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~ dois adolescentes e suas brigas ~


As três primeiras horas de voo se provaram silenciosas, ambos colocaram seus fones de ouvidos e fizeram suas próprias coisas. Min-Ho ouvindo músicas desconhecidas, e Phailin assistindo a um dorama novo, All of us are dead.

Os dois estavam lado a lado, mas fingiam não notar a existência do outro. Eram bons naquilo, como provado anteriormente.

A Wongchai pensou em contar a ele que estava prestes a fechar um contrato com sua cantora favorita, dizer que iria fazer a abertura de seus shows da turnê, e passaria as próximas férias ocupada. Cogitou mostrar a ele suas novas músicas, e pedir sua opinião sobre as letras, explicar que suas férias foram divertidas, e até que sentia sua falta.

Mas ela nunca faria aquilo.

Não iria dizer a ele, porque varias das músicas novas eram desabafos seus, sobre como Min-Ho fazia falta, do quão magoada estava, e sobre como aquele término, sem fim real, a feria.

Phailin estava prestes a chorar, vendo o personagem Gyeong-su ser acusado pela turma de ser um zumbi, por culpa de Lee Na-yeon. A tailandesa tinha os olhos marejados e as mãos sobre a boca, quando alguém arrancou seus fones brutalmente, a arrancando do estado de nervosismo e imersão.

Ela pareceu ofendida, e o culpado riu dela.

—— MIN-HO SEU FILHO DE UMA GRANDE MÃE COREANA!

O garoto zombou, ainda segurando seus fones, quando Phailin soltou o cinto, e se lançou sobre ele, depositando em seus braços vários tapas, que o faziam estremecer e xingar a tailandesa.

Ele segurou a cintura de Phailin quando a garota quase caiu, mas essa ação não a impediu de xingar ele novamente, especialmente quando Min-Ho decidiu que iria fazer cócegas nela.

Sem pensar muito, é claro.

A aeromoça ao lado deles arregalou os olhos, olhando para os chefes em busca de ajuda. Ela havia pedido ao garoto ajuda para falar com a adolescente, só queria apresentar as opções de jantar, mas acabou causando uma confusão entre os dois colegas.

Min-Ho estava se divertindo em irritar a garota, que não parecia notar estar caindo em uma armadilha do ex-amigo.

—— Mimadinha do caralho.

A Wongchai mordeu o lábio inferior irritada, puxando o fone de ouvido para si, e enrolando contra o pescoço dele, como se fosse o enforcar, o ouvindo sufocar.

—— Socorro! —— ele pediu assustado, para a moça que tentava afastar a adolescente dele, as mãos do garoto, que a antes a segurava, tentando empurrar a mais nova de cima dele.—— ela vai me matar!

—— Não —— negou, e apertou o fio com mais força, sentindo a moça a puxar para cima, seguindo de vários pedidos de ajuda. —— só quero apagar ele da existência da terra.

Um segurança foi chamado, atraindo a atenção de Kitty, da classe econômica, que mandava mensagens a Peter, seu cunhado. A americana tentou se levantar, curiosa, mas foi impedida pela equipe do avião.

Min-Ho suspirou aliviado quando o fone arrebentou, e quase zombou da menina, que ainda era segurada pela aeromoça e um segurança. Mas seus olhos a estudaram primeiro, os cabelos bagunçado e bochechas vermelhas de irritação.

Ele nunca havia a visto tão irritada.

—— Senhorita, se acalme —— o segurança pediu, a levantando mais, enquanto a mais nova jogava seu travesseiro no colega.

O adolescente riu dela, mas segurou o pescoço, checando se estava bem, respirando fundo.

—— Pode soltar ela —— disse após se olhar no espelho que carregava, recebendo olhares confusos. —— ela é um cãozinho com raiva, posso lidar com ela.

—— CÃOZINHO?!

Min-Ho riu novamente, zombando dela com as mãos. Antes de olhar para a aeromoça com falsa educação.

—— Pode ser macarrão com frutos do mar para ela —— disse, irritando Phailin novamente, mas o garoto não encarou a menina, focado. —— ela tem alergia a mel, então sem sobremesa.

A aeromoça acenou, sem entender o que havia presenciado, e o segurança deixou a Wongchai de pé no chão do avião, ambos atentos aos próximos passos da menina.

Phailin estava irritada, mas especialmente confusa. Ele a ignorava, tratava mal, mas ainda sim, se lembrava do que tinha alergia.

—— Podemos trocar vocês de lugar —— sugeriu o segurança, sem se afastar muito.

Os dois dois adultos trocaram um olhar assustado, que dizia claramente que não confiava neles sozinhos, como se Phailin fosse tentar matar o adolescente com as plumas de seu travesseiro.

—— Sim, por favor!

—— Não será necessário!

Phailin e Min-Ho franziram o cenho. Como se fosse uma competição nova, mas dessa vez a Wongchai ganhou, sua nova poltrona sendo três a frente dele, para alegria da tailandesa e alívio funcionários.

Min-Ho se xingou.

Phailin Notas

Além de me fazer estragar um fone, Min-Ho me gravou dormindo, e fez uma figurinha! Um babaca.

Mandar mensagem ao papai pedindo um fone novo, e pedir a mamãe que mande presentes de desculpas a tripulação do avião.

Ps: Totalmente irritada. Como pude ser amiga desse garoto um dia? E pior, o beijar. Eu tava maluca.

A Wongchai tentou encontrar Katherine Song Covey, mas não teve sequer tempo para isso. Seu braço foi puxado por uma figura familiar assim que passou pelo corredor de desembarque.

Sairin foi amiga de sua mãe no passado, e era a governanta da casa da família em Seul. A Tailandesa adulta tinha um filho, Tawwa, da idade de Phailin, e os três viviam juntos na mansão, a senhora era a responsável por levar a adolescente para a escola todos os dias e garantir que ela estivesse bem.

—— Senti sua falta —— a menina abraçou a mais velha, sorrindo alegremente, se esquecendo da raiva que passou antes.

A senhora abraçou a mais nova com carinho, tendo passado meses longe da figura que se tornou como sua filha. Phailin não havia crescido um único centímetro, mas estava diferente.

—— Também senti —— disse suavemente, acariciando o rosto da menina —— Vai ser uma loucura, não solte minha mão.

Phailin franziu o cenho, e assim que seus pés tocaram o lado comum do aeroporto de Seul, uma grande quantidade de seguranças a rodeou, a pedido de seus pais, provavelmente.

Eles usavam os selos da família nos ternos pretos, e tinham aparência familiar de quem havia visto a adolescente crescer.

—— Droga —— resmungou quando sentiu uma nova onda de pessoas se aproximar, com câmeras nas mãos e muitas falas juntas.

Muitas pessoas novas a assustava. Estar na frente de um palco já a deixava nervosa, se fosse honesta, a tailandesa passava mal antes mesmo de seminários.

—— Anda logo, Wongchai. Deixe de ser lerda.

Uma mão nova empurrou a base de sua cintura, a guiando para andar, enquanto a Wongchai fechava os olhos desorientada, vários flash surgiram cegando seus olhos, antes de um óculos escuro ser empurrado para seu rosto, a garota viu o rosto rabugento de Min-Ho, dono da mão em sua cintura, e do óculos, segundos de ser arrastada para o carro da família, que tinha uma pequena bandeira da Tailândia a frente, significando que era mandado pelo governo.

Phailin sentiu falta da mão em sua cintura, assim que se sentou no banco de couro, a porta se fechando logo atrás dela. Ergueu o óculos escuros para cima dos cabelos, confusa.

—— Cadê ele?

Sua governanta, Sairin, franziu o cenho ao lado dela.

—— Min-Ho —— esclareceu quando o carro entrou em movimento, ela se colocou de joelhos no estofado do carro, seus olhos tentando ver o garoto entre os fotógrafos que ainda tiravam fotos dela.

A senhora bufou descontente.

—— No carro de trás, seus pais decidiram separar vocês pela briga de antes —— contou, puxando a adolescente para se sentar corretamente —— é o castigo de vocês. Coloque o cinto.

Phailin colocou o cinto de segurança, resmungando sobre ser um presente de Deus estar longe do garoto, mas a governanta não ouviu.

A Wongchai não tirou os óculos escuros do cabelo, e manteve consigo para entregar ao dono durante a festa de boas-vindas.

Eai pessoas? ❤️

Qual sua música preferida do momento?

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