capitulo vinte.



menção ao uso de drogas ilícitas






— Você me tem
com a melhor
parte de mim.







— O que eu faço? - perguntei assim que vi Suna girar de leve a chave no motor.

— Acelere de vagar, é mais fácil do que andar de bicicleta. - ele sussurrou enquanto pegava nas roldanas.

— Eu não sei andar de bicicleta. - eu ri baixo com aquela afirmação, desde pequena nunca tive uma então também nunca aprendi a andar.

— Dezoito anos e não sabe andar de bicicleta? O que você fez durante a sua infância? - ele acelerou a moto e eu levei um leve susto pelo barulho.

— Andando de bicicleta que não era. - olhei de soslaio para ele e eu percebi que ele estava sorrindo.

— Acelere e tente equilibrar a moto, estou aqui atrás. - ele juntou nossas mãos para as roldanas e guidões.

Eu concordei brevemente enquanto fechava e abria os olhos lentamente, o problema não era me concentrar em pilotar a moto e sim na respiração quente e pesada de Suna batendo forte contra minha nunca, o seu corpo estava próximo demais ao meu e isso me deixava agitada. Fiz o que ele mandou, e acelerei a máquina, me desequilibrei no começo mas o corpo de Rintarou me ajudou, já tinha chegado na estrada, não estava correndo, porém eu sentia o vento gélido bater forte no meu rosto, e essa sensação era incrível.

— Acelere mais. - ele sussurrou e eu neguei.

— Tenho medo. - eu gritei devolvendo para ele.

Foi em um movimento rápido, mas em segundos a moto já não estava mais sob o meu domínio, apesar do meu corpo na frente do dele ele posicionou sua cabeça no meu ombro e tirou minhas mãos dos guidões, era ele que acelerava agora, tudo em volta parecia um borrão de tinta incrível. Naquele momento eu não me importei nenhum pouco se estávamos acima da velocidade permitida, ali ao lado dele eu me sentia mais livre do que nunca, era como se eu pudesse realmente fazer tudo.

No caminho percebi que Suna saia da província, estávamos entrando em alguma parte não reconhecida por mim, estávamos subindo para algum lugar. Eu não sabia onde, mas tentei aproveitar a vista, o céu hoje estava incrivelmente belo, a lua estava linda hoje.

Quando sentir o motor ser desligado eu reparei que estávamos numas das colinas que tinha ao longe da província, era uma parte que dava pra ver toda a cidade da li com suas luzes acesas compactuando com o céu estrelado, que de lá, quase não dava para ver.

— Desce. - ele comentou já afastado de mim, estava sentando no chão, e eu fui me juntar a ele.

Me aproximei ao lado dele, seus olhos estavam fechados e eu aproveitei para admirar a beleza que Rintarou exala por aí. A pele perfeitamente limpa e os olhos puxados sem ânimo algum, e os lábios delicados quase como se fosse desenhado por um pincel único, alguns de seus fios caiam sobre seus olhos, e eu me atrevi arrumar alguns, foi uma ótima oportunidade para poder toca-ló.

— Gosto daqui, é um bom lugar para pensar. - ele comentou antes que eu tocasse em seus fios, em um ato rápido levei minha mão de volta para o meu lado.

— É muito lindo. - concordei rodando os olhos pelo local.

— É meu lugar favorito. - disse enquanto pegava um cigarro de maconha no bolso, e eu olhei atenta aos seus movimentos até ele aceder e tragar a fumaça.

— Não sabia que ia na festa hoje. - olhei para os cadarços do meu coturno, foi uma fala boba mas era uma curiosidade minha.

— Eu não ia, Osamu me disse que você estava lá, e eu queria te ver. - senti ele me olhando, porém eu não encarei de volta, continuava interessada nos meus pés.

— Eu não ia mesmo, mas eu acho que precisava me distrair um pouco. - vi ele concordar. — Só acho que beber realmente não é minha praia. - eu comentei enquanto sentia ainda o álcool no meu corpo, eu não estava mais alegre porém sentia minha cabeça pesar, estava cansada.

— Eu não bebo, álcool me dá nojo. - eu o olhei surpresa, não sabia que Suna não bebia.

— Mas fuma. - assobiei baixo mas ele escutou.

— Um trago disso é bem melhor do que toda a merda que você ingeriu hoje. - ele sussurrou estendendo o tabaco para mim, e por um momento eu fiquei tentada a aceitar, mas não me movi.

— Um trago não irá matar ninguém. - disse, tentando de novo.

Uns prevês segundos eu fiquei intercalando o olhar nele e na piteira, após uma luta interna de pensamentos, eu fiz algo, sem nenhuma racionalidade aparente.

Eu peguei.

Segurei o cigarro e o olhei tentando entender como aquilo funcionava, era como um brinquedo novo na mão de criança.

— Segura na piteira, leva aos lábios, puxa, segura, traga e solta. - ele fez um tutorial com seus lábios e eu ri da situação.

Eu olhei para minhas mãos, me perguntando em milhares de segundos se estava realmente cogitando em fazer aquilo, era algo que ia contra todos os meus ideais. Mas na hora nem parecia tão grande coisa, o desejo de experimentar mais do errado estava sucumbindo o meu corpo, e apenas por uma noite eu deixaria. Então eu fiz o que foi explicando por Suna, e quando levei a seda bolada pela erva nos lábios meio úmidos, eu me senti como um adolescente rebeldes de filmes, estava rindo de mim internamente com esses pensamentos. Eu puxei a fumaça para o meu corpo, e tentei tragar como ele havia me explicando, mas no começo me atrapalhei e foi inevitável não engasgar.

— Está tudo bem, tente de novo. - ele piscou enquanto em momento algum deixou de me olhar.

E no final assim eu fiz, quando a fumaça entrou por minha faringe e depois saiu oxigênio a fora, o gosto da erva fintou em minha boca, era algo diferente, mas nem tanto estrapolante como parecia, se encaixava até em algo normal. Repeti o ato mais umas três vezes, até tragar verdadeiramente a substância e entreguei de volta ao dono que tinha um sorriso perverso nos lábios.

— Fiz você fumar um comigo, acho já pode dizer que eu realmente consigo fazer tudo. - ele sussurrou próximo ao meu ouvido arrepiando toda a área ali.

— Não irei fazer mais isso. - mostrei a língua para ele, que devolveu com a sua.

Depois disso Rintarou fumava tranquilamente seu cigarro, porém foi inevitável não instalar um silêncio um tanto confortante entre a gente, porém eu ainda me sentia inquieta. Todos os momentos e problemas que passamos nos últimos dias repassavam em minha mente como um flash, eu queria ter coragem o suficiente para começar um assunto relacionado a isso, porém toda vez que eu molhava minha garganta para falar, minha voz morria no ato. No fundo eu não sabia nem o que, e nem como falar, eu apenas sabia que tinha.

— Não gosto do Tsukishima. - o olhei sem entender o porquê, de repente ele citar o nome do loiro.

— Ele parece ser legal. - mexi nas minhas mãos voltando a olhar a vista, me lembrei do gosto do drink que me foi preparado, estava realmente bom.

— Ele é um desgraçado, no próximo torneio eu sei que ele não me escapa. - eu ri um pouco com o comentário, era óbvio agora para mim que os dois tinham alguma rinha e orgulho em quadra. Provavelmente Tsukishima também era bloqueador.

— Me interessaria em ver isso. - olhei de lado para ele.

— Bem, se eu voltar jogar, ficará convidada a assistir. - no final de sua frase eu me lembrei que, Rintarou estava suspenso do time de vôlei e meu sorriso morreu ali.

E novamente aquele silêncio inquieto pairou no ar. Abracei meus braços pelo frio que começava florescer no local enquanto a fumaça que saia dos lábios do moreno era o único sinal de calor ali. Era evidente que Suna estava mal, ele não demonstrou isso em nenhum momento enquanto estávamos a frente dos outros, mas agora, apenas eu e ele, eu conseguia ver o quão ele estava frágil e cansado. Eu não estava muito diferente dele.

Sem nenhum aviso, ou processamento esperando, eu me virei para encara-lo, ele não entendeu meu ato mas carregou meu olhar me encarando de volta, as orbes amareladas me fitavam com gosto, e isso me deixava um tanto tensa e intimidada, acho que, o que era mais intenso em Suna, era justamente o seu olhar, é realmente como ele sempre disse.

"Nada escapa dos meus olhos, eu sou um bloqueador-central"

— Me desculpa. - eu pedi assim que as palavras se formaram perfeitamente no meu peito.


— Eu não aceito. - ele devolveu tranquilo enquanto ainda me fitava esperando uma reação minha.

Porém enquanto eu processava suas palavras uma parte de mim morria, não era como se eu esperasse que ele aceitasse ou me perdoasse, por ter acusado ele de uma maneira horrível. Mas ouvir assim saindo diretamente dos seus lábios me machucava, porquê foi algo sincero.

— Tudo bem, é compreensível. - comentei voltando a minha posição de antes. Agora encarar o céu parecia extremamente sem graça.

Ele ignorou minha resposta apenas apagando a ponta e jogando para longe, eu atenta, segui todos os seus movimentos, queria que ele me falasse alguma coisa, porém nunca veio.

— Sabe, uma coisa me deixou curioso, você ia roubar a minha moto? - ele comentou me assustando pela proximidade que eu mal notei em segundos.

Eu gargalhei com aquilo quando percebi que ele queria dizer sobre ter me pegando quase girando a chave de sua moto. Eu realmente não tinha uma resposta para aquilo, eu não pensei muito para tal.

— Roubar é uma palavra muito forte, pegar emprestado apenas. - coloquei a mão sobre meus lábios tapando o sorriso dali, parece que o álcool ainda não tinha deixado meu corpo totalmente.

— Engraçadinha, se fizesse algo com a minha moto te jogaria nesse penhasco a baixo. - apontou em direção a cidade.

— Você não teria coragem. - eu soprei e me atrevi falar próximo do ouvido dele.

Em instantes ele sorriu ladino enquanto seus braços se movimentavam lentamente até agarrar meus ombros por trás. O seu toque era quente e nada delicado, seu corpo pressionou o meu para o chão enquanto suas pernas travavam no meu quadril. Ele estava em cima de mim, segurando forte os meus ombros. O ato foi tão rápido que eu mal pude impedir, mas não era como se eu realmente quisesse.

— O que está fazendo? - comentei enquanto seu rosto abaixava até o meu.

Ele soltou meus ombros e agarrou minhas mãos quando eu tentei por elas sobre seu peito. Agora eu estava realmente presa em baixo de Suna.

— Posso fazer o que quiser com você agora. - ele colocou mais força nos meus pulsos, mostrando claramente o domínio dele.

— Eu ainda posso gritar. - arquei uma sobrancelha enquanto tentava mexer minhas pernas. Sunarin estava jogando comigo, do qual eu não gostava muito.

Ele riu, seu rosto estava tão próximo que podia ver claramente todos os seus dentes, o seu nariz estava um passo de tocar no meu, e eu sentia a sua respiração bater entre meus lábios entre aberto. Meu corpo internamente estava tremendo com cada átomo dele tocando o meu, meu estômago estava agitado assim como meu coração batendo sem nenhum ritmo certo.

Talvez o efeito do maconha estivesse vindo agora.

— Não pode gritar se estiver com os lábios ocupados. - eu arfei quando ele beijou lentamente o meu pescoço.

Sua língua passou ali e depois seus dente morderam a região quente. Ele subiu os lábios até parar no meu queixo, centímetros próximo do meu lábio inferior. Eu queria tanto que ele me beijasse de novo que chegava doer cada parte do meu corpo de desejo sobre ele.

Me beija. - eu sussurrei baixo, aquilo era mais um pedido de misericórdia do que um desejo.

E sem nenhuma preocupação Suna atendeu o meu pedido, agarrando minha boca com a sua com força, uma de suas mãos deixou o meu pulso indo de encontro ao meu pescoço. Enquanto sua língua derramava prazer por cada canto da minha boca eu agarrava seu cabelo com a mão livre, o puxando cada vez mais para mim.

Deixei seus lábios indo direito para seu pescoço a mostra, sentindo o cheiro do perfume forte e quente que ele exalava, mordi a região e chupei logo em seguida, meu corpo todo se arrepiou quando o ouvi gemer baixo, aquilo me acendeu como uma chama de fogo intensa. Em um movimento simples, trocamos de posição, agora quem estava por cima era eu. As suas mãos seguraram forte em minha cintura, fazendo minha intimidade roçar na sua que já dava sinais de vida.

Eu retomei minha boca nos seus lábios enquanto me esfregava freneticamente nele. Senti minha intimidade molhar, e amaldiçoei ambos por estarem de calça jeans. Quando os movimentos de vai e vem atingiram especialmente meus clitóris por cima do pano eu gemi entre sua boca quente, e ele agarrava meus cabelos com força. Um tapa foi dando na lateral do meu rosto, e eu me assustei na hora com o ato, mas não foi de grande importância, aquilo me excitou e o encarei chapada sem nenhum filtro, tocando nossas narizes.

— Senti saudades suas.

Ele sussurrou sentando ainda comigo no colo, e eu apenas sorri atacando seus lábios de novo, enquanto a lua iluminava nossos atos de saudades.

Era disso que eu estava precisando, de Rintarou comigo, apenas ele era capaz de me dar vontade de viver de novo, apenas seu toque me acendia por dentro, estar com ele, era esquecer que uma parte de mim tinha problemas, ou que estávamos brigados, porquê ali com ele, só existia o agora.

E eu odiaria perder esse tempo longe dos seus lábios, que era, com certeza, a melhor parte que eu tinha dele.






NOTAS:


Caralho acabou assim, que ódio 😭

Quem sabe no próximo rola alguma coisa 🗣 (confusão)

Estão bem amores? Querem me pedir alguma coisa? ultimamente estou atendendo pedidos!!!


Finalmente chegamos no capítulo vinte, agora mais que oficial, na metade da história!!! Logo logo acaba!

*desculpe erros ortográficos

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