Capítulo XII
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Vós, que sofreis, porque amais, amai
ainda mais. Morrer de amor é viver dele.
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JACOB BLACK
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Eu estava no mercado quando comecei a sentir uma raiva descomunal. Meu corpo começou a tremer e Blly me olhou preocupado. Me apoiei em uma prateleira, os músculos retesados enquanto minha respiração ficava descompassada.
— O que está acontecendo, Jacob? — Meu pai perguntou, colocando a mão no meu braço. Sua voz estava tensa.
— Onde Ada está agora, pai? — A pergunta saiu baixa, a voz saindo entre meus dentes com dificuldade.
— Na casa dela, garoto, onde mais ela estaria? O que está acontecendo, Jacob? Ada está bem?
Não o respondi, deixando a cestinha do mercado no chão e dando meia-volta, saindo correndo do lugar. Por sorte, estávamos em Forks e não na Reserva, então o caminho até a casa de Charlie não era tão longe.
Quando chego na casa, ouço a voz alterada de Ada. Corro até a entrada e abro a porta com tudo, vendo Bella encolhida perto da porta e Ada tremendo, cada vez mais perdendo o controle. Meus olhos se demoram em Bella, procurando por algum machucado e, quando vejo que mesmo abalada ela está bem, pego Ada pelos ombros e começo a puxá-la até a porta, sabendo que no estado que estava, não viria de bom grato.
Envolvi meus braços nela, segurando seu corpo que tremia compulsivamente e vou o mais rápido possível para a floresta, sabendo que ela logo se transformaria e, assim que a soltei, foi o que aconteceu.
Tão rápido quanto ela se transformou, eu também me transformei para pará-la. Tirei minha bermuda, e assumi a forma de lobo. O alvo de seu lobo era Bella, e quando o lobo tomava controle, não havia nada que ficasse na frente.
Antes que pudesse falar qualquer coisa para Ada, ela avançou. Sua pata bateu em minha cabeça e seus dentes vieram para o meu pescoço. Grunhi de dor, tentando tirá-la de cima de mim sem machucá-la.
Ada, pare com isso! Gritei, tentando pará-la, mas isso apenas a deixou cmo mais raiva. Urrei quando senti seus dentes adentrando minha pele, e, transtornado, enfim a tirei de cima de mim.
Quando consigo imobilizá-la, olho no fundo de seus olhos, preocupado. Era difícil e doloroso vê-la daquele jeito, com seus sentimentos me sufocando enquanto ela lutava para sair do meu aperto.
Ada, pare! Você está deixando a raiva ganhar controle sobre você! Se acalme!
Ela enfim para, me olhando com seus olhos verdes. Parecia haver um conflito dentro dela e eu conhecia bem aquela sensação. O lobo querendo vir à superfície. Ada choraminga, a dor adentrando em meu peito. Uma dor que não era minha, mas que era tão profunda que fazia eu me sentir pequeno.
Me desculpe, Jake... Me desculpe! A voz dela saiu esganiçada, um soluço ecoando em nossas mentes, se encolhendo enquanto a loba choramingava. De repente, Ada se transformou em humana, chorando e se encolhendo, abraçando seu corpo e tremendo pelo choro compulsivo.
Me transformei novamente em humano, a puxando para meus braços, tentando acalentar sua dor. Ada não tinha culpa de nada do que tinha acontecido. A abraço apertado, tentando fazer que seu choro cedesse e que ela se acalmasse, mas tudo piora quando escutamos o som de passos chegando perto.
O cheiro adocicado de Bella é a primeira coisa que denuncia sua chegada, mas quero rosnar para que ela vá embora. Ada não estava bem agora, precisava de um momento sozinha e não da pessoa que a fez perder a cabeça.
— Como ela está? — Bella sussurra, nos vendo abraçados e, pela primeira vez em muito tempo, não me preocupo com Bella. Ela estava bem, e eu tinha coisas maiores para me preocupar.
Passei as mãos pelos ombros de Ada, subindo para sua cabeça e a apertando junto ao meu peito, para que ela não fosse obrigada a olhar para Bella e fazer todo aquele sentimento de culpa se agravar.
— As emoções saem do controle nas primeiras semanas. — Minha voz é baixa, mas olho com as sobrancelhas franzidas e um olhar sério para Bella. Queria saber o que tinha acontecido, mas agora não era o momento. — Ela vai fica bem.
Bella ficou em silêncio e apenas os soluços de Ada quebravam o silêncio da floresta. Comecei a fazer um carinho em sua cabeça, querendo dizer que estava tudo bem, enquanto lanço um olhar para Bella, torcendo que ela compreendesse o que eu estava tentando dizer.
Que, naquele momento, era melhor que fosse embora.
Mas Bella nunca foi um poço de inteligência. Ela mordeu os lábios, nervosa, e colocou as mãos nos bolsos. Seus olhos estavam em Ada mas ela parecia ver muito além.
— Pensei que ela fosse me atacar. — Quando fala, sua voz está baixa e temerosa.
Pelo amor de Deus, mulher, vá embora! Começo a perder a paciência e respiro fundo, tentando me acalmar.
— Ela ia. Mas não a culpe. O cheiro do Cullen deve ter a deixado com os nervos à flor da pele. — A olho com repreensão, e ela se encolhe. Quando ela não se toca, respiro fundo mais uma vez, decidindo mandar ela ir embora. — Acho melhor você nos deixar sozinhos, Bella. Ada precisa de mim agora.
Bella me olha surpreendida mas assente, dando meia-volta e voltando pra casa. Quando nos vemos sozinhos, sinto Ada se acalmar. Começo a murmurar palavras reconfortantes para ela, fazendo carinho em seu cabelo e sentindo seus músculos relaxarem. Não demora muito para ela cair no sono, exausta depois da explosão de sentimentos. Me levanto deixando ela deitada e coloco minha bermuda. Já vestido, evito olhar para o corpo nu de Ada e apego no colo com cuidado. Caminho até a casa de Charlie e sou recebido por Bella e o vampiro de estimação dela.
Não dou a mínima para eles, subindo com Ada até o quarto dela e de Bella. A coloco na cama de baixo da beliche e pego uma muda de roupa em seu guarda roupa, fuçando para achar algo fácil de colocar. A visto com cuidado, colocando um shorts de pijama e uma camisa larga.
Bella aparece na porta do quarto quando estou procurando por uma mochila, e aponta para o canto do quarto. Vejo uma mochila azul e branca e a pego. Bella vem até mim e a tira da minha mão, se movimentando em silêncio pelo quarto e abrindo o guarda-roupa, pegando algumas peças e roupas íntimas.
— Você vai a levar para a reserva? — Ela finalmente quebra o silêncio.
— Sim. Não era para a Ada estar em casa já. Precisa de treinamento antes de conviver com outras pessoas normalmente. — Suspiro, a olhando dormir. — Ela estava tão calma que Sam achou que ela não ia precisar ficar afastada.
Bella assente, me entregando a mochila.
— Pode ir com a caminhonete. Amanhã eu vou até lá visitar Ada e pego o carro.
A voz enjoada do vampiro veio da porta:
— É melhor você se afastar de Ada por alguns dias, Bella.
Bufo, ignorando ele e indo para perto de Ada, garantindo que ela ainda estava dormindo. Seu sono estava pesado. Bella suspira e coloca a mão na testa, como se estivesse cansada daquela conversa.
— Ada é minha irmã, Edward. Ela não quis fazer aquilo hoje, apenas perdeu o controle.
— E quase te matou!
— Ela retomou o controle e se afastou. Eu estava saindo de casa quando Jacob chegou e a ajudou. — Ela fala baixo, passando pelo vampiro. — Não vou abandonar minha irmã só por causa de um erro. Eu te perdoei. Posso muito bem perdoar Ada.
Ignoro a conversa deles, colocando a mochila em minhas costas e pego Ada no colo novamente. Ela se aconchega em meu peito e desço as escadas. Bella abre a porta para mim e me acompanha até a caminhonete, onde ela abre a porta do passageiro e se afasta. Coloco Ada sentada e inclino o banco, prendendo bem o cinto ao redor dela.
— Ligue para Billy. — Peço para Bella, subindo para o lado do motorista. Ela me entrega a chave e assente. — Peça para que ele junte a matilha e conte o que aconteceu.
— Ok.
Fecho a porta e coloco a chave na ignição e dou uma olhada para Ada, a vendo dormir tranquila. Não olho para Bella quando ligo o carro e nem quando manobro para fora da garagem.
Já no caminho para a Reserva, eu percebo que Ada era muito mais importante para mim do que Bella, naquele momento.
*×*
[ n o t a s ]
odeio viagens não planejadas! vou viajar daqui a pouco pra uma cidade no meio do mato, com minha família, e foi tudo decidido em cima da hora!
tive que terminar esse capítulo às pressas, nem revisei e deixei MUITA coisa pro próximo capítulo por que não ia dar tempo de escrever agora.
se encontrarem algum erro, relevem, por favor! vou revisar tudo quando voltar de viagem.
próximo capítulo só dia 16 (meu aniversário!!!). até lá, meus amores! espero que estejam gostando da história e que tenham gostado desse capítulo feito às pressas.
irei responder os comentários enquanto estiver na estrada, mas se eu de repente sumir é por que o sinal foi pra pqp (lá não pega sinal!!!! aaaa).
beijinhos e até semana que vem.
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