Capítulo LXIV
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O único lado bom da queda livre é dar a quem
nos ama a chance de nos pegar no colo.
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Era extremamente cansativo ter que lidar com os preparativos de um casamento. Ainda mais quando era o meu casamento e, de acordo com as tradições quileutes, o casamento não podia demorar mais de dois meses para acontecer, o que deixava o tempo curto. Queria mandar tudo à merda, dizer que era a porra do meu casamento e eu faria quando eu quisesse. Mas, como beta da matilha e mulher do alfa, nós tínhamos que dar o exemplo e ser os primeiros a seguir as tradições.
Suspiro, jogada no sofá e folheando uma revista de noivas que Alice havia dado para mim. Ela até tentou ser mais ativa, mas eu tinha descoberto que as mulheres quileutes não tinham medo de bater de frente com a vampira e tinham pego as rédeas de tudo com mãos de ferro. Sue era a líder delas, seguida de Rachel, Emily, Angela, Kim e Samantha, a nova adição ao grupo de mulheres alvo de imprinting.
Foi confuso quando Brady chegou afobado na casa de Jacob e disse que tinha sofrido imprinting com uma garota do segundo ano, dois anos mais velha do que ele. Samantha era uma garota de língua afiada e muito esperta, que tinha o péssimo hábito de me chamar de tia.
— Conseguiu escolher algum? — A voz de Jake me tira dos meus pensamentos e levanto os olhos para ele, vendo-o se secar com a toalha. — Você ficaria perfeito em qualquer um, sabe disso amor. — Se inclina na minha direção, beijando minha testa com carinho.
— Eu sou uma pessoa indecisa e tem tantas opções. — Solto o ar do pulmão, fazendo bico. — E o fato de o casamento ser daqui um mês me deixa ainda mais indecisa. Não consigo fazer nada sob pressão.
— Quer que eu escolha para você? — Diz indo para a cozinha e o acompanho com o olhar, hipnotizada no moletom cinza em sua cintura se mexendo com o andar. Pisco, franzindo minha sobrancelha e subo o olhar para suas costas.
— O seu gosto é uma merda. — Debocho, sorrindo de lado.
— Vou me casar com você, então meu gosto não é uma merda. — Emburrado, ele se vira para mim. — Peça a ajuda das meninas, então.
— Isso é a única coisa que me deixaram escolher, não vou dar o braço a torcer e pedir a ajuda delas. — Reviro os olhos, me recostando no sofá novamente e voltando o olhar para a revista.
Havia infinitas opções, de vários estilos e tamanhos. Descartei os armados estilo princesa, e os com a cauda muito longa. Não faziam meu estilo, de qualquer forma, e seriam um exagero para um casamento quileute.
— Eu estou mais ansioso para as noites depois do casamento, para ser sincero. — Jake chega por trás de mim, pondo seu rosto encaixado no meu pescoço e apoiando o queixo no meu ombro esquerdo. Levanto a mão, fazendo um carinho em seu cabelo enquanto ainda olho as opções da revista. — Quero que você seja a senhora Black logo.
Rio de sua fala birrenta, como se fosse uma criança que não aguentaria esperar até o natal para abrir os presentes.
— Falta pouco tempo. — Viro o rosto, selando nossos lábios. — Preciso ir. É minha vez de fazer a ronda.
Ele parece confuso, ficando de pé e tombando a cabeça para o lado.
— É para o Seth fazer a ronda agora a noite.
— Era. Ele pediu para trocar comigo para ir ver a namorada. — Dei de ombros, me levantando do sofá. — Resolvi apoiar o amor juvenil e ir correr um pouco, estou precisando para avaliar o estresse.
Jake coloca o dedo do meio e anelar e o dedão da mão direita nas têmporas, massageando, como se aquele assunto já estivesse dando dor de cabeça nele. Suspiro, sabendo o que viria.
— Seth pode encontrar seu imprinting a qualquer momento, vai apenas magoar a menina e se magoar se isso acontecer enquanto estão namorando. — Ele diz, parecendo um velho rabugento. — Você viu o que aconteceu com Leah, Sam e Emily. Demorou muito tempo para eles conseguirem conviver juntos.
— Você mesmo se meteu num triângulo amoroso, bebê. É hipocrisia querer parar o menino agora. Deixe que ele quebre a cara, precisa aprender com os erros. — Digo, dando as costas para ele e indo para a porta de trás da casa que dava para a floresta. — Seth não é mais um pirralho ranhento, Jake. Ele sabe o que faz.
Não fico para ouvir seu sermão chato de alfa, coisa que o fazia parecer muito com Sam na época que liderava. Um grande pé no saco, se quer saber, mas entendia que ele apenas se sentia responsável por toda a matilha. Suspiro, tirando minha roupa assim que fico entre as árvores e as coloco numa mochila pendurada em um galho alto.
Quando me vejo sem roupas e rodeada da natureza, deixo o espírito da loba vir. Alongo meus músculos, sentindo-os tremerem com a mudança e, em um piscar de olhos, estou na minha forma lupina.
Respiro fundo, sentindo a imensa quantidade de ar preencher meus pulmões e começo a correr, as patas grandes batendo contra a terra. Logo as outras mentes conectam a minha, Jared e Leah estavam de ronda hoje e pareciam tão entediados que ri alto, atrapalhando a fofoca deles dois.
Ainda não escolheu o vestido, Ada?! Leah exclama, nervosa. Corro até meu posto de ronda na fronteira entre os Cullen. Aquela fronteira era ridícula e ainda estava em vigor por causa do Velho Quil, aquele filho da puta. Uma múmia viva e ainda queria dar palpite.
Ele está doente, Ada, não fale assim dele. Jared diz, me repreendendo, mas sinto no fundo de sua mente um ar risonho.
Eu sei que é o avô de Quil, mas puta velho chato! Reclamo, parando quando chego ao meu destino. E sim, Leah, ainda não escolhi. Você sabe como essas coisas são um inferno e eu sou indecisa.
Angela poderia facilmente te ajudar com isso se você pedisse. A voz de Leah fica aveludada quando ela fala de sua companheira, ainda mais agora que Angela estava morando na reserva e trabalhando na administração da mecânica.
O Reverendo Weller era um cara bacana, mas muito religioso e, diga-se de passagem, preconceituoso. Elas conseguiram manter o relacionamento escondido durante um ano, feito que eu admiro, já que o povo de La Push e Forks era, em sua grande maioria, um bando de fofoqueiros. Mas, quando ele descobriu...
Quero escolher sozinha. Já tenho algo em mente, mas não consigo encontrar nenhuma referência visual pra Sue usar de exemplo. Deito no chão, apoiando minha cabeça nas patas.
Bla bla bla, papo de mulherzinha. Apenas agilize isso, Ada! Quero comer de graça! Jared diz e sinto vontade de socar ele.
Quando se casar com Kim, vou me lembrar disso, bundão.
[ n o t a s ]
olá! dia 1 da maratona, aos 45 do segundo tempo. comentem bastante! para a maratona de natal sair, todos os capítulos desta maratona precisam bater a meta de 250 comentários! Se passar a meta, posso pensar em um sexto dia de maratona de natal ou até mesmo dois capítulos no dia 25 :D amo vocês! até amanhã
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