C'est anxieté parter

Boa leitura!
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Depois de saber sobre a história de Park, Jungkook estava mais pensativo e desligado que o normal no trabalho. Ele estava obviamente preocupado, Jimin não se alimentava direito e não queria sair de casa. A situação era delicada, pois se tratava do psicológico dele, e tinha medo de que em sua ausência acontecesse algo, mas ele precisava trabalhar.

- Jungkook... Jungkook! - Hoseok gritou tirando o outro de seus devaneios. - Você ouviu o que eu disse?

- Perdão, não. -- passou a  mão pelos fios negros completamente perturbado.

- É sobre Jimin não é? Yoongi me contou. - Sehun acomodou-se na cadeira do escritório.

- É exatamente isso, ele está muito mal. Não  se alimenta direito, tenho medo que ele pegue alguma anemia ou algo do tipo.

- Isso é medo do pai dele? - o outro assentiu. - Então fica um pouco difícil ajudar.

- Eu não sei o que fazer, não é como se eu pudesse ir na casa do pai dele e ameaçar ele a ficar longe do Ji. - Jeon disse e depois sorriu, uma idéia surgindo em sua mente.

- Ei, você vai ameaçar ele? - Jung parecia confuso.

- Mais ou menos. Por que de repente eles vieram atrás do Jimin? Sendo que não tentaram o encontrar todos esses anos? - O outro franziu o cenho. - Ji me contou que ele sabia o meu nome.

- Talvez tenha visto no noticiário? Ou na internet? - concordou. - Você é famoso, é fácil saber quem você é. Não estou entendendo onde você está querendo chegar.

- E se for por dinheiro?

- Faz sentindo, Jimin casado com você vira um milionário também.

- Exato! Eu vou oferecer dinheiro para mantê-lo longe.

- Não acho que vá funcionar. - Hoseok diz, fazendo Jeon franzir o cenho.

- E por quê não?

- Pensa comigo. Jimin irá virar milionário, ou seja, dinheiro suficiente para bancar o papai por muitos anos. Acha mesmo que ele vai aceitar dinheiro que irá durar pouco tempo? Claro que não, para ele o "filho" é uma fonte infinita de riqueza.

- Tem razão. Por quanto tempo eu fico na cadeia por mandar matar alguém?

- Ok, você já está perdendo o juízo. - riu da pergunta do outro. - Liga para o Namjoon, peça para investigar sobre o pai dele. Se o irmão estava no shopping, o pai não pode estar muito longe. É questão de tempo até ele querer fazer contato com Jimin.

- Vou fazer isso, mas vou me precaver também. - pegou o seu celular e disca um número, que depois de alguns segundos o atende. - Seokjin? É o Jungkook, preciso de um favor seu.

[...]

Yoongi está na casa de Jeon, tentando empurrar uma colher de sopa para a boca de Jimin. Ele estava tentando fazer o loiro comer o dia inteiro, mas ele se recusava. Min já estava começando a ficar estressado com a teimosia do menor, ele não havia se alimentado bem desde o encontro com Seon a alguns dias atrás.

- Jiminie... Come essa sopa antes que eu enfie ela na sua garganta!

- Não estou com fome, Guinho.

- Jimin, pelo amor de Deus, você precisa comer! Jungkook está preocupado, você vai acabar passando mal. - insiste com a feição triste.

- Ok...

Mesmo contra sua vontade, Jimin tenta comer. Faz três dias desde o encontro com Seon no shopping. Ele tem ficado angustiado, constantemente tendo pesadelos e crises de ansiedade. Mesmo que todos dissessem que estava tudo bem e que não precisava se preocupar, ele tinha medo, medo de que seu pai o levasse.

Cada colher de sopa que o menor levava para a boca seu estômago reclamava, ele não havia comido quase nada nesses três dias, - literalmente nada. - Apenas bebia alguns copos de água e mastigava algumas bolachas de água e sal para se livrar do enjôo. Seu corpo rejeitando qualquer tipo de alimento que ele tentasse ingerir, mas se forçou a comer, já que seu corpo estava começando a ficar fraco.

Porém quando estava na metade da tigela sentiu ânsia e colocou a mão na boca, largando a colher. Yoongi lhe lançou um olhar preocupado antes do menor correr para o banheiro mais próximo, vomitando toda a sopa. Sua barriga doendo pelo esforço do seu corpo de eliminar o alimento. Min estava ao seu lado massageando suas costas, enquanto observava seu amigo soltar gemidos dolorosos toda vez que seu interior se contraia fazendo força. Quando não havia mais nada em seu estômago se sentou no chão, apoiado na privada.

O amigo pegou uma toalha e umedeceu um pouco com água antes de entregar ao loiro. Jimin limpou a boca, sentindo o vazio lhe atingir com força, junto com as lágrimas que voltaram a molhar suas bochechas. Nem sabia mais porque estava chorando, sentia seu peito apertar enquanto suas mãos tremiam, vários pensamentos horríveis rondavam sua mente. Era um sentimento horroroso que ele não sabia de onde vinha, junto a um choro descontrolado.

- Eu estava tão feliz, Gui. - Ele disse com a voz embargada. - Jungkook me faz tão bem. Ele não merece isso, eu faço mal a ele, só o preocupo com os meus problemas. Ele seria mais feliz se não tivesse me conhecido.

- Ei, Minie, não diga isso. - o abraçou. - Ele ficaria muito triste se ouvir você dizer isso. Ele te ama e é feliz com você, caso o contrário ele não te pediria em casamento não é?

- Mas...

- Não escute os seus pensamentos, isso é a ansiedade falando, não você. Ele ficaria bem mais triste sem você ao lado dele, ele te ama.

- Eu também amo ele, muito. Eu quero melhorar, mas eu não consigo. Eu sinto medo, meu peito dói e eu não sei o que fazer para parar.

- Você vai melhorar, acredite em mim. Você vai voltar a sorrir radiante, como sempre sorriu. - o loiro riu minimamente. - Jungkook não vai deixar seu pai chegar perto de você, ele irá te proteger.

O menor assentiu e se afastou do abraço de Yoongi para limpar as lágrimas. Eles se levantaram, o menor sentindo automaticamente a pressão vacilar, denunciando sua fraqueza. Eles seguiram para a sala onde o menor se sentou e encostou a cabeça no encosto, seu corpo estava soando excessivamente, ele podia sentir sua boca começar a secar.

- Jisoo está aqui? - O loiro perguntou vendo o outro assentir. - Vou pedir para ela te preparar uma comida leve, enquanto isso vou a farmácia comprar algum remédio para te ajudar com as ânsias, ok?

Jimin assentiu e Min foi em direção a cozinha. Park estava mal, tanto fisicamente quanto psicologicamente, ele sempre teve crises de ansiedade. Obviamente Jeon não sabia da maioria delas, mas ele nunca teve uma tão forte a ponto de ter ansias. Sua situação era ridícula e lastimável, em sua cabeça só tinha pensamentos do quanto ele era patético.

Mas não tem um dia que ele durma que ele não se lembre dos socos, dos chutes e dos xingamentos. O olhar de ódio de Seon, ou até mesmo de lembrar da última vez que viu sua mãe. Quando se lembrava disso durante as noites ele começava a chorar baixinho, Jungkook sempre o aconchegava em seu peito, passando todo seu carinho por apenas um gesto.

Ele tentaria melhorar, se não por ele mesmo, por Jeon. Não iria deixar que seu conturbado passado destruisse seu relacionamento, que o fazia tão bem. Mesmo que fosse difícil, ele iria a um psicólogo, até a um psiquiatra se fosse necessário. Mas ele iria melhorar, ele merecia ser feliz também, a culpa não era dele.

Passou alguns minutos e logo Jisoo apareceu na sala chamando-o para comer, ela havia feito um sanduíche e um suco para que ele comesse. Ele se levantou do sofá para ir até a cozinha, todavia quando se colocou de pé uma tontura forte adornou sua cabeça, fazendo-o se apoiar no sofá, buscando sustentação.

- Jimin? Você está bem? - A governanta perguntou preocupada.

- Sim... Foi só uma tontura por ter me levantando muito rápido. - sorriu para ela.

Mas a verdade era que sua visão estava um pouco turva e seus membros ameaçavam cederem. Sem tirar o fato de que parecia que havia uma prensa em sua cabeça, sua respiração se tornando difícil e dolorosa. Ele cambaleou colocando a mão na cabeça, Jisoo indo em sua direção. Mas antes que ela pudesse segurar, seu corpo foi de encontro ao chão.

- Jimin!

Ele estava com os olhos fechados, não conseguindo força para abri-los. Estava ouvindo vozes ao fundo, gritos de ajuda, e passos apressados indo em sua direção, queria dizer que estava bem, mas seu corpo não se mexia. Sua mente cada vez mais dispersa da realidade, a voz da mulher fora a última coisa que escutara antes de perder completamente a consciência.

[...]

Vozes, era tudo que Park escutava, vozes. E elas estavam altas, parecia uma discussão, sua cabeça estava confusa demais, não sabendo nem reconhecer as vozes. Tentou devagar abrir os olhos, uma luz forte fazendo com que eles doessem pelo esforço. Quando abriu totalmente os olhos enxergou primeiramente borrões.

Piscando várias vezes antes de conseguir focar em algo, ou alguém. Reconheceu estar em um quarto, provavelmente em um hospital. Mas olhando em volta logo reconheceu a silhueta de Jungkook, ele estava ao lado da maca, mas parecia irritado, com Min ao seu lado. Ouvir outras vozes, que estavam a sua direita, e quando olhou para o dono delas seu corpo gelou.

- P-Pai...?

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