xxxi. somewhere in the haze, got a sense I'd been betrayed
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
Eu já estava sendo preparada por Cinna para minha entrevista com Caeser. Eu não queria um vestido muito colado por isso Cinna me vestiu com um vestido branco solto longo de manga longa com decote em V que não fosse tão profundo, meu cabelo estava solto e no pé eu usava uma sandália de salto baixo. Minha maquiagem era bem simples realçando mais o meu rosto natural, continha apenas um esfumado marrom e um gloss transparente.
Eu já estava em uma sala junto com Caeser, estávamos sentados em poltronas frente a frente. Ele me deu boas-vindas e conversamos um pouco sobre como vai ser a entrevista. Não demoramos muito para entrarmos no ar.
—Boa noite e bem-vindos a todos de Panem. — ele começou a dizer. — Como muitos sabem, houve uma reviravolta nessa causa rebelde, onde a principal porta-voz da rebelião se juntou a nós, e hoje estamos aqui para responder algumas perguntas. Seja bem-vinda, Lily Snow. — eu sorri assim que ele anunciou meu nome. — Bom, Lily, todos nós estamos muito confusos com essa reviravolta, e gostaríamos de responder algumas perguntas, tudo bem?
—Sim, Caeser, eu sei muito bem o quanto que essas pessoas estão confusas sobre isso.
—Então hoje estamos aqui com algumas perguntas para esclarecer melhor esse assunto. A primeira pergunta: por que decidiu vir para a Capital?
—Porque como Peeta disse há alguns meses atrás, eu não sou uma rebelde. Tudo o que eu fiz foi apenas para salvá-lo, sem intenção de causar tudo isso. Então eu resolvi vir para cá apoiar a Capital, percebi que o lado que estavam me puxando não era o certo a seguir.
Na verdade, nenhum dos dois lados são certos, mas preciso dizer que a Capital está certa se eu quiser salvar Peeta.
—E apesar de tudo isso que aconteceu, meu avô me perdoou e me recebeu de braços abertos. — continuei a falar. — Está cuidando muito bem de mim e do meu bebê.
É mentira, ele fez Peeta quase me matar e ainda ameaçou fazer mal a mim e a minha bebê.
—Seu avô como sempre sendo uma ótima pessoa. — disse Caeser. — Falando no bebê, como está indo a gestação? Que crueldade os rebeldes fazerem você fazer uma revolução estando grávida!
—Está indo bem, ela está bem. — digo colocando a mão em minha barriga. — Apesar de tudo o que aconteceu, está tudo bem.
—Ela? Quer dizer que é uma menina? — confirmei. — Oh meu Deus, Lily! Tenho certeza que Peeta deve ter ficado muito feliz quando soube que seria uma menina!
Se ele fosse o meu Peeta, ele teria ficado muito feliz.
—Ele ficou e muito feliz! Tenho certeza que ele será um ótimo pai!
—Disso todos nós temos certeza! — Caeser sorriu.
A entrevista continuou. Perguntas sobre a rebelião, sobre meu relacionamento com Peeta, sobre nosso bebê. Acho que me dei bem pelo jeito que respondia as perguntas. Com certeza Coin deve estar se remoendo de raiva vendo essa entrevista, ver que o seu querido Tordo se rebelou contra ela. Assim que a entrevista terminou, saí da sala e fui em direção ao meu quarto.
—Você foi incrível. — disse Cinna quando cheguei no quarto. Effie estava junto com ele.
—Se continuar desse jeito o seu plano vai ser muito bem executado! — disse Effie.
—Eu espero que meu avô tenha achado isso tão incrível quanto vocês acharam. — suspirei. — É ele quem tem que ver se eu fui bem ou não, para assim cumprir a parte dele do acordo.
—Mas você foi ótima, Lily. Como você sempre foi na frente das câmeras. — o moreno disse com um sorriso. — E se ele não perceber isso, é porque ele viu a entrevista de olhos fechados.
Eu dei uma gargalhada com essa frase. Mas ainda estava preocupada com a reação do meu avô, se ele gostou e achou que eu fui bem.
—Bom, está na hora do almoço e a refeição já deve estar sendo servida. — diz Effie me puxando delicadamente e Cinna nos seguia. — Ouvi dizer que hoje os cozinheiros fizeram bife de primeira com purê de batata, seu favorito.
Sorri quando ouvi aquilo. Eu amo purê de batata, acabou se tornando minha comida favorita quando vim para a Capital, já que no 12 eu não tinha muita opção de comida, na verdade nem opção eu tinha.
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
—Você está indo muito bem, meu pequeno rouxinol. — disse meu avô com um sorriso. Estávamos no horário do chá da tarde onde eu tomava um chá de erva-doce e comia alguns cookies.
Já havia passado duas semanas desde a minha primeira entrevista na Capital e nessas duas semanas eu fiz umas duas entrevistas. Eu havia completado vinte semanas de gestação e minha barriga crescia a cada dia que se passa. Eu via Peeta quase todos os dias enquanto ele está dormindo e contava da evolução da nossa pequena, essa que está chutando toda vez que eu canto ou converso com ela. Até agora eu não havia decidido seu nome, então ainda estou a chamando de minha pequena opala, quero decidir o nome dela quando Peeta voltar a ser ele mesmo, assim iremos decidir juntos um nome que ambos concorde.
—Ao ver o seu desempenho, irei começar o tratamento de Peeta. — um sorriso surgiu em meus lábios quando ouvi isso. — Mas eu tenho que te informar sobre algumas coisas. O tratamento não é cem por cento eficaz, ainda sim vai restar alguns vestígios do veneno em sua mente, ele pode ter algumas crises futuras mas vão ser mínimas.
—Então, ele não vai voltar a ser totalmente o mesmo Peeta de antes? — pergunto um pouco hesitante.
—Exatamente. Como eu falei, ainda vai ter vestígios do veneno em sua mente, mesmo com o tratamento. — eu abaixei a cabeça um pouco triste e comecei a mexer a colher na xícara para me distrair. — Iremos começar o tratamento hoje mesmo, porém vai demorar uns dois ou três dias para começar a fazer um pouco de efeito, mas só depois de alguns dias que vai fazer total efeito. — eu assenti com a cabeça.
—Obrigada, vovô. — o agradeci enquanto o olhava.
—Você merece, está fazendo muito bem sua parte do acordo, nada mais do justo eu fazer a minha também, não é? — o mais velho sorriu. — Mas continue desse jeito, lembre-se que se você falhar...
—Eu me lembro muito bem, não precisa me lembrar. — o interrompi. — Eu que fiz o acordo, esqueceu?
Ele apenas deu uma gargalhada.
—Claro, por que eu esqueci disso? — vovô ainda continuava com um sorriso no rosto. — Após o tratamento começar a fazer efeito, vocês dois vão começar a fazer entrevistas juntos.
Eu assenti com a cabeça e voltei a bebericar o meu chá enquanto comia os cookies em silêncio. Por parte estou chateada que o tratamento não vai ser cem por cento eficaz, e que ainda vai ter vestígios do veneno em Peeta, ele ainda tem chances de ter crises e isso é o que mais me preocupa. Apesar disso, ele ainda vai ser o mesmo Peeta de antes? Espero que boa parte dele ainda esteja intacta mesmo depois disso tudo.
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
—Ele está começando a ter os efeitos do tratamento, parece que algumas lembranças em relação a você estão voltando. — explicou Cinna enquanto andávamos em direção ao quarto hospitalar de Peeta. Eu estava um pouco aflita, eu só o via quando ele estava dormindo e vai ser a primeira vez depois disso tudo que irei vê-lo quando ele está acordado. Meu medo é de ele me atacar de novo. — Fica tranquila, Lily, ele não vai te machucar. Pela sua segurança e a da sua filha, Peeta ainda está amarrado. Você é a única que pode falar para ele quais lembranças são reais ou não, vai ajudar no tratamento.
Já fazia dois dias que começaram o tratamento de Peeta contra o telessequestro e parece que está começando a surgir efeito. Eu só espero que dê tudo certo.
Chegamos na porta do quarto hospitalar de Peeta e eu consegui vê-lo através da janela que tinha na parede que dava visão para o seu quarto, ele estava novamente desenhando em um caderno de desenho. Respirei fundo antes de entrar no quarto. Peeta olhou para mim assim que entrei.
—O que está fazendo aqui? — perguntou.
Meu coração se acelerou quando ouvi sua voz. Fazia tempo que não a ouvia, já que eu só o visitava quando ele estava dormindo. Seu olhar transbordava ódio, o que fez meus olhos começarem a se encher de lágrimas. Se o tratamento está fazendo efeito, não sei o que seria se não tivesse fazendo efeito.
—Eu vim te ver. — o respondi e coloquei a mão em minha barriga. — Nós viemos te ver.
Ele deu um riso irônico.
—Nós? Você e essa coisa que você carrega? — ele disse com sua voz transbordando ódio, isso fez uma lágrima cair e um nó se formar em minha garganta.
—Essa coisa é a nossa filha. — digo com a voz embargada.
—Como posso saber se ela é realmente a minha filha?
—Porque você foi o único que eu fui além de beijos.
—E como me garante isso? Como posso saber se você não dormiu com outro cara? Como aquele Gale. — seu rosto estava tenso e sério, completamente do Peeta, meu Peeta, meu Peeta com rosto gentil e sorridente, com olhos brilhando de amor toda vez que me via. — Eu me lembrei de uma coisa, em relação ao dia que te dei aquele dinheiro. Minha mãe me deu vinte dólares para fazer compras para o almoço de aniversário do meu irmão, quando eu estava indo para o mercado eu passei pela praça e vi você cantando junto com o Bando e resolvi parar para te assistir. Foi aí que percebi em seu estado, mais magra do que há dois dias atrás e aparência meio abatida, insinuando que vocês estavam passando necessidade e estavam sem comer. Olhei para o pote que vocês deixavam para receber dinheiro dos shows e estava completamente vazio. E então, eu dei o dinheiro que era para o almoço de aniversário do meu irmão para você. Ao chegar em casa, minha mãe me bateu e me deixou trancado para fora de casa, no mesmo dia a noite choveu, e mesmo assim ela não abriu a porta de casa, eu dormi na chuva. Acordei doente no dia seguinte.
—Aquele dinheiro foi a nossa salvação, não comíamos há dias.
—Por que eu levaria uma surra e dormiria na chuva por você?
—Porque você é gentil, generoso, e diziam que você me amava.
—E você me amava? — perguntou de um jeito ríspido e frio.
—Peeta, é claro que eu te amo. — digo da forma mais sincera que pude enquanto me aproximava de sua cama.
—Não se aproxime! — ele disse me impedindo com a mão. Suas pupilas estavam reduzidas demonstrando o ódio que ele sentia. — Se me amasse de verdade, não teria me usado para suprir sua carência. — seu jeito de falar era ríspido.
—Se eu não te amasse de verdade, por que eu estaria aqui? Por que eu estaria fazendo de tudo para te salvar? Parece que meu avô só te torturou para me atingir.
Peeta ficou um pouco pensativo antes de falar alguma coisa.
—A única coisa que eu sei, é que eu poderia ter me poupado de muito sofrimento, se eu tivesse apenas ido direto para o mercado.
Pronto, se antes eu estava com vontade de chorar agora as lágrimas começaram a cair sem parar. Tenho a sensação de que meu coração se partiu em mil pedacinhos. Não teve efeito coisa nenhuma! Parece que ele ainda continua com o mesmo ódio que teve quando tentou me matar.
—Você está certo. — digo com a voz embargada e funguei logo em seguida. — Eu teria te poupado de muito sofrimento se eu tivesse apenas morrido no lugar do Gavin naquela arena. — Eu funguei novamente. — Eu não deveria ter vindo, me desculpa.
Eu me virei e caminhei até a porta para sair do quarto. Só iria voltar para lá quando ele estivesse dormindo ou quando o tratamento fizer mais efeito.
—Aquela música... — sua voz me fez parar. — Aquela música que você cantou aqui, era sobre nós?
Eu me virei para ele um pouco surpresa. Ele ouviu a música?
—Eu achei que você estava dormindo...
—Era para eu estar, eu fingi que estava dormindo assim que você entrou, por isso ouvi tudo, até mesmo a música. — explicou. — Me desculpa... — ele disse com a cabeça baixa. — Eu não sei mais dizer o que é verdade e o que não é.
—Por que você não pergunta? — sugeri enquanto me aproximava novamente dele. — É a melhor solução para saber. Pode perguntar a Effie, Cinna, até mesmo para mim.
Ele ficou um pouco pensativo. Talvez eu consiga responder a suas perguntas, na verdade eu posso responder, a maioria de suas dúvidas são em relação a mim. Preciso que ele faça perguntas para se lembrar de mim, da Lily, aquela que ele amou e que o ama também.
—Sua cor favorita é azul, não um azul escuro e forte, um azul turquesa como algumas pedras preciosas. Isso é real?
—Sim, é real. — um pequeno sorriso ameaçou sair de meus lábios. Ele lembrou algo sobre mim! Algo bom pelo menos. — E a sua é laranja. Não aquele laranja brilhante, mas sim o laranja suave como o pôr do sol.
Ele fecha os olhos ligeiramente, talvez tentando visualizar aquele pôr do sol, e em seguida balança a cabeça afirmativamente.
—Obrigado.
Porém, mais palavras se seguem:
—Você é pintor. Você é padeiro. Gosta de dormir com a janela aberta. Nunca põe açúcar no chá. E sempre dá dois nós nos cadarços.
Nessa hora mais lágrimas começaram a cair e eu comecei a soluçar. Eu estava me permitindo ser fraca, e não é só naquele momento. Aqui eu não sou o Tordo, nem a porta-voz da Capital, eu não sou Lily Snow, neta do presidente Coriolanus Snow e Vitoriosa da septuagésima segunda edição dos Jogos Vorazes, agora eu sou apenas a Lily, a que um dia foi a Lily dele.
—Me perdoa, por favor. — eu dizia com a voz trêmula e embargada. — Eu deveria ter me matado na arena para te tirar vivo de lá, você ainda seria o meu Peeta. — um soluço escapou de meus lábios.
—Ei, calma. — disse com seu tom de voz suave. Sua mão foi para o meu rosto, onde ele começou a limpar as lágrimas com o polegar. — Sabe, eu não entendo, como que você era a pessoa que mais me dava forças para aguentar aquele inferno e agora eu tenho medo de você.
—Eu prometo que irei te tirar disso. Eu prometo que irei nos salvar e iremos ser felizes com a nossa filha no 12, eu prometo. — coloquei minha mão sobre a sua que ainda estava em meu rosto.
—Eu... Acredito em você. — ele disse um pouco hesitante. — Você é a Garota Arco-Íris, sempre aparece durante uma tempestade.
Eu dei uma pequena gargalhada quando ele disse isso, o que fez ele sorrir. Ele está ali, o meu Peeta vai voltar, o garoto do pão, que é gentil e tem um coração doce como mel. Meu avô quis tirar ele de mim, mas eu tinha outras cartas na manga, isso fez ele aceitar o acordo de tratar o telessequestro do Peeta.
—Minha mente ainda está uma confusão em relação a você, mas diferente da minha mente, meu coração está bem decidido e consciente. Minha mente pede para eu te afastar por você ser uma ameaça mas meu coração te quer mais do que tudo, porque ele é seu. Você pode quebrar ele, mil vezes se quiser, mas ele é seu, sempre foi seu, Lily Snow. — senti meus olhos começar a arder, indicando que eu ia chorar novamente. — A Capital pode mudar minha mente, mas nunca vai ser poderosa o suficiente mudar o meu coração, para mudar meus sentimentos por você. — sua mão pousou em minha barriga, onde permaneceu ali. — E o resultado deles foi ela, nossa filha. — ele sorriu, fazendo eu sorrir também. Agora sim é o meu Peeta falando e agindo, não aquele Peeta que vi quando entrei em seu quarto. — Me desculpa, Snow disse que possivelmente ela não seria a minha filha, e...
—Mas ela é. — o interrompi e coloquei minha mão livre sobre a sua que estava em meu ventre. — Acredite, só você me tocou daquele jeito, só me entreguei a você e mais ninguém.
Foi questão de segundos quando senti o chute forte da minha pequena, onde nossas mãos estavam pousadas.
—Ela é forte. — disse Peeta olhando para a minha barriga um pouco surpreso quando sentiu o chute.
—Que nem o pai. — eu sorri quando ele voltou a olhar para mim. — Ela é forte e saudável. Ela ama a minha voz quando eu canto e com certeza deve ter gostado do seu toque.
Meus olhos olhavam nos castanhos cor de mel do seu. Suas pupilas estavam dilatadas e brilhando. Seu olhar me causava paz, como sempre causou. Eu poderia ficar olhando em seus lindos olhos para o resto da minha vida. Como eu disse em minha música, eu poderia morrer em seus olhos. Nossa troca de olhares foi interrompida quando ele fechou os olhos e os apertou fortemente.
—É melhor você ir. — ele disse abrindo os olhos e me olhando novamente. — As vezes eu estou lúcido e consciente de minhas ações, mas as vezes eu começo a agir como um sonâmbulo. Não quero fazer nada que machuque vocês duas.
—Eu não quero te deixar sozinho.
—Lily, você nunca me deixou sozinho.
Peeta ergueu a manga da sua blusa branca de hospital e mostrou seu pulso, onde estava a minha pulseira de lírios que havia dado a ele na noite antes da nossa entrevista.
—Você está usando... — digo com a minha voz embargada por causa da emoção que senti quando vi minha pulseira em seu pulso. Ele ainda usa.
—É a única forma de te ter ao meu lado. Eu nunca tirei, foi a nossa promessa, esqueceu?
Eu dei uma gargalhada.
—Claro, como eu iria esquecer. — ele deu uma gargalhada também. Eu me aproximei do loiro e depositei um selar em sua testa. — Eu volto depois, tudo bem?
—Estarei te esperando.
Eu sorri e contragosto me virei e comecei a andar em direção a porta para sair do seu quarto.
—Lily. — virei meu rosto quando ele me chamou. — Diga aos médicos que quero te acompanhar no próximo exame para ver a nossa filha.
Eu sorri, acho que o maior sorriso que dei desde quando entrei naquele quarto.
—Eu direi.
Eu sai do quarto e Cinna e eu começamos a andar até o meu quarto. Apesar de ser pouco, eu estava feliz por ter aquela conversa com Peeta, pelo menos o tratamento já está fazendo um pouco de efeito e isso é ótimo!
Vovô, se prepare, sua sentença de morte já está assinada e apenas esperando o momento certo para acontecer, e eu mesma irei te matar com as minhas próprias mãos, por tudo que você fez.
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
—Eu tenho uma coisa para te mostrar, lá no Círculo da Cidade. — disse meu avô quando entrou em meu quarto.
Eu estava tocando piano antes dele entrar e falar isso. Já havia se passado três dias depois daquele dia que visitei Peeta, ele já estava melhorando um pouco, tendo poucas crises, mas os médicos dizem que ainda não é cem por cento seguro ficar com ele ainda. Quando pedi para soltarem ele para o mesmo ir para o ultrassom comigo ver nossa filha, eles recusaram no mesmo instante dizendo que seria perigoso e que não era a hora certa dele sair do quarto. Fiquei chateada, mas temos que seguir as ordens dos médicos.
Como eu já estava aparentemente arrumada, apenas me levantei e segui meu avô até a saída da mansão. O carro nos levou até a Avenida dos Tributos, que ainda está um pouco movimentada, as lojas ainda estão abertas, nem parece que estão em guerra. Ao chegar onde fica o palanque onde meu avô dá os seus discursos costureiros, fiquei surpresa ao ver algo diferente onde fica a carruagem dos tributos quando fazem o Desfile. Uma árvore, não uma árvore qualquer, uma árvore igual aquela música que cantei no Distrito 12. Uma árvore-forca. Pelo menos como eu imagino que ela deveria ser.
—Pedi para plantarem essa árvore algumas semanas atrás.
—E por que quis plantar essa árvore? — pergunto olhando para ele, que estava olhando para a árvore.
—A árvore simboliza a rebelião e os rebeldes. Se a Capital vencer, o que acho bem mais provável, irei cortar a árvore indicando o fim da rebelião. Caso os rebeldes vencerem, eles podem me enviar para a forca e a árvore permanecerá aí para indicar a vitória dos rebeldes.
—É muito estranho essa metáfora. — digo voltando a olhar para a árvore.
—Não mais estranho do que o seu amigo fez. — eu imediatamente voltei a olhar para ele.
—Que amigo?
Eu vi ele sorrir.
—Alguns dias antes do resgate acontecer, eu recebi uma carta, de um amigo seu, onde dizia que iria ter um plano de resgate para resgatar os Vitoriosos e pediu gentilmente que eu move-se o senhor Mellark de lugar para impedir o seu resgate. De acordo com ele, era para não dificultar o plano dele de te conquistar. Mas é claro que ele não te conhece muito bem, visto que não imaginava que você viria até mim para salvar o senhor Mellark. — ele explicou, mas a dúvida de quem seria ainda não foi resolvida.
—Quem foi o amigo, vovô? — perguntei novamente, de um jeito firme.
—Ah, aquele do Distrito 12. Qual é o nome dele mesmo? James? Jale? Hale?
Meu coração começou a errar as batidas quando pensei em quem supostamente seria. Senti que fiquei pálida como papel. Não, não pode ser.
—Gale...?
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
━━━━━━━━ ❆ ━━━━━━━━
Desde já quero pedir desculpas pela demora e pelo meu sumiço de poucos dias, mas irei explicar tudinho para vocês.
Bom, era para esse capítulo ter saído na sexta ou no sábado, mas, sexta-feira de madrugada eu passei muito mal, senti dor na região do abdômen, mas tomei um remédio e melhorei depois de alguns minutos. De manhã cedo eu acordei com a mesma dor e fui para o hospital, onde fiquei das 10:30hrs da manhã até mais de 17hrs da tarde. O resultado foi que: estou com suspeita de pedra no rim. Isso me deixou muito mal e abalada, primeiro porque perdi meu convênio, segundo que tive que mudar completamente minha alimentação, e terceiro que tive que aguentar falas de todos dizendo que eu estou assim por causa da minha péssima alimentação, sendo que isso poderia acontecer com qualquer um. Eu só comecei a melhorar das dores no domingo, e só irei descobrir se é pedra no rim mesmo amanhã (no caso hoje já que estou postando esse capítulo de madrugada). Juntando o fato de eu estar um pouco abalada com essa situação e as dores, não consegui escrever. Mais uma vez desculpa pela demora🥺
Enfim, vamos falar do capítulo, que ficou maior do que eu imaginava😃
Tivemos cena do nosso casal! O tratamento vai começar a acontecer e em breve eles vão estar bem de novo🙂
Esperavam pelo plot do final? Gale como sempre sendo um merda😻
Essa coisa da árvore-forca vai ser muito importante! Por isso coloquei ela nesse capítulo😃
A cena deles dois no quarto do hospital, meu Deus eu amo tanto eles😭🫶🏻
Eu ainda estou fazendo a playlist da fanfic do Finnick e logo irei fazer a capa, por causa de toda essa situação acabei não terminando de fazer. Pretendo postar o capítulo introdutório no máximo até semana que vem🙂
Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas tem vezes que passa despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top