. Suna tinha coragem de tudo aquilo que eu evitava, ele vivia a sua vida da maneira que acreditava ser o certo, mesmo estando errado ele defendia suas palavras e seus ideais. Apesar de ser alguém como eu, que guardava seus verdadeiros segredos para si só, ele não tinha medo de expô-los quando necessário. Não acho que Rintarou é alguém que tenha medo de demonstrar seus sentimentos, ele só é um rapaz confuso com palavras, ele também nunca teve alguém que o ajudasse nisso.

E pelo contrário do que o pai dele disso, sobre sermos totalmente opostos, eu acreditava fielmente que era mentira, Suna e eu compartilhávamos imensas coisas iguais, até sobre a nossa forma de demonstrar amor. Não éramos opostos, e sim totalmente dispostos, apenas tínhamos o nosso próprio jeito de fazer as coisas. Ele era totalmente alguém insano, não fazia as coisas pensando com clareza, a raiva era algo que o dominava bem. Já eu, jogava com o lado mais racional, brigas e gritos nunca foram a minha praia, mas no fim, era uma maneira única de se expressar. Eu não sabia do que o pai de Rintarou era capaz de fazer, mas eu não acho que falar sobre isso com ele seria algo certo de fazer agora, pelo menos não nesse momento, temia que ele acabasse tendo um surto de vez com seu pai.

Quando cruzei o último corredor, estava indo direto para o lugar que conversei com Isabella mais cedo, eu precisava conversar com alguém, e desejei muito para que ela ainda estivesse lá. Chegando no local, não vi minha amiga com seus cabelos rosas nas pontas, mas sim Osamu, sorri com aquilo, ele era realmente a melhor pessoa para encontrar agora, corri em direção a ele o abraçando.

O platinado devolveu meu abraço na mesma intensidade.

—— O que foi gatinha? Você sumiu ontem, fiquei preocupado. - comentou ainda me abraçando.

—— Eu fui embora com Sunarin. - disse chamando o apelido do moreno.

—— Atsumu me disse, mas eu não acreditei, aquele retardado me jurou que não ia a festa. - ouvi sua risada sobre meu cabelo.

—— E como ele está? - olhei para ele encontrando suas orbes curiosas para mim.

—— A [Nome], ele sabe muito bem que não pode competir com Suna, ele nunca teve chance na relação de vocês dois, mas parece que ele não entende isso. - quando Osamu pronunciou aquilo, eu me lembrei de uma coisa, por alguma razão eu associei o pai de Rintarou com as atitudes de Atsumu, ambos gostavam de alguém que não compartilhavam o mesmo sentimento por eles.

Fiquei um pouco pensativa nisso por alguns momentos.

—— O que foi? - ouvi ele me chamar.

—— Acha que ele está bravo comigo por causa disso? - mordi meu lábio inferior.

—— Atsumu não é alguém sensível gatinha, ele vai superar, friedzone é algo que todo mundo tem que passar na vida, não é? - comentou e eu neguei um pouco.

—— Estou preocupada com ele, e com Suna também. - disse dando ênfase no nome de Rin.

—— Por que? Rintarou está lhe causando problemas? - perguntou e eu neguei.

—— O pai dele veio falar comigo hoje - disse vendo sua reação assustada —— Por favor não conte a ele sobre isso.

Vi ele apenas concordar.

—— É sério Osamu, você e ele são grandes fofoqueiros. - fiz uma careta para ele que me olhava ofendido.

—— Gosto de ter informações, ser fofoqueiro é apenas parte do trabalho - deu de ombros e eu ri com isso.  —— Mas então? O que ele queria?

Me perguntou e eu lembrei que o Miya também não era alguém que gostava daquele homem, afinal ele proibiu a relação dele com seu filho mais velho.

—— Ele quer que eu me afaste de Suna, disse que eu só vou trazer problemas para o seu filho. - ri com aquilo, falar em voz alta me fazia pensar que talvez não fosse mentira de todo modo, o garoto estava suspenso do time de vôlei por minha culpa né? Quais mais problemas ele enfrentaria por minha causa?

—— Ele é bom nisso, esse cara tem algum fetish em destruir a sua família. - disse e aquilo me chamou a atenção.

Senhor Reiko era realmente alguém problemático, talvez isso fosse de família.

—— Acho que ele me pediu para desistir de Suna. - disse por fim.

—— E você vai desistir? - falou num tom curioso e atento.

—— Você desistiria do seu primeiro amor? - comentei olhando para o céu, estava ficando de noite. Percebi que Osamu ficou quieto por um tempo.

—— Nunca.

Foi tudo, percebi que ele silabou bem para dizer aquilo quando molhou os lábios.

—— Nem mesmo se o melhor, talvez for desistir dele? - o encarei e vi sua feição criar algo indecifrável.

—— Você deve saber que eu já amei a um tempo o irmão mais velho do Rin - disse e eu apenas concordei esperando ele continuar —— Eu fiz de tudo para tê-lo por perto [Nome], e depois que ele morreu, não me permito amar mais ninguém, não porquê não quero, porquê eu não consigo. - disse no fim.

—— O amor é algo forte demais para que possamos simplesmente desistir de alguém, uma vez me disseram que não dá para amar alguém de novo, ou você nunca deixou de amar a pessoa ou nunca a amou de verdade. - ele continuou e eu estava atenta a tudo.

—— Então você continua amando o irmão de Rin. - disse completando aquilo.

—— Sim, eu nunca fui capaz de desistir dele até hoje.




NOTASS

Amores antes de tudo gostaria de esclarecer algumas dúvidas sobre o capítulo passado, sim Sunarin era alguém que nunca tinha beijado antes, história baseada em mim, que teve sua primeira vez em uma festa, não beijei a pessoa, foi apenas sexo, também nunca tinha beijado alguém, eu era um pouco nova na época, tinha uns dezesseis. E depois disso só fui ter alguma relação com alguém quando namorei e ali foi meu primeiro beijo. Talvez seja algo incomum de acontecer mas é história pra contar né, não me arrependo de nada então fiz de uma inspiração para Rintarou.

Outra coisa que vi bastante dúvidas e vim esclarecer, amores, sobre o sexo do capítulo vinte e um, não teve o uso do preservativo, certo, e sim, vamos a uma aula de educação sexual, comentem nos comentários também sobre o que sabem e suas dúvidas. O PRÉ GOZO também pode engravidar, é uma segreção que sai do pau, normalmente vemos no começo da punheta. E o gozo principal engravida com certeza. É por isso que o uso de camisinhas é essencial em qualquer ato de relação sexual. Além disso ela previne DST que a váriasssss, usar camisinha é auto cuidado e saúde. Porém caso fizerem relação e não usarem por motivos próprios ou acontecer da camisinha estourar tomem a pílula do dia seguinte - ela se toma o mais rápido depois do ato sexual, não necessariamente tem que ser no outro dia do sexo - porém por favor amores, mulheres cis, não tomem com frequência essa pílula tem muito hormônio o que faz mal para o organismo!!! Se cuidem e tomem anticoncepcional para quem tem relações cotidianas. E nunca se esquecem da camisinha!!!


*Agora sobre esse capítulo

Eai amores????? o passado parece estar se repetindo aqui 🗣🗣🗣

Caso as coisas estejam meio confusas não se assustem, capítulos finais estão chegando, muita coisa vem aí.


*desculpe erros ortográficos!!!

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