ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗧𝗬 𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡❕

ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗶𝗿𝘁𝘆 𝘀𝗲𝘃𝗲𝗻. ᠉ ࣪ ˖
namora comigo, ruivinha?
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𝗛𝗢𝗠𝗘𝗠 𝗘 𝗗𝗘𝗖𝗘𝗣𝗖̧𝗔̃𝗢, duas coisas que eu aprendi com a vida, essas duas palavras andam lado a lado como irmãs. Snape era alguém que eu detestava, mas graças aos acontecimentos dos momentos anteriores, eu passei a detestar ainda mais. Minha mãe um dia me disse que homens tem a tendência de decepcionar, e está tudo bem, não me surpreendi quando vi o que meu padrinho e meu tio faziam na adolescência, não mesmo! Eu sabia muitíssimo bem que Snape não era santo naquela época, e que ele fazia várias coisas para irritar meu padrinho, e mesmo bullying sendo uma coisa totalmente errada, ainda apoio o que meu padrinho fez com Snape.

Isso recompensou tudo o que ele está fazendo com Harry, sério, aquele cabelo puro óleo nojento dele, aquele nariz igual o do pinóquio dele. Minha vontade era de prender as pernas e os braços dele e jogar ele no Lago Negro, quem ele pensa que é para ter chamado minha mãe de Traidora de Sangue, ter quase exposto minha família e principalmente jogar Harry no chão daquele jeito, eu juro que vou fazer aquele idiota pagar. E para isso talvez eu jogue shampoo naquele cabelo seboso dele, quem sabe se uma lavagem no cabelo também não lava a alma sebosa daquele nojento e tira a energia ruim dele.

Meus passos certamente estavam sendo ouvido nos corredores, e eu juro pelos Deuses, se um daqueles insetos da Brigada Inquisitorial da Sapa Rosa vir me atormentar, eu vou mandar ele pros quinto dos infernos, bando de criação do demônio. Já não bastava aquele feioso do cabeça de periquito do Malfoy ter me atormentado duas vezes ao dia hoje, eu juro que um dia vou pegar aquela calopsita albina e vou sufocar ele até a morte, só para poder ter o gostinho de ver ele parando de respirar, ranço demais. Estava quase chegando na entrada para a Comunal, quando de repente, parado em frente a entrada, estava um homem.

Não um homem qualquer, um homem bem esquisito, não que homens não sejam esquisitos por si próprio. Mas esse daí é a definição da esquisitice, ele usava uma armadura grega dourada, certamente feita de ouro, a parte debaixo de sua armadura feita de couro marrom juntamente com um pano vermelho e o típico cinto romano, em seus braços haviam abraçadeiras feita de couro e ouro, sandálias de couro em seus pés, em suas costas havia uma capa vermelha que estava sendo prendido por um círculo com um brasão em cima do peito direito. O brasão com um capacete e uma espada, o brasão do Deus da Guerra. Em suas costas estava preso uma espada juntamente com o escudo, e em sua cabeça não estava o capacete para completar. Na verdade, ele estava em suas mãos, sua coloração dourada com penas vermelhas, o homem olhava para parede tapando seu rosto para que eu pudesse ver.

— Licençinha. — Falei parando do seu lado e cutucando o homem no braço. E que braços maravilhosos eram esses hein, misericórdia, era um murro e eu tava em outra realidade. Sem contar na altura desse ser, com toda a certeza ele dava duas de mim. — Você tá atrapalhando minha entrada aqui, moço.

— Moço? — A sua voz saiu com uma risada rouca. E pelos Deuses, aí meu santo Apolo, que voz perfeita é essa aqui? Será que ele tem algum defeito?

O homem se virou na minha direção imediatamente, e eu literalmente quase caí para trás. E minha belíssima Aphrodite, você andou espalhando sua beleza por aí foi? Porque meu senhor, que homem lindo é esse na minha frente, Apolo e Hermes perdiam de zero a milhões para esse cara aqui na minha frente, porque que beleza é essa aqui. Seus cabelos negros como breu pareciam estar molhados, mas era apenas uma impressão já que eles estavam totalmente secos e cheirosos, eles caiam perfeitamente em sua testa e ele tinha um corte de cabelo perfeito, um corte de cabelo militar.

E seus olhos se destacaram perfeitamente com esse corte, esses que eram verde como esmeralda, um verde que refletia e através de seu olhar e eu podia ver fogo, irá, ódio, sangue e guerra. Seu rosto era totalmente marcado e perfeitamente bonito, ele tinha uma cicatriz acima do lábio que só deixava ele com uma vibe muito gangster e sexy. Sem contar nos seus lábios vermelhos e totalmente desenhados com perfeição. Pelos Deuses, que tipo de Deus Grego é esse meu senhorzinho do sol?

— Então... — Olhei para ele. — Será que você poderia me dar licença?

— Não.

— Não? — Perguntei já pensando em milhões de jeitos de esculachar ele nas palavras, porque mano a mano com toda certeza ia dar não. — Escuta aqui...

— Não tenho tempo para discussões com criança. — Ele disse friamente. — Vim aqui lhe entregar algo que me pediram para fazer, algo que acho inútil. Eu poderia muito bem estar em outro lugar agora.

— Vejo porquê então? — Perguntei ironizando. — Escuta aqui homenzinho de ferro, eu tive um péssimo dia hoje, acordei com a notícia que a sapa rosa virou diretora e ainda por cima tive que ver a cara feia dela e também daquela calopsita albina do Malfoy, tive milhões de aulas que me deixaram morrendo de dor de cabeça e ainda depois tive que ver a cara sebosa do Snape, sem contar que teve vários outros acontecimentos merdas hoje. Meu dia já não foi bem e a única coisa que quero é poder entrar na minha Sala Comunal e ir pro dormitório dormir que nem um anjinho pelo resto da noite. Então vaza da minha frente, antes que eu te tire daqui a força!

— Quando me disseram que você é uma coisinha que não abaixa a cabeça para ninguém eu não acreditei. Mas agora posso ver que é verdade, e você ainda é insolente, criança. — Ele falou me olhando de cima a baixo com um olhar julgador. Coisa que eu não gostei nenhum pouco, cadê o Perseu nessa hora pra dar uma surra nesse coisinho aqui? — Gostei de você.

— Nem te conheço. Vaza.

— Meu nome é Ares. — Ele falou galanteador.

— Ares, como o Deus da Guerra? — Perguntei ironizando. — Primeiro temos um Hermes, depois um Apolo e agora Ares. Quem vai vir depois? Poseidon?

— Ainda estão indecisos entre qual será o próximo. — Ele falou me deixando confusa, mas então me lembrei do sonho.

— Peraê... — Falei raciocinando. E imediatamente lembrei da minha eu do futuro falando sobre os Deuses, Apolo e Hermes realmente eram os Deuses,  e que vieram me visitar por um motivo que eu não sei qual. E se aqueles dois que pareciam ir à uma festa fantasia eram os verdadeiros Deuses, Apolo e Hermes. Então quer dizer que esse homem aqui na minha frente é Ares, o próprio Deus da Guerra. — AI MEUS DEUSES!! Você é o Ares, tipo, o Deus da Guerra. O verdadeiro e próprio Ares!

— Sou. — Ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo e eu abri a boca em choque. — Anda, pegue. Não tenho tempo para ficar trocando papo com crianças.

— A vá a merda vai! — Xinguei.

Ares tirou algo de trás de suas costas, um livro, não, um diário. Ele era preto com alguns detalhes em roxo, e imediatamente ergui o cenho para ele sem entender nada. Porque ele estava me dando um diário? Nunca que eu iria colocar minha vida em folhas de papel que qualquer um pode ler, pensava que o presente do Deus da Guerra seria mais elaborado, tipo uma espadinha bem linda para mim poder cortar a garganta do Draco e dos inimigos. Ou até mesmo uma adaga pequena, ou alguma coisa assim, seria bem mais útil do que um diário.

— Que isso?

— O Diário de Morgana Lefay. — Ele falou e então deixei um murmúrio de compreensão sair da minha boca. E eu burra aqui achando que o Deus da Guerra me daria um diário, muito burra mesmo. — Meu pai achou que seria mais rápido e prático que o diário fosse entregue em suas mãos, iria poupar seu tempo e agilizar as coisas. Então, seja rápida e use o Diário o mais rápido que conseguir. Sugiro que tire um dia de folga para isso, assim irá conseguir treinar melhor. E não se preocupe, os Deuses que te atormentavam já estão sendo cuidados por nós e agora a sua única preocupação será receber conhecimento para o controle do que existe dentro de você e também para conseguir fechar a sua mente para algum momento no futuro. O fechamento de mente é extremamente importante na batalha, principalmente para que os nossos inimigos não invadam nossa mente no meio dela. Então siga o meu conselho criança, e treine incansavelmente até conseguir, esse treino só te deixará mais forte do que já é. — Ele me entregou o diário e eu o peguei sentindo suas mãos calejadas, e então, ele levou a mão ao meu ombro dando um pequeno aperto ali. — Felizmente o meu tempo aqui acabou, então siga o meu conselho e além de tudo. Meta a porrada logo no loiro, eu não gosto dele. Tchau, garota.

— É só isso? — Perguntei incrédula. — Cadê meu presente? Ou não me diga que o Deus da Guerra agora ficou pobre.

Ele riu. E certamente, não era nada comum o Deus da Guerra rir, com toda a certeza não é.

— Você já tem o seu presente, criança. — Ele falou tocando minha testa, e então eu senti um tremor passar por meu corpo juntamente com um arrepio. — Você tem muitas armas com você, não precisa de mais. A única coisa que posso te proporcionar é a agilidade, força e a mestria em batalha, você vai precisar dela. E também te presenteio com a minha benção, algo que apenas meus filhos Semideuses tem. Mas você, agora tem a benção da guerra e use-a no momento certo no futuro. Não desperdice tamanho poder nessa guerra menina, deixe ele guardado para daqui alguns anos. A sua eu do futuro irá precisar dela para proteger aqueles que você ama quando não estivermos mais aqui por você. — Ele então dessa vez se virou me deixando estática e paralisada ali, sentindo uma quentura na minha cabeça. — Você tem sorte de eu ter gostado de você menina, tem ainda mais sorte por ser a primeira a receber algo tão grandioso de mim. Não sou acostumado a fazer boas ações. Então, se sinta especial.

E com um último olhar, ele colocou o capacete na cabeça. E desapareceu em uma nuvem de fumaça vermelha e eu fiquei ali olhando pro nada que nem trouxa, de boca aberta sem entender nadinha. Mas então decidindo deixar isso para o lado, eu me virei com o diário em mãos falando a senha para poder entrar, e assim que a porta apareceu. Entrei imediatamente na Comunal querendo nada mais nada menos do que apenas deitar e dormir, eu deixaria para pensar no que fazer com o diário amanhã. Hoje eu estava cansada demais para isso.

Estava quase atravessando a Sala Comunal em direção aos dormitórios, quando ouvi uma voz que eu não escutava a meses me chamando. E fingindo que não estou escutando, continuei minha caminhada, mas obviamente, como nada bom acontece na minha vida, senti a desagradável pessoa segurar meu pulso fazendo eu me virar. E então imediatamente eu me deparei com a visão de um Benjamin com os cabelos desgrenhados e a feição cansada, e eu só queria dizer pouco para ele, quem manda ser escroto. Não desejo mal a ninguém é claro, longe de mim fazer isso, mas esse frouxo aqui merece passar por um pouco de sofrimento, quem manda ser um babaca com o irmão dele, eu hein.

— Que foi hein? — Perguntei sem a mínima paciência.

— Posso falar com você? — Ele perguntou receoso.

— Não, não pode. — Me virei, mas como o mundo conspira contra mim. Ele me virou novamente. — Será que dá pra soltar? Eu quero dormir.

— Escuta, Astraea. — Ele soltou um suspiro. — Só quero te falar uma coisa, vai ser rápido eu prometo.

— Hum. — Me soltei. — Você tem cinco minutos. Tic Tac.

— Naquele dia eu fui um babaca. — Concordei prontamente, realmente foi e que bom que ele sabe disso. — Eu quis mandar em você e querer te obrigar a fazer algo que você claramente não era obrigada a fazer. Tudo isso por causa de algo que meu irmão fazia, algo que não era da minha conta, e eu fui muito errado em julgá-lo também, ele é meu irmão e ao invés de eu ficar do lado dele e ajudá-lo eu apenas o critiquei por seus atos. Mas se eu não fosse um estupido ignorante, Perseu nunca teria feito nada do que ele fez, porque tudo foi culpa minha, eu sinto isso, sei que quando me afastei dele assim que eu entrei para Hogwarts foi o motivo para que ele tivesse feito tudo isso. Mas agora eu vejo que eu sempre ignorei tudo ao meu redor, ignorei o meu irmão e deixei ele de lado por causa de amizades idiotas e eu juro Astraea, estou muito arrependido de meus atos. Eu realmente sinto muito por ter dito tudo aquilo para você, por ter tentado te obrigar a fazer algo que você não queria, por dizer tudo aquilo sobre meu irmão e pie fazer você fazer uma escolha idiota e sem sentido, durante todos esses meses eu estive repensando milhões de vezes sobre tudo naquela noite e tudo o que eu estou dizendo agora é para que você saiba que eu realmente estou arrependido de tudo. Não espero que você me desculpe ou me perdoe, só queria te dizer isso. Porque naquela noite eu só queria te proteger de alguém que eu achava que era errado para você, mas eu descobri que eu era essa pessoa errada. Nunca foi o Perseu, sempre foi eu. E como eu disse, não vou te obrigar a me perdoar porque não é isso que eu quero, só quero liberar esse sentimento dentro de mim e de uma vez por todas tentar seguir com a minha vida. Bem, desejo que você e Perseu sejam felizes juntos, vocês combinam. É isso Astraea, boa noite.

Okay, eu realmente não esperava isso. Qual é o papo de que homem é tudo igual agora? Tadinho, deu até um dó. Mas gente, eu realmente não esperava por esse pedido de desculpas não e ainda mais assim tão de repente. E está aí, mais uma pessoa provando que homem não é tudo igual, bravo por fazer o mínimo né. Quando Benjamin ia se virando, fui bem rápida em segurar no braço dele, agora chegou minha vez de brilhar.

— Olha. — Respirei fundo. — Naquele dia eu realmente fiquei chateada com você, ainda mais por você ter sido tão idiota e arrogante por ter falado do seu irmão daquele jeito. Porém, eu entendo seu lado também e está tudo bem se você achava que ele era uma má companhia para mim, mas como você pode ver eu estou extremamente bem e feliz e Perseu é o motivo disso. E eu fico feliz por você ter se arrependido de seus atos, a maioria das pessoas não fazem isso, que no caso é o mínimo e nem pedem desculpas, mas você fez isso e eu agradeço. Sei que você teve seus motivos e não nego que eu julguei e xinguei muito você por isso, porém, eu não vou guardar mágoa não, principalmente de algo que nem foi tão grave, eu aceito suas desculpas Benjamin e espero que o que aconteceu daquela vez não aconteça de novo. Seu irmão é alguém muito especial para mim, muito mesmo, e eu não vou te desculpar novamente se você julgar ele ou falar mal de alguma coisa que ele faz ou fez, Perseu já passou por muita coisa e tudo o que ele merece é ser ajudado e protegido e espero realmente que você peça desculpas a ele também, porque mais do que eu ele merece suas desculpas. Tem coisas que você não sabe sobre ele, coisas que você fez que o magoaram muito, mas isso não cabe a mim te falar e sim a ele e quando ele e somente ele se sentir confortável ele vai falar para você sobre tudo. E espero que você escute e não o julgue por não ter falado isso antes, tudo o que ele passou já foi o bastante e ele não merece passar por mais nada. Mas além de tudo, eu aceito suas desculpas e te perdoo, okay?

Benjamin soltou um sorriso e me deu um abraço de urso, um abraço que nós dois estávamos precisando. E eu fiquei feliz por saber que minha amizade com ele estava voltando, eu gostava muito de Benjamim e ele foi alguém bem importante que passou na minha vida e saber que agora a gente estava bem de novo, só me deixava feliz.

— Obrigada. — Ele sussurou. — Prometo que vou fazer tudo o que você falou, Astraea. De coração, muito obrigada por ter me dado mais uma chance. Não vou te decepcionar novamente e vou assim que me encontrar com Perseu pedir desculpas a ele por tudo, ele merece isso.

— Que bom. — Falei me separando. — Amigos de volta, então?

— Amigos de volta. — Ele sorriu piscando.

— Tenho muita coisa para te contar.

— Eu também! — Ele falou animado. — E bem...

— Que foi? — Questionei vendo ele coçar a nuca.

— Eu meio que estou namorando agora. — Ele falou e eu abri a boca em choque. — Na verdade, quase estou namorando. Ela ainda não aceitou o pedido, contei para ela sobre tudo e também sobre vir pedir desculpas a você e como eu estava enrolando a fazer isso, ela disse que não ia aceitar o pedido até que eu viesse falar com você. Então meio que ela me deu um empurrão para isso acontecer.

— Você está brincando!? — Exclamei é imediatamente bati com o diário que eu estava segurando em sua cabeça vendo ele reclamar. — Como? Quando? Com quem...?

— Raven Harkness, da Corvinal. — Arregalei os olhos.

— Mentira! — Falei desacreditada. — Você está namorando com a princesinha da Corvinal! Ai meus Deuses, como assim?! Eu estou chocada, passada.

— Ainda não. — Falou ele meio triste. — Não sei se você escutou mas ela ainda não aceitou e bem. A gente brigou então, nem sei se ela vai aceitar.

— Bobagem. Vai aceitar sim. — Fiz um gesto com as mãos. — Enfim, você me conta tudo amanhã, tá? Agora, eu realmente estou cansada e morrendo de sono, tudo o que eu quero é apenas deitar e dormir. Então, boa noite Benjamin.

— Boa noite Astraea. — Ele acenou quando eu comecei a andar. — A gente se fala amanhã e eu quero saber tudo sobre o que aconteceu nesses últimos meses.

— Pode deixar. — Mandei um joinha subindo as escadas para o dormitório. — Amanhã a gente se atualiza.

E então ouvindo as despedidas do moreno, eu terminei de subir as escadas entrando no dormitório. As meninas já estavam dormindo, e assim como elas, eu corri até minha cama para fazer o mesmo. Troquei de roupa rapidamente colocando uma roupa quente e confortável, estava cansada demais para um banho e amanhã de manhã eu tomaria um bem caprichado para recompensar o que faltou hoje. Guardando o diário bem guardado, eu me deitei na minha cama ao lado de Pólux por debaixo da coberta quentinha. E assim, o sono começou a chegar e eu já sentia minha vista escurecer quando entrei novamente no mundo dos sonhos, dessa vez não tendo nenhum pesadelo ou qualquer outro sonho esquisito. Apenas sonhando com a minha família feliz e completa ao meu lado, todos bem e salvos.

Na manhã seguinte tudo ficou extremamente bem, por incrível que pareça não encontrei com Perseu em lugar nenhum, e eu achei muito suspeito isso já que ele sempre me esperava para irmos até o Salão Principal. Mas ignorei isso, na minha mente ele só estava dormindo ou até mesmo fazendo alguma tarefa para entregar hoje. Benjamin me disse que não, ele falou que viu seu irmão sair cedo do dormitório, não dando nem chances a ele de pedir desculpas pelos acontecimentos dos meses anteriores. Benjamin e eu decidimos fazer um trato e viver na boa como amigos, sei que ele não é meu melhor amigo e nem vai ser, em minha mente só existem três pessoas que se encaixam nesse quesito, e Benjamim não é um deles.

Depois dele ter me contado tudo sobre o que aconteceu nos últimos meses com ele e também as fofocas que ele havia descoberto, eu contei um pouco sobre mim e sobre Perseu, já que ele parecia querer saber sobre como o irmão esteve durante esses meses. E eu estou botando fé de que Benjamin não vai errar dessa vez, a única coisa que falta para tudo isso melhorar e para Perseu e ele se perdoarem, é ele pedir desculpas para o irmão e Perseu contar sobre o que aconteceu com ele durante todos esses anos convivendo com o pai, e também sobre como ele se sentia com Benjamin o ignorando e lhe deixando de lado. Os dois precisam se perdoar, e sei que não cabe a mim revelar nada sobre esse fato, isso é uma coisa deles e caso precisem de um empurrãozinho eu dou, mas não vou me meter no meio disso não. Os únicos que podem fazer isso são eles, e peço aos Deuses para que os dois se resolvam, quero que Perseu possa ter o Benjamin ao lado e vice-versa, meu loirinho já passou por muita coisa e merece ser feliz ao lado do irmão dele, e eu espero realmente que isso aconteça rápido.

Por incrível que pareça, o dia de hoje foi calmo, apesar das coisas que os gêmeos estão aprontando com a Umbridge, e sejamos sinceros. Eu estou amando isso! Espero que eles aprontem muito com essa sapa rosa, ela merece tudo e muito mais, o fato que eu mais estranhei nesse dia, foi que não vi Perseu nenhuma vez, nem na hora do café da manhã, almoço ou jantar, nos corredores, sala de aula. Em absolutamente nenhum lugar, o garoto desapareceu durante o dia todo, eu já estava pensando que ele morreu, mas assim que eu cheguei no dormitório para dormir, havia um bilhete em cima da cama, juntamente com uma flor, era um papel de pergaminho e tinha queimados nas bordas, sua escrita era perfeita, uma das mais lindas que já vi. E quando eu peguei a flor para ver, era simplesmente uma Gardênia, ele já me disse várias vezes que eu cheirava a essa flor, e realmente, meu sabonete, shampoo, condicionador, creme, óleo e tudo era de Gardênia e essa obsessão veio de minha mãe, tanto que o apelido dele para ela é “Minha Gardênia” eu nunca disse isso, mas é incrível como esse garoto pensa até nos mínimos detalhes de mim. Ele e meu pai são os últimos românticos desse mundo, tenho a absoluta certeza disso.

— Te espero na Torre de Astronomia, não demore ruivinha. Já passei o dia todo ansiando por você, não sei se aguentaria mais um segundo longe de você. — Soltei uma risada baixa. — P.S. Tome cuidado nos corredores com aqueles cachorros idiotas da Umbridge, de seu e unicamente seu. Loirinho.

Soltei um sorriso bobo guardando o bilhete juntamente com os outros que ele já havia me dado, peguei então a jaqueta que até hoje eu não lhe devolvi e me vesti. Olhei ao redor do dormitório vendo que todas as garotas dormiam, então, silenciosamente sai do dormitório passando pela Comunal tão silenciosamente quanto sai do dormitório, graças aos Deuses não havia ninguém ali, além de Theodore Nott que estava estudando silenciosamente ao lado da lareira, mas ele nem notou minha presença e eu agradeci por isso. Quando passei pela porta da Sala Comunal, dei uma boa olhada no corredor antes de correr em disparada para longe, misteriosamente meu passos eram tão silenciosos quanto uma pena quando eu queria. E nesse exato momento, nem mesmo uma pessoa com a audição aprimorada podia ouvir um sequer barulho vindo de mim.

Minha ida até a Torre de Astronomia foi silenciosa, apesar de eu quase ter sido pega por um dos cachorrinhos da Umbridge, tudo ocorreu bem e agora eu já estava terminando de subir as escadas da Torre de Astronomia, reclamando mentalmente sobre o motivo de ter tanta escada, sei que tenho a resistência de um lobo, mas mesmo assim, eu sou sedentária! E estava quase morrendo quando terminei de subir o último degrau, me apoiei um pouco para pegar um ar e logo em seguida respirei fundo antes de começar a andar pela Torre, eu já podia ver a silhueta de Perseu na minha frente, ele estava de costas para mim, apoiado na grade e olhando para o céu que está extremamente bonito hoje, cheio de estrelas e com a lua brilhante. Sei que ele não percebeu que eu havia chegado e aproveitei para ficar do lado dele, eu estou extremamente nervosa e nem sei o porque, deve ser alguma coisa de loba, a lua cheia está quase chegando novamente.

Assim que fiquei ao seu lado levei meu olhar para seu rosto, ele não estava de olhos fechados porém parecia extremamente nervoso também, o brilho das estrelas refletia em seus olhos deixando ele incrivelmente lindo, o seu pomo de adão se mexia e suas mãos com anéis de prata apertava fortemente a grade, ele respirava fundo parecendo com dificuldade e eu fiquei mais uns minutos analisando seu jeito esperando que ele me notasse, porém isso não aconteceu. E então eu decidi deixar claro que estou aqui, se não a gente ficaria assim o resto da noite e do jeito que ele é, eu não duvido de nada que ele não me notaria aqui.

— O céu está bonito hoje. — Falei calmamente.

Perseu arregalou os olhos e rapidamente deu um pulo para frente, ele se virou na minha direção parecendo assustado, e eu sorri maleficamente vendo ele colocar a mão no coração tentando normalizar a respiração. Ele estava encostado na grade com uma mão apoiada ali, como se estivesse querendo evitar cair e isso me fez soltar uma risada estridente.

— Porra. — Ele xingou se juntando a mim. — Você quase me mata de susto, ruivinha.

— Foi mal. — Digo tentando controlar a risada.

— Pelos Deuses. — Ele sorriu parando de rir. — Eu poderia ter caído daqui com esse susto.

— Não seja dramático. — Sorri me apoiando na grade e olhando para as estrelas. — Eu nunca deixaria você cair.

— É ótimo ver que pelo menos você não me deixaria morrer sem fazer nada. — Respondeu ele. — E só para deixar claro, eu também não deixaria você cair, ruivinha.

Fechei os olhos deixando um sorriso bobo escapar, sentindo as borboletas se mexerem em meu estômago. Era esse o sentimento de estar apaixonada que eu tanto li nos livros? É essa as famosas borboletas que sentimos nesses momentos? Me sinto espetacularmente nervosa agora, e isso só piorou quando senti seus braços passando pela minha cintura, ele me abraçou por trás de maneira forte e assim que senti meu cabelo sendo deixado de lado e seu nariz passando de forma carinhosa pelo meu pescoço, me arrepiei instantaneamente me entregando ao conforto de seus braços.

— Só os Deuses sabem o quanto eu senti a sua falta hoje, ruiva. — Ele deixou um beijo perto da minha orelha e eu fechei os olhos aproveitando o carinho.

— Por que você desapareceu hoje? — Falei com a voz baixa, ainda sentindo seus beijos sendo deixados pelo meu pescoço. — Não te vi o dia todo, você praticamente evaporou o dia todo. Fiquei preocupada com você.

— Então quer dizer que você ficou preocupada comigo? — Ele soltou uma risada rouca, apertando as mãos em volta de minha cintura.

— Sempre. — Confessei.

— É bom saber disso. — Com um puxão ele me virou para ele, ambas suas mãos segurando em meu quadril firmemente como se não quisesse soltar. Olhei em seus olhos vendo eles mais escuros do que nunca, o azul que ali existia estava quase desaparecendo entre as sombras que rodeiam seus olhos.

— Você não me respondeu. — Digo levando minhas mãos até seu cabelo e retirando os fios que caiam em sua cara me proibindo de ter uma vista melhor de seu rosto. — Por que você sumiu hoje?

— É para isso que te chamei aqui. — Ele sussurrou. — Preciso urgentemente te falar uma coisa.

— Pode falar. — Desci minha mão até sua bochecha descansando ela ali e em seguida começando a fazer um leve carinho. — Você sabe que eu sempre vou te ouvir.

— Eu sei. — Ele soltou um suspiro olhando em meus olhos parecendo perdido. — Só estou um pouco nervoso com o que vou falar.

— Respire. — Calmamente ele respirou fundo soltando o ar livremente. Eu percebia como Perseu às vezes parecia sair fora de si, e por isso propus que nos momentos difíceis ele tentasse respirar fundo até conseguir se acalmar, não que fosse funcionar toda vez, era apenas para momentos menores. — Se sente melhor?

— Sim. — Disse baixinho.

— Ótimo. — Sorri. — Agora, você pode tentar e se não conseguir tente respirar novamente. Não deixe que seus pensamentos e seus medos fiquem a frente, fale o que quer sem ter medo, okay?

— Okay. — Ele acenou com a cabeça. — Por onde posso começar? — Perseu me olhou parecendo pensativo, porém, ele logo suspirou prestes a tomar uma atitude e começar a falar. — É extremamente claro para todos e tudo o quão loucamente apaixonado eu sou por você, deixo isso bem claro a cada dia que se passa. Desde o momento que eu te vi, naquele dia no Beco Diagonal eu já me senti extremamente estranho, olhei no fundo de seus olhos e senti algo que nunca, jamais, havia sentido na minha vida e aquilo me deixou assustado pra caralho. Eu fiquei encantado em conhecer você e mesmo assim eu fugi achando que nunca mais iria te ver e tudo iria acabar bem, mas... quando te vi no primeiro dia em Hogwarts no Salão Principal tudo voltou como um balde de água fria e eu não conseguia tirar os olhos de você, era como se alguma coisa estivesse me puxando até você e eu não conseguia ignorar isso. Nós próximos dias me vi totalmente envolvido com você, em todo lugar que eu ia, você estava e vice-versa e conforme o tempo ia passando, cada vez mais íamos nos aproximando. E quando chegou aquele dia antes do Natal, tudo mudou para mim. Quando você contou exatamente tudo sobre você para mim, sobre sua vida, sua família e tudo o que você passou eu senti que você confiava em mim, senti que essa confiança era extremamente importante para nós dois e tudo o que eu quis foi te abraçar e nunca mais soltá-la quando te vi chorando, uma posse protetora tomou conta de mim e eu queria só protegê-la naquele momento, não sei o que acontecia só queria poder te ajudar. E quando você confiou em mim para conhecer sua casa, sua família, seu lar... de algum modo eu sabia que tinha que te compensar por isso e quando eu te contei sobre tudo o que eu passei, sobre minha infância, sobre meus medos e traumas pensei que você iria me julgar ou sentir nojo e medo de mim, mas você novamente se provou ser esse alguém maravilhoso que eu conheço hoje, você me segurou em seus braços e me ajudou, me protegeu e fez coisas que ninguém jamais havia feito comigo e eu fiquei extremamente grato por isso, porque pela primeira vez alguém finalmente havia me escutado e me entendido.

Concordei sentindo um nó em minha garganta, minhas mãos estavam suando e eu nem entendi o motivo disso, portanto, o nervosismo me consumia e eu não conseguia falar nada além de ouvi-lo falando. Não sei se seria capaz de pronunciar uma palavra sem gaguejar.

— Quando nos beijamos pela primeira vez, eu juro que tudo o que eu quis fazer foi sair pelo mundo a fora e soltar foguetes. — Soltei uma risada junto a ele. — Aquele momento foi o mais feliz da minha vida, não é de se espantar que desde o momento que você chegou na minha vida, tudo simplesmente ficou mais colorido para mim, era como se... eu estivesse em uma escuridão sem fim e de repente a luz chegou, e no caso a luz é você. Desde aquele dia, eu não consegui te tirar da minha mente, tudo o que eu via, pensava, sonhava era com você, por todo esse tempo você esteve presente nos meus sonhos mais selvagens, eu não consegui te tirar da minha mente e eu juro que eu não soube o exato momento, mas... Quando eu vi, já estava completamente apaixonado por você, repassei todos os momentos nossos juntos mas nunca cheguei a um momento certo no qual esse sentimento tomou posse de mim, talvez, sempre esteve lá mas eu nunca percebi. Porque a cada dia que se passou, esse sentimento só aumentava cada vez mais a ponto de eu não aguentar mais e quando eu te chamei para nosso primeiro encontro, eu jurava que você não iria aceitar, mas novamente você me surpreendeu e aceitou. Quando saímos no Dia dos Namorados, tudo o que eu conseguia pensar era em como você estava linda e em como eu tinha sorte em ter você ao meu lado naquele momento, você estava tão bela na minha jaqueta, jaqueta essa que você está usando hoje. — Ele sorriu olhando para sua jaqueta, que agora é minha. Obviamente. — E eu não parava de imaginar o quão maravilhosa você ia ficar vestindo minhas roupas. Naquele dia eu não consegui me segurar mais, tive que falar tudo o que sentia se não eu provavelmente iria explodir, tudo naquele dia foi perfeito, estar ao seu lado, vivenciar momentos com você e tudo mais, foi tudo perfeito e único. Mas o momento mais incrível de todos foi quando dançamos na chuva, guardo esse momento até hoje na minha memória como uma lembrança muito especial, tanto que... essa foi a lembrança na qual eu usei para conseguir conjurar o Patrono, porque tudo o que eu enxergo se remete a você e somente a você, minha felicidade, alegria, motivo de meus sorrisos e risadas é você. E naquele dia eu deixei claro isso, te falei tudo o que sentia e tudo o que eu guardei para mim durante meses, por um momento eu achei que iria ficar que nem um idiota bobo e desiludido por você, mas quando você me disse que estava começando a se apaixonar por mim, tudo mudou. A partir daquele momento tudo girou em torno de você e por todos esses meses, todos os momentos que vivenciamos juntos, tudo o que fizemos, só aumentou ainda mais esse sentimento que cresce dentro de mim. Você em menos de um ano se transformou a coisa mais importante da minha vida e eu realmente não me importo com nada e nem com ninguém além de você, sei que você ouviu coisas terríveis sobre mim e também sei que você não se importou com nenhuma dessas coisas, e isso te faz ser a pessoa incrível que você é Astraea. Você não me julgou por pequenos comentários dos outros, você ficou e permaneceu do meu lado, me ajudou, me apoiou e não se importou com nada do que os outros disseram, você apenas ficou comigo e eu agradeço por isso um milhão de vezes. Você é uma pessoa incrível, Astraea, alguém maravilhosa e extremamente especial, você é única e para mim pode existir milhões de estrelas neste mundo que a única que eu vou olhar vai ser você. Não me importo com quantas pessoas existem em uma sala, a única pessoa na qual meus olhos vão procurar vai ser por você, não me importo com o mundo, com as pessoas e nem com ninguém, para mim, você é única. E somente você existe em meus pensamentos, na minha vida, lembranças, sonhos e tudo mais. É por isso que eu digo, Astraea. Eu te amo. Eu te amo a cada batida do meu coração, te amo mais que cada estrela e constelação existente, te amo tanto que eu não me importaria se o mundo acabasse exatamente agora, não enquanto você permanecer ao meu lado. Desde o momento que eu te vi nada mais importou para mim, quero que saiba que eu daria minha vida por você, me entregaria ao Deus da Morte de braços abertos se isso significasse salvar você, você é tudo o que eu tenho e tudo o que eu quero ter. Você é minha luz no meio da escuridão, minha estrela na minha constelação e minha alma. Os heróis sacrificariam você pelo mundo, mas eu... eu sacrificaria o mundo por você, queimaria ele inteiro apenas por você. Eu juro que esse sentimento é tão intenso, que nem mesmo a própria Deusa do Amor jamais seria capaz de conseguir defini-lo, isso é tudo o que eu tenho a dizer, minha ruivinha. Mesmo que você não sinta o mesmo por mim, quero que saiba que essa sentimento não vai desaparecer, vou confundir te amando além desse mundo, em cada planeta, universo ou realidade, porque você é Minha Estrela dourada. Eu acreditava que o amor seria preto e branco, mas é dourado.

Quando ele terminou de falar, eu estava extremamente paralisada. Demorei alguns segundos para digerir tudo o que ele havia falado, e quando finalmente fiz, já podia sentir algumas lágrimas descendo pelo meu rosto. Nunca esperava que alguém algum dia me dissesse coisas tão bonitas assim, minha mãe sempre me disse que eu iria conhecer alguém tão maravilhoso quanto os quais eu lia em livros, portanto, eu nunca botei fé, sempre dizia que garotos daquele jeito não existia, que eles eram apenas personagens fictícios e que nunca iria aparecer um desses em minha vida. Porém, como eu estava enganada... esperei anos esperando por um Príncipe Encantado estilo contos de fadas, com medo de receber apenas o cavalo do príncipe, mas aqui estou eu hoje, vendo que todas as minhas expectativas inalcançáveis de um príncipe literário finalmente se tornaram realidade. Eu não esperava por um herói, afinal, a maioria dos livros no qual eu li sempre foram sobre um moreno sarcástico, de passado triste e com fama de vilão que odeia todo mundo menos a mocinha.

E saber que a pessoa pelo qual me apaixonei é como um espelho desse tipo de personagem, só deixa o meu lado fanática por livros extremamente feliz. Todas as palavras na qual Perseu disse, só imaginei um dia ler de uma página de um livro, nunca imaginei estar ouvindo tudo isso neste exato momento. A cada palavra que ele dizia, mais meu coração acelerava juntamente com as borboletas que faziam festa em meu estômago, esse é um sentimento novo no qual eu nunca senti, no qual eu nunca desfrutei antes e no qual eu nunca pensei em viver tão intensamente. Porque por todos os Deuses existentes, eu já estou apaixonada por esse garoto há meses e não há dúvidas nenhuma que eu o amo. Todo esse sentimento é novo, mas eu consigo distinguir perfeitamente ele e saber que a paixão não é o único sentimento que existe entre mim e ele, eu amo Perseu Dempsey, e estou pouco me fudendo para todo o resto, a única coisa que quero fazer é dizer tudo o que sinto por ele e que o mundo se foda. Porque exatamente como ele disse, tudo o que me importa nesse momento é ele, e eu estou pronta para poder amá-lo do jeito que ele merece e também ser amada. Estou preparada para me entregar a esse amor, e não pretendo voltar atrás.

— Eu... — Respirei fundo, preparada para colocar tudo o que sinto para fora. — Eu jurava que você era um idiota, babaca, egocêntrico, mimado, nojento, chato, asqueroso e extremamente repugnante quando nos conhecemos pela primeira vez. Mas assim que pude te conhecer melhor, soube que não deveria ter te julgado de cara, afinal, minha mãe sempre me disse que não devemos julgar um livro pela capa. E eu juro que me arrependo muito de ter te julgado no começo e ter xingado até a sua última geração, porém, durante todos esses meses juntos, todos os nossos momentos, eu vivenciei coisas que jamais pensei que ia viver, tudo o que eu passei com você foi único e mágico e eu não mudaria nenhum segundo sequer. Quando confiei em você para te contar tudo em minha vida, eu não estava mentindo dizendo que você foi o único no qual eu contei sobre tudo, porque não foi, nem mesmo o meu melhor amigo no qual eu conheço desde pequena sabe sobre meu passado e muito menos sobre eu ser uma bruxa, confiei em você porque eu sabia que você nunca contaria a ninguém, sabia que você seria extremamente importante para mim e que guardaria esse segredo com sua vida. Naquele dia eu só não confiei um segredo a você, mas também a minha vida e a da minha família e acredite, eu nunca iria contar isso para ninguém além de você.

Eu fiz uma pausa respirando fundo, Perseu segurou em minha mão fortemente, sorrindo, através de seus olhos azuis tempestuoso eu podia ver um requisito de lágrimas. Ele acenou para eu continuar e assim eu fiz, mesmo com a emoção correndo livremente pelas minhas veias, me pressionei para terminar de dizer tudo o que eu queria colocar para fora.

— Nesses últimos meses eu nunca senti com mais ninguém o que eu senti com você, foi algo extremamente novo que me deixou assustada, no começo eu fiquei relutante de me aproximar de você e acabar te machucando ou desapontando, fiquei com medo de acabar errando com você e te afastar. Minha vida inteira foi uma completa confusão e repleta de incerteza, mas assim que me aproximei de você eu tive a total certeza de uma coisa. Eu não queria ser só sua amiga, não queria ignorar os sentimentos que me corrompiam de forma assoladora e decidi de uma vez por todas me entregar a ele, e não me arrependo nenhum pouco dessa decisão. Durante todo esse tempo, meus sentimentos por você só foi crescendo cada vez mais e quando eu te disse que estava me apaixonando por você, eu estava mentindo. Porque eu já estava completamente apaixonada por você naquela época, só não queria confessar, e quando mais esse sentimento crescia, mais essa necessidade que crescia dentro de mim ficava mais forte e todo esse tempo que passamos juntos não foi o suficiente para diminuir isso. E eu só queria saber se está tudo bem eu ter dito tudo isso? É normal que você esteja na minha cabeça? Será que ainda é muito cedo para fazer isto? Porque eu sei que é delicado. Tudo isso, todo esse sentimento se alastra sobre mim como uma avalanche imensa e eu não quero segurá-la, quero poder gritar para o mundo todo ouvir o que eu sinto. E às vezes, eu me pergunto: Quando você dorme, será que você está sonhando comigo? Às vezes, quando olho nos seus olhos, eu finjo que você é meu, o tempo inteiro. E eu não quero mais guardar isso, quero que você saiba mais do que ninguém que eu estou apaixonada por você. E que de repente, você é aquele que eu tenho esperado. Rei do meu coração, corpo e alma. E além de tudo, quero que saiba que eu também te amo Perseu Dempsey, te amo tanto como nunca amei ninguém e tenho que te dizer que você é meu primeiro amor, porque eu nunca me apaixonei por alguém além de você, nunca amei ninguém além de você e nunca senti nada parecido por mais ninguém. E sejamos sinceros, eu não quero poder sentir isso por mãos ninguém, quero que isso seja eterno mesmo não sabendo sobre o futuro, quero poder aproveitar todo momento junto com você e apenas implorar para os Deuses que isso dure para sempre, e às vezes eu só me pego pensando que parece que temos uma ligação, uma ligação que eu não sei explicar, só sei que toda vez que sinto seu toque elétrico é como se algo me puxasse cada vez para mais perto de você. E não é lindo pensar, que durante todo esse tempo esse tempo havia alguma linha invisível, ligando você à mim? Então, por favor, me diga que não sou a única que sinto isso, diga que não é loucura da minha cabeça e diga que não sou só eu, que não sou só eu que sinto como se a qualquer momento nós encontramos o País das Maravilhas, e eu e você nós perderíamos nele e nós fingiriamos que isso poderá durar para sempre.

— Você não é a única. Não, a cada momento sinto que poderíamos simplesmente Reescrever as Estrelas e isso me deixa maluco. E só de saber que todo esse sentimento é recíproco só me faz querer saber sua resposta cada vez mais rápido. — Ele falou me deixando confusa. — Eu te amo, você sabe disso. E você me ama e eu não poderia ficar mais feliz com isso. Mas... o único motivo pelo qual eu te trouxe aqui hoje é para te fazer um pedido especial, algo que eu sei que vai mudar nossas vidas, mas foda-se, eu quero tudo com você. — Perseu então colocou a mão no bolso, tirando de lá uma caixinha preta com detalhes em azul e dourado, como se fosse o céu. Ele então olhou em meus olhos, os sentimentos que ele sentia sendo transmitido por suas belas íris azuis nesse momento. — Então... namora comigo, ruivinha?

Nesse momento ele abriu a caixinha e eu desci meu olhar para a caixinha podendo ver dois anel de namoro, a primeira tem a coloração prateada e é extremamente lisa, não há pedras e nem marcações, na verdade havia apenas uma escrita na parte inferior, ele parecia ter uns 2,5mm de espessura e não era nada parecido com aqueles anéis estilo roda de caminhão, na verdade, era delicado e certamente não era para mim porque jamais caberia no meu dedo esse anel. Agora o outro anel também é prata, tem 2.mm de espessura e tem vários brilhos em volta, dá para perceber que tem algo escrito na parte inferior também, mas o que chama minha atenção é a reluzente estrela azul no meio, ela dá um charme especial para o anel e eu tenho que dizer que são absolutamente lindas! Já vi vários anéis de namoro em lojas ou nos dedos de algumas pessoas, portanto, nenhuma se compara a essas, são incrivelmente lindas e parecem terem sido feitas por mãos de fada, mesmo estando de noite e escuro dava para ver o brilho reluzindo saindo dos anéis, agora imagina de dia. Ia deixar alguém cego com tamanho brilho. Assim que reparei que Perseu esperava uma resposta, desviei o olhar da caixinha, parando em seus belíssimos olhos, que eu nunca iria me cansar de olhar. Não havia nada para eu pensar, eu já tinha tomado minha decisão e já sabia a minha resposta, e essa seria a resposta que eu daria todas as vezes em todas as realidades.

— Sim. — Imediatamente eu disse, minha voz saindo como um raio de tão apressado que saiu. — Pelos Deuses, mil vezes sim! Eu aceito, é claro que eu aceito!

Perseu abriu um sorriso, mas não foi só um sorriso. Foi o mais lindo, radiante e feliz que ele já deu, ele parecia extremamente feliz e mais leve agora, seu nervosismo já havia passado, assim como o meu, tudo o que nos rodeava era a felicidade e a alegria. Perseu imediatamente me olhou com um olhar pedindo permissão, e sabendo do que se tratava apenas acenei com a cabeça. Rapidamente ele tirou o anel com todo cuidado do mundo e eu estendi a minha mão que tremia levemente, ele segurou nela com todo amor que existia em seu ser, e lentamente foi colocando o anel em meu dedo anelar, quando finalmente chegou ao fim eu percebi que o anel cabia perfeitamente bem e me questionei como Perseu sabia a medida de meu dedo, mas eu deixaria essa pergunta para depois. Perseu então fez um carinho em minha mão ainda sorrindo, ele levou seus lábios até minha mão, deixando um singelo beijo em cima do anel.

— Sua vez, ruivinha. — Ele piscou me estendendo a caixinha.

Sorri boba retirando o anel da caixinha, o segurei em meus dedos estendendo a mão para Perseu. Ele rapidamente colocou a mão sobre a minha, e com o mínimo cuidado eu coloquei o anel em seu dedo, também cabia perfeitamente bem. E assim como ele fez, eu levei meus lábios até estar acima do anel, deixando um beijo ali. Quando levantei meu olhar para ele, Perseu já me olhava completamente apaixonado, podia sentir meus olhos marejados e antes que eu pudesse sequer deixar uma lágrima cair. Senti seus braços me puxando até ele e seus lábios se tocando nos meus com uma rapidez inimaginável, a única coisa que pude fazer foi retribuir o beijo, abrindo minha boca e dando espaço para que sua língua entrasse em minha boca. Soltei um grito quando suas mãos pararam na minha coxa me levantando, sentindo o vento em meus cabelos o sentimento de ser rodada pela Torre de Astronomia me pegou em cheio fazendo eu soltar uma risada, me separei um pouco de seus lábios para me recuperar. Mas antes mesmo dele reagir, colei nossos lábios novamente sentindo seu gosto de torta de limão e menta, um gosto extremamente gostoso e único. Dessa vez nosso beijo não foi igual aos outros, esse era calmo, lento e totalmente apaixonado.

Assim que a gente se separou, senti meus pés lentamente tocar o chão novamente, porém, o abraço apertado em volta de minha cintura não desapareceu. A cabeça de Perseu se apoiou em meu ombro, e eu franzi o cenho confuso quando um fungar foi ouvido por mim, logo em seguida eu senti algo molhado na minha pele no ombro desnudo, bem em cima da tatuagem. Arregalei os olhos ao perceber que ele estava chorando, a última vez que eu realmente o vi chorar, foi quando ele me contou sobre seu passado. Depois daquele dia, eu nunca mais havia visto uma lágrima escorrer dos olhos de Perseu. Afastei lentamente seu rosto do meu ombro, segurando nos dois lados de seu rosto. Ele portanto não olhou para mim, continuava com o olhar baixo e as lágrimas desciam por seu rosto.

— Olhe para mim, querido. — Falei com todo carinho que existia dentro de mim. Ele olhou em meus olhos e então pude ver como seus olhos estavam vermelho e como as lágrimas clareavam o azul que existe dentro de sua íris. — Por que você está chorando?

— Eu te amo. — Ele sorriu pequeno.

— E eu te amo, loirinho. — Respondi na mesma intensidade.

— Por favor... — Ele implorou, sua testa se encostando na minha de forma leve. — Eu te imploro... nunca me deixe, eu não quero te perder. Eu não posso te perder! Você é tudo para mim e eu não sei o que eu faria se eu te perdesse, então, te imploro, Astraea. Nunca vá embora, não dê as costas para mim e não me deixe sozinho, não sei o que eu faria sem você.

— Isso não vai acontecer. — Deixei um pequeno carinho em seu rosto, com o meu polegar limpei a lágrima que escorria pelo seu rosto, deixando um pequeno beijo em sua bochecha. — Não estou deixando você. Vai ter que me aturar muito daqui para frente. Você fez um pedido muito corajoso e agora que eu aceitei, não tem volta.

— Não quero que tenha. — Ele sussurrou. Sorri e rapidamente fiz um carinho em seu cabelo, sentindo ele fazer o mesmo na minha cintura. — Amo você.

— Amo você também seu bobo. — Soltei uma risada baixa.

Ele soltou um sorriso lindo e logo em seguida me beijou, me entreguei ao beijo colocando meus braços ao redor de seu pescoço. Mais uma vez ele me ergueu em seus braços, porém dessa vez ele não me girou, apenas ficou me segurando protetoramente em seu colo. Assim que senti a grade fria pressionar na minha pele, eu soltei um suspiro sentindo novamente o chão em meus pés. Perseu levou sua mão para dentro de minha blusa, passando ela por toda minha pele até chegar na bainha do meu sutiã, ele brincou com seus dedos na peça. Massageando com uma mão o meu quadril carinhosamente, levei a mão até os seus fios de cabelos, mas não os puxei, apenas deixei um aconchego ali, sentindo ele sorrir no meio do beijo.

— Minha Estrela. — Falou contra meus lábios. — Minha Estrela, só minha. — Repetiu com os olhos abertos, totalmente focado em meus olhos. Ele então acariciou meu rosto, parando em meus lábios que estavam entreabertos. — Minha bela estrela, não há constelações ou estrelas que chegam perto do brilho que há em seus olhos.

— Por que?

— Porque neles eu vejo aquilo que está comigo desde que eu nasci, neles eu vejo a constelação de Perseus. — Abri a boca em choque. — E isso só prova que os Deuses nos fizeram para sermos um do outro, só prova que estamos ligados por um fio dourado que nos persegue antes mesmo de existirmos. Só prova que somos destinados a ficar juntos, minha Astraea.

Eu não sei que sentimento foi esse, não sei como isso aconteceu. Mas de certa forma algo dentro de mim se encaixou, eu ouvi o barulho de algo se encaixando e como naquela noite da primeira vez que eu e Perseu nos tocamos, eu vi no fundo da minha mente, porém agora mais claro do que nunca. Um fio dourado se ligando a outro, um fio se instalando em minha mente como uma ligação de almas gêmeas. Como uma ligação de parceria.

E através de seus olhos, eu vi o fio dourado na imensidão do azul que me atormentava e percebi nesse momento que não era só eu que havia sentido isso, percebi que não sou só eu que senti essa ligação. Perseu também sentiu ela, mas a única coisa que me importava agora não se tratava disso e sim que eu estou namorando. Depois de quinze anos, finalmente, o meu momento como leitora chegou! Mas tem um porém, papai vai ficar furioso. Eu acho que dessa vez eu mato ele do coração de vez, o coitado vai querer matar o meu loirinho. Tadinho, mal comecei a namorar e a guerra já está para vir.

Mas deixei tudo isso para lá, apenas beijei Perseu novamente, querendo tudo com ele, apenas com ele. Perseu, meu namorado. E os Deuses pareciam estar ao meu favor, eu não conseguia ver, mas sentia as estrelas caírem atrás de nós. E assim que me separei dele novamente, olhei para o céu, mal tendo tempo para pensar quando algo atingiu meu rosto. Eu fechei os olhos imediatamente, soltando uma risada assim que percebi o que havia acontecido. Uma estrela havia acabado de cair no meu rosto?

— Astraea?! — Perseu berrou preocupado e eu abri os olhos olhando para ele, me segurando na grade tentando segurar o riso que já me deixava sem ar. — O qu...

E como previsto, algo atingiu o rosto de Perseu fazendo ele cambalear dando uns passos para trás. Parei de rir, encarando ele que tinha poeira estelar roxa em seu rosto. Quando seus olhos arregalados se encontraram com o meu eu imediatamente voltei a rir, e me acompanhando ele começou a rir também, Perseu apoiou a mão na minha cintura. Ambos rindo por a poeira estelar ter caído em nosso rosto, eu claramente já havia lido e ouvido falar sobre isso. Era um acontecimento raro que até agora só havia acontecido duas vezes em séculos, e essa agora era a terceira vez, um momento tão único que estava acontecendo com a gente, uma coisa tão repentina que eu não esperava acontecer. Afinal, sempre foi algo tão grandioso e sem explicação que eu não esperava ocorrer nesse momento. O mais estranho, era que esse acontecimento já havia ocorrido duas vezes no momento que duas pessoas haviam reatado um namoro. E adivinhe só? Essas pessoas são ninguém mais e ninguém menos que minha tia Marjorie e meu tio Moony, juntamente com meu pai e minha mãe. E eu podia considerar uma coincidência ou obra do destino isso estar novamente ocorrendo, porém agora, comigo.

— O que foi isso? — Perseu perguntou tentando limpar o meu rosto, as estrelas continuando a cair atrás da gente.

— São estrelas. — Me virei olhando para o céu. — Minha mãe me disse que são espíritos que estão viajando entre os mundos para achar seu caminho de casa.

— É uma coisa linda. — Perseu falou me abraçando por trás.

— E único. — Falei sorrindo. — Só aconteceu durante duas vezes em todo esse tempo de existência do mundo. Agora é a terceira.

— É uma coincidência e tanto isso estar acontecendo justamente hoje, não? — Sussurrou em meu ouvido. — Justo quando a estrela que faltava em minha constelação, foi achada.

— Realmente. — Soltei um suspiro me encostando em seu peito. — É uma grande coincidência isso estar acontecendo quando finalmente ficamos juntos. Quando vamos Reescrever as Estrelas juntos, não é, Perseu?

— Sim, Minha Estrela. — Ele respondeu. — Mas isso só prova mais uma vez, que os Deuses realmente estão do nosso lado. E que eles realmente querem que a gente Reescreva as Estrelas, e principalmente, que a gente fique junto e que nosso destino de uma vez por todas. Se entrelace.

Sorri e dessa vez desviei meu olhar do céu, as estrelas ainda caindo no céu como raios. Olhei para o anel em meu dedo, agora, depois de tudo só reparando o quanto ele me parecia familiar, como se eu já tivesse visto ele antes em algum lugar. Como se já tivesse visto ele em algum sonho, ou melhor. Lembrança. Uma lembrança que talvez remete a meu futuro, uma lembrança que foi apagada de minha mente, portanto, continua lá tão forte que mesmo sem ter ela, ainda sinto como se sempre estivesse lá. Como se isso fosse uma parte de mim, como se tivesse algo faltando, não sei, talvez alguns outros anéis? Mas definitivamente, a pessoa ao meu lado não faltava. Porque agora tenho Perseu, e ele sempre foi e sempre será. A pessoa no qual para mim, sempre será. Atemporal.

E se nós Reescrevermos as Estrelas?
Diga que você foi feita pra ser minha!
Nada poderia nos separar.
Você seria aquela que eu deveria encontrar.
Cabe a você e cabe a mim!
Ninguém pode dizer o que podemos ser…
Então, por que não reescrevemos as estrelas?
Talvez o mundo possa ser nosso hoje à noite!

Ninguém pode Reescrever as estrelas!
Como você pode dizer que você será meu?
Tudo nos separa…
E eu não sou aquela que você deveria encontrar!
(Eu não sou aquela que você deveria encontrar)
Não depende de você, não depende de mim
Quando todo mundo diz o que podemos ser…
(diz o que podemos)
E como podemos reescrever as estrelas?
Dizer que o mundo pode ser nosso hoje! (ser nosso.)

—— Olá estrelas e constelações!
É a última vez que acho que vou atrasar tanto para postar um capítulo, apesar de eu ainda ter coisas para lidar, como saúde mental, escola, vida pessoal e etc. Amanhã vai ser o último dia no qual eu encerro algo que eu estava trabalhando em meses, que no caso é a fanfarra. Normalmente o motivo dos meus atrasos de capítulos era por causa disso, os ensaios eram extremamente cansativos e eu chegava em casa morta e sem conseguir escrever uma palavra, e como essa semana foi a última semana de ensaios, teve três ensaios de uma hora por dia e no final do dia eu já estava entrando em estado de decomposição. E devido a esse cansaço e por causa dos trabalhos e os estudos para as provas que já começam segunda, não conseguia escrever aqui, sem contar que no momento também estou trabalhando em um novo projeto para vocês! E caso vocês gostem de One Piece, tenho que dizer que o momento de vocês chegou! Porque vem aí uma fanfic diretamente do forninho, ainda não tenho uma data prevista, mas vai sair em breve! Assim que passar essa semana, ou até mesmo antes. Mas vamos parar de falar de mim, sim? O importante aqui é esse capítulo.

—— E veio aí um capítulo especialmente escrito na visão da nossa querida Astraea! E vocês finalmente poderam ver como funciona os pensamentos dessa querida, e como ela é narrada por ela mesma. Achei importante esse capítulo ser narrado por ela porque nunca teve um capítulo sequer que essa querida pode liberar seus pensamentos, e também porque tem acontecimentos que só ela pode definir. Agora, o Deus Grego que eu mencionei era ninguém mais ninguém menos que o gostoso, lindo, maravilhoso, perfeito e cheiroso do Ares! Amo esse querido, um dos meus Deuses preferidos depois de Apolo, e o jeito que a Astraea reagiu a esse encontro... aiai dona ast, deixa só o Perseu ver isso, deixa só ele ver. E sobre o Benjamin gente, deem uma chance ao meu príncipe por favor, como a versão mais velha da Astraea disse quando ela apareceu, perdão é importante. Perdoar aqueles que erraram com você te traz aliados, não mais inimigos. E sejamos bem sinceros, eu pretendo fazer o querido do Benjamim ser bem importante aqui e sim! Perseu e ele vão ter o que merecem e o pai deles irem pro inferno de uma vez por todas, já tem tudo planejado e falta pouco para isso acontecer. Mas primeiro precisamos de um barraco e de um perdão né meninas e meninos? Então, só acompanhem que vem muita bomba pela frente. Mas... finalmente posso dizer. O CASAL FINALMENTE É CASAL! Depois de simplesmente trinta e sete capítulos, eles finalmente estão juntos! Astraea e Perseu estão namorando e eu estou quase soltando foguete por isso, e eu tenho muito a dizer, muito mesmo... mas, não vou falar hoje. E sim gente, teve muita, mas muita referência nesse capítulo. Principalmente nas partes grifadas, que são partes da música da Taylor, absolutamente, quase todas! Aqui tivemos referência a Enchanted, Wildest Dreams, Daylight, Delicate, King of My Heart, Invisible String, Wonderland e Timeless. E todas essas músicas estão na playlist da fanfic que eu vou liberar no meu perfil! Assim como tem referência a outra música como, Rewrite The Stars e também a personagens e cenas literárias. Mas especificamente, tem a referência do Perseu que aparece lá no cast e quem pegou, pegou. Mas além de todas essas referências, temos nosso casal revelando que se amamfe ficando juntos. E agora, eles são namoradinhos que namoram e eu já estou com milhões de ideias para edit que eu pretendo fazer, assim como muitas cenas fofas e bonitas que vão acontecer daqui para frente. E não pensem que acabou as referências, porque o tanto que essa fanfic vai ter, não tá escrito. E infelizmente chegamos nas despedidas, obrigado por terem lido até aqui meus amores, não esqueçam de votar, comentar o que acharam e compartilhar com os seus amigos para a fanfic poder crescer ainda mais. Um beijo para todos vocês e até a próxima! Só quero deixar claro, que como Perseu tem sua estrela, eu também tenho a minha e essas estrelas são vocês! Obrigado por tudo e pelos 11K, só tenho a agradecer. Até mais meus amores, durmam bem, se alimentem bem e bebam água e um ótimo domingo a todos! 💜

MALFEITO FEITO!

— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.

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