capitulo sete.


menção de dependência alcoólica












novas urgências





Ele não veio hoje


E também não veio ontem,


Eu o esperei na segunda-feira para entregar a camiseta que me emprestara outro dia, porém ele não apareceu, na terça ainda tinha o mesmo sentimento de esperança, mas ele também faltou, quarta eu ainda julguei ter certeza que ele chegaria atrasado e esperei ate o último sinal tocar, já ontem quinta-feira e hoje eu não tinha mais expectativa que Suna viria para as aulas. Foi a época das provas semestrais e eu passei o final de semana inteiro estudando, porém todos os momentos do dia, eu não pude deixar de pensar nele, eu ainda mantinha meus pensamentos na sexta passada. E eu realmente queria muito saber o que aconteceu com ele, qual foi o motivo das faltas, e também o por quê do time não terem me respondido onde ele estava quando perguntei. Atsumu mudou de assunto, Osamu fingiu que nem me ouvir e Kita mal conseguiu olhar na minha cara, eu queria muito que eles tivessem me contado, eu praticamente implorei para eles, no final eu de fato comecei a me preocupar com Suna, eu consegui pegar o número dele com Aran, mas no fim, não o chamei, não tive coragem, e eu também nem sabia o que mandar. Pensei em diversos diálogos que poderíamos ter tido e todos terminavam sempre com ele mandado eu tomar conta da minha vida. —

"Hey Suna, sou eu (Nome)"

"O que você quer?"

"Não vai perguntar como consegui seu número?"

"Não"

"Poxa, eu só queria saber por quê não esta indo as aulas
é semana de provas :( esta tudo bem?"

"Eu estaria melhor se você não tivesse mandado mensagem,
agora já pode cuidar da tua vida"



E era assim que terminava várias outras conversas que imaginei com ele, minha mente realmente estava uma loucura, metade dela queria procurar o moreno e a outra achava isso bom, pois a melhor coisa que eu poderia fazer agora era me afastar do Rintarou enquanto ainda tinha chance, e eu concordava com ela por ser a mais consciente eu só não tinha certeza que a obedeceria.

Joguei meu telefone para o lado em uma tentativa de não mexer mais nele hoje, quando levantei meus olhos a primeira coisa que vi foi aquela camiseta roxa. Revirei meus olhos e levantei.


— Eu preciso devolver isso - pensei alto enquanto tirava ela de cima da cadeira. Estava limpa e passada, porquê eu a lavei, mas toda essa situação me fazia querer devolver a camiseta rasgada.

— Pede pro Atsumu devolver para ele - a voz da Isabella falou tão perto de mim que foi inevitável não gritar, pus a mão no peito.

— Desde quando você esta ai?

— Você nunca vai devolver pessoalmente se não consegue nem mandar mensagem para o dono - comentou enquanto tirava uma máscara facial de cereja da embalagem.

— Não quero devolver pessoalmente ok, e eu irei procurar o Miya e fazer isso agora - agarrei a camisa.

— Wow, não precisa ficar tão brava com a verdade - joguei um travesseiro nela antes de sair do quarto ouvindo sua gargalhada final.



Depois que Suna me trouxe na sexta, eu realmente achei que não conseguiria dormir por ter passado tempo demais ao lado dele, mas eu estava enganda, eu não consegui dormir porquê, simplesmente Isabella não deixou até que eu contasse tudo a ela. Ela suplicou tanto que tive que contar desde o acidente no primeiro dia, e depois que terminei de contar, foi ladeira a baixo, Isabella não estava me deixando em paz nem um minuto sequer, com certeza ela devia ter atualizado a história que se passava na cabeça dela.

E eu ainda tive que aguentar metade da semana olhando para a cara emburrada dela por estar zangada comigo porquê não tinha contado nada antes. E eu ainda omiti o fato de ter ido ao apartamento do irmão de Suna, seria trabalhoso demais explicar para ela que estávamos apenas nos dois e que não aconteceu nada demais. A mente da Isabella era pervertida demais para entender um fator simples.

Caminhei lentamente até o jardim do campus e me sentei na grama mesmo, hoje o sol finalmente se vez presente no Japão, a primavera estava chegando. Fechei meus olhos sentindo a sensação dos raios solares adentrarem pelos poros do meu rosto. Amava isso, era puro e calmo, tudo o que eu não tinha no momento.

Senti meu telefone vibrar e o tirei do meu bolso, meu sorriso de antes morreu ao perceber quem era na chamada. Meu pai.

Respirei fundo e atendi, vazia um bom tempo que não escutava a voz dele.

"Filha?"

"Oi" - soltei todo meu ar, ele estava sóbrio.

"Que bom ouvir sua voz"

"Faz tempo já" - sorri através do aparelho.

"Me desculpe por não ter ligado antes, eu estava em maus momentos"

"Tudo bem eu sei" - eu quis chorar ali.

"E como está aí na nova escola?"

"Está ótimo, aqui é tão perfeito pai, o campus é enorme, divido o quarto com uma colega adorável" - sorri um pouco

"E o dinheiro? Você está usando ele"

"Ainda não, por quê?"

"É que eu estou precisando" - ali meu sorriso morreu completamente, já deveria suspeitar.

"De quanto?" - fui rígida.

"11.765 ienes" (600 reais)*

"Isso é muito grana, pra que precisa?"

"É uma clínica de reabilitação, dessa vez é de verdade [Nome], eu juro"

"Não confio muito nas suas promessas" - era verdade.

"Eu não estou mentindo [Nome], metade desse dinheiro também é meu"

"Você acabou com a maioria dele, então não, o que tem dele agora é somente meu"

Ficamos em silêncio por algum tempo, eu sei que ele queria falar mais coisas, porém eu não estava afim de escutar, pelo menos não hoje.

"Tudo bem, porém eu irei pagar, me mande o boleto da clínica" - foi tudo o que eu disse antes de desligar, eu não queria ouvir ele falar mais desculpas, porém se fosse para uma clínica eu iria tentar confiar nele apenas mais uma vez.

Meu pai não era uma pessoa ruim, nunca foi, porém depois que minha mãe morrera, ele se enterrou em uma depressão severa. Ele nunca realmente cuidou de mim, a maioria das vezes eram os vizinhos que me alimentavam, as únicas vezes que meu pai aparecia era para destacar gritando o fato de eu ser extremamente parecida com minha mãe e eu ter sido a culpada da morte dela. O que não era uma mentira, no parto, ela fez cesária, porém pela demora do nascimento ela contraiu uma bactéria hospitalar ainda em estado crítico. Eu consegui sobreviver, e como ela não teve a mesma sorte, meu pai sempre fez questão de jogar isso na minha cara durante toda a minha adolescência.

Mas de todo modo eu não o culpo, nunca era ele falando e sim o álcool, todas as vezes que ele foi violento e rude quebrando os quadros da mamãe pela casa, eu sentia pena dele, porquê no dia seguinte ele estava deitado em cima da bagunça chorando de soluçar, pela saudade e pelo erro. E essas são as únicas imagens que tenho do meu pai, ora bêbado ora chorando, eu sabia que ele era uma pessoa incrível porém eu infelizmente não tive o prazer de conhecer.

[...]

— Era seu pai? - bella apareceu me abraçando por trás.

— Ah, você está aqui, demorei muito? - funguei meu nariz.

— Sim, já comecei imaginar que você se perdeu no caminho se encontrando com Suna e esbarrando nele e vivendo um grande clichê amoroso, e não queria perder essa cena, tive que vir olhar - minha risada se misturou com as lágrimas que eu nem percebi que tinha deixado cair.

— Eu estou chorando okay? não me faça rir - olhei para ela que beijou minha bochecha.

— Minha amiga está triste, é só existe uma coisa que pode melhorar esse evento - limpou meu rosto.

— O que?

— Festa e shochu, amanhã - fiz uma carente, agora entendi o real motivo dela ter vindo me procurar.

— Shochu, o que é isso?

— Como assim? Você nunca tomou shochu [Nome]? Que tipo de pessoa é você? - a sua postura fofa de antes estava quase me estrangulando nesse instante.

Neguei com a cabeça.

— É uma bebida maravilhosa cara, até eu que não sou japonesa sou viciada. - lambeu os lábios.

— Eu não bebo, bella

— Gosto de beber porque sempre penso na minha alma gêmea.

— Você namora Isabella, pense nela. - comentei enquanto comecei a caminhar de volta para os dormitórios, já estava quase na hora do jantar.

— Eu sei, sempre penso nela também tá, inclusive amanhã ela irá a festa comigo, porém eu queria que minha melhor amiga também fosse - cutucou meu ombro.

— Não acho que estou no clima, Isa.

— Olha, quem vai dar a festa é um amigo do Suna, então ele provavelmente vai, e você precisa falar com ele não precisa? É o momento perfeito. - comentou olhando para a camiseta em minhas mãos.

Ele não aparece a semana toda para ir às aulas mas vai em uma festa no sábado?

— Não, eu irei pedir para o Atsumu falar por mim - cruzei meus braços.

— Aaaaah, [Nome], vamos vai, você ainda não foi em nenhuma festa aqui, e tivemos uma semana fodida pelas provas, merecemos curtição, dá um descanso para você, apenas só um dia, eu sei que você precisa - fez bico.

— Não sei Isa, não gosto muito de festas.

— Por favor - juntou as mãos — Se você não se sentir bem, voltaremos na hora.

— Tudo bem. 





NOTAS DA AUTORA:


Quem aí sabe o que aconteceu com o Suna em? eu vou deixar para vocês tentarem adivinhar pq eu vi que tenho uma leitora aqui que é pique L lendo os capítulos ela descobre tudo, estou desafiando ela agora 🕵️🤝



A propósito, eu amo vocês reagindo ao Suna pq é tipo;

vocês:

SGUXDGFDGF Suna GOSTOSO me c0me de ladinho

also vocês no parágrafo de baixo:

porra Suna vai se fude garoto chato qm te quer aqui

KKKKKKKKKKKK eu amo, mudam de personalidade igual ele 🤩🤩🤩🤩





Sim, aqui vocês podem ver que existe uma autora que já desistiu do enem, porque toda vez que eu abro o site do me salva eu termino com o wattpad aberto. Enfim o brasileiro.





Até o próximo capítulo babies.

*desculpe erros ortográficos.

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