capitulo dezenove.
Sua influência
me dividiu
em antes e depois.
[...]
Minha cabeça rolava em inúmeras possibilidades, eu já não tinha mais senso ético nesse momento, eu consegui capitar a voz de Isabella de fundo misturada com alguns gritos de Osamu, mas eu não conseguia interpretar nada, minha mente não estava dando atenção para isso agora. Eu não sabia como reagir com essa informação agora, tudo estava pesado demais, e novamente a discussão que tive que com Rintarou voltou a assombrar a minha mente.
— Como sabe? - falei chamando a atenção de ambos — Como sabe que foi ela? Da onde tirou isso? - olhei nos olhos dele, queria ver toda a verdade saindo dali.
— Eu não sei, mas no dia que Rin e você estavam no laboratório, eu estava treinando pelo campus e vi Sayuri sair desse prédio exatamente as 23h, eu estranhei na hora, mas isso ficou na minha cabeça por horas.
Ele estava sério, era quase como se quisesse mostrar o que viu e sentiu, porém ele também estava tenso, afinal querendo ou não, aquilo não era uma prova concreta.
— Onde ela está? - perguntei olhando para Isabella.
— Você não acha mesmo que foi ela né, [Nome]?
Eu cruzei as sobrancelhas, não sabia o que responder a ela, eu queria acreditar que não, porém agora algo me dizia que Sayuri poderia estar envolvida nisso. Talvez ela não tivesse culpa de tudo, mas de alguma coisa ela tinha.
— Gostaria de conversar com ela. - eu falei ignorando os dois ali indo direito para a porta.
Eu estava seguindo meu subconsciente por impulso, nada estava muito claro agora, mas era como se eu soubesse exatamente onde ir. Me peguei adentrando os dormitórios, passei por todos os corredores, olhando pelas frechas de algumas portas abertas no local. Porém nada me chamava atenção, até aquele bracelete azul-marinho ser captado pelos meus olhos.
Eu atravessei de onde eu estava e cruzei finalmente a porta daquele quarto. Sayuri me olhou assustada pela invasão repentina, mas o que realmente me surpreendeu, foi ver que Aimee era sua colega de quarto, eu me lembrava da garota, havíamos tido uma pequena discussão na quadra de futebol, o que me levou a ficar presa com Suna no prédio de ciências. Eu não conhecia totalmente aquela garota, mas sabia que ela não era alguém que eu podia confiar, e isso era um fato. Aimee e seu namorado tinham grande intimidade com o diretor, e na hora isso se destacou rápido na minha mente.
— [Nome]? O que está fazendo aqui? - A mais baixa chamou minha atenção, me tirando dos pensamentos julgadores.
— Não é certo invadir o dormitórios dos outros assim, sem ser convidada, sabia? - a voz aguda da outra se exalou no local me fazendo revirar os olhos.
— Aimee, pode nos dar licença? Gostaria de conversar com Sayuri a sós. - cruzei meus braços apontando com os olhos para a porta.
A garota iria intervir porém Sayuri tinha entendido completando o recado, e abriu a porta para que ela saísse.
— Vai ser rápido! - ela disse enquanto esperava a loira atravessar o dormitório. E no fim, assim ela o fez.
Quando a porta foi trancada, estávamos apenas a namorada de Isabella e eu ali. Uma de frente para a outra, apesar da minha pose prepotente, eu estava nervosa, não sabia o que falar e muito menos como agir. Metade de mim queria bater nela sem nem perguntar nada a outra só queria saber o por quê, ou se realmente existia um por quê.
— Então? - ela foi a primeira a se pronunciar. O engraçado era que Sayuri agia como se já soubesse de algo, e isso me intrigava.
— Foi você né? - ela iria responder mas eu a cortei antes — Sem joguinhos Sayuri, você sabe do que estou falando, quero apenas a verdade.
Fui simples e direta mas no fundo meu corpo todo tremia, sentia meu dedos da palma da mão formigarem enquanto eu engolia em seco. Todo esse tempo, desde que Osamu entrou naquela sala até agora de frente para a garota, a única coisa que minha mente conseguia pensar com clareza era em Rintarou. Eu sabia exatamente o que tinha feito com ele, o acusei sem provas, por causa daquela foto. Mas eu também não estava pensando na hora, estava preocupada e nervosa, porquê ao contrário dele, esse colégio é tudo o que eu tenho, e quando alguém desestabiliza sua base é normal você reagir por impulso. Mas eu ainda sim, em nenhum momento desde o final daquela briga, deixei de me sentir culpada, Suna ter saído daquela maldita sala como se não se preocupasse com nada, era o que mais me magoava. Aquilo me mostrava bem que ele estava em outro nível, incapaz de alcançar e se atingir, Suna se importava com apenas duas coisas, e eu não estava envolvida nelas.
Por mais que eu tivesse acusado ele, eu não tinha totalmente certeza de que tudo o que Suna me disse no dia, não fosse verdade. Principalmente quando ele tocou no assunto que eu era uma simples bolsista, ele quis falar aquilo, e eu sabia que ele não tinha se arrependido em nenhum momento.
— Tudo bem. - a morena comentou levantado suas mãos para cima da cabeça. — Você me pegou, foi eu sim.
O meu coração falhou, senti ele murchar dentro do peito, e os olhos amarelados se Suna invadiram a minha mente sem permissão alguma. Era como se eu pudesse vê-lo claramente me julgando por ser tão deplorável.
— Por que? Tudo isso foi uma brincadeira para você? E Isabella? Aquilo na porta foi você também? - eu estava bem próxima a ela, Sayuri era mais baixa, o que me irritava porquê ela evitava meus olhos pela altura.
— Eu não fiz aquilo na porta, não meti Isabella nisso e também não sei quem foi, a única coisa que eu queria era que você se afasta-se dela. - ela me empurrou de leve.
— Qual é o seu problema em? Eu estou a um passo de perder a bolsa e Suna está fora do time de vôlei. - ela deu de ombros e eu continuei — Gostaria que eu contasse ao diretor sobre suas relações no quarto com Isabella? Acho que ele ficaria mais chocado.
Comentei recebendo um olhar mortal da garota, e feliz por finalmente ela me dar a atenção certa agora.
— Você não se atreveria a isso. - um dedo foi levantando.
— Por que não? É o certo não é? - se eu pudesse eu realmente faria isso.
— Isso envolveria Isabella, não acho que você tenha coragem. - ela estava certa, apesar de tudo Bella ainda era minha amiga e não tinha culpa de nada.
— Mas eu ainda posso ferrar com você. - blefei, não tinha pensando sobre isso ainda.
— Se você estiver longe da minha namorada eu não ligo. - ela cruzou os braços e continuou — A partir do momento que você chegou no inferno dessa escola, Isabella só olha para você, a atenção dela é apenas sua, você já notou a maneira que ela te olha? Porra ela faria tudo por você, Isabella nunca foi assim com ninguém até você aparecer.
Eu me desesperei com as palavras da garota.
— Você é idiota Sayuri? Isabella é minha melhor amiga aqui, é claro que eu faria tudo por ela, e ela faria por mim, é assim que uma amizade funciona. - eu me exaltei um pouco.
Eu não conseguia acreditar que tudo isso era por ciúmes, sentimento que não deveria existir vindo de mim.
— Não é, Isabella está apaixonada por você, [Nome]. - eu gelei instantaneamente.
[...]
Deitada na minha cama tudo rodava dentro da minha cabeça, eu sentia que minha cabeça estava pesada demais para o meu corpo, eram pensamentos demais e eu já estava cansada com tudo. Me sentia acabada mesmo não tendo feito nenhum atividade física ultimamente, o desgaste emocional que meu corpo estava sofrendo era como se tirassem partes de mim a cada dia, eu sentia toda a minha derme doer, mas era irreal, não tinha nada machucado realmente, porém doía como um joelho ralado ou um braço quebrado. Eu estava sofrendo de exaustão.
Havia livros jogados por todo o meu quarto, após Isabella levar Sayuri para conversar com o diretor e confessar que invadiu o sistema da escola, eu sumi, não queria olhar para o rosto de nenhuma, na verdade de ninguém. A conversa que tive com a morena mais cedo realmente mexeu comigo, eu sabia que tudo vinha de um grande ciúmes possessivo, porém tinha me abalado mais. Se eu pudesse eu ignorava tudo. Tentei por minhas frustrações nos livros, porém foi em vão.
Eu tinha uma olimpíada no final do mês e até agora não tinha estudado nada, eu estava me auto-sabotando e sabia muito bem disso, porquê eu não estava a fim de parar.
A luz da lua iluminava todo o quarto, eu estava trancada aqui desde tarde, não tinha fome e muito menos vontade de sair. Isabella também não veio para o quarto, ela tinha o tempo dela, acho que a ficha de ver que Sayuri tinha feito grande parte do que aconteceu não tinha caído ainda, e eu não a culpava, afinal, Isabella era extremamente apaixonada por ela, e apenas por ela.
Enquanto me levantava terminando de arrumar alguns livros e anotações, eu senti alguém bater na janela do meu lado. Tirei os materiais de cima do meu colo e abri o vidro escuro dando de cara com Atsumu nela.
— Wow, pensei que nunca abriria. - comentou pulando e entrando no dormitório, no momento eu fiquei sem nenhuma reação.
— Oi? - comentei me afastando quando ele deitou na minha cama.
— Osamu me disse que você se trancou no quarto, vim te resgatar, afinal hoje é sexta. - sorriu um tanto perverso.
— Sim, mais um dia da semana, e amanhã será sábado, e você sabia que aqui é um dormitório feminino? - apontei pelo local.
— Ah, qual é, [Nome], me deixa te levar para uma festa hoje, você precisa, de pra ver de longe que falta serotonina no seu corpo. - ele comentou enquanto abria meu guarda-roupa.
— O que está fazendo?
— Escolhendo uma roupa para você. - ele jogou na minha cara uma calça jeans e uma regata preta. — Acho essas botas aqui legal. - apontou para meus coturnos.
— Atsumu, eu não vou, sabe que não gosto muito de festas. - comentei pegando os sapatos da mão dele.
— Prefere ficar vegetando na cama e lamentando pelo o que ocorreu hoje? - me encarou e percebi que ele tinha um bom ponto de argumento.
Eu refleti um pouco, apesar de não gostar muito de festas, só de sair exclusivamente do Inarizaki era o que meu corpo no momento estava pedindo. Eu precisava me distrair e nem que para isso fosse com álcool no meu sangue.
— Me leva embora caso eu pedir? - comentei e ele concordou.
— Pode sair para eu me trocar? - falei e percebi que o sorriso dele aumento, cerrei os olhos.
— Irei, mas é uma pena para mim. - terminou de pular a janela e eu a fechei.
Peguei a roupa que o gêmeo escolheu e mudei apenas a blusa por uma preta de manga e cola alta. Calcei meus coturnos e tentei fazer um delineado básico com lápis, contornei minhas sobrancelhas e passei um gloss nos lábios. Deixei meus cabelos soltos, apesar de meio bagunçados não consegui fazer um penteado bom, assim que terminei pulei a janela mesmo sabendo que poderia facilmente usar a porta, também não estava afim de cruzar com outras pessoas pelo corredor.
— Gostei da blusa - Miya comentou enquanto agarrava minha mão.
Eu apenas concordei, estranhando mas não ligando o seu toque quente demais na minha palma. Assim que cruzamos os portões do colégio, Atsumu abriu a porta do carro e eu entrei. Osamu também estava ali, eu me acomodei no banco de trás enquanto os gêmeos estavam na frente.
— Que bom que veio, [Nome], tenho certeza que você vai gostar, é uma festa entre os times de vôleis, vai adorar conhecer todo o pessoal. - Samu comentava enquanto mudava as estações de rádio.
Eu apenas fiquei quieta imaginando o tamanho que seria essa festa. Me sentia nervosa e ansiosa, mas só de saber que não estava trancada no quarto me deplorando eu já me sentia muito mais aliviada.
Quando cruzei o hall da mansão a música alta atingiu meus ouvidos de uma maneira boa, eu ainda estava de mão dada com Atsumu, andamos pelo local cumprimentando algumas pessoas, o gêmeo me falava o nome de alguns porém eu não decorei de todos. Fui apresentada formalmente a Bokuto e lembrei diretamente de Osamu, porém dessa vez o platinado estava acompanhado de um moreno, não sabia dizer se esse era o tal namorando que Osamu falou ou era outro cara.
— Prove isso, vai gostar. - tsumu comentou enquanto estava na área de fora do lugar. Peguei o copo com um líquido verde, o cheiro era forte, parece muito acetona.
— Tudo bem. - eu virei de uma vez sentindo ferver na minha garganta. Tremi todo o meu corpo quando o gosto amargo se misturou na minha língua. Foi impossível não fazer algum barulho de nojo.
Ouvi Atsumu rir.
— Acho que quero mais um. - coloquei o indicador nos lábios, apesar do gosto horrível ainda queimar na garganta, a sensação era ótima, na situação que eu me encontrava queria provar mais disso.
— Quer que eu vou pegar mais? - comentou e eu neguei.
— Eu vou.
Quando respondi já estava andando pelos corredores, a música alta pelo redor relaxa o meu corpo, e eu me mexia conforme a batida seguia em meus ouvidos. A cozinha era enorme e ficava no final da casa, havia bebidas por toda a extensão, geladeiras abertas com mais álcool e gelo, quando encostei num balcão cheirei algumas garrafas até ver um líquido totalmente transparente, era como água e cheirava mais forte. Em um segundo fechei os olhos e virei garganta abaixo no bico mesmo.
Foi um gole enorme, que desceu como veneno pela minha garganta. Meu olho ainda estava fechado quando o líquido parou de descer, e o ecstasy do álcool já estava começando fazer efeito pelo meu corpo, sacudi um pouco a cabeça quando finalmente decidi abrir os olhos.
Meu olhar foi de encontro a um garoto, ele me observava do outro lado do balcão de braços cruzados, dei um leve sorriso para ele, como resposta ele apenas arrumou seus óculos com dois dedos.
— Você quase virou uma garrafa de vodka inteira, se quer se matar beba álcool puro de uma vez. - apoiou a mãos tirando a garrafa dos meus braços.
— Estava afim de experimentar. - dei de ombros.
— Posso fazer alguns drinks, é bem mais gostoso do que beber puro. - piscou e apontou para algumas frutas na fruteira da mesa.
— Eu adoraria. - concordei enquanto trocávamos de lugar.
Me sentei no banco enquanto o garoto mexia em alguns copos e bebidas ali. Enquanto espera meu drink eu reparei nele, ele era alto, o cabelo loiro bagunçando destacava seu rosto, os óculos bem arrumados deixava-o com o ar de sério. O seu tom irônico e sínico também não passou despercebido por mim.
— E então, de qual escola você é? - perguntei lembrando que provavelmente ele fazia parte de algum time de vôlei.
— Karasuno.
Levantei a sobrancelha, não conhecia esse time mas sempre ouvi falarem sobre, principalmente do último campeonato que eles haviam ganhando do tão temido Inarizaki.
— E você? - me perguntou chamando minha atenção. Eu demorei um pouco pra raciocinar.
— Inarizaki, estou com alguns amigos, fiz bico apontando para a porta fora do local.
Ele concordou enquanto terminava de por um morango na borda da taça a minha frente. O drink parecia muito bom e tinha uma estética linda, lambi lentamente os lábios.
— O que é? - apontei para baixo.
— Saquê de morango, prove, está doce como seu cheiro.
Sorriu descaradamente, no momento eu não liguei, apenas fiz o que mandou, e quando o forte da vodka se misturou com o morango nos meus lábios foi diferente no começo, mas o final era bom.
— Não é ruim. - comentei rindo.
— Você já está bebada, não é? - riu e eu ri junto.
— Não estou, apenas alegre, é normal né? - ele concordou enquanto levava um morango a boca.
— Você disse que é estudante do Inarizaki, veio acompanhada com que amigos? - ele levantou meu queixo para olhá-lo enquanto eu terminava de beber a bebida que ele preparou.
— Hm...eu vim - minha voz saiu arrastada, parei de falar assim que outra passou pela minha.
— Ela veio comigo, Tsukishima, algum problema?
Aquela voz. A maldita voz ecoou nos meus ouvidos e eu olhei para trás. Lá estava ele, usando roupas totalmente pretas e apenas com o destaque das correntes em pratas, Suna Rintarou parecia muito bem do que eu estava nesses últimos dias.
— Não - eu neguei. — Eu não vim com você, Atsumu que me trouxe. - balancei meu dedo na sua face. O que me fez percebe que Suna estava usando um delineado roxo, o que disfarça totalmente as olheiras em baixo dos olhos cansados.
— Não testa minha paciência, [Nome] - ele cometeu chamando minha atenção, o que me deixou extremante brava.
— Não testar sua paciência? Quem você pensa quem é para aparecer assim do nada e achar que tem alguma relação comigo? - dei de ombros para ele, estava falando calma, mas por dentro estava nervosa e irritada.
Ele some durante dias depois de jogar verdades na minha cara e outra hora aparece como se nada tivesse acontecendo? Eu já estava cansada dos joguinhos de Suna, extremamente cansada de seu modo de agir que não colidia com o meu.
Ele estava chapado.
— Acho que ela não veio com você, Suna - o loiro sobrou perto do meu ouvido, e eu me afastei, mas senti Suna chegar mais perto, me deixando encurralada perto dos dois.
— Não acho que temos intimidade para você brincar comigo assim, Tsukki. - ele zombou quando comentou o apelido do loiro.
Eu lentamente sai do meio dos dois. Não estava esperando encontrar o moreno aqui, e justamente agora, apesar do álcool no meu corpo, eu ainda sentia meu coração bater mais forte quando notei sua presença. O efeito de etilismo invadia cada vez mais meu sistema, porém eu ainda estava sem coragem para encara-lo.
Quando estava quase cruzando a porta da cozinha um corpo colidiu com o meu. Era Atsumu, ele segurou a lateral dos meus ombros e eu cambaleei um pouco para trás.
— [Nome]? Está bem? Você veio pegar bebida e não voltou mais. - acho que Atsumu pegou um trauma após na última festa eu ter sumido quando falei que iria buscar água para ele.
— Estou, eu só preciso tomar um ar.
— Não, ela não está bem, bebeu demais, vou levar ela embora. - Rintarou se intrometeu na nossa conversa e eu o olhei irritada.
— Não, você não, eu estou bem, e mesmo se não estivesse isso não é da sua conta. - falei cruzando para a sala porém sua mãos seguraram as minhas.
— Estou preocupado com você, [Nome] - ele sussurrou o suficiente para que apenas eu ouvisse.
Mas o que chamou minha atenção foi Atsumu segurando o braço de Suna.
— Eu acho que ela não te quer aqui, Suna. - ele comenteu e um silêncio se espalhou ali.
Eu olhei para os dois confusas, era como se eles esperassem que eu defendesse um, isso era ridículo. Eu neguei com a cabeça e me soltei a força do moreno, correndo para fora do lugar. Eu precisava respirar e lá dentro na presença de Rintarou seria impossível, e mais ainda quando o Miya aparecia.
De alguma maneira eu sentia que era capaz de tudo mas também sentia tudo de modo intenso. Ainda conseguia sentir o toque forte de Rin segurando minhas mãos e sua voz sussurrando meu nome. Aquilo era demais para o meu corpo suportar, eu queria fugir naquele momento, mas também queria chamar Rintarou para ir comigo, e isso estava me matando.
Andando ao redor, a moto de Suna me chamou atenção no estacionamento, estava parada como se fosse uma relíquia, andei até ela, e vi que a chave estava no motor. Fiz uma careta, que idiota deixava a chave na moto?
Talvez ele não fosse demorar!
Meu subconsciente pensou, porém eu afastei essa hipótese, olhando ao redor e vendo que ainda estava sozinha. Num instante eu me peguei subindo na moto, passei minhas mãos alisando ela, porém parando diversas vezes na chave. Eu não sabia dirigir, mas no momento, eu sentia que poderia. Quando criei coragem para virar no motor uma voz me deu um susto repentino, arrepiando cada parte do meu corpo.
— O que está fazendo? - Suna falou próximo ao meu ouvido enquanto sua mão agarrava a minha que segurava a chave.
— Não sei, eu só queria sumir daqui. - eu sussurrei para ele sem olhá-lo, não sabia se tinha coragem para isso.
Senti seu corpo ser jogado atrás do meu, ele se acomodou na moto passando seus braços pelos meus até pararem em minha cintura. Ele fez pressão de leve ali, enquanto levou seus lábios até meu ouvido, proclamando;
— Irei te levar para longe comigo então.
NOTAS:
*fanart do capítulo pega no pinterest.
*desculpe erros ortográficos, esse capítulo não foi revisado.
Tsukki x Suna omg será que vem rinha de bloqueadores?????
obs: estou pensando sobre a fanfic dos gêmeos ainda, caso vir ser um projeto será mais para o próximo mês!!!
a propósito, eu troquei meu twitter, o outro foi hackeado, então, caso alguém queira é @wcatllx
off; vocês estão lendo os cap ouvindo a playlist? não é obrigado mas acho que fica mais gostoso lendo os capítulooooooos
Eu sei que o capítulo foi postado no dia 11, porém desejoso desde já um Feliz dia dos Namorados, amem, porque quem ama descobre as melhoras sensações doces que a vida dá!!!!
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