Capítulo XXVI

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É tudo diversão e jogos até
que alguém se apaixona.

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Festa. Era disso que meu corpo precisava! De uma boa dose de música alta, adolescentes loucos e distrações.

Quando entrei na casa dos Cullen, Sexyback do Justin Timberlake tocava nos altos falantes e, pela primeira vez em muito tempo, minha audição aguçada não me incomodou. Pelo contrário. Sorri animada, tirando minha jaqueta e jogando junto com os outros casacos e comecei a dançar enquanto andava, passando entre os formandos e tentando achar Jess entre todas aquelas pessoas. Em Forks, as festas eram uma raridade e, quando aconteciam, era o bastante para ter assunto por muito tempo, até que a próxima baladinha acontecesse.

Passei por Josh, que estudava na mesma sala que eu e o cumprimentei com duas batidinhas no ombro, continuando meu caminho até a mesa onde estavam as bebidas e comidas. Merda, os vampiros sabiam dar uma festa legal! Peguei um copo colorido e enchi da cerveja que estava no barril, o que eu sabia que tinha sido ideia da montanha de músculos Cullen.

Quando ia encher minha boca com sanduíches, sinto os braços de Mike rodearem meu pescoço, e junto dele o perfume doce de Jessica.

— Swan! Acho que você não tem idade para beber, hein?

Tiro o braço dele dos meus ombros, fazendo uma careta.

— Nem você, Newton.

— Bem, aqui não tem nenhum fiscal, né? — Jessica falou, rindo. — O Chefe Swan está em casa, certo?

— Em casa e dormindo. — Faço um joinha com a mão, sorrindo. — A bagunça está liberada hoje!

Mike e Jess gargalham, enchendo seus copos e logo Angela e Eric se juntam à nós. Angela era gente boa, gostava dela, mas nós não tínhamos muita interação. Já Eric, o sempre animado Eric, olhou para mim e apontou seus dois dedos indicadores, cantando a música que tocava alta.

Dirty baaaabe! UH HUH!

Fui no seu embalo, apontando meus indicadores para ele e dançando no ritmo da música.

You see these shackles, baby, i'm your slaaaave! UH HUH!

I'll let you whip me if I misbehaaaave! UH HUH! — Eric colocou a mão na cintura, rebolando ao som da música e eu o imitei, rindo com ele.

It's just that no one makes me feel this waaaay! UH HUH!

TAKE IT TO THE CHORUS! — Dessa vez quem chegou foi Tyler, jogando os braços no meu ombro e dançando comigo. — Come here, girl!

Dou risada dele, que continua cantando e dançando comigo, falando as frases do refrão: Come to the back, VIP, drinks on me. Ao nosso redor, Mike e Jessica já entraram na brincadeira, também dançando juntos. Levantei a mão que estava com o copo para cima, dançando perto de Tyler e tentando não derrubar minha bebida.

Uma hora depois, minhas pernas pediam descanso e minha barriga roncava de fome, me fazendo ter que dar um tempo da dança. Vou para a mesa com comidas e depois de enfiar dois mini sanduíches na boca, sinto o cheiro de Embry, Quil e Jacob. Faço careta, sabendo que minha noite ia por água abaixo.

— A comida não tá boa?

Me viro assustada para o lado, vendo Tyler encher seu copo no barril. Termino de mastigar e engulo a comida, gesticulando que não com o dedo indicador.

— A comida tá uma delícia. — Digo, por fim.

— Por que a careta, então?

Dou de ombros, tomando um gole da cerveja e dou uma olhada ao redor, vendo se os meninos estavam por perto. De relance vejo eles caminharem para Bella e conversarem. Reviro os olhos. Como sempre, Jacob estava orbitando ao redor de Bella. Descendo as escadas atrás deles, a vampirinha-fada para de repente e eu fico em alerta, vendo seu olhar vidrado para o nada.

Inferno, ela estava tendo uma visão. Viro o conteúdo do copo e o coloco na mesa, focando meu olhar em Alice Cullen.

— Volto já, Ty. Espera aí.

Ando entre as pessoas, empurrando algumas delas enquanto murmurava desculpas e, quando enfim chego em Bella e companhia, seguro no ombro da minha irmã.

— Alice teve uma visão. E não foi boa, pelo jeito. — Falo rápido e ela se despede dos meninos, indo até a cunhada. Eu, Jacob e os meninos seguimos ela, que para em frente a escada olhando preocupada para Alice.

— Alice, o que você viu? — Bella pergunta, e a vampira parece ainda aérea, como se uma parte dela ainda estivesse vendo a visão.

— A decisão foi tomada. — Ela fala, como se tivesse dizendo em voz alta a nossa sentença de morte. Merda, os recém-criados.

— Qual é a decisão? Eles vão para Seattle? — Pergunto, nervosa.

— Não, eles estão vindo para cá.

Rapidamente, Edward vem para o nosso lado e posso ver, no topo da escada, que Carlisle estava nos esperando no andar de cima, que estava longe de adolescentes festeiros.

Subimos para o terceiro andar e entramos no escritório de Carlisle, Jasper já estava lá e logo Alice se juntou à ele, parando ao seu lado.

— Eles chegarão em quatro dias. — Ela anuncia, jogando a bomba em cima de nós.

Paro ao lado de Jacob, sentindo todo o meu corpo tremer com a ameaça que estava vindo. Embry e Quil ficam ao nosso lado, sabendo que o perigo estava cada vez mais próximo.

— Isso pode virar um banho de sangue. — Carlisle fala preocupado.

Edward se senta ao lado de Bella, seus ombros caindo e parecendo carregar o mundo nas costas.

— Quem está nisso? — Edward pergunta, olhando incisivo para sua irmã.

— Eu reconheci apenas um. O garoto do cartaz da Ada.

— Riley Biers? — Bella fala, confusa.

— Ele estava rodeando a nossa casa, Bella, e tentou matar a mim e Charlie com o acidente de carro. É óbvio que ele está metido nessa merda toda. — Falo para minha irmã, irritada pelo raciocínio lento dela.

— Mesmo tendo feito essas coisas, ele não começou isso. — Quem fala é Edward, o rosto concentrado. Devia estar futricando na mente da irmã para poder ver a visão.

— Devem estar jogando com os pontos cegos das suas visões, Alice. — Carlisle olha para a filha, vendo a expressão frustrada dela.

— Se sabem do dom dela, é porque conhecem vocês. — Quem fala é Embry, olhando para Carlisle. — A vampira ruiva deve estar por trás disso.

— Ela estando por trás ou não, — Jasper começa a falar — o exército está vindo e não temos gente suficiente para proteger a cidade.

— Podemos ajudar com isso. — Falo, tomando a frente da matilha, mesmo sabendo que Sam não iria gostar nada de fazer aliança com os lobos. — O que mais você viu na sua visão, Alice?

— Estão passando a jaqueta da Bella entre eles. A jaqueta que Riley pegou. — Alice me olha, lembrando de quando eu disse isso da última vez que nos reunimos.

— Estão gravando o cheiro dela para começar a caça, que maravilha. — Bufo, revirando os olhos. — Charlie pode ser um alvo. O cheiro de Bella está impregnado na nossa casa.

— Vamos ter que fazer ele sair de casa. — Bella diz, seus olhos escuros fixos nos meus. — Ele pode ficar na reserva.

— Ele já está sabendo dos lobos. Se eu disser que uma ameaça está vindo, ele vai querer saber que tipo de ameaça é. E vai querer ajudar. — Nego a sugestão dela, cruzando os braços em frente ao peito. — Não quero Charlie no meio dessa briga, não quero que ele seja uma das mortes.

— Mas não temos como proteger Charlie e lutar contra os recém-criados. — Jasper diz. — Mesmo que os lobos lutem ao nosso lado, precisaremos da força total.

— Pode crer que nós vamos lutar. Estamos nessa. — Quem fala é Jacob, chamando a atenção de Bella.

— Não, Jake. Vão acabar morrendo, nem pensar. — Ela faz uma careta. — Vocês podem ficar de olho em Charlie.

— Nós não pedimos permissão, Bella. Você não decide nada aqui, fique quieta e deixe quem vai lutar decidir como lutar. — Rosno para Bella, enciumada pelo olhar preocupado que ela lançou a Jacob.

Merda, ciúmes não! Recuo, andando pela sala e coloco as mãos na cabeça, tentando pensar em uma forma de me acalmar e tentando achar a solução para manter Charlie seguro.

— Podemos deixar Charlie com a Emily. Ela pode pedir a ajuda dele com alguma coisa, e manter ele na reserva até que tudo se resolva. — Jacob diz, vindo até mim. Colocou a mão no meu braço, chamando minha atenção. — Você pode ficar com ele. Todos os alvos de imprinting vão se proteger juntos durante a batalha.

— Vai pra porra, Jacob. Não vou ficar em casa esperando os homens voltarem da batalha. — Reviro os olhos, me afastando dele. — E outra, é a minha irmã quem está correndo perigo. Eu tenho que proteger ela.

— Não pode me proteger entrando em perigo, Ada! — Bella diz, se levantando. Sua voz está mais alta, querendo que eu entenda seu ponto de vista, mas como eu poderia fazer isso se o ponto de vista dela era uma bosta?

— Eu já disse, Bella, fica na sua e deixa os adultos conversarem. — Aponto o dedo pra ela, levantando as sobrancelhas para deixar claro que ela não tinha lugar de fala aqui.

— Edward! — Ela virou para ele, esperando que o vampiro a apoiasse.

— Ada está certa, Bella. Se os lobos lutarem conosco, significa que você terá mais proteção.

— Vocês acham que Sam concordaria com um acordo? — Carlisle pergunta para mim e Jacob, passando os olhos para Embry e Quil.

— Contanto que possamos matar alguns vampiros. — Quil diz, dando de ombros. Embry concorda com ele, sorrindo animado.

Assinto para Carlisle. Sam aceitaria, é claro que sim.

— Ele não colocaria Emily em perigo, e nem Jared colocaria a Kim em perigo. Elas precisam ficar a salvo, e se isso significa lutar com sanguessugas, é só um preço a se pagar. — Falo, dando de ombros.

— Você pode conversar com ele, Jacob? — Jacob assente, e o patriarca vira o olhar para Jasper. — O que você acha, Jasper?

— Vão aumentar nossa força. — Ele nos analisa, seus olhos dourados passando por nós como se fossemos armas expostas em uma mesa. — Os recém-criados nem vão saber deles, vai nos dar uma vantagem.

— Vamos coordenar isso, então. — O vampiro mais velho diz, assentindo e se levantando, a postura séria de quem tinha que tomar decisões para salvar vidas. — Teremos que treinar, e Jasper sabe lutar com os recém-criados. Vocês são bem-vindos para se juntar à nós.

— Beleza, diga a hora e o lugar. — Jacob diz, dando um passo à frente em direção aos vampiros.

— Jake, você não sabe no que está se metendo. — Bella vai até Jake, parando-o no lugar e o olhando com olhos suplicantes.

Desvio o olhar da cena, minha loba tremendo de ódio dentro de mim. Eu não tinha motivos para sentir ciúmes daquilo. Jacob não era meu.

— Sabemos onde estamos nos metendo, Bella. É o nosso dever proteger nosso povo, proteger quem amamos. — Jacob fala e, como se procurasse por mim, seus olhos vêm de encontro aos meus.

Sinto meu corpo se arrepiar e assinto, concordando com ele.

É o nosso dever proteger quem amamos.

*×*

[ n o t a s ]

dia 2 da nossa maratona! seguimos firmes e fortes!

quase não consigo postar hoje. deu uma puta tempestade durante a tarde e a Internet tá oscilando desde então. mas, pela graça divina, consegui postar depois de muito trampo!

o capítulo um de serendipity sai amanhã, gente. cansei de lutar contra a Internet, e ainda preciso finalizar o capítulo, já que dei prioridade para Evanescent.

enfim. beijos e até amanhã!

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