▯𝐁𝐎𝐍𝐔𝐒
FEAR STREET
1994
CAPÍTULO BONUS
um novo recomeço
AS BOTAS ESTILO COUNTRY QUE ACELERAVAM pela rodovia pertenciam a uma jovem decidida, mas simpática que, pondo o polegar em riste à beira da estrada, aguardava por uma carona. No entanto, apesar da beleza, de seus cabelos ruivos num corte moderno, da franja sobre a testa combinando com seus olhos de esmeralda delicados que lhe atribuíam um ar angelical, ela foi ignorada por centenas de carros que iam impacientes em direção a Shadyside. Aquele não parecia ser mesmo seu dia de sorte.
── Não é possível. Bem que me disseram que tudo em Shadyside é um tremendo caos. ── balançou a cabeça ── Essa semana parece estar bem agitada!
Sendo interrompida pelo som de uma buzina, apartou os pensamentos e ergueu o olhar, avistando um ônibus amarelo se aproximar de onde estava. Então pensou ser sua chance de ouro, levantou o polegar pela milésima vez naquele dia e sentiu uma mega esperança ao vê-lo desacelerar, correndo para alcançar o transporte e finalmente o alcançou, entrando assim que a porta se abriu, como a porta de um belo palácio e ela realmente se sentiu uma princesa naquele momento, visto que era a única a embarcar. Teria menos dor de cabeça com aquilo.
── Boa tarde! O senhor está indo pra Shadyside? ── perguntou só para confirmar, já tomando seu assento quando o ônibus acelerou.
── Claro, filha! Pode entrar. Vai ser um dia e tanto... ── o homem suspirou.
Ele era meio calvo e vestia um blusa xadrez, parecia ocupado com seus pensamentos. E a moça estava curiosa sobre eles.
── Por que diz isso? ── estalou os dedos.
── Parece que o xerife local morreu. ── ele trincou os dentes, preocupado.
Aquela notícia foi um choque e tanto, a ruiva sequer o conhecia, mas uma figura tão importante quanto o xerife de um condado ou da cidade era algo de se abismar. A violência estava realmente tomando proporções extremas, pensou que talvez Shadyside não passasse de uma cidade fantasma no futuro.
── Morreu?! Ah, meu Deus! Por quê? ── foi tudo o que conseguiu dizer.
── Ninguém sabe ao certo. ── coçou a nuca, movendo o veículo pelas estradas fechadas e cheias de árvores do lado sombrio de Ohio ── Parece ser mais um assassinato brutal por essas bandas.
Demi Berman foi pensando a respeito daquilo o trajeto todo, enquanto olhava através da janela para casas abandonadas e engolidas pela escuridão da floresta, uma melancolia se abatia, as ruas eram esburacadas e o clima pouco favorável. Mas estranhamente, o sol estava radiando naquele dia, mais vibrante que de costume. O que a fez questionar se era o momento propício para aquela pequena visita a cidade? Foi como se algo quisesse que ela estivesse ali, naquele momento.
── Que mal lhe pergunte, está indo fazer o que nessa cidade assombrada? ── o velho aumentou o tom, lhe chamando a atenção novamente.
── Visitar a minha tia... ── sua voz fraquejou entre o som das molas do veículo ── Ziggy. ── afirmou, sem muita certeza.
── Ziggy?... ── repetiu, se certificando de que não havia ouvido mal ── Oh! Não, não a conheço.
── É. Nem eu... ── repousou o queixo na palma de sua mão, tornando a fixar seus olhos no ambiente externo.
Uma pequena lombada que, a chacoalhou por inteira.
Sua cabeça então saltou, sentindo o osso de sua costela bater contra o banco atrás de si e se segurando para não cair, percebeu que não era somente uma lombada, o ônibus em que estava colidiu contra algo, ela notou a preocupação do motorista. Se levantou e se equilibrando nos bancos, aproximou-se dele, olhando pelo grande vidro a frente, seu estômago se revirou, a respiração acelerou de súbito e seus dedos começaram a suar, havia um carro preso a roda esquerda e o motorista era arrastado junto dele.
── Para o ônibus! ── implorou.
── Eu tô tentando. ── ele resmungou.
E quando a engrenagem finalmente o obedeceu, ela sentiu o impacto, tropeçando ao caminhar para a saída do transporte, enquanto o motorista se abanava em seu mesmo lugar, a porta se abriu quando as rodas pararam. E tremendo como nunca em toda sua vida, passo após passo se achegou ao veículo cinza desgastado. O homem estava ali, meio pendurado, mole, todo ensanguentado para fora do carro. Seus lábios balançaram por um instante e a primeira reação que lhe veio a mente, foi fugir dali. Com sua bolsa pendurada ao braço direito, se afastou, nervosa. Talvez não o tivesse reconhecido de primeira, já que não era natural da cidade, mas o homem triturado pelo asfalto, era nada mais e nada menos que Will Goode, o prefeito de Shadyside. E provavelmente uma nova tragédia seria anunciada nos jornais em instantes.
Se bem que, Will tinha todos os traços de uma pessoa que suspeitou conhecer, mas não conseguia dizer quem.
Cruzando a rodovia, encarou uma mansão branca ao outro lado da rua, meio desnorteada, pensou em pedir ajuda para quem quer que morasse naquele lugar, mas foi impedida ao ser surpreendida por duas garotas saindo de dentro da casa. Uma era loira, alta, os cabelos estavam molhados e se juntavam abaixo de seu queixo. A outra possuía cabelos encaracolados, eles estavam cobertos de terra e ambas pareciam ter saído de uma mina explosiva, pois, estavam cobertas de sangue e sujeira. Demi considerou aquilo estranho, sentiu medo, mas entre as duas garotas e voltar por onde veio, preferiu enfrentá-las. Shadyside enfim começava a ficar aterrorizante o bastante para ela.
── RÁPIDO! Meninas, vocês precisam me ajudar! ── ela disse impensávelmente.
O silêncio somente a fez se encolher. Enquanto as duas jovens se encaravam, de mãos dadas.
── A gente conhece ela?... ── a morena questionou primeiro, incerta.
── Aham. ── a loira afirmou meio desnorteada, fixando seu olhar sobre os da ruiva, sentindo um arrepio ── É, parece que sim.
Aquelas eram Deena e Sam, ambas abismadas com a beleza do rosto de Demi, ainda que em seu semblante assustado.
(...)
A poucos metros da rodovia, algumas crianças saiam em expedição pela margem do rio de Shadyside, com suas mochilas e broches, eram na verdade, escoteiros. Sendo guiados por um professor, um deles, o mais baixinho e franzino, perguntou:
── Minha mãe costumava contar uma história: ela dizia que foram encontrado dois cadáveres aqui nesse rio, no tempo em que a Sarah Fier era viva. ── confessou, para o espanto do homem mais alto que, não esperava que um de seus alunos fosse tão interessado nas lendas locais.
── Ah, é? Na sua idade. Ouvi o contrário, que somente um deles foi achado aqui. ── desviou o olhar ── Mas muito bem, Johnny. Fico feliz que se interesse pela história da sua cidade tanto quanto eu.
Lhe afagou a cabeça.
E o som de uma forte batida foi ouvida na rua próxima à mata densa da em que se encontravam.
Algumas das crianças gritaram.
Eles mal desconfiavam, mas o ônibus que os levariam de volta até a escola de Shadyside, se envolvera num acidente.
O mesmo de outrora.
E graças a ele, parecia que a natureza e todas as almas ceifadas anteriormente ali, puderam enfim, descansar em paz.
₍ 001 ₎ Oie, amores!
EVIL SEED ESTÁ
OFICIALMENTE
FINALIZADA!!
É com uma tristeza,
com um misto de felicidade
e carinho que anuncio isso...
Quero agradecer a cada um
de vocês que acompanharam
essa história até aqui!
MUITO OBG MESMO! ♡♡
₍ 002 ₎ E nos vemos na
próxima história do meu
universo Fear Street!
Amo cada um de vcs, se
cuidem e fiquem bem!♡
BJINHOS XOXO
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