ㅤㅤ ㅤㅤ 🔦🚲 ˖ ִ ˑ 𝟎𝟎𝟏
Existem pessoas que nasceram para atrair a atenção de todos a sua volta sem a necessidade de esforços seja por seu carisma exacerbado, por extraordinária beleza ou posição econômica acima dos demais. Independente que qualquer que fosse o motivo da atração, Diana Henderson não se enquadrava nesse seleto grupo de pessoas. Na verdade ela pertencia ao outro extremo da balança, sendo aquela pessoa que passa batida pelos demais, o tipo que todos ignoram em uma roda de conversa, a que fica sobrando e é tão insignificante que nem os bullys perdem seu tempo com provocações.
E, apesar de soar como algo negativo, Diana era feliz em fazer parte desse cantinho esquecido da sociedade.
Devido ao excesso de timidez que possuía desde o momento que começou a formular sua personalidade, a bela garota de olhos tão esverdeados quanto esmeraldas sempre apreciou a invisibilidade que a acompanhava. Pois mesmo sendo deixada de lado e ignorada pela massa, ela havia atraído atenção da única pessoa que realmente importava, seu melhor amigo David Munson. Ela era sozinha, mas não solitária.
O rapaz com personalidade completamente oposta da dela estava presente em sua vida desde o momento que mudou-se para a pacata cidade de Hawkins no interior do estado de Indiana. Ambos são incapazes de dizer com precisão quando assumiram o cargo de melhores amigos um do outro, mas sabem que desde a primeira vez que conversaram a ligação foi intensa, como se fossem conhecidos de outras vidas.
Enquanto o grupo de melhores amigos do seu irmão mais novo, Dustin Henderson, era composto por mais cinco crianças, o dela só possuía David. Mesmo Diana falando que ter o Munson mais novo era suficiente para uma vida inteira, isso não impedia que Dustin tentasse empurrá-la para fazer parte do grupo de Ivory Newby e Florence Sinclair, as irmãs mais velhas de Ebony e Lucas, dois dos seus melhores amigos. Ela até apreciava as meninas, sempre ria das piadas da Ivy e tinha conversas interessantes com Flora sobre os últimos livros que havia lido, porém sempre que saia sozinha com as garotas para tomar sorvete ou ir no Fliperama sentia-se deslocada, como se estivesse incomodando as meninas por terem sido "obrigadas" a convidá-la.
Para manter a honestidade na narrativa, não era importante para ela ter muitas amizades, pois seu principal foco era ter aquela pessoa com quem pudesse contar além da própria família e esse cargo havia sido preenchido a muito tempo por David.
Entretanto mesmo com a amizade perfeita gerada a anos, existia uma única coisa que incomodava relacionada ao Munson mais novo, esse algo era o apreço do mesmo por filmes de terror recheados com jumpscare, sangue falso e criaturas horripilantes. Que para o seu desgosto, era o gênero escolhido frequentemente pelos irmãos Munson quando eram os responsáveis para alugar o filme da semana. Pelo menos uma vez na semana a menina era convidada para jantar no trailer da família Munson, nesse dia o responsável alugava algumas fitas cassetes e os demais votavam naquela que agradava. Enquanto Diana vivia escolhendo comédias ou filmes de ação que pudesse agradar rapazes, Eddie e David sempre pegavam terror e quanto mais sanguinário melhor.
Naquela sexta-feira anoite, para o desgosto da jovem, a escolha dos meninos não havia sido diferente.
Sentada com as pernas encolhidas no meio dos irmãos Munson sobre os colchonetes espalhados no chão do trailer pertencente à família, Diana afundava o rosto contra o braço de Eddie e o apertava com força sempre que alguma criatura macabra saltava na direção da tela, fazendo com que os meninos rissem do seu desespero.
— É só um filme, Di — Falava Eddie entre risos sempre que os dedos da adolescente se fechavam contra os músculos do seu braço, tentando assim acalmá-la antes que Cláudia chegasse para busca-la no horário combinado.
— Ou será que não? São alienígenas e o universo é gigantesco, talvez seja baseado em fatos reais. O governo esconde muita coisa... — Falou David arqueando as sobrancelhas provocativo.
Uma das maiores diversões do Munson mais novo era assustar a melhor amiga durante as exibições dos filmes de terror, incentivando que todos os monstros poderiam ser reais e forçando a imaginação fértil da adolescente trabalhar o dobro. Mesmo sabendo que as consequências dos seus atos seria uma noite mal dormida, pois Diana o forçaria a ficar acordado durante boa parte da madrugada conversando através do radiocomunicador até pegar no sono e o acordaria caso tivesse pesadelos, ele achava que valia completamente a pena.
— Cala boca, David — Ordenou Eddie rindo enquanto lançava o travesseiro na direção do irmão mais novo dando início a uma guerra de almofadas.
Nos minutos seguintes o trio ignorou completamente o filme "Enigma de outro mundo" que prosseguiu rodando no VHS. Por estar acomodada no meio, não demorou para que Diana fosse atingida na face propositalmente por David e revidasse a almofadada com outra mais intensa. Entre gargalhadas e almofadadas, não haviam aliados naquela guerra estando cada um por si no campo de batalha.
De repente, graças a bagunça dos adolescente, o trailer pareceu menor do que seu estado habitual. Em algum momento da batalha de almofadas os times do David e da Diana se uniram, o que Eddie compreendia que era questão de tempo para se transformar no alvo principal dos mais novos, pois em qualquer guerra fictícia que travavam aquilo acontecia. Em questão de segundos ele estava escondido atrás da barricada improvisada com a pequena mesa de jantar, lançando de volta as almofadas contra os mais novos e gargalhando sempre que acertava um deles na cabeça.
A guerrilha teve de ser cessada com um acordo de paz obrigatório no instante que o senhor Wayne ingressou no trailer depois do dia cansativo de serviço. Apesar das expressões sérias ao dizer boa noite para o trio bagunceiro, ele não se importava com a algazarra das crianças e nem com o fato da Diana ser a única menina na casa, ele gostava de ver os sobrinhos felizes e com amigos de boa índole que não davam a mínima para a simplicidade da casa, o que era o caso da adolescente.
— Sua mãe já está te esperando, Di — Informou o Sr. Munson bagunçando os cabelos do David ao passar por ele. — Avisou ela que estaria sozinha com eles?
— Ela sabia, foi ela que me trouxe — Assentiu Diana juntando as almofadas rapidamente e entregando para Eddie, o qual estava colocando a mesa no lugar para que o tio pudesse comer os pedaços de pizza que haviam guardado para ele na geladeira — Desculpa a bagunça.
— Não é como se estivesse surpreso — Wayne sorriu sutilmente e apertou o ombro do sobrinho mais velho. — Conheço vocês como a palma da minha mão, estranharia se não houvesse bagunça.
— Boa noite, Eddie — Diana ficou na ponta dos pés e beijou com ternura a bochecha do mais velho, em seguida correu até David, abraçando o melhor amigo fortemente — Boa noite, Didi. Te vejo amanhã.
— Cuidado com os alienígenas, talvez sua mãe seja um deles — Zombou David fazendo cócegas na cintura da melhor amiga antes dela se afastar completamente.
— Vai se ferrar, David — Ordenou Diana rindo ao desvencilhar do menino.
Antes de deixar o trailer da família do melhor amigo, a menina acenou pela última vez para os homens da casa. No fundo estava aliviada por sua mãe tê-la buscado alguns minutos adiantado do horário que haviam combinado, assim não seria necessário regressar para os minutos finais de tortura oferecidos pelo filme de terror, o qual não estava caminhando para o esperado "Felizes para sempre".
Diana não era o tipo de pessoa corajosa, possuindo uma extensa lista de medos considerados irracionais por muitos ao redor. Ela nunca foi apreciadora de esportes radicais, brinquedos perigosos de parques de diversão, palhaços, animais gosmentos e do escuro, principalmente do escuro. Sua imaginação fértil costumava ser sua benção e, ao mesmo tempo, maldição, fazendo com que sofresse por antecedência com problemas de fácil solução que se tornavam seus maiores desafios e criasse histórias macabras com criaturas irreais que lhe tiravam o sono. Independentemente do tempo que passasse ela duvidava que as coisas mudariam. Da mesma maneira que havia nascido para ser invisível, ela não havia nascido para ser heroína. Caso fosse uma personagem dos filmes de terror acabaria morrendo nos primeiros minutos de tela, sendo aquela figurante aleatória que só teve azar de estar no lugar horário na hora errada.
— Vim salvar minha princesa — Disse Cláudia sorrindo gentilmente para a filha no momento que ela sentou no banco do passageiro — Dustin me lembrou que hoje era a semana dos rapazes escolherem o filme antes de ir para a casa do Mike. Está tudo bem?
— Nada que algumas horas ouvindo Kim Wilde e Joan Jett não melhorem — Respondeu Diana sorrindo sutilmente. Até o horário de dormir aquilo amenizaria seus temores, afinal não existiam feridas internas que as canções de suas musas não fossem capazes de curar.
— Você sabe que aquilo não passa de um filme, não é? — Questionou Cláudia sorrindo para a menina sem mostrar os dentes.
— Eu sei, mamãe. Mas os pesadelos é o que me atrapalha, as coisas são intensas de mais dentro do meu cérebro — Explicou Diana gesticulando como se a cabeça fosse explodir.
— Vai querer dormir comigo e com a Mews ou ficará conversando de madrugada com o David? — Perguntou Cláudia, ela conhecia a filha o suficiente para saber quase todos seus traços de personalidade e manias.
— Vou dormir com a senhora — Diana respondeu em um muxoxo quase inaudível.
— Não é vergonha sentir medo. — Falou Cláudia notando o desconforto da mais velha.
— Eu sei, mamãe. Só queria que as coisas fossem diferentes — Ela suspirou com pesar — Ser a final girl para variar, não a amiga atrapalhada que corre para os braços do vilão.
— Talvez você seja, só saberá o tamanho da sua coragem quando precisar usar.
— Pois eu espero que nunca precise — Rebateu Diana apoiando o cotovelo na beirada da janela enquanto assistia as listras brancas da estrada passar rapidamente pela janela, já que era a única coisa visível na penumbra.
˚ ⊹ ·
˚ ⊹ · ✺ * · ✧ ⋆ · * . · . · · .. ✷ ✧ . . · + · * ✫ * ✷ ⊹ * ˚ . . + · ⋆ * . * . . · . · . * · . · · + . · ** ˚ . . + · ⋆ * . * . . · . · .
˚
⊹ · * ✧ ⋆ · * . · . · · .. . . · + · * ✫ * ⊹ * ˚ . . · ⋆ * . * . . · . · . * · . · · + . · ** ˚ . . + · ⋆ * . * . . · . · . *
🔦🚲 ˖ ִ ˑ AVISOS
━━━━━━・🧇 ・Oi meus waffles! Aqui é a bossyladies. Espero que tenham gostado do capítulo introdutório de ETERNAL FLAME. Tivemos um pouco da dinâmica entre a Diana e os meninos Munson, além de mostrar um pouco da personalidade desse anjinho medroso.
━━━━━━・🧇 ・A coitada mal sabe o que está aguardando por ela nos próximos capítulo MUAHAHAHAHAHA *risada maligna*. Se não fizer a personagem sofrer um bocadinho, não sou eu.
━━━━━━・🧇 ・Quero pedir desculpa pela estética vagabunda do capítulo, mas é o que tenho a oferecer enquanto estou sem o meu computador gamer.
━━━━━━・🧇 ・ Peço que votem e comentem, por favor, vamos engajar esse projeto lindo que tenho com a Yas. Me deem biscoito que em troca eu dou capítulos ksksksks Sério, engajem, só pelo trabalho que estou tendo para editar isso aqui pelo celular merecia um biscoitinho.
━━━━━━・🧇 ・Obrigada por acompanharem a fanfic, não deixem de ler as outras histórias do projeto, em breve vamos disponibilizar o resto dos personagens no "Yearbook" e voltaremos com o graphic shop. No momento que tiver com o computador em mãos faço as capas.
━━━━━━・🧇 ・ Aceito sugestões de fonts para capas, como o computador vai voltar formatado toda recomendação de material disponível para baixar no deviantart é bem-vinda e até fora dele. Quem tiver conta e quiser trocar lhamas por lá pode ficar a vontade, meu user é bossyladies.
━━━━━━・🧇 ・Beijos da Barbie.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top