ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗪𝗘𝗡𝗧𝗬 𝗡𝗜𝗡𝗘❕

ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝗻𝗶𝗻𝗲. ᠉ ࣪ ˖
de volta a hogwarts!
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𝗡𝗔 𝗢𝗨𝗧𝗥𝗔 𝗠𝗔𝗡𝗛𝗔̃, Astraea e Perseu acordaram bem cedo, eles haviam sido noticiados na noite anterior que eles precisavam voltar para Hogwarts no dia seguinte, Astraea diante disso ficou resmungando durante o jantar inteiro, não que ela odiasse Hogwarts, ela apenas não queria ter que ir embora outra vez e deixar sua família ali. Tinha sido difícil para ela ter que ir no começo do ano letivo, mas agora era mais difícil ainda, Astraea sabia que sentiria falta de sua família, sentiria falta de ler livros com sua mãe na biblioteca, de cozinhar com ela e treinar feitiços, sentiria falta de pintar com seu pai e passar horas no estúdio, sentiria falta de ouvi lo contar histórias para ela, sentiria falta da noite de filmes e dos jantares que sempre acaba em risadas. Astraea sentiria falta de estar ali com eles e apenas aproveitar, relaxar e saber que estava segura com sua família. Mas mesmo assim, ela sabia que teria que voltar para Hogwarts, ela tinha muita coisa pra fazer e muitas fofocas para adquirir pra poder contar para sua mãe.

— Gostaria de poder te levar. — Regulus disse abraçado com a filha..

— É perigoso demais pai. — Ela falou sentindo a colônia que tanto lhe acalmava em suas noites densas, de alguma forma o perfume de Regulus era único porque era ele quem fazia, já que ele dizia que os perfumes de boutiques são muito desconfortáveis e fedidos, ele fazia seu perfume e como um costume o de Astraea e Dahlia também, mas o perfume de nenhuma das duas se comparava com o dele.

— Eu sei. — Ele suspirou apertando sua filha nos braços. — Mas me consome por dentro não poder estar com você em momentos assim, não pude ir com você comprar suas coisas no Beco Diagonal, não pude ir com você te levar até o trem e não vou poder te levar até Hogsmeade.

Astraea sabia que era difícil para seu pai não sair, sabia que era difícil para ele não poder acompanhá-la para alguns lugares do mundo bruxo. Mesmo que Dahlia fizesse isso sempre para acompanhar sua filha, Astraea sabia que era diferente com seu pai, Dahlia era quase irreconhecível, e tinha um dom de passar despercebida entre as pessoas, um dom que ela retirou de anos de convivência com os Marotos. Já Regulus não, Regulus sabia que poderia ser facilmente reconhecido, sabia que Voldemort tinha olhos e ouvidos em vários lugares e se ele saísse, poderia colocar sua família em risco, e ele não queria isso, o mais novo dos Black preferia ficar cuidando da casa até Dahlia voltar, preferia não arriscar por enquanto.

— Você vai poder. — Ela sussurrou se afastando dele lentamente. — Em breve pai, eu prometo que você vai poder me levar para todos lugares que você quiser. Depois de tudo, da guerra, de Voldemort, nós iremos em vários lugares, eu você e mamãe. Tava pensando em irmos até passar férias no Brasil o que acha? Sempre quis conhecer a Amazônia e o Castelo Bruxo, vi livros em Hogwarts que lá é um lugar lindo e tem diversos animais mágicos incríveis.

— E nós vamos. — Regulus deixou um beijo no topo da cabeça de Astraea. — Assim que tudo isso acabar iremos conhecer o mundo, eu você e sua mãe.

— Eu te amo pai. — Astraea sorriu, e Regulus se desmontou inteiro, sua filha era o motivo de ele perder toda a sua marra, isso era um fato.

— E eu te amo mais estrelinha. — Ele bagunçou os fios de cabelo de Astraea, arrancando uma risada dela. — Você é a melhor parte de mim, saiba disso. Para todo o sempre.

— Para todo o sempre. — Ela piscou sorrindo.

Regulus deu um último abraço na filha, um abraço apertado e exalando saudades, ele até pensou em trancar Astraea no quarto e não deixá-la sair nunca mais, mas Dahlia provavelmente não deixaria isso acontecer, então Regulus optou por não fazer e deixar sua filha ir para Hogwarts novamente.

— Vamos então. — Dahlia falou passando o braço em volta do ombro da filha.

— Vamos. — Astraea sorriu uma última vez para seu pai. — Te vejo daqui alguns meses.

Regulus sorriu melancólico, ele não queria que ela fosse, mas era necessário. Mesmo que ele sentisse um sentimento ruim por ela estar indo embora, ele não privou a filha de voltar para a escola e terminar o quinto ano, que por cinco anos foi negado para ela. Astraea então saiu com Dahlia, as duas sendo vistas andando pelo corredor abraçadas uma na outra.

— Estou de olho em você garoto. — Regulus falou para Perseu.

— Me ame menos. — Ele sorriu maldoso, e com uma piscadela saiu em direção às duas ruivas que estavam prestes a sair pra fora.

Astraea e Perseu depois dos acontecimentos da noite passada, se arrumaram e desceram para o jantar agindo como se nada tivesse acontecido no andar de cima. Os dois esconderam as marcas que haviam em seus pescoços, e assim passaram a noite, aproveitando ao máximo a ceia de Natal.

De manhã os dois tiveram que novamente esconder as marcas, Astraea havia passado maquiagem no pescoço, apesar de estar frio, a ruiva não gostava de colocar cachecol, ela sentia que a sufocava, e por isso não colocava, então ela só se garantiu em base e pó. Agora Perseu sem muitas opções, até considerou pedir pra ruiva ajudar ele a esconder, mas quando ele saiu dp banho e se deparou com uma blusa de gola sobre a cama ele percebeu que não seria preciso, mesmo que ele checasse toda hora para ver se a gola não estava curta demais, ainda sim ela era longa o bastante para cobrir as marcas de chupões.

Os três saíram para fora, se deparando com o frio do inverno, havia neve por todo chão, mas que por causa da Magia, não fazia afundar seus pés. Os três pararam, Dahlia olhando para a filha.

— Aparatar? — Ela questionou com uma sombrancelha.

— Ele não pode. — Ela apontou para Perseu que tirava os flocos de neve que caiam em seu cabelo.

O loiro-acastanhado rapidamente olhou para as duas, piscando os olhos enquanto olhava para elas com uma cara de confusão.

— Não posso o que? — Ele perguntou baixo.

— Aparatar. — Astraea respondeu simples com um sorriso leve.

Perseu sorriu concordando, e Dahlia vendo a cena estreitou os olhos. Astraea então se virou para mãe, sorrindo enquanto arrumava Pólux que se escondia atrás de seu cabelo.

— Chave de Portal? — Perguntou erguendo os ombros.

— Odeio isso. — A mais velha disse indo até a Chave de Portal, que era um gnomo de enfeite de jardim.

Astraea riu, sabendo da experiência de sua mãe com Chaves de Portais, que não era nada legal para ela, mas incrivelmente hilário para sua filha. Os três pararam em frente ao gnomo, e Dahlia olhou para os dois que estavam lado a lado.

— Prontos? — Ela perguntou olhando para os dois com apreensão, parecia estar se perguntando mais do que para os dois.

— Sim. — Eles responderam juntos.

Dahlia então pôs a mão em cima do gnomo, respirando fundo. Antes que ela tivesse a chance de recuar, Astraea puxou a mão de Perseu para por em cima, e junto com ele os dois tocaram a Chave do Portal. E assim o estranho sentimento de estar sendo sugado por algo atingiu os três, e imediatamente eles estavam sendo lançados através do portal, Dahlia soltou um grito alto devido ao susto, os três sobrevoaram os céus, e antes de cair contra a neve branca abaixo deles, Astraea e Perseu pousaram no chão com cuidado, ao contrário de Dahlia que caiu contra a neve fofa xingando. Ela ergueu o olhar para sua filha, vendo que ela ria disso, e rapidamente lhe deu um olhar de mãe furiosa, Dahlia resmungou se erguendo e tirando a neve da roupa.

— Nunca vou me acostumar com isso. — Ela xingou, arrumando suas vestes. — Da próxima vez que fizer isso mocinha, vou te deixar de castigo.

Astraea ergueu os braços em rendição, começando a andar junto com sua mãe e Perseu, os três estavam um pouco afastados de Hogsmeade, não tão longe, mas mesmo assim tiveram que andar mais um pouco até chegarem na vila. Alguns bruxos que viviam ali andavam pelas ruas, que estavam cheias de neve, outros eram estudantes de Hogwarts que provavelmente estavam voltando para a escola assim como os dois Sonserinos, Astraea pode observar alguns lugares enquanto passava pela vila, como o Cabeça de Javali, na rua lateral, o letreiro com a cabeça cortada rangendo ao vento invernoso. Os três tiveram que andar mais um pouco, até parar perto dos portões de Hogwarts, Astraea pode ver o vislumbre de Harry indo até lá junto com Hermione, Rony, Fred, George, Gina, um homem de cabelos castanhos e uma mulher de cabelos loiros.

Ela se virou para sua mãe, sorrindo triste sabendo que ali era a despedida entre elas. Dahlia rapidamente abraçou a filha com todo amor que carregava dentro dela, passando a mão por seus cabelos ruivos como uma forma de carinho, as duas não disseram nada apenas ficaram ali no abraço por alguns minutos, até se separarem e olharem uma para outra com um sorriso no rosto.

— Vou sentir saudades. — Confessou a mais velha alisando o rosto da filha. — Mas não se esqueça de escrever para mim, sim? Quero saber cada coisa que está acontecendo aqui, e caso você esteja precisando de ajuda, me mande uma carta urgente por Athena, ela saberá o que fazer. Se mantenha longe de confusões, sim? Não faça bagunça, seja obediente e evite aquela tal de Umbridge e se caso ela fizer algo com você novamente ou com qualquer pessoa perto de você, diga a Dumbledore.

— Okay, mãe. — Astraea concordou, sabendo que algumas coisas ela não poderia evitar.

— Aqui. — Dahlia tirou uma carta do bolso, entregando para filha. — Carta de Hendery, chegou ontem de noite.

Astraea sorriu pegando a carta e sorrindo, ela guardou no bolso da calça, olhando novamente para a mãe.

— Amo você minha lobinha. — Dahlia falou deixando um beijo na testa da filha. — Eu e você para sempre.

— Também te amo mãe. — Astraea piscou. — Eu e você para sempre.

As duas deram mais um abraço, se separando em segundos. Então Dahlia se voltou para Perseu, esse que apenas observava as duas com um olhar triste. Dahlia então se aproximou dele, o abraçando com amor, assim como fez com sua filha. O Sonserino foi rápido em retribuir, sentindo o amor materno que ela exalava por ele sendo demonstrado naquele abraço.

— Cuide bem dela. — Dahlia sussurrou para que apenas ele escutasse, evitando que a filha ouvisse mesmo com sua audição aprimorada. — E por favor, diga a ela logo.

— Eu vou. — Perseu disse, se referindo as duas frases. — Eu prometo.

Mesmo com as frases fora de contexto, ele havia entendido o que Dahlia tinha dito, e que de alguma forma ela sabia de tudo, e Perseu se sentiu um idiota por pensar que ela não saberia. Ela era mãe, tinha seus instintos, e o loiro-acastanhado sabia que ela tinha muita inteligência e sabia notar coisas mínimas que ninguém sequer pensava em notar, e assim que eles se separam a ruiva sorriu arrumando o cabelo que caía sobre seus olhos. Antes de deixar um beijo amoroso como fez com Astraea em sua testa.

— Agora vão. — Ela falou olhando para os dois com um sorriso como se estivesse tendo novamente um dejá vu. — Vejo vocês daqui alguns meses, sim?

Astraea confusa levantou uma sobrancelha para sua mãe, mas decidiu não questionar, os dois então concordaram. Se virando e indo até os portões de Hogwarts. Dahlia de longe observava os dois andando com um sorriso no rosto, até seu olhar parar no homem de cabelo castanho e na mulher de cabelos loiros, ali Dahlia Manoly perdeu o fôlego, e antes que eles se virassem e visse ela ali, a ruiva aparatou para sua casa, sentindo seu coração apertado. Astraea olhou para trás, vendo que sua mãe já havia ido, então olhando para a frente novamente ela se abraçou suspirando alto, sentindo frio pela primeira vez.

— O que foi? — Perseu ao seu lado questionou.

Ela imediatamente olhou para ele, vendo ele já olhando para ela com uma feição de preocupação. Perseu e Astraea ao contrário do que muitos pensaram que eles fariam, depois da noite anterior, não agiram como deveriam, eles não ignoraram um ao outro, não fingiram que nada aconteceu entre eles, ao contrário, dava para ver que os dois sabiam muito bem o que tinha acontecido e eles não pareciam nem um pouco preocupados com isso, e muito menos pareciam querer falar sobre o assunto, porque os dois sabiam muito bem o que de fato eles haviam feitos, e ambos os dois não tinham perguntas nem questionamentos sobre isso, já que pareciam muito satisfeitos com seus feitos e definitivamente sem arrependimentos.

— Nada. — Astraea respondeu sorrindo simples.

— Você está com frio. — Não foi uma pergunta.

Astraea portanto não respondeu, e levando isso como um sim, Perseu suspirou parando em sua frente, ele olhou para ela com um olhar que Dahlia sempre lhe dava quando ela esquecia seu casaco em noites frias, não levava o guarda-chuva e voltava molhada.

— Porque não pegou um casaco? — Ele perguntou olhando ela de cima a baixo.

— Porque nunca tinha sentido frio, não depois de eu ter passado pela minha transformação de loba. — Ela falou como se fosse óbvio.

E de fato a ruiva não pensava que iria ficar com frio, por isso ela havia vestido apenas uma calça jeans cinza e uma blusa de Natal de lã vermelha com alguns flocos de neve branco, um coturno preto nos pés e seus acessórios do dia a dia, diferente do loiro-acastanhado. Esse que vestia uma calça de corte reto preta, uma camiseta de manga comprida preta com gola, uma blusa bege e sua famosa jaqueta preta, junto com um tênis branco. O único acessório que ele tinha era três anéis em seus dedos, que Astraea nunca reparou que ele usava.

— Toma. — Ele falou tirando sua jaqueta.

Astraea piscou incrédula prontamente para negar, mas Perseu apenas ignorou isso, se aproximando dela e a ajudando a colocar a jaqueta. Quando ele terminou, ele ajeitou a jaqueta e a blusa, tomando cuidado com Pólux que estava escondido atrás do cabelo de sua dona, mas que ao perceber o loiro-acastanhado ali, abriu os olhos imediatamente o olhando com seus olhos azuis, que dessa vez não estava no tom vermelho sangue que ele usava para ameaçar. Perseu raspou seus dedos levemente no pescoço de Astraea, a ruiva se arrepiou imediatamente podendo ver o sorriso de Perseu por isso, então ela logo tratou de bater na mão dele, o olhando com um olhar ameaçador, os estudantes que passavam ao lado dos dois juraram que eles eram um casal e comentavam sobre isso enquanto se afastavam.

— Linda. — Ele disse sorrindo.

— Eu sei que sou. — Ela piscou sorrindo de lado.

Então, em um ato repentino, Astraea juntou as mãos dos dois, ambos sentindo o famoso choque elétrico que eles sentiam quando se tocavam. Os dois então andaram até os portões, podendo sentir o olhar de alguns estudantes sobre eles, mas eles apenas ignoraram isso quando chegaram nos portões, onde o trio de ouro se encontrava junto com os dois adultos, Fred, Gina e George.

— É, tá. — Os dois Sonserinos ouviram Harry dizer a custo, olhando para o rosto do homem à sua frente. — Até mais, então.

Astraea e Perseu se encararam, e ambos andaram rapidamente até Harry, não escondendo que haviam percebido que aquela conversa ali era sobre fofoca.

— Hey, Harry. — Astraea chamou seu amigo, que rapidamente olhou para ela, assim como todos ao seu lado.

— Por Crio. — Astraea e Perseu ouviram alguém dizer, e olharam na direção, podendo ver a mulher loira os olhando com desespero. — Vocês... Vocês são iguais a eles.

— Me desculpa. — Astraea disse franzindo a testa. — Quem?

— Marjorie. — O homem falou, andando até a mulher loira e colocando a mão sobre seu ombro.

— Remus. — Ela falou olhando para ele e sussurrando. — Eles são iguais a Regulus e Dahlia.

Astraea sentiu seu coração errar uma batida, e arregalou os olhos ao perceber quem eram aqueles dois. Marjorie e Remus Lupin, seus tios.

Marjorie Lupin, ela foi a melhor amiga de Regulus, seu pai, a partir do sexto ano em Hogwarts, e Remus, Remus era um dos Marotos, um dos melhores amigos de sua mãe, melhor amigo de seu tio e de seu padrinho. Eles eram seus tios, e Astraea nem podia abraçá-los naquele momento, na verdade, ela nem sequer podia mostrar que conhecia eles. Mesmo que esse conhecimento fosse apenas por histórias e por fotos.

Depois de segundos se encarando, os dois se viraram para todos, Remus e Marjorie encarando especialmente o casal. Enquanto pareciam totalmente assombrados, e mesmo que Perseu não soubesse o porquê daquele olhar, Astraea sabia e até agora ela prendia sua respiração após sua descoberta.

— Me desculpem, minha esposa não está muito bem agora. Vou levá-la para casa, bom trimestre em Hogwarts para todos. E Harry, pense no que eu falei. — Remus disse sorrindo enquanto andava para sair, os dois demorando seus olhares em Astraea e Perseu.

Os oito observaram os dois saírem dali, e Astraea pode ver Marjorie olhando para trás uma última vez, olhando para ela, especificamente para ela.

— Dahlia. — Astraea mesmo de longe pode ouvi-la sussurrar.

Astraea então se virou novamente para os oito, engolindo em seco o gosto amargo que subia por sua garganta, ela sorriu para o trio de ouro e os demais, tentando disfarçar seu sentimento, o que não passou despercebido por Perseu, que decidiu não falar nada, por hora.

— Oi, Astraea. — Hermione cumprimentou sorrindo. — Oi, Perseu.

— Olá Hermione. — Astraea cumprimentou, enquanto Perseu apenas acenava com a cabeça.

Os outros seis cumprimentaram os dois com um aceno de mãos, que foi retribuído com um aceno de cabeça vindo do casal.

— Hey, Astraea. — Harry sorriu chegando perto da ruiva. — Tudo bem?

— Tudo ótimo, e com você? — Astraea sorriu para o amigo, puxando Perseu para que ela pudesse se aproximar de Harry.

— Tudo também. — Ele respondeu. — Como foi seu Natal?

— Incrivelmente bom! E o seu?

— Foi bom também. — Ele falou arrumando os óculos no rosto.

Perseu bufou ao lado de Astraea, recebendo um olhar questionador dela, mas ele não olhava para ela, não, ele apenas olhava para Harry com um olhar totalmente frio e irritado. E a ruiva quis imediatamente saber o motivo disso, novamente ela voltou seu olhar para Harry, vendo que ele agora olhava para as mãos dos dois que estavam juntas, ele encarava aquela cena com um olhar confuso e desesperado. Harry então ergueu o olhar novamente, engolindo em seco enquanto olhava para a amiga de cima a baixo, cena que Perseu não gostou nem um pouco.

— Jaqueta bonita. — Ele falou sorrindo de lado.

— Obrigada. — Astraea e Perseu disseram ao mesmo tempo, ambos se olhando, a ruiva ergueu uma sobrancelha em sua direção, enquanto ele se abaixava na direção de sua orelha.

— A jaqueta é minha, ruivinha. — Ele disse em seu ouvido. — E eu tenho ciúmes dela, então peça para seu amiguinho parar de olhar coisas que são minhas.

O loiro-acastanhado então voltou a sua pose normal, a ruiva ao seu lado revirando os olhos, enquanto se voltava para Harry.

— Pronta para o trimestre? — Ele perguntou se aproximando dela.

Pólux nesse tempo tirou sua cabeça para fora dos cabelos da ruiva, olhando para Harry com seus olhos vermelhos, típicos olhos ameaçadores que ele dava para qualquer garoto que se aproximava de Astraea, exceto agora, Perseu.

— Seu furão. — Harry falou olhando para o furão dando um passo pro lado. — Domesticou ele melhor?

— Ah, fala sério. — Astraea ouviu Perseu murmurar ao seu lado, mas ela apenas deu um beliscão nele fazendo ele ficar quieto.

— Pólux não precisa ser domesticado. — Respondeu a ruiva.

Pólux então, como se concordasse com sua dona começou a fazer típicos barulho de furão, enquanto se esfregava em Astraea em modo de pedir carinho. A ruiva olhou para seu furão, analisando tudo o que ele estava falando.

— Tem razão. — Ela falou assim que ele terminou.

Os sete olharam para ela incrédulos, como se ela estivesse louca por ter entendido um furão. O que não aconteceu, já que Astraea apenas fingia que entendia Pólux com seus barulhos de furão.

— Vamos então? — A ruiva olhou para Perseu, e ele confirmou com a cabeça.

Os dois então começaram a andar até as escadas, e os outros seis seguiram logo atrás, ambos ficando em silêncio enquanto passavam pelos portões de Hogwarts. Os oito então subiram penosamente a estrada escorregadia até o castelo, arrastando os malões. Hermione já estava falando em tricotar uns gorros para elfos antes de dormir. E Astraea só pensando em como seria o trimestre que os aguardava, e em ler a carta de seu melhor amigo.

Na manhã seguinte, Astraea foi comunicada por professora McGonagall que Dumbledore queria que ela fizesse aulas de Oclumência com o Professor Snape, o que de algum modo deixou ela curiosa para saber o motivo disso pelo resto do dia, apesar de nunca ter sido treinada pela sua mãe sobre isso, ela sabia o que era Oclumência e o que era Legilimência, o que facilitava para Astraea saber o que lhe esperava mais tarde, mesmo que ela não soubesse o motivo para isso.

Astraea andava ao lado de Harry, tentando de alguma forma saber por ele o motivo dessa aula, já que o mesmo também iria fazer com ela. Mas Harry parecia não querer contar, e a ruiva estava quase lhe mandando um feitiço na bunda por isso. O que de alguma forma lhe deixava estressada era os membros da AD que procuravam constantemente por ela e Harry pelos corredores durante os intervalos das aulas, perguntando, esperançosos, se haveria reunião àquela noite. E mesmo que Astraea gostasse de falar com eles, ainda estava lhe tirando a paciência quando isso acontecia quando ela estava quase conseguindo fazer Harry lhe falar algo sobre o que ele sabia.

— Avisarei a vocês como de costume quando marcar a próxima. — Repetiu Harry várias vezes, vendo que Astraea não seria capaz de falar nada além de voar no pescoço da pessoa. — Mas não pode ser hoje a noite, tenho que ir... hum... a uma aula de reforços de Poções.

— Você tem aula de reforço em Poções? — Perguntou Zacarias com ar de superioridade, abordando os dois no Saguão de Entrada, depois do almoço. — Puxa vida, você deve ser péssimo. Snape não costuma dar aulas particulares, ou costuma?

Quando Zacarias se afastou com irritante vivacidade. Astraea acompanhou-o de cara feia.

— Devo azará-lo? Ainda dá para acertar daqui. — Disse, erguendo a varinha e mirando entre as espáduas de Zacarias, pronta para dar a Zacarias uma boa lição.

— Deixa pra lá. — Disse Harry, abaixando a mão de sua amiga. — É o que todos vão pensar, não é? Que sou realmente bur...

— Oi, Harry. — Disse uma voz nas costas dos dois. Eles se viraram, se deparando com Cho Chang. — Oi, Astraea.

— Ah! — Harry exclamou, parecendo ter perdido toda sua postura. — Oi.

— Olá, Cho. — Astraea sorriu pequeno.

— Tiveram um bom Natal? — Perguntou Cho.

— Nada mau. — Astraea olhou para Harry de cima a baixo, fazendo uma careta, se virando para Cho novamente.

— Sim, muito ótimo. — Astraea disse sorrindo com as lembranças, enquanto arrumava sua blusa de gola. — Vou te esperar ali na frente, Harry. Até mais, Cho.

— Até mais. — Ela acenou, sorrindo de lado.

Astraea se afastou um pouco, se escondendo atrás de uma parede por perto. Ela sabia que Harry iria precisar dela para alguma coisa, e decidiu ficar por perto além para garantir, e também para ouvir a conversa entre os dois.

— O meu foi muito tranquilo. — Astraea ouviu Cho dizer graças a sua audição aprimorada. — Aah... tem outro passeio a Hogsmeade no mês que vem, você viu o aviso?

— Quê? Ah, não, ainda não dei uma olhada no quadro de avisos desde que cheguei.

Astraea revirou os olhos, Harry era tão burro.

— Tem, no Dia dos Namorados...

Astraea sorriu, mas parou assim que percebeu que Harry do jeito que era um anta, não iria perceber o que Cho estava querendo dizer, como sempre.

— Certo. — Respondeu Harry, e a ruiva pode perceber o tom de questionamento em sua voz, e como sempre ela estava certa. — Bom, suponho que você queira...

— Só se você quiser. — Astraea pode ouvir Cho dizer, ansiosa.

Astraea bateu em sua própria testa. Sabendo que Harry estava pronto a dizer: “Suponho que você queira saber quando é a próxima reunião da AD?” E do jeito que ele era idiota, provavelmente diria.

— Eu... ahh...

— Ah, tudo bem se você não quiser. — Retrucou ela, parecendo mortificada. — Não se preocupe. Eu vejo você por aí.

Astraea deu uma espiada atrás da parede, vendo Cho indo embora e Harry parado olhando, seu cérebro provavelmente teria parado com a informação. Astraea revirou os olhos com isso, vendo que mais uma vez teria que ajudar Harry, ela pegou de dentro de sua capa de sua casa uma barra de chocolate que havia ganhado de sua mãe, e mirou perfeitamente na cabeça de Harry jogando com tudo. O Grifinório se virou para ela, confusão no seu rosto enquanto acariciava o lugar que a amiga havia acertado.

— Vai atrás dela, agora. — Astraea disse entre dentes, esperando que o burro de seu amigo fosse entender o que ela estava dizendo. — E entregue a barra de chocolate, vai logo.

Harry ficou uns segundos olhando para ela, antes da ruiva revirar os olhos novamente totalmente irritada, apontando com as mãos para o chocolate e depois para Cho. Dessa vez Harry pareceu entender o que ela dizia, já que arregalou os olhos e se abaixou pegando o chocolate em mãos, ele se virou então correndo até Cho que quase virava o corredor.

— Cho! Ei... CHO!

Ele correu atrás da garota, alçando-a já virando o corredor.

— Aah... você quer ir comigo a Hogsmeade no Dia dos Namorados? — Astraea ouviu Harry perguntar, e ela sorriu levemente orgulhosa.

— Ahhh, quero! — Respondeu ela, parecendo tímida.

— Certo... bom... então está combinado. — Disse Harry. — Aqui, um chocolate para você.

— Ah! Muito obrigada, Harry. — Não agradeça a ele, agradeça a mim porque se dependesse desse jumento, nem te chamar para sair ele iria. Disse Astraea em pensamento.

— De nada. — Harry falou, e logo em seguida a ruiva teve o vislumbre de ver ele vindo até ela, quase pulando de alegria. — Eu chamei ela pra sair.

Astraea pode ver o sorriso idiota que ele tinha no rosto, e ela se perguntou porque ele era tão emocionado assim.

— É. — Disse ela sorrindo sarcástica. — Graças a MIM! Porque se dependesse de você seu jumento, você não teria chamado!

Ela falou dando um tapa na nuca do Grifinório, que olhou para ela totalmente incrédulo. Astraea revirou os olhos pela terceira vez, começando a andar pelos corredores, com Harry indo logo atrás.

— Onde já se viu. — A ruiva falou reclamando. — Tava na cara que ela tava te chamando pra sair e você nem percebeu, como alguém pode ser tão burro assim? Burro!

— Ei. — Harry falou. — Não precisa ofender também.

— Precisa sim. — Ela se virou para ele totalmente raivosa. — “Tem, no Dia dos Namorados.” Estava claro que ela estava te chamando para sair!

— Eu não sabia. — Sussurrou ele.

— É claro que não. — Disse ela parando em frente a um corredor. — Você parece uma ameba mole na frente dela, ainda me surpreende você conseguir dirigir uma palavra para ela. Penso todas vezes que você vai desmaiar, e se não fosse por mim aqui, você provavelmente não teria um encontro no Dia dos Namorados.

— Um encontro? — Perguntou ele arregalando os olhos.

— É Harry. Um encontro! Larga mão de ser esquisito. — Falou ela se virando para sair. — Ah, e você me deve uma barra de chocolate. Até depois.

Astraea então saiu disparada pelos corredores, podendo ouvir Harry se despedindo dela baixinho, provavelmente tentando raciocinar o que ela disse. O Grifinório ia pelo caminho contrário, indo encontrar Rony e Hermione na biblioteca, enquanto Astraea iria para a Sala Comunal de sua casa, para poder descansar um pouco antes de chegar o horário da aula com Snape.

— Agora eu tenho que bancar o cupido aqui em Hogwarts. É Eros, se prepare que eu vou roubar seu posto no Olímpio. — Ela disse, rindo de seu próprio comentário.

— Eu deveria dizer a ele que seu trabalho está em perigo? — A ruiva escutou uma voz dizer atrás dela.

Prontamente Astraea se virou, colocando a mão no coração enquanto encarava o ser em sua frente.

— Capeta. Não me assusta assim. — Astraea falou, ouvindo a risada do estranho.

Astraea então olhou para ele, se deparando com um homem de cabelos loiros dourados, olhos azuis como o céu com um pingo de dourado. Uma pele totalmente brilhante, a mesma roupa que Hermes usava no seu encontro com ela, mas essa túnica era diferente, havia desenhos de sol em pequenos pontos dourados pelo pano branco, ele usava uma capa dourada sobre a túnica. A coroa Grega com desenhos de sol enfeitando sua cabeça, mas diferente de Hermes ele não usava um sapato com asas, esse era comum, mas ele carregava um arco e flecha sobre os ombros, esse arco e flecha sendo totalmente dourado reluzente.

— Mas o que é isso aqui? — Astraea perguntou com a boca aberta. — Decidiram fazer uma festa fantasia em Hogwarts e não me avisaram?

O homem loiro confuso despencou sua cabeça para o lado, olhando para a ruiva com confusão.

— Perdão?

— Esquece. — Disse ela olhando ele de cima a baixo. — Hermes te ensinou a como se vestir foi?

Uma risada preencheu os ouvidos da ruiva, uma risada totalmente bonita. Na verdade Astraea se questionou se tinha algo nele que não fosse bonito.

— Acredite em mim, se alguém tem que ensinar aquele apressadinho a se vestir, esse alguém com certeza sou eu. — Ele falou se aproximando, e Astraea pode ver os requisitos de dourado em sua pele brilhando.

— Se conhecem? — Perguntou ela com uma sobrancelha arqueada.

— Infelizmente. — Ele disse sorrindo quando chegou maia perto. — Ele é meu irmão.

— Ah. — A única coisa que Astraea conseguiu pronunciar foi isso, quando viu que ele se aproximava dela, até demais.

— Sou Apolo. — Ele se apresentou pegando delicadamente na mão da ruiva e deixando um beijo ali, enquanto a encarava em seus olhos.

— Astraea. — Ela falou embolada.

— Eu sei. — Apolo falou piscando. — Não tenho muito tempo aqui, infelizmente. Mas acho que esse tempo foi o suficiente para conhecer a garota que vem tirando o sono dos deuses.

— Como? — Astraea perguntou confusa.

Apolo portanto não respondeu, apenas tirou algo de dentro de sua capa, e Astraea pode ver que era uma embalagem, uma embalagem muito bonita.

— Um pequeno presente para você, bruxinha. — Ele estendeu o embrulho, e Astraea olhou para ele de cima abaixo incrédula. — Vamos, pegue.

Ele sorriu charmoso, segurando as mãos da ruiva e abrindo elas, enquanto depositava o presente ali. Astraea apenas olhou para Apolo totalmente chocada, sem conseguir dizer nada.

— Foi ótimo poder te ver. — Ele falou piscando. — Mas alguns países esperam que o sol nasça.

— O que?

Apolo então sorriu não falando nada, ao contrário, ele se aproximou dela, deixando um pequeno beijo nos cantos dos lábios dela. Astraea arregalou os olhos, olhando diretamente nos olhos do loiro, que sorriu malicioso olhando para ela com um brilho nos olhos.

— Até mais bruxinha. — Ele falou risonho. — Avise para o garoto que se ele não tomar uma atitude, eu tomo. Adoraria ter você como minha deusa.

— Ham.

Apolo então deu uma risada, saindo de perto da ruiva e desaparecendo entre os corredores. Astraea ficou ali parada encarando o chão, tentando entender o que de fato acabou de acontecer. A ruiva depois de ter ficado minutos tentando raciocinar, simplesmente se virou com o pacote em mãos e foi correndo para a Sala Comunal, querendo poder descansar até a tarde, e de algum modo tentar raciocinar o que acabou de acontecer com o seu encontro com Apolo.

Às seis da tarde, no entanto, Astraea ainda se perguntava mentalmente o que tinha acontecido a algumas horas antes enquanto ela intensificava cada passo que dava em direção à sala de Snape. Ao chegar perto da porta, ela pode ver Harry tomando fôlego, parecendo não querer entrar.

— Harry. — Astraea falou, vendo o garoto levar um susto ao vê-la.

— O que você tá fazendo aqui?

Astraea levantou uma sobrancelha devido a pergunta do amigo, olhando para ele como se fosse óbvio a resposta de sua pergunta.

— Não é óbvio? — Ela perguntou olhando em volta.

Quando viu que Harry estava pensando, ela revirou os olhos, se aproximando da porta batendo e em seguida entrando. A sala sombria estava forrada de estantes ocupadas por centenas de frascos de vídeo em que flutuavam pedaços viscosos de plantas e bichos, em várias poções coloridas. A um canto, havia um armário cheio de ingredientes, mas a atenção dos dois garotos foi atraída para a escrivaninha, onde uma bacia rasa, de pedra gravada com ruas e símbolos, estava iluminada por um círculo de luz projetado por velas. Astraea e Harry reconheceram-a na mesma hora, era a Penseira de Dumbledore. Perguntando-se o que estaria tal objeto fazendo ali, os dois sobressaltou ao ouvir a voz fria de Snaps saindo das sombras.

— Feche a porta, Potter.

Harry obedeceu, e Astraea riu levemente, vendo que Snape não se deu ao trabalho de pedir para ela fechar a porta. Quando ela se virou na direção do professor, Snape se deslocou para a luz e apontava silenciosamente para as cadeiras diante de sua escrivaninha. Astraea e Harry se sentaram e o professor também, seus olhos frios e negros fixando-se nos alunos sem piscar, antipatia gravada em cada linha do seu rosto.

— Muito bem, Potter, Bl... Sinclair, vocês sabem por que estão aqui. O diretor me pediu para lhe ensinar Oclumência. Só espero que você, Potter, se mostre mais competente nisso do que em Poções.

— Certo. — Concordou Harry e Astraea brevemente.

— Esta aula talvez seja diferente, Potter. — Disse Snape, seus olhos se estreitando malevolamente no garoto. — Mas continuo sendo seu professor e, portanto, você me chamará sempre de “senhor” ou de “professor”.

— Sim... senhor.

— Vamos à Oclumência. Como eu lhe disse na cozinha do seu querido padrinho, este ramo de magia fecha a mente à intrusão e à influência mágicas.

— E por que o Prof. Dumbledore acha que eu preciso aprendê-la, professor? — Perguntou Harry encarando Snape diretamente nos olhos, e Astraea concordou com ele.

Snape mirou-o por um momento e em seguida disse com a voz carregada de desprezo.

— Certamente até você poderia fer chegado à resposta sozinho, não, Potter? — Ele falou, dando ênfase à palavra “você”. — O Lorde das Trevas é excepcionalmente competente em Legilimência...

— Que é isso? Professor?

— Você tá brincando que você não sabe? — Astraea perguntou olhando pra ele com o nariz empinado.

— Fico feliz que pelo menos você saiba o que é isso, Sinclair. — Snape disse encarando Harry com olhos cerrados. — É a capacidade de extrair sentimentos e lembranças da memória de outras pessoas...

— Ele é capaz de ler pensamentos? — Perguntou depressa.

— Você não tem sutileza, Potter. — Comentou Snape, seus olhos negros contilando. — Você não entende distinções pouco perceptíveis. É um dos defeitos que o torna um lamentável preparador de poções.

Snape fez uma pausa, aparentemente para saborear o prazer de insultar Harry, antes de continuar.

— Somente os trouxas falam de “ler mentes”. A mente não é um livro que se abre quando se quer e se examina ao bel-prazer. Os pensamentos não estão gravados no interior do crânio, para serem examinados por qualquer invasor. A mente é algo complexo e multiestratificado, Potter ou pelo menos a maioria das mentes é. — Deu um sorrisinho. — Mas é verdade que aqueles que dominam a Legilimência são capazes, sob determinadas condições de penetrar as mentes de suas vítimas, interpretar suas conclusões corretamente. O Lorde das Trevas, por exemplo, quase sempre sabe quando alguém está mentindo para ele. Somente os peritos em Oclumência podem ocultar os sentimentos e lembranças que contradiriam a mentira, e conseguem dizer falsidades em sua presença sem serem apanhados.

— Então ele poderia saber o que estamos pensando neste momento, professor?

Astraea suspirou, cruzando os braços para evitar bater em seu amigo.

— O Lorde das Trevas se encontra a uma considerável distância, e as paredes e terrenos de Hogwarts são guardados por muitos feitiços e encantamentos antigos, para garantir a segurança física e mental dos que vivem aqui. O tempo e o espaço contam na magia, Potter. O contato visual muitas vezes é essencial à Legilimência.

— Bom, então, por que é que eu tenho de aprender Oclumência?

— O burrice viu. — Astraea murmurou baixinho.

Snape encarou Harry, ao mesmo tempo que passava um dedo fino nos lábios.

— As regras normais não parecem se aplicar a você, Potter. A maldição que não conseguiu matá-lo parece ter forjado algum tipo de ligação entre você e o Lorde das Trevas. As evidências sugerem que por vezes, quando sua mente está mais relaxada e vulnerável, quando você está dormindo, por exemplo, você compartilha os pensamentos e emoções do Lorde das Trevas. O diretor acha que é desaconselhável que isto continue a acontecer. E quer que eu lhe ensine como fechar a mente ao Lorde das Trevas.

— Mas e eu, professor? — Astraea perguntou baixinho, não entendo onde ela se encaixava nisso.

— Isso é algo que apenas Dumbledore pode te explicar, Sinclair. — Snape falou encarando a ruiva de lado. — No momento certo você irá saber.

Astraea franziu a testa, como assim momento certo? Por que ela estava ali? Por que tinha que fazer aulas de Oclumência com Harry, sendo que ela nem tinha nenhuma ligação com Voldemort? Era tantas perguntas.

— Mas por que o Prof. Dumbledore quer fazer isto parar? — Perguntou inesperadamente. — Não gosto muito, mas tem sido útil, não? Quero dizer... eu vi a cobra atacar o Sr. Weasley e, se não tivesse visto, o Prof. Dumbledore não poderia ter salvado a vida dele, poderia? Professor?

Snape encarou Harry durante uns minutos, antes passando o dedo nos lábios. Quando tornou falar, foi devagar e devidamente, como se pesasse cada palavra.

— Pelo que parece o Lorde das Trevas não tinha tomado consciência dessa ligação entre você e ele, até moto recentemente. Parede que você sentia as emoções dele e partilhava seus pensamentos, sem ele saber. Contudo, a visão que você teve pouco antes do Natal...

— A da cobra com o Sr. Weasley?

— Qual mais seria, gênio? — Astraea perguntou baixinho cutucando o amigo.

— Não me interrompa, Potter. — Disse Snape em tom ameaçador. — Como eu ia dizendo, a visão que você teve pouco antes do Natal representou uma incursão tão poderosa nos pensamentos do Lorde das Trevas...

— Eu vi de dentro da cabeça da cobra, e não da dele!

— Acho que acabei de lhe dizer para não me interromper, não foi, Potter?

Mas Harry pareceu não se importar que Snape estivesse aborrecido, pelo menos parecia estar chegando ao fundo dessa história, ele se sentou mais para a frente na cadeira de modo que, sem perceber, estava encarrapitado na borda, tenso como se estivesse prestes a voar. Astraea ao contrário, mantinha a mesma posição, tentando entender de algum jeito como ela se encaixava naquela história.

— Como é possível eu ter visto através dos olhos da cobra se não os pensamentos de Voldemort que estou partilhando?

— Não pronuncie o nome do Lorde das Trevas! — Ralhou Snape.

Fez-se um silêncio desagradável. Os dois se encararam por cima da Penseira, enquanto Astraea colocava a mão na boca para evitar falar algo estúpido.

— O Prof. Dumbledore diz o nome dele. — Contestou Harry calmamente.

— Dumbledore é um bruxo extremamente poderoso. — Murmurou Snape. — Embora ele possa se sentir seguro em usar o nome... os demais...

Astraea viu ele esfregar o braço esquerdo, aparentemente sem perceber, no lugar em que ela sabia que a Marca Negra estava gravada a fogo em sua pele.

— Eu só queria saber. — Recomeçou Harry, se esforçando para falar com polidez. — Por que...

— Você parece ter visitado a mente da cobra porque era onde o Lorde das Trevas estava naquele determinado momento. — Vociferou Snape. — Estava possuindo a cobra na hora, então você sonhou que estava dentro dela, também.

— E Vo... ele... percebeu que eu estava ali?

— Parece que sim. — Respondeu Snape, tranquilo.

— E porque eu estava vendo também? — Astraea perguntou bufando, já se estressando em não receber respostas.

— Dumbledore...

— Me poupe dessa história. — Disse ela rispida. — Se eu estou aqui é porque tem um motivo, e você sabe ele, mas não quer contar.

Astraea se levantou para ir embora, aquilo já estava lhe estressando, mas ao ver o olhar frio que o professor lhe deu ela tratou de se sentar novamente.

— E como é que você sabe? — Perguntou Harry, querendo saber a resposta para sua pergunta. — Essa é a suposição do Prof. Dumbledore ou...?

— Já lhe pedi. — Disse Snape, empertigado na cadeira, os olhos alertados. — Para me chamar de “senhor”.

— Sim, senhor. — Disse Harry impaciente. — Mas como é que o senhor sabe...?

— É suficiente que nós saibamos. — Disse Snape cortando a conversa. — O importante é que o Lorde das Trevas agora tem consciência de que você está conseguindo ter acesso aos seus pensamentos e emoções. Ele também deduziu que o processo provavelmente pode ser invertido, ou seja, perceber que talvez possa acessar os seus pensamentos e emoções...

— E ele poderia tentar me levar a fazer coisas? — Perguntou Harry. — Professor?

Ele acrescentou precipitadamente.

— Poderia. — Respondeu Snape, em tom aparentemente frio e desinteressado. — O que nos traz de volta à Oclumência.

Snape puxou a varinha do bolso interno das vestes e Astraea pode sentir Harry se enrijecer na cadeira, mas o professor meramente a ergueu e apontou para a raiz dos seus cabelos oleosos. Quando a retirou escorria uma substância prateada da têmpora à varinha como um grosso fio de teia de aranha, que se partiu quando ele a afastou, e caiu graciosamente na Penseira, onde girou branco-prateado, nem gasosa nem líquida. Mais duas vezes, Snape levou a varinha à têmpora e depositou a substância prateada na bacia de pedra, depois, sem oferecer nenhuma explicação para os seus gestos, apanhou a Penseira com cuidado, removeu-a para uma prateleira fora do caminho e voltou a encarar Harry e Astraea com a varinha em posição.

— Levantam-se e apanhem suas varinhas, Potter e Sinclair.

Harry obedeceu parecendo nervoso, e Astraea fez o mesmo logo em seguida, os braços cruzados parecendo estar totalmente desinteressada. Os três se encararam por cima da escrivaninha.

— Vocês podem usar suas varinha para tentar me desarmar, ou para se defenderem de qualquer outra maneira que consiga pensar.

— E o que é que o senhor vai fazer? — Perguntou Harry, acompanhado a varinha de Snape com os olhos, apreensivo.

— Vou tentar penetrar em suas mentes. — Disse Snape mansamente. — Vamos ver até que ponto você resiste. Me disseram que você já demonstrou aptidão para resistir à Maldição Imperius. Você vai descobrir que precisará de poderes semelhantes para resistir... em guarda, agora, Legilimens!

— Protego! — Astraea murmurou apontando a varinha para o professor, o feitiço não a atingiu, ele ricocheteou para o lado derrubando algumas coisas da sala de Snape, o contrário com Harry que parecia estar em transe ao seu lado.

Astraea olhou para Harry, vendo ele cair no chão, um dos joelhos batendo dolorosamente na perna da escrivaninha do professor. Astraea ergueu os olhos para Snape novamente, esse que baixou a varinha e esfregava o pulso. Havia um feio vergão ali, como uma marca de queimadura.

— Muito bem, Sinclair. — Snape falou, um misto de orgulho na voz.

Astraea acenou com a cabeça, desviando o olhar para o amigo novamente.

— Você teve intenção de produzir uma Azaração Ferreteante? — Perguntou Snape calmamente.

— Não. — Respondeu Harry com rancor, erguendo-se do chão.

— Achei que não. — Retorquiu Snape com desprezo. — Você me deixou penetrar longe demais. Perdeu o controle.

— O senhor viu tudo o que eu vi? — Perguntou Harry, parecendo inseguro.

— Vislumbres. — Disse Snape, crispando os lábios. — A quem pertencia o cachorro?

— A minha tia Guida. — Murmurou Harry.

— Bom, para uma primeira tentativa não foi tão ruim quanto poderia ter sido. — Disse o professor erguendo novamente a varinha. — Você conseguiu finalmente me paralisar, embora tenha desperdiçado tempo e energia gritando. Precisa se manter concentrado. Me repila com o seu cérebro e não precisará recorrer à varinha.

— Estou tentando. — Disse Harry, zangado. — Mas o senhor não está me dizendo como fazer!

— Tenha modos, Potter. — Disse Snape, ameaçador. — Agora, quero que feche os olhos.

Astraea sabia que o comando não havia sido mandado para ela, então ela apenas olhou para Harry por cima do ombro, vendo que mesmo zangado ele obedeceu parecendo totalmente relutante.

— Esvazie sua mente, Potter. — Disse a voz fria de Snape. — Ponha de lado toda emoção...

— Você não está obedecendo, Potter... vai precisar de mais disciplina... concentre-se, agora...

Astraea não prestava atenção no professor, ao contrário, ela prestava atenção em seu amigo que parecia ter se concentrado dessa vez.

— Vamos outra vez... quando eu contar três... um... dois... três... Legilimens!

Astraea se virou arregalando os olhos, mas dessa vez o feitiço pegou nela, já que ela nem ao menos teve tempo de se proteger. Merda, ela pensou, assim que os flashes de lembranças começaram a passar sobre seus olhos... ela é Hendery brincando na fonte de água quando tinham seis anos... ela e seu pai comendo um doce que por milagre os dois haviam conseguido fazer quando ela tinha oito anos... ela treinando com sua mãe... lendo um livro na biblioteca de sua casa... seu pai lhe contando histórias para dormir... ela vindo para Hogwarts... ela beijando Harry... ela, sua mãe, Perseu e seu pai tomando café da tarde no Natal, e por fim, ela e Perseu se beijando no dia do Natal.

Astraea pode ouvir o grito de Harry ao seu lado, ao mesmo tempo que ela ouvia uma voz falar no fundo da sua mente para tirá-lo dali, tirar Snape de sua mente. E assim ela fez, caindo de joelhos ao lado de Harry, o cérebro doendo como se alguém estivesse tentando arrancá-lo do crânio.

— Levantam-se! — Mandou Snape com rispidez. — Levantam-se! Vocês não estão tentando, não estão fazendo esforço algum. Estão me deixando acessar lembranças de quem tem medo, estão me dando armas!

Astraea tornou a se levantar, seu joelho parecendo gelatina mole e seu coração batendo descontrolado. Astraea estava furiosa, não por causa disso, não, por causa de Snape não ter lhe dado respostas para sua pergunta. Snape portanto, estava mais pálido que o normal, e mais zangado, embora não tão zangado quanto ela e o amigo ao seu lado.

— Eu... estou... me... esforçando. — Disse Harry entre os dentes.

— Eu lhes mandei esvaziar de emoções!

— Eu me distrai. — Disse Astraea baixinho.

— Distrações podem te levar a morte, Sinclair! — Snape falou ríspido.

— É? Bom, estou achando difícil neste momento. — Vociferou Harry.

— Então você vai descobrir que será uma presa fácil para o Lorde das Trevas! — Disse Snape com selvageria. — Tolos que têm orgulho de mostrar seus sentimentos, que não sabem controlar suas emoções, que chafurdam em lembranças tristes e se deixam provocar com tanta facilidade... em outras palavras, gente fraca... não têm a menor chance contra os poderes dele! Ele penetrará sua mente com uma facilidade absurda, Potter!

— Eu não sou fraco. — Disse Harry em voz baixa, a fúria agora perpassando-o de tal modo que Astraea achou que ele poderia atacar Snape dali a pouco.

— Então prove! Domine-se! — Falou Snape, com violência. — Controle sua raiva, discipline sua mente! Vamos tentar outra vez! Preparar, agora! Legilimens!

— Protego! — Astraea falou dessa vez, agora preparada. O feitiço sumiu diante do escudo que ela fez para se proteger.

E novamente, Harry não havia se protegido, muito menos parecia estar se protegendo dentro de sua própria mente, já que ele caiu novamente de joelhos. Astraea podendo ouvir o barulho de seu joelho batendo contra o chão duro.

— EU SEI! EU SEI!

Gritou o Grifinório de repente, assustando a ruiva ao seu lado. Ele então se levantou, os dois olhando para Snape, esse que encarava o garoto com a varinha levantada. Parecia que, desta vez, Snape suspenderá o feitiço antes mesmo de Harry sequer tentar repeli-lo.

— Que aconteceu então, Potter? — Perguntou, observando o garoto atentamente.

— Eu vi... me lembrei. — Ofegou Harry. — Acabei de perceber...

— Perceber o quê? — Perguntou Snape asperamente.

Harry não respondeu imediatamente, parecendo estar pensando em algo que de certo modo, havia acabado de perceber naquele momento. Depois de minutos em repleto silêncio enquanto ele parecia ter parado de pensar, ele ergueu a cabeça para Snape.

— Que é que tem no Departamento de Mistérios?

— Que foi que você disse? — Perguntou Snape em voz baixa e Astraea viu, que Snape ficou assustado com a pergunta de seu amigo.

— Eu perguntei o que é que tem no Departamento de Ministérios, professor? — Repetiu Harry.

— E por que. — Perguntou Snape lentamente. — Você perguntaria isso?

— Porque. — Disse Harry, e Astraea observou o professor querendo ver sua reação sobre o que Harry iria dizer naquele momento. — Aquele corredor que acabei de ver... com que estou sonhando há meses... eu acabei se reconhecê-lo, leva ao Departamento de Ministérios... e acho que Voldemort quer alguma coisa de...

— Já lhe disse para não pronunciar o nome do Lorde das Trevas!

Astraea pode sentir a tensão aparecendo quando viu os dois se encararem. Snape parecia agitado, mas quando falou foi como se estivesse tentando aparentar calma e indiferença.

— Há muitas coisas no Departamento de Mistérios, Potter, poucas das quais você entenderia, nenhuma das quais é da sua conta. Estou sendo claro?

— Está. — Respondeu Harry, começando a esfregar sua cicatriz.

— Quero vocês dois aqui à mesma hora na quarta-feira. Continuaremos a trabalhar então.

— Ótimo. — Disse Harry, ele estava desesperado pata sair dali, era notável.

— Vocês devem esvaziar sua mente de toda emoção antes de dormir, esvazie-a, deixe-a limpa e calma, compreendeu?

— Sim. — Disseram os dois juntos.

— E fique avisado, Potter, eu saberei se você não praticou...

— Certo. — Harry murmurou, e apanhando a mochila, atirou-a sobre o ombro e correu para a porta da sala. Astraea ouviu a porta se abrir, e sabia que Harry já tinha ido, ela portanto, permaneceu, encarando o professor totalmente desconfiada.

— Vocês estão escondendo algo de mim. — Disse ela ríspida, e o professor olhou para ela sobre o nariz, a examinando. — Você, Dumbledore, McGonagall, minha mãe e meu pai escondem algo de mim, e eu não gosto que escondam coisas de mim, principalmente quando se remetem a minha pessoa. Então, eu vou descobrir o que estão escondendo, e quando eu descobrir, vocês vão ver.

Astraea então foi até a porta, dando um último olhar para Snape, que estava de costas e retirava os pensamentos da Penseira com a ponta da varinha, repondo-os cuidadosamente na própria cabeça. Astraea saiu sem dizer mais nada, fechando a porta cuidadosamente ao passar, sentindo seu cérebro doer por ter tido sua mente invadida.

Ela tinha que ir para a biblioteca, onde tinha uma resma de deveres que Umbridge passou recentemente, portanto, ela deixou isso para lá, decidindo ir para o seu dormitório e tirar um cochilo para depois fazer esses deveres. De fato, havia sido um dia estressante, e a única coisa que Astraea queria naquele momento era sua cama e nada mais.

—— Olá estrelas e constelações
Demorei novamente para conseguir postar o capítulo porque tive um bloqueio horroroso e não consegui escrever, tive que escrever esse capítulo quatro vezes até sair, no fim ainda ficou ruim para mim, mas pelo menos aqui está mais um capítulo pata vocês aproveitarem. Agora, gostaram da menção do Brasil e do castelo bruxo? Meu sonho vai ser ver a Astraea vindo para cá, socorro, já disse que eu amo a relação da Astraea com o Regulus? Poise, eu amo demais esses dois, e o Regulus com o Perseu também não passam longe, uns queridos, outra coisa é a Dahlia com medo da Chave de Portal, tadinha eu entendo ela, também iria ter medo, a amizade da Astraea com o Hendery prevalece hein? No próximo capítulo vai ter menções dele novamente, assim como aqui teve, duas. A Dahlia com a Astraea e o Perseu, ahhh, são tão lindinhos. E a Dahlia vendo os seus melhores amigos, aí meus Deus, choro.

—— Outra coisa é o Perseu dando a jaqueta dele para a Astraea, e a resposta porque deles não terem trazido os presentes deles vão vir no próximo capítulo. Agora a Marjorie vendo a Dahlia e o Regulus na Astraea e no Perseu, eu não passo bem, e o Perseu dizendo que tem ciúmes da jaqueta, sendo que claramente ele tá falando da Astraea e não da jaqueta, me morro. E a Astraea bancando o cupido com o Harry e a Cho, uma querida. E para todos que pensaram, que não ia vir o encontro da Astraea com o Apolo, veio e veio com tudo, aiai se o Perseu souber, fogo no porquinho, o beijo no canto dos lábios e o presente, e pra quem ainda não entendeu esse encontro da Astraea com os Deuses, só aguarde que ainda vai vim muitos por aí e explicação vai ser baladeira. Agora a Astraea estressada com tudo é muito eu o dia todo, amo, e o Snape quase chamando ela de Black na frente do Harry? Chocada, outra coisa é a Astraea desconfiando do porque ela também estar fazendo aulas de Oclumência, e só para deixar claro, a conexão dela com o sonho que ela teve lá, não tem nada a ver com o Voldemort, e sim com o Harry, teorias? Agora as lembranças da Astraea, aiai, sem comentários.

—— É isso meus amores, espero que tenham gostado do capítulo de hoje, não se esqueçam de votar, comentar o que acharam e compartilhar com os amigos para a fanfic poder crescer ainda mais. Agradeço por terem lido até aqui, e aguardem que próximo capítulo está vindo mais rápido do que vocês pensam. Beijos.

MALFEITO FEITO!

— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.

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