ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗧𝗬 𝗢𝗡𝗘❕

ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗶𝗿𝘁𝘆 𝗼𝗻𝗲. ᠉ ࣪ ˖
dia dos namorados!
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𝗘𝗥𝗔 𝗗𝗜𝗔 𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗠𝗢𝗥𝗔𝗗𝗢𝗦, já havia se passado dois meses que Perseu havia convidado Astraea para sair, e dentro desses dois meses, os dois só ficaram ainda mais próximos, todos de Hogwarts viviam dizendo que os dois eram um casal e que estavam namorando. Nenhum dos dois desmentiu esse fato, Astraea e Benjamin desde o ocorrido a dois meses atrás não se falaram mais, os dois pareciam completos estranhos agora, sempre que se vinham no corredor um passava reto um pelo outro, mas Astraea sempre olhava para trás com esperança de que ele olhasse de volta, ele nunca olhou. Astraea portanto em questão a sua amizade com Harry prevalecia, dessa vez mais forte do que tudo, o Grifinório e a Sonserina eram sempre vistos pelos corredores ou brigando por coisas bobas ou brincando um com o outro, os dois de alguma forma, haviam se transformado em melhores amigos.

Outra coisa que aconteceu foi Astraea ter feito uma pequena amizade com Apolo Beaumont, o garoto que casualmente deu em cima dela no primeiro dia dela em Hogwarts, ao contrário do que Astraea pensava, ele não era tão chato, na verdade ele fazia a ruiva dar boas risadas com suas histórias sobre todos de Hogwarts e também sobre as histórias de sua família. Que assim como ela também tinham uma tradição, mas que ao contrário dos Black os Beaumont não colocava os nomes de seus filhos como estrelas ou constelações, ou algo relacionado a isso, não, o nome deles vinham de Deuses Gregos, e Astraea amou isso. Astraea também se encontrou umas seis vezes com o pequeno garoto da Corvinal junto com seu amigo Grifinório, esses dois que se chamavam Azely e Colin. A ruiva de alguma forma sentia um carinho imenso por aqueles dois, e estava sempre os observando de longe.

Durante esses dois meses Astraea esteve totalmente despreocupada sobre o encontro dela com Perseu, até hoje, o dia do encontro, a ruiva acordou mais cedo do que sequer poderia imaginar que acordaria, ela começou o dia tomando um banho extremamente demorado, lavando e hidratando seu cabelo que precisava urgentemente. E Astraea que ficou extremamente despreocupada com o encontro, começou a surtar assim que percebeu que nada que ela colocava estava bom o suficiente, a ruiva andava fazia vinte minutos em círculos pelo seu quarto, a mão na cabeça extremamente nervosa.

— Tá tudo bem? — A voz de Astória tirou a ruiva de pensamentos, que olhou para a colega de quarto, a qual nem tinha percebido que havia acordado.

— Não, nada bem! — Astraea falou extremamente nervosa. — Tenho um encontro para ir, e não tenho nada para vestir!

Astória soltou uma risadinha, se levantando da cama, mostrando seu pijama de golfinhos, o animal preferido dela. A morena então andou até Astraea, encarando as roupas que a ruiva tinha todas jogadas sobre a cama com Pólux no meio dormindo tranquilamente.

— Já pensou em usar aquele vestido? — Perguntou Astória encarando a colega com um sorriso.

— Que vestido? — Astraea olhou para ela, totalmente confusa.

Astória revirou os olhos, encarando Astraea agora de braços cruzados, parecendo totalmente sem acreditar na pergunta da ruiva.

— O preto que você me mostrou a um mês atrás, o que tem um rasgo na perna esquerda, curto, aberto nas costas, sabe? — Astória perguntou dando os mínimos detalhes para que Astraea se lembrasse.

— Aquele vestido! — Disse Astraea sorrindo, parecendo ter tido um pingo de esperança.

Astraea então foi até o seu malão, caçando no fundo dele o embrulho que continha o vestido, e quando achou, ela tirou de lá pulando de alegria. A ruiva tirou o vestido do embrulho com cuidado, jogando o papel de volta ao malão sem nenhum cuidado, ela desdobrou ele vendo se tava amassado, e graças aos Deuses não estava, Astraea então analisou ele de cima a baixo, o sorriso murchando.

— Não acha ele muito curto? — Ela perguntou insegura, a morena à sua frente apenas riu negando com a cabeça.

— Garota, se isso é considerado curto, as minhas roupas são restos de pano. — Astória falou totalmente risonha. — E acredite em mim, você vai ficar uma gostosa nesse vestido, o...

— Perseu. — Astraea falou baixo, vendo a morena arregalar os olhos. — É com ele que vou sair.

— Perseu Dempsey? — Ela perguntou de boca aberta. — Garota, você é sortuda pra caralho!

— Como? — Astraea fez uma careta confusa.

— Ouvi dizer que ele nunca, nunquinha mesmo saiu com nenhuma menina daqui, meus contatos sempre me disseram que todas as garotas que ele de fato beijou sempre tentaram ter algo a mais com ele, ele com toda educação do mundo simplesmente deu um fora em todas elas. Você é a primeira garota que ele sai, e a primeira garota que durante cinco anos, ele realmente correu atrás.

— Não é pra tanto. — Astraea falou apertando o vestido contra os dedos. — Isso não me transforma em alguém sortuda, só porque um garoto me chamou para sair.

— Realmente. — Astória sorriu piscando. — Até porque isso não me surpreende, já que aquele garoto está totalmente louquinho por você.

Astraea revirou os olhos, negando com a cabeça. Enquanto colocava o vestido sobre a cama, pegando sua varinha e apontando para seu cabelo para que ele secasse, a ruiva então pensou um pouco, decidindo lançar um feitiço para que seu cabelo ficar enrolado também. E assim ela fez, sentindo o feitiço arrumar seu cabelo imediatamente, ter magia era tão bom.

— Vai fazer maquiagem? — Astória perguntou parecendo animada.

— Não sei. — Astraea falou se virando para a colega de quarto. — O que você acha?

— Que você vá logo colocar esse vestido para mim poder fazer em você a melhor maquiagem que você já viu! — A morena falou pegando o vestido e jogando para a ruiva, que rapidamente pegou.

Astraea então rindo foi direto para o banheiro trocar de roupa, Astória era a única das colegas de quarto que Astraea realmente havia feito amizade, ela junto com sua irmã Daphne eram as únicas que Astraea se sentia bem em conversar, não que as outras duas garotas fossem chatas, não, mas elas passavam a maioria das noites fora,  dormindo no dormitório dos seus namorados, então Astraea quase não teve tempo para conversar com elas, agora Pansy era outra história, Astraea já não ia com a cara dela, e ela também não ia com a cara da ruiva, então as duas mal se falavam. Pansy ao menos trocava uma palavra com Astraea, não depois da ruiva ter ameaçado ela para deixar Astória em paz, já que a cachorrinha do Malfoy vivia implicando com a morena.

Assim que Astraea terminou de colocar o vestido, ela saiu para fora, vendo que Astória tinha arrumado tudo suas roupas de volta no malão, e que agora se encontrava sentada na cama com uma maleta ao seu lado acariciando Pólux, esse que rodava como uma bola querendo mais carinho. A ruiva deu risada pelo jeito de seu bichinho, indo até a morena que assim que viu como Astraea estava, abriu a boca chocada.

— Uau! — Astória disse de boca aberta. — Se você cortasse pro outro lado eu claramente te pegaria.

— Quem disse que eu não corto? — Astraea piscou, dando um riso. — Mas está bom mesmo?

— Garota, você está maravilhosa! — Ela falou levantando. — Um pitelzinho, aquele garoto vai desmaiar quando te ver.

Astraea soltou uma risada, isso era bem do típico de Perseu.

— Vamos, sente. — Ela apontou para a cama, o que Astraea rapidamente fez, não contestando a morena.

— Não gosto de nada muito forte. — Ela falou para Astória que sorriu para ela. — Faça o que quiser, só não me deixe como uma palhaça por favor.

— Sua fé em mim me encanta, ruiva. — Astória disse brincalhona enquanto abria a sua maleta cheia de maquiagem.

Astória então se aproximou de Astraea, começando limpando o rosto da ruiva com seus produtos. Astraea sentia os pincéis, esponja, e tudo mais passando por sua pele e ela pediu aos deuses que Astória não exagerasse, a ruiva manteve os olhos fechados na maioria da parte da maquiagem, mas ela ouvia tudo ao seu redor, ao ponto de perceber que as outras garotas já tinham acordado e provavelmente estavam se arrumando também. E Astraea por um momento quis saber se Astória não iria sair também, portanto, ela percebeu que perguntar isso seria indelicado de sua parte, e decidiu deixar para lá.

— Prontinho. — Astória falou de repente, o pincel parando de percorrer pelo rosto de Astraea.

Astraea então abriu os olhos, se acostumando com a clareza do dormitório. Ela olhou para Astória que encarava ela com um sorriso no rosto, Daphne então apareceu atrás da irmã, a loira encarando Astraea com a boca aberta, juntamente com Hazel e Celeste, que encarava a ruiva totalmente chocadas.

— Como estou? — Astraea falou sorrindo tímida.

— Linda. — Daphne falou.

— Maravilhosa. — Hazel disse.

— Esplêndida. — Celeste falou em seguida.

— Incrivelmente gostosa. — Astória falou piscando.

— Tá horrorosa. — Pansy falou de repente.

— Cala boca, Parkinson! — Disseram as meninas todas juntas, arrancando boas risadas de todas.

Pansy então bufou, saindo do dormitório batendo a porta com tudo. As outras três então sorriram para Astraea antes de voltarem a se arrumarem, Astraea então se levantou indo até seu malão e tirando de lá um tênis e um coturno.

— Qual dos dois? — Ela perguntou para Astória, que olhou para ela como sempre a pergunta fosse óbvia.

— Um salto? — Questionou ela.

— Odeio saltos. — Resmungou Astraea.

— Então nesse caso, o coturno. — Ela apontou para o coturno.

Astraea então foi até a cama se sentando para calçar o coturno, que entrou com facilidade em seu pé após ela colocar a meia. A ruiva então pegou as jóias que ela sempre usava em cima de sua escrivaninha, colocando os brincos, pulseiras e colar. Não esquecendo a pulseira que Apolo lhe deu, Astraea então se levantou sentindo Astória borrifar um pouco de perfume nela. A ruiva sorriu agradecida passando a mão sobre o vestido, sentindo que faltava alguma coisa.

— Está faltando alguma coisa. — Ela falou para a morena.

— O seu macho gostoso? — Astória falou de repente tampando a boca ao perceber o que havia falado, Astraea então soltou uma risada negando enquanto olhava para seu corpo.

— Algo para complementar, isso! — Ela apontou para o próprio corpo, deixando Astória pensativa.

A morena então murmurou um “já sei” correndo até o malão de Astraea, e tirando de lá uma jaqueta, mas especificamente a jaqueta que Perseu havia lhe emprestado, e que até agora ela não havia devolvido. Astória então parou na frente de Astraea, sorrindo enquanto estendia a jaqueta.

— Coloca! — Exclamou ela totalmente animada.

Astraea então pegou a jaqueta da mão da morena, colocando no corpo, e assim que ela ajeitou no corpo, arrumando as mangas, Astraea se olhou de novo, sorrindo ao ver que estava tudo perfeito.

— ISSO! — Astória sorriu dando pulinhos. — Você está maravilhosa!

Astória então pegou um espelho, entregando para Astraea.

— Veja! — Ela falou sorrindo animada.

Astraea então se olhou no espelho, e Astória como sempre havia se superado, ela havia entendido perfeitamente o que Astraea tinha dito, sua pele estava totalmente igual, Astória havia apenas passado um pouco de base, corretivo pó e blush, nada muito extravagante, uma pele totalmente quase imperceptível de dizer que tinha maquiagem, seus olhos estavam ao contrário, uma sombra marrom esfumado juntamente com um delineado puxavam seus olhos e deixavam eles mais para cima, assim como o lápis pretos em sua linha d'água deixava o olho mais marcante, a sombrancelha estava totalmente alinhada e preenchida, e nós lábios um batom vermelho vivo tomava conta. Estava tudo perfeito, nada muito forte e nem muito simples, como Astraea querida. A ruiva então sorriu largando o espelho e se jogando nos braços da morena, que rapidamente retribuiu.

— Obrigada. — Astraea falou totalmente agradecida.

— Agora vai lá ruiva, arrasa com o coração daquele garoto. — Astória deu tapinhas no ombro da ruiva, sorrindo feliz.

— Estou indo! — Astraea deu uma risada. — E você? Vai sair hoje também?

— Ah, não. — Ela falou, o sorriso permanecendo em seu rosto. — Sair com pessoas não faz meu estilo, prefiro ficar aqui e dormir o dia todo ou ler livro, sou bem caseira. Mas não se importe comigo, sim? Vá aproveitar seu encontro com o garoto.

Astória começou a empurrar Astraea para fora do quarto, a ruiva rindo com a atitude da colega de quarto. Elas não eram tão próximas, mas Astraea tinha um carinho enorme por Astória pelos pequenos momentos que as duas tiveram, a morena era extremamente divertida e brincalhona, e fazia todas e todos riem de tudo que ela fazia e falava, as outras garotas não eram tão diferentes, mas com Astória era diferente, e pela primeira vez em Hogwarts, uma garota além de Luna e Hermione a tratou de modo carinhoso e bom.

— E não se preocupe, vou cuidar muito bem da sua bola de pelos. — Astraea parou no primeiro degrau, se virando para encarar Astória. — Tenha um ótimo encontro, tchau Astraea!

Astraea ergueu a mão para falar algo, mas Astória apenas acenou com a mão fechando a porta na cara da ruiva, ela até tentaria argumentar, mas vendo que se tratava da morena, Astraea apenas soltou uma risada descendo as escadas do dormitório. Mesmo sem saber o porquê, a ruiva estava totalmente nervosa, e se lembrando de algo antes de descer o último degrau, ela pegou sua varinha apontando para o próprio rosto e lançando um feitiço para a maquiagem permanecer intacta pelo resto do dia.

A ruiva então guardou sua varinha novamente, caso fosse precisar dela em algum momento. Então ela terminou de descer o último degrau, encarando as pessoas que estavam na Sala Comunal, que assim que viram a ruiva descer imediatamente olharam para ela, ela pode perceber os sussurros, os olhares de admiração, e Astraea soltou um sorrisinho de lado saindo da Comunal. Ela apressou seus passos, querendo chegar no Salão Principal logo para poder comer pelo menos uma coisa antes de poder ir, ela estava morrendo de fome novamente, mas deixaria um pouco da fome para poder comer em Hogsmeade também, já que era a segunda vez dela indo até lá, mas dessa vez, indo para aproveitar.

— Uma rosa para uma rosa. — Alguém falou atrás de Astraea, fazendo ela se virar e se dar de frente com Apolo e uma rosa estendida em sua direção, mas especificamente, bem na frente da sua cara.

— Ai que susto, você quase me mata de susto! — Astraea falou pondo a mão sobre o coração. — Garoto, de onde você surgiu?

— Eu sou como uma sombra andando pelos corredores de Hogwarts, minha querida. — Ele piscou dramaticamente do jeito que ele sempre fazia.

— Não estou aceitando presentes hoje, obrigado. — Ela recusou a rosa, voltando a andar.

— Mas por que não? — Apolo falou correndo para poder acompanhar a ruiva.

— Estou saindo. — Ela falou olhando para ele, que pareceu notar Astraea toda arrumada e olhou para ela de boca aberta.

— Uau! Tá gatinha hein. — Ele piscou jogando o cabelo pro lado.

— Essa gatinha aqui. — Ela falou apontando para si mesma e depois para o garoto. — Não é para o seu bico!

Apolo soltou uma risada, e Astraea começou a andar não evitando o sorriso que crescia em seu rosto. O moreno então passou correndo na frente dela, se virando na direção da ruiva e começando a andar de costas para poder falar com ela.

— Vou deixar no seu dormitório. — Ele falou piscando e depois sumindo no outro corredor. Astraea achou estranho, mas decidiu não questionar, Apolo já era alguém estranho por si próprio.

Astraea então apressou ainda mais o passo, já podendo ver os alunos entrando no Salão Principal. Ela andou mais um pouco, até parar na frente do Salão Principal, não por escolha própria, não, por uma pequena mini pessoa que decidiu esbarrar nela, Astraea olhou para baixo, podendo ver os cabelos negros de Azely com suas típicas roupas da Corvinal, o garotinho olhou para ela, um vermelho em seu rosto, provavelmente corado. Ele estava com seu amigo da Grifinória, Colin, o loiro que olhava para a ruiva sorrindo admirado, ele era três anos mais velho que o garoto da Corvinal, mas ainda sim era um amor de garoto, Astraea gostava muito dos dois.

— Olá, Azely. — Astraea sorriu para o garoto, passando a mão pelos seus cabelos. — Olá, Colin.

Astraea fez a mesma coisa com o loiro que sorriu para ela, ela então voltou a encarar o pequeno garoto moreno em sua frente, e então para facilitar as coisas ela se ajoelhou na frente dele, encarando seus olhos cor de amêndoa. Azely estava mais corado que antes, parecendo estar levemente envergonhado sobre algo.

— Eu... — Ele começou baixinho, sendo apoiado pelo amigo ao seu lado que fez um sinal para ele continuar. — Eu colhi isso para você.

Então de trás de suas costas ele tirou um pequeno buquê com orquídeas e lírio, flores que haviam em Hogwarts, no meio de todas elas tinha uma rosa branca, o pequeno buquê foi amarrado com uma fita azul que juntava todas as flores perfeitamente, Astraea imediatamente sorriu, olhando para o garoto tentando não apertar as bochechas dele até elas ficarem sem cor.

— Ah, para mim? — Astraea disse pegando o buquê das pequenas mãos do garoto. — Isso é tão doce querido, obrigada Azely.

Astraea então se movimentou para a frente, deixando um pequeno selar na bochecha do garoto, que agora parecia um pimentão de tão vermelho.

— Ele tirou os espinhos da rosa, e também a terra das orquídeas e dos lírios, eu o ajudei um pouco. Mas o restante foi tudo ele. — Colin falou batendo a mão no ombro de seu amigo.

— Agradeço por isso. — Astraea sorriu para os dois se levantando. — Vocês são uns fofos, nunca recebi presente tão incrível como esse.

Astraea falou, passando a mão no cabelo dos dois, enquanto eles sorriam abobados. Colin então sussurou algo para o amigo, que arregalou os olhos olhando para o loiro.

— Precisamos ir agora. — Colin falou puxando o amigo. — Tchau, Ast.

— Tchau Colin. — Ela acenou, encarando os dois com um sorrisinho genuíno.

— Bom encontro. — Ela ouviu Azely sussurrar baixinho, e Astraea arregalou os olhos se perguntando como ele sabia daquilo.

Astraea então viu os dois garotos desaparecem entre os corredores, e tomando coragem, a ruiva deu o primeiro passo para entrar no Salão Principal, cheirando as flores sorrindo. Aqueles garotos eram fofos e totalmente lindinhos, e Astraea se repreendeu por querer adotá-los e levá-los embora para ela, a ruiva sentia os olhares nela a cada passo que ela dava, mas ela decidiu ignorar isso, continuando seu caminho retamente, até chegar no lugar onde ela sempre sentava nestes últimos dois meses. Mas antes que ela sequer pudesse se sentar, uma pessoa surgiu à sua frente, mais especificamente um garoto de sua casa. Esse que carregava várias cartas, caixas de bombom, buquês, ursinhos e muito mais, ele encarou a ruiva provavelmente pedindo ajuda e ela encarou ele sem entender.

— Olá? — Ela perguntou confusa. — Você está na frente do meu lugar.

— Desculpa, você é Astraea Sinclair? — Ele perguntou atrapalhado.

— Sim, e você é? — Ela questionou o olhando desconfiada.

— Terrence Higgs, muito prazer. — Ele falou sorrindo forçado. — Eu até apertaria sua mão, mas estou muito ocupado como pode ver. Mas bem, isso são para você.

Astraea fez uma cara confusa, encarando todas as coisas sem entender nada. Ela então olhou para o garoto, a boca aberta em choque. Mas ao perceber do que se tratava, ela suspirou apontando para colocar no banco, o que o garoto estava totalmente desajeitado, e após se livrar das coisas em sua mão, ele tirou o restante que estava dentro do bolso de suas calças, sorrindo enquanto saia correndo dali. Astraea suspirou pesadamente, colocando as flores que ela havia recebido de Azely em cima de todas, ela então pegou sua varinha apontando para os presentes, que com um aceno desapareceu, indo diretamente para o seu dormitório. A ruiva então guardou a varinha novamente, se sentando e começando a comer. O ato que não demorou nem cinco minutos, até ser interrompido novamente.

— Astraea? — A voz doce de uma garota fez Astraea encarar a pessoa atrás de si, vendo uma garota da Corvinal ali.

— Sim? — Ela perguntou com calma.

— Um tal de Perseu mandou te entregar isso. — Ela falou entregando a Astraea um pequeno papel, e em seguida saindo correndo até a sua mesa novamente.

Astraea então terminou de beber seu suco, vendo ele ser reposto novamente enquanto ela abria o papel, encontrando ali uma caligrafia que se mostrava ser de Perseu, juntamente com um desenho de uma estrela ao lado.

— Me encontre no Saguão de Entrada assim que terminar de comer, de Perseu. — Astraea leu baixinho dando uma risada ao perceber que ele a conhecia bem o suficiente pra saber que ela estava comendo.

Astraea então guardou o papel no bolso da jaqueta, fazendo questão de continuar a comer, lentamente dessa vez, sabendo que o loiro-acastanhado não se importaria dela demorar.

Astraea chegou ao Saguão de Entrada depois de quinze minutos, de longe já podendo ver o loiro-acastanhado aguardando ao lado da porta de carvalho, parecendo minimamente nervoso. Ele dava pequenos passos ao redor de um círculo, estalando os dedos, algo que fez a ruiva rir enquanto se aproximava mais ainda, Perseu não parecendo notar que ela se aproximava, ocupado demais em tentar conter o nervosismo.

— Parece nervoso, loirinho. — Astraea falou parando na frente de Perseu.

Perseu imediatamente se virou para ela, arregalando os olhos assim que botou seus olhos em seu rosto, a ruiva sorriu segurando a mecha de cabelo que havia caído em seu rosto. O loiro-acastanhado então desceu o olhar para seu corpo, parecendo ficar cada vez mais nervoso, Astraea então analisou ele do mesmo jeito, ele calçava o coturno preto igual o de Astraea, masculino, uma calça preta social com cinto, uma camiseta branca social com uma parte para fora da calça, os três primeiros botões abertos, a jaqueta que Regulus havia lhe dado no Natal sobrepondo, e uma corrente com uma estrela prateada juntamente com os anéis que enfeitavam seus dedos, seu cabelo estava levemente molhado e caindo em seus olhos. Ele encarou ela por alguns segundos, ficando parte de seu tempo focado em seu rosto, esse que tinha um sorriso, e então imediatamente, o loiro-acastanhado puxou um sorriso de canto nos lábios, se aproximando em passos pequenos da ruiva.

— Eu não tenho palavras para definir o quão perfeita você está agora. — Ele falou parando na frente dela, e olhando diretamente em seus olhos. — Qualquer elogio sequer criado no mundo seria pouco para definir o quão incrível você está nesse momento, ruivinha. Posso ficar falando todos os elogios plausíveis que tenho para você, mas acho que você não conseguiria ficar dois meses esperando até eu terminar, não?

Astraea soltou uma risada, revirando os olhos ao fato do exagero do loiro-acastanhado à sua frente.

— Não exagere. — Ela falou olhando para ele. — Você também não está nada mal, loirinho.

— Agradeço. — Ele piscou. — Para você

Novamente um buquê, mas esse era diferente de qualquer outro que ela havia recebido, eram rosas brancas, mas no topo havia uma pequena coloração em azul claro como se tivesse sido pintado, e Astraea observando de mais perto pode ver que foi, o buquê tinha quinze rosas, e elas foram enroladas com um papel azul claro e outro extremamente brilhos, havia uma fita azul enrolando o papel nas rosas e um cartão no canto do buquê.

— Você me disse que gostaria de ganhar um buquê assim a um mês atrás. — Disse Perseu arrumando os fios de cabelos que caiam sobre seus olhos. — Mas eu não achei eles em lugar nenhum, até cogitei fazer com magia mas não seria justo com você. Então eu coletei rosas brancas e pintei elas de azul claro apenas na parte de cima, também tirei todos os espinhos para que você não se machuque, e bem fiz todo o resto sozinho também. Queria que fosse algo especial.

— Isso tá incrível. — Astraea falou feliz, indo até Perseu e lhe dando um abraço. — Obrigada por isso, só por ter vindo de você já é especial para mim.

— Tudo por você, ruivinha. — Ele sussurou.

Astraea então se separou, sorrindo enquanto segurava o buquê. Ela então olhou mais uma vez para o loiro-acastanhado, antes de piscar.

— A jaqueta ficou boa em você. — A ruiva disse.

— Bem, eu gostei dela. — Ele respondeu, levando o olhar para a jaqueta no corpo de Astraea. — Mas eu gostava mais de uma certa jaqueta que uma certa ruiva está usando, sabe?

— Uma pena. — Ela piscou rindo. — Só poderei te devolver depois, agora essa jaqueta está fazendo parte do meu look.

— Fique com ela. — Ele falou segurando a mão da ruiva, para começarem a andar. — Fica melhor em você do que em mim de qualquer maneira.

— Qualquer coisa fica melhor em mim. — Astraea falou convencida.

Os dois entraram na fila de alunos a serem liberados por Filch, seus olhos se encontrando ocasionalmente dando sorrisos esquivos, mas não conversaram, esperando a fila acabar. Astraea sentiu alívio quando chegaram lá fora, achando mais fácil caminharem em silêncio do que ficar parados constrangidos. Era um dia fresco, do tipo em que sopra uma brisa, e, ao passarem pelo estádio de quadribol, Astraea viu de relance Rony e Gina sobrevoando as arquibancadas e soltou um sorriso, sabendo que não seria boa para jogar, ela era um desastre.

— Por que não tenta entrar no time? — Perseu perguntou ao lado dela vendo onde a ruiva olhava.

Astraea então se virou para ele, vendo a luz refletir em seus olhos turbulentos. O que fazia ele ficar incrivelmente bonito.

— No time de quadribol? — Perguntou ela recebendo um aceno de confirmação. — Da última vez que eu estive em cima de uma vassoura eu quebrei meu pé.

— Não pode ser tão ruim assim. — O loiro-acastanhado falou zombando, recebendo um olhar confirmativo da ruiva.

— Acredite em mim, se tem uma coisa que não combina comigo, é voar. — Ela disse suspirando. — Odeio altura.

— Então por que vai até a torre de Astronomia? — Ele sussurrou. — Lá é bem alto, ruiva.

— Porque lá eu sei que estou segura. — Disse ela de forma simples. — Agora, estar em cima de uma vassoura que a qualquer momento pode quebrar, ter equilíbrio, voar em uma área super alta, ter balaços e outros jogadores querendo me derrubar, poder quebrar uma parte do meu corpo, poder até morrer, definitivamente não combina comigo. Então eu agradeço, mas nunca, nunquinha mesmo, iria voar em uma vassoura.

— Ainda vou te fazer mudar de ideia. — Perseu falou sorrindo.

— Só nos seus sonhos. — Ela disse piscando.

— Nós meus sonhos também. — Ele sorriu malicioso, vendo Astraea fazer uma careta.

Os dois começaram a puxar assunto que ocorrerá durante esses dois meses, o que os levou pela estrada da escola e além das grades. Com Astraea e Perseu a conversa fluía perfeitamente, como uma pena, os dois sempre tinham sobre o que falar e sempre que ficavam em silêncio não era nada desagradável, a presença dos dois já transformava o espaço em um lugar cheio, tanto que Perseu e Astraea passava vários momentos sozinhos em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro. Os dois estavam entretidos em sua conversa, até verem Harry e Cho mais a frente, um encontro que acontecia graças a Astraea, e quando uma enorme turma de garotas da Sonserina passou pelos dois, inclusive Pansy Parkinson, a ruiva soube imediatamente que ia ser motivo de zombaria o casal mais a frente, e Perseu percebendo o mesmo olhou para a ruiva que olhou para ele, antes dos dois correrem de mãos dadas até o casal mais a frente.

— Potter e Chang! — Os dois ouviram Pansy guinchar, puxando um coro de risinhos de deboche. — Eca, Chang, que mau gosto... pelo menos o Digorry era bonito!

— Pelo menos a Cho tem alguém para passar o dia dos namorados. — Falou Astraea passando pelas colegas de casa. — E você que não tem ninguém? Vai me dizer que Malfoy decidiu não levar a cadelinha dele passear hoje?

Os estudantes de outras casas que passavam começaram a dar risada da cara de Pansy, essa que estava totalmente envergonhada para trás, junto com suas amigas, que riam baixinho. Astraea se virou para Cho e Harry piscando o olho sorrindo, então ela logo voltou a fazer seu caminho junto com Perseu, esse que via rindo ao lado da ruiva.

— Essa foi boa. — Falou ele sorrindo. — Cadelinha do Malfoy, combina com ela.

— Prefiro cara de buldogue. — Astraea sorriu para o loiro-acastanhado, os dois rindo do apelido.

Os dois então entraram em Hogsmeade, podendo observar como estava cheio. A rua Principal cheia de estudantes que caminhavam olhando a vitrine, tumultuando calçadas. Assim como alguns casais que andavam juntos aproveitando o Dia dos Namorados, e Astraea pode ver suas colegas de quarto junto com seus namorados, Hazel estava junto com seu namorado da Lufa-Lufa, o garoto qual Astraea não fazia ideia de quem era, mas os dois acenaram para a ruiva, que acenou de volta com um sorriso no rosto. Celeste também estava com seu namorado, um Corvino que Astraea já havia trocado duas palavras na biblioteca, mas que ela não sabia o nome. Dessa vez apenas Celeste acenou, sendo prontamente retribuído por Astraea, o seu namorado ocupado demais segurando coisas que a garota de cabelos coloridos provavelmente já havia comprado.

— Estava passando em irmos até a Zonko’s primeiro, o que acha? — Perseu perguntou chamando a atenção da ruiva, que desviou o olhar de suas colegas de quarto para ele.

— Por mim tudo bem. — Ela sorriu.

— Então, é para lá nossa primeira parada. — O loiro-acastanhado falou puxando a ruiva até a Zonko’s, a loja onde a maioria dos alunos comprava acessórios para pegadinhas.

Quando os dois entraram dentro da loja, puderam ver que a maioria dos alunos estava lá, não era atoa que essa era considerada a loja favorita dos alunos de Hogwarts. Astraea e Perseu se olharam e sorriram antes de saírem correndo para loja para poderem verem as bugigangas.

— Snap Explosivo. — Astraea exclamou feliz pegando o pacote do “jogo de cartas” na mão. — Quero jogar isso com o Harry.

Ela então foi até as próximas coisas que queria comprar na loja, pegando uma bomba de bosta, e quando ela olhou pro lado pode ver Perseu com uma cesta esperando que ela colocasse as coisas ali, o que ela fez. Astraea, que sempre se esquecia de suas coisas por aí, pegou um Lembrol, que garantiria que ela não ficasse perdendo suas coisas por Hogwarts ou até mesmo por sua casa, o próximo objeto foi um Bisbilhoscópio, que garantiria que Astraea soubesse dos perigos ao seu redor, ela também pegou uma Búlssola Rastreadora, que ajudaria ela em localizar o alvo que se tem na mente por pontos cardeais, uma Moeda Metamórfica, que podia mudar os olhos e cabelos, um Canivete Múltiplho, que podia abrir qualquer porta e desfazer qualquer nó, dois Espelho de dois Sentidos, que eram usado para comunicação entre duas pessoas ou mais, um Ioiô Berrante, que soltam um som horrível quando jogados para baixo, uma Borracha Reveladora, que revela escrituras em tinta invisível. E por último ela também pegou canetas de açúcar, soluços doces e uma xícara que morde o nariz.

— Pronto. — Ela se virou sorrindo para Perseu assim que terminou de encher a cesta, o loiro-acastanhado encarava ela de olhos arregalados, se perguntando porque ela tinha comprado tanta coisa inútil.

— Por que está comprando tudo isso? — Ele apontou para a cesta, diferente de Astraea que parecia ter pegado a loja inteira, o loiro-acastanhado só havia pegado canetas de açúcar.

— Precaução. — Ela piscou. — E também para atazanar a vida de certas pessoas.

Ao falar certas pessoas, ela se referia a Draco Malfoy e Pansy Parkinson, pessoas que ela odiava. Os dois não últimos dois meses pareceram se juntar para irritar Astraea, e tudo o que ela quis foi mandar uma maldição imperdoável neles, mas ela arriscaria isso, ainda.

— Vamos. — Ela falou começando a andar. — Vamos pagar.

— Eu pago. — Perseu falou pegando a cesta das mãos da ruiva.

— Não mesmo. — Ela falou tentando pegar a cesta da mão dele, que apesar de toda sua força de loba sendo colocada, a cesta nem ao menos se mexeu. — Eu posso pagar pelas minhas próprias coisas!

— Entenda uma coisa, ruivinha. — Ele falou se aproximando dela. — Quando você estiver comigo, você nunca vai sequer dizer a palavra pagar, okay? Eu nunca deixaria você pagar pelas suas próprias coisas enquanto você está comigo, não quando eu tenho galões suficientes pra comprar essa loja inteira pra você.

— Mas... — Astraea não pode nem argumentar, já que o loiro-acastanhado apenas se virou e foi pagar as coisas.

A ruiva bufou, indo até a saída e esperando do lado da porta. Astraea ficou esperando por alguns minutos, até Perseu ir até ela com várias sacolas na mão, mesmo com as sacolas, ele fez questão de abrir a porta para Astraea que passou por ele dando um olhar assustador. Do lado de fora, a ruiva tentou pegar as sacolas da mão do loiro-acastanhado, esse que negou erguendo elas no alto.

— Não. — Falou ele.

— Eu tenho dois braços, sabia? — Perguntou irônica. — Eu posso muito bem carregar minhas coisas, agradeço por você ter pagado, mas não vai ficar segurando as sacolas também!

— Escuta aqui... — Ele não terminou a frase, não quando Astraea deu um chute em sua canela fazendo ele abaixar, Perseu reclamou de dor e a ruiva apenas pegou as sacolas de sua mão se virando para andar.

— Vamos até a Dedos de Mel agora. — Falou ela andando e deixando Perseu para trás, e quando ela percebeu isso, a ruiva olhou para trás vendo ele abaixado com a mão sobre o lugar que ela havia chutado. — Você não vem?

Perseu então se levantou indo até Astraea correndo, ele encarou ela e depois sua mão, pegando algumas sacolas.

— Deixe-me pelo menos levar algumas. — Ele falou, recebendo um aceno de cabeça da ruiva.

Os dois então andaram até pararam na frente da Dedos de Mel, que ficava do lado da Zonko’s. Perseu imediatamente abriu a porta para Astraea passar, o que ela fez, já podendo ver os vários alunos espalhados pela loja comprando doces. E Astraea foi a próxima a fazer isso, deixando todas as sacolas com Perseu enquanto corria para pegar uma cesta, ela tinha uma gaveta de doces na sua escrivaninha, e esses doces estava quase acabando, então Astraea decidiu comprar mais para poder repor e também para poder dar para alguns de seus amigos que não puderam vir até Hogsmeade, como Rony, Gina, Luna, Azely, Colin e Apolo.

Astraea imediatamente saiu pegando vários doces pela loja, Abacaxi Cristalizado, Bolos de Caldeirão, Bombons Explosivos, Caramelos Cor de Mel, Delícias Gasosas, Diabinhos de Pimenta, Esqueletos de Chocolate, Esqueletos Doces, Feijõezinhos de Todos Sabores, Fio Dental de Menta, Glacial Flocos de Neve, Madame Borboleta, Penas de Algodão Doce, Quadrados Cor-De-Rosa de Sorvete de Coco, Quadradinhos de Chocolate, Sapos de Chocolate, Sapos de Creme de Menta, Tortinhas de Abóbora, Varinhas de Alcaçuz e principalmente Manjar Turco que derrete na boca. Astraea também pegou vários outros doces, doces que eram considerados normais, do mundo trouxa.

— Meus Deuses. — Sussurrou Perseu, ao lado dela. — Você não tem medo de ficar com diabetes não?

— Não.  — Ela falou simples. — E eu não vou comer isso em um dia só, e também a maioria é para alguns amigos.

— Amigos é? — Ele debochou revirando os olhos enquanto olhava para as próprias mãos. — Nunca vi amigos que se beijam.

Astraea revirou os olhos, um pequeno detalhe era que Apolo e ela havia dado um selinho, apenas para espantar uma garota que estava correndo atrás do moreno. Depois que a garota foi embora os dois se encararam, fazendo uma careta e dizendo um "eca" ao mesmo tempo, apesar de Apolo ter dado em cima da ruiva no primeiro dia, hoje eles só se viam como amigos, e Astraea duvidava da sexualidade de seu amigo, mas decidiu não falar nada, afinal, quem tinha que sair do armário era ele por si próprio. E por ironia do destino, Perseu havia visto essa cena e tinha ficado carrancudo pelo resto do dia, o que Astraea não havia entendido muito bem.

— Quieto. — Ela mandou, indo até o caixa para pagar.

— Eu pago. — Ele falou pegando a cesta da mão dela de novo. — E sem reclamar, ruiva.

Astraea apenas bufou, sabendo que se falasse algo não iria mudar nada. Uma coisa que ela havia descoberto sobre Perseu, era que ele era extremamente teimoso, e que nunca mudava de opinião, quando ele queria algo ele tinha, e quando ele queria fazer algo, ninguém podia fazer ele mudar de ideias. Então novamente, Astraea deixou que Perseu pagasse sem reclamar, e quando ele voltou com mais sacolas, a ruiva foi rápida em pegar metade delas na mão, não querendo que o loiro-acastanhado segurasse todas elas. E novamente os dois se viram para fora das lojas, andando pelas ruas de Hogsmeade juntos, Astraea revirou os olhos assim que viu a figura de Draco Malfoy e seu grupinho vindo até os dois Sonserinos.

— Olha só. — Draco começou, encarando os dois Sonserinos em sua frente. — Se não é a dona e o seu cachorrinho.

— Olha só. — Astraea falou olhando para Malfoy e o grupinho. — Se não é o basílisco e suas cobrinhas.

Perseu riu, passando pelos garotos enquanto olhava para eles de forma debochada. Astraea seguiu logo atrás, passando batendo no ombro do loiro platinado, que xingou sendo zombando pela ruiva. Era sempre assim, os dois se encontraram e Astraea sempre tirava sarro da cara do loiro, uma vez a ruiva quase foi pra cima de um amigo de Draco, Theodore Nott, esse que havia falado que Pólux era uma cópia fiel de Draco, a ruiva iria esfolar a cara dele no chão de Hogwarts, e se não fosse por Harry que havia arrastado a amiga pelos corredores, a ruiva provavelmente teria feito isso.

— Onde vamos agora? — Perseu perguntou para a ruiva.

— Três vassouras. — Falou ela com empolgação. — Sempre quis ir lá.

— Então é para lá que nós vamos, ruiva.

Os dois então andaram até os Três Vassouras, andando conversando até sentirem pingos grossos serem atingidos em sua cabeça, Astraea e Perseu se olharam e começaram a correr até os Três Vassouras, sentindo a chuva grossa começar a cair. O casal chegou no local antes que pudessem ficar encharcados, entrando para dentro, já podendo ver os alunos tomando cerveja amanteigada e outras coisas, e também algumas outras pessoas, adultos, tomando Whisky de Fogo. Astraea e Perseu puderam ver Hermione sozinha em um canto, e os dois se olharam de canto, antes de irem até uma mesa afastada e sentarem lá lado a lado. Os dois esperaram até um bruxo ir até a sua mesa, esse que continha uma carranca no rosto.

— O que vão querer? — Ele perguntou ríspido.

— Duas cervejas amanteigadas, por favor. — Astraea sorriu, e o bruxo virou de costas indo pegar o pedido. — Ele é sempre assim?

Astraea se virou para perguntar para o loiro-acastanhado, esse que já olhava para ela totalmente encantado, uma coisa que a ruiva sempre reparava era como Perseu nunca tirava os olhos dela, ele sempre estava lhe olhando, a maioria das vezes parecendo abobado, Astraea percebia como ele sempre olhava mais para seus olhos, parecia totalmente perdido neles, assim como ela sempre ficava quando olhava para os olhos dele, o tom azul escuro e a turbulência do mar que existia naqueles olhos, fazia ela sempre ficar olhando para os olhos do loiro-acastanhado querendo ver através da janela de seu olhar.

— Sempre. — Ele disse sorrindo de lado.

Os dois desviaram o olhar assim que a cerveja amanteigada foi posta na frente dos dois, e Astraea rapidamente pegou a caneca, fazendo algo que sua mãe sempre fazia, ela virou a caneca com tudo, sentindo a substância gelada descer por sua garganta com tudo. Astraea então colocou a caneca de volta na mesa, a cerveja amanteigada agora pela metade, quando a ruiva se virou para olhar para Perseu, ele já se encontrava novamente olhando para ela, mas dessa vez com um olhar incrédulo. Mas quando ele olhou para a cara de Astraea, o loiro-acastanhado não pode evitar de começar a dar risada, uma coisa que ela não entendeu.

— O que? — Ela perguntou confusa.

— Seu rosto. — Ele falou sorrindo. — Está com bigode de leite.

Astraea arregalou os olhos, mas o loiro-acastanhado apenas riu chegando perto da ruiva e passando os dedos sobre sua pele, Astraea imediatamente paralisou com a distância inexistente entre eles, a ruiva quase não respirava, e o loiro-acastanhado parecia ter gostado dessa reação dela, já que sorriu antes de deixar um beijo no canto de seus lábios. Astraea soltou um suspiro quando ele se afastou, encarando seus olhos turbulentos que tinham total atenção sobre os seus olhos azuis calmos como a maré. Quando Perseu riu novamente, a ruiva não pode se deixar de sentir contagiante pela risada do Sonserino, e imediatamente ela riu junto, os dois sendo encarados por algumas pessoas no estabelecimento com confusão, mas os dois nem ligaram para isso, aproveitando o momento e rindo juntos. Astraea desviou o seu olhar por segundos, parando diretamente no olhar castanho que a observava de longe, a ruiva imediatamente parou de rir, a feição mudando quando ela viu Benjamin ali a olhando com um olhar de traição, um olhar que fez Astraea se sentir culpada.

— O que foi? — Perseu perguntou levando seu olhar para onde a ruiva olhava, e quando ele viu seu irmão ali, o seu sorriso também morreu, dando ao lugar uma carranca de puro ódio.

Astraea não conseguiu desviar o olhar, e ela apertou as mãos se sentindo frustrada, era a primeira vez que ela havia trocado olhares com o moreno durante esses dois meses, a primeira vez que ele olhava para ela, mas Astraea sabia que ele não olhava pra ela por saudade de sua amizade, ele olhava para ela por causa dela estar com seu irmão. E isso fez ela sentir o nó em sua garganta se formando, e tudo o que ela quis foi desaparecer, ela sabia que não foi um erro ter escolhido Perseu, para ela nunca seria, mas ela também sabia que Benjamin agora provavelmente a odiava, e ela se sentiu totalmente mal, não porque ela havia escolhido o loiro-acastanhado, não porque Benjamin a havia forçado a fazer isso, não porque os dois agora não passavam de completos estranhos um perto do outro.

Não, mas sim porque Benjamin detestava tanto seu irmão, e achava tantas coisas horríveis dele, que fez a ruiva escolher entre os dois, achando que ela nunca iria escolher Perseu, porque ele era quem ele era, por ele ser considerado “um garoto problema.” Mas como ela não poderia escolher ele, quando ele foi o único que ela se sentiu confortável a contar um dos maiores segredos de sua vida, como ela não escolheria ele sendo que ele confiou nela para lhe contar um fato de sua vida que o atormentou por anos, como ela não escolheria ele sendo que ele por apenas estar na mesma sala que a ruiva, fazia ela se sentir totalmente confortável, como ela não escolheria ele sendo que era ele quem a fazia sorrir e rir na maioria das vezes, como ela não escolheria ele sendo que sua própria mãe o havia adotado como uma parte de sua família e como ela não escolheria Perseu Dempsey quando ele foi o único, em que ela realmente acreditou que poderia ser uma parte de sua vida. Astraea sempre escolheria ele, e sempre seria ele.

— Não olhe para ele. — Perseu disse segurando no rosto da ruiva, e virando ele para olhar para ele. — Ignore ele, olhe para mim.

— Desculpe. — Disse ela sussurrando. — Não consegui parar.

— Está tudo bem. — Ele falou pegando sua cerveja amanteigada e tomando um gole. — Sente saudades?

— O que? — Ela encarou ele, vendo seu olhar mudar.

— Sente saudades do meu irmão? — Ele perguntou parecendo tomar cuidado com suas palavras.

— Não. — Ela mentiu. — E se você está se perguntando isso nesse exato momento, não, eu não me arrependo da escolha que eu fiz. Não me arrependo de ter escolhido você.

Perseu a olhou, um olhar significativo. E levemente ele sorriu de canto, tomando mais um gole de sua cerveja amanteigada, a ruiva fez o mesmo, dessa vez o silêncio constrangedor invadindo os dois, com a chegada de Benjamin, tudo pareceu ficar desconfortável para os dois, não havia mais assunto, não havia mais risada, agora apenas existia a lacuna que impedia que os dois ficassem interagindo. Perseu então decidido a tomar uma decisão, bateu a caneca sobre a mesa assustando a ruiva ao seu lado que olhou para ele imediatamente.

— Vamos sair daqui. — Ele disse se levantando.

— Como é que é? — Perguntou Astraea tendo tempo de apenas colocar a caneca na mesa, antes de ser delicadamente puxada para levantar.

Perseu com uma extrema rapidez pegou os galões de seu bolso jogando sobre a mesa, antes de pegar as diversas sacolas com apenas uma mão e sair puxando Astraea pelo estabelecimento, essa que reclamava totalmente sem entender nada.

— Mas o que caralhos você está fazendo? — Ela perguntou em tom alto, diminuindo depois de perceber que atraia atenção. — A gente ao menos terminou de tomar a cerveja amanteigada.

— Caso você não tenha notado. — Disse ele olhando sobre o ombro. — Estou nos tirando daqui, ruiva.

Perseu então parou na frente de uma mesa, puxando Astraea para seu lado, e quando a ruiva foi o xingar, ela percebeu a presença de Harry e Hermione que estavam sentados à sua frente, e imediatamente ela olhou para os dois, franzindo a testa ao não ver Cho ali com Harry.

— Onde está Cho? — Perguntou ela querendo matar sua curiosidade.

— Foi embora. — Disse ele com suavidade.

— Foi embora?! — Exclamou Astraea alterada. — E você deixou ela ir embora com essa tempestade caindo lá fora? Você está louco, Harry?

O moreno não respondeu, engolindo em seco ao ver o olhar matador que Astraea lhe dava. E ele percebeu que fez merda deixando Cho ir embora daquele jeito, assim que percebeu o olhar zangado que sua amiga lhe dava.

— Podem cuidar disso por algum tempo? — Perseu perguntou, já colocando as sacolas do lado de Harry. — Obrigado.

— Mas o que...? — Astraea perguntou confusa.

— Tire a jaqueta. — Perseu mandou cochichando para a ruiva.

— Está louco? — Ela perguntou espantada. — Esta frio, não vou tirar a jaqueta!

— Prefere que molhe ela? —Ele perguntou levantando a sobrancelha, uma coisa que fez Astraea ficar totalmente confusa.

A ruiva então mesmo contra gosto tirou sua jaqueta, mostrando suas costas nuas e deixando o vestido que ela usava totalmente à mostra. Esse que marcava seu corpo, e deixava ele totalmente desejado aos olhares de algumas pessoas no estabelecimento, incluindo Harry que encarava Astraea de boca aberta. Perseu então fez o mesmo, retirando a jaqueta e deixando a parte de cima de seu corpo apenas com a camiseta social branca, essa que marcava totalmente os seus músculos, provavelmente do treino do quadribol. Músculos esses que fizeram garotas perto da mesa de Harry e Hermione suspirarem enquanto encaravam o Sonserino, Astraea imediatamente levou o seu olhar para elas, um olhar matador, que fez com que as garotas desviassem seus olhares intimidadas. Perseu então pegou a jaqueta da mão da ruiva colocando junto com a sua por cima das sacolas, provavelmente para tampar.

— Feche a boca, Potter. — Disse Perseu ríspido. — Ou se não eu vou fechá-la por você.

Harry arregalou os olhos, notando como o olhar de Perseu parecia totalmente mudado enquanto encarava ele, um olhar frio e totalmente enciumado. O loiro-acastanhado então se virou para Astraea, os dois se encarando olho no olho.

— Voltamos em breve. — Perseu disse para os dois Grifinórios, antes de pegar na mão da ruiva e sair junto com ela para fora dos Três Vassouras.

— Perseu! — Astraea gritou assim que eles saíram da loja. — Está chovendo seu maluco!

— E essa é a graça. — Ele falou se virando para ela, os dois já podendo sentir as gotículas de água caindo por seus corpos. — Nunca dançou na chuva, ruivinha?

— É claro que não! — Falou ela depressa enquanto se arrepiava pela chuva que caia em sua pele. — Sempre estive sã o suficiente pra não fazer uma baboseira como essa.

— Que bom que eu sou o contrário. — Falou o loiro-acastanhado enquanto se virava para encará-la. — Que tal me dar a honra dessa dança?

Perseu então fez uma breve reverência, encarando Astraea com a mão estendida, a ruiva paralisou, se perguntando se deveria aceitar ou não, e mesmo que ela provavelmente fosse pegar um resfriado depois desse acontecimento, ela se deixou levar, querendo aproveitar um momento que seria único para ela. Astraea então colocou a sua mão sobre a de Perseu, o choque que sempre dava nos dois enquanto eles se tocavam sendo sentido, a sua palma da mão sumindo sobre a do loiro-acastanhado, antes que ele a girasse sobre a rua completamente vazia, fazendo o corpo dos dois se chocarem. Os dois se olharam, um sorriso de lado estampado na cara de Perseu, enquanto Astraea olhava para ele tentando recuperar o fôlego.

— Não sei dançar. — Confessou ela.

— Nada que eu não possa te ensinar, ruivinha. — Ele piscou.

Perseu então novamente girou Astraea entre a rua parada, a ruiva dando risada de como a chuva parecia estar colaborando para aquele momento, já que ela havia diminuído assim que os dois tinham saído para fora. E mais uma vez Astraea sentiu seu corpo ser girado, dessa vez batendo no peito de Perseu, e olhando para cima ela teve o vislumbre de ver ele piscando enquanto sorria, e como uma dança lenta, o corpo dos dois se movimentaram, um passo atrás do outro, de modo lento e preciso, Astraea que nunca sequer havia experimentado a arte da dança, não por falta de escolha, mas sim por falta de coragem e de motivações, nesse momento se deixou levar, sentindo seu corpo se mover de forma graciosa e como se de fato ela já tivesse dançado uma vez na vida, o que ela não fez. Mas tudo parecia assim ao lado de Perseu, tudo o que ela não havia feito ou experimentado, ao lado do loiro-acastanhado parecia algo que ela sempre fazia, era como se com ele ela pudesse ser ela mesma, e fazer tudo aquilo que lhe dava na teia, e com o loiro-acastanhado não era diferente, ele se sentia livre ao lado da ruiva, se sentia preparado para poder fazer qualquer coisa, contanto que estivesse com ela, ele poderia fazer tudo, poderia ter tudo e sentir tudo, mas apenas com ela.

Os dois riam e sorriam em meio aos passos lentos e precisos, Astraea havia se desequilibrado duas vezes, e Perseu havia lhe segurado nas duas vezes, sussurrando que estava tudo bem, que ele lhe iria segurar quando vezes fosse necessário, todas as vezes que ela caísse. E de fato ele faria, os dois não se importavam se estavam se molhando, se poderiam ficar doentes, se iria estragar suas roupas ou até mesmo com os olhares que eles recebiam de dentro das lojas. Naquele momento tudo o que importava para eles, era a presença dos dois, aquele momento, aquela dança. Nada mais era importante do que isso para eles, não importava se eles tinham problemas para lidarem, não importava que ao voltarem para Hogwarts suas vidas por causa de Dolores Umbridge iria ser totalmente difíceis, não se importavam com a chegada dos N.O.M.S, não se importavam com as aulas de Oclumência que Astraea estava tendo e com os treinos de quadribol, nem mesmo com a A.D, ou melhor, eles não se importavam que Benjamin naquele momento, assim como vários alunos e adultos, estavam olhando para eles sobre as janelas do estabelecimento. Tudo que importava, era eles.

Perseu então pegou Astraea uma última vez, dessa vez a tirando do chão enquanto girava o corpo da ruiva no ar, os dois se encararam sobre a chuva, as gotículas que fazia o cabelo dos dois grudarem sobre seus olhos dificultando a visão. E quando Astraea foi posta novamente no chão, Perseu os girou uma última vez, antes de parar com a dança que havia durado exatos quinze minutos. Astraea e Perseu então se olharam, olhos azuis turbulentos nos olhos azuis calmos como a maré, um sorriso feliz no rosto dos dois, a linha dourada que os ligava agora ainda mais brilhante, o laço de parceria que havia se instalado no momento que Astraea nasceu agora parecendo mais limpo, claro e totalmente mais forte do que tudo, e a tatuagem do juramento que os dois haviam feito, agora brilhando sobre a pele dos dois, sendo vista pelos olhares curiosos que os encaravam. O loiro-acastanhado tirou os fios de cabelo dos olhos de Astraea, e direcionou seu olhar para a janela dos Três Vassouras, onde Benjamin e Harry olhavam para os dois, Perseu então tomando proveito disso sorriu, olhando novamente para Astraea como um pedido, um pedido que ela conhecia muito bem.

— Está esperando o que? — Ela perguntou sorrindo.

Perseu então retribuiu o sorriso radiante, antes de conceder o pedido da ruiva e acabar com a lacuna que havia entre eles, ele a puxou pela cintura com delicadeza, finalmente tomando seus lábios aos seus. Astraea então passou os braços pelo pescoço do loiro-acastanhado, tendo que ficar na ponta do pé para poder alcançar os lábios do Sonserino, os dois se beijaram ignorando os olhares chocados de todos neles, ignorando a chuva que caia e molhava totalmente os dois, ignorando tudo ao seu redor, deixando apenas os dois. Depois de minutos, os dois finalmente se separaram, o gosto de cerveja amanteigada em ambas as bocas, os dois então sorriram enquanto encostava a testa uma na outra, abrindo os olhos apenas para ficarem se olhando com sorrisos no rosto, a ruiva ainda com os braços sobre o pescoço de Perseu e o loiro-acastanhado ainda segurando a cintura da ruiva evitando que ela perdesse o equilíbrio. E por um momento, os olhos dois dois brilharam em dourado, apenas Perseu entendendo esse fator, e sentindo que aquele era o momento, ele observou cada canto do rosto de sua parceira, antes de sentir coragem de dizer o que lhe atormentava por meses.

— Estou apaixonado por você. — Ele disse de uma vez. — Pelos Deuses Astraea, eu estou completamente e loucamente apaixonado por você.

Astraea parou de respirar, os olhos totalmente arregalados devido a confissão de Perseu, ela abriu a boca em choque, encarando os olhos que por meses invadia seus sonhos. Ela abriu e fechou a boca por vários segundos, não conseguindo dizer nada.

— Não fale nada. — Ele falou encostando a boca na dela. — Por favor, não fale nada, não quebre meu coração. Não o quebre quando ele já é totalmente e unicamente seu. Apenas... apenas me deixe falar que estou loucamente apaixonado por você, que na verdade, eu estou apaixonado por você a meses, mas nunca tive coragem de te contar, nunca tive coragem de contar por medo, por medo que você me rejeite, por medo que você me deixe. Uma coisa que eu jamais poderei suportar, uma coisa que eu... nem sequer posso pensar, não quando estou caindo no abismo de estar me apaixonando por você cada dia mais, cada minuto e cada milésimo segundo ainda mais. Então por favor, não fale nada e não quebre meu coração, eu posso suportar tudo. A morte da minha mãe, as torturas psicológica e física de meu pai, o ódio de meu irmão, o desgosto das pessoas, tudo, menos saber que você está me deixando, então... apenas me deixe ficar apaixonado por você. Ignore esse sentimento, mas não me quebre, não quando o restante que sobrou de mim se baseia em você.

— Nunca. — Astraea falou respirando fundo. — Nunca poderia te quebrar, Perseu, nunca poderia fazer isso com você. Não quando também estou me apaixonando por você.

Seis palavras, trinta letras, uma frase que fez o coração de Perseu errar uma batida. Astraea estava se apaixonando por ele, sua parceira, sua ruivinha, sua estrela também estava se apaixonando por ele. E tudo o que ele pode fazer diante disso, foi sorrir e reprimir a vontade de soltar foguetes para dentro de si, antes de agarrar Astraea novamente e lhe beijar outra vez, dessa vez um beijo apaixonado por parte de ambos, um beijo que mudaria tudo. E eles ignoraram tudo ao seu redor naquele momento, deixando apenas o sentimento que os invadia tomar conta, eles jogaram tudo para o ar, deixando para que as complicações que eles teriam devido a esse momento ficasse para depois, eles sabiam que tudo ia mudar depois disso, mas eles não se importavam. Tudo para eles era aquele sentimento, sentimento esse que nenhum dos dois queria guardar mais, sentimento que jamais seriam ignorados novamente. Astraea e Perseu estavam apaixonados um pelo outro, o destino estava traçado e o laço estava agora, prestes a ser encaixado. E os dois mais do que nunca, agora iriam se tornar um só, igual ao fio dourado que os ligava.

—— Olá estrelas e constelações!
E VEIO AI, O MOMENTO QUE TODOS ESPERAVAM!! O CASAL ESTÁ FINALMENTE A UM PASSO DE SE TRANFORMAR EM CASAL!! Aí eu tô tão, tão feliz, que eu não tenho comentários para fazer sobre esse momento, eles são tudo para mim, e eu tive uns mil e trezentos surtos escrevendo esse capítulo inteiro! Cada interação especial, cada novo personagem que vai ser finalmente colocado no meio da fanfic, tantos momentos icônicos a virem. E eu só tenho que comentar sobre o fato de Apolo ser um querido, juntamente com Astória e as outras colegas de quarto da Astraea, amei fazer essa interação deles aqui, e a expectativa é para ter ainda mais daqui pra frente. E outra coisa, o Colin e o Azely meus deuses, eles são desse tamanhinho aqui ó: 🤏🏻, piticos demais esses dois, e só aguardem que essa dupla fofa vai se tranformar nos protegidos da Astraea e do Perseu, bem papais esses, e para quem não sabe, o Colin é o mesmo Colin que aparece em câmera secreta, aqui ele vai ser um querido juntamente com o Azely que foi inventado por mim. E vão se transformar em pessoas muito importantes para ast, juntamente com mais alguns personagens.

—— Outra coisa é que demorei para atualizar porque fiquei sem celular por dois dias, e também porque o Wattpad não queria colaborar para eu conseguir postar o capítulo, então tudo foi para o brejo, tive até que escrever esse capítulo do zero porque o Wattpad simplesmente apagou o outro do nada. Mas eu escrevi com ódio no olhar, e escrevi ainda melhor que excluído. Agora sobre esse casal né meus amores, e veio aí, surtem juntamente comigo porque falta pouco para eles namorar, e bem, o plano era eles começar a namorar em Enigma do Príncipe, mas como eu sou o cão eu mudei o plot novamente, para ele ficar mais aceitável com o que eu vou fazer em Enigma do Príncipe, e eles vão começar a namorar em Ordem da Fênix, e eu já tenho até um momento específico para esse acontecimento de fato acontecer, mas até lá ainda vai ter muitos momentos maravilhosos desse casal que ainda não é casal, mas que vai ser. Então se sintam felizes porque entretenimento é pegação não vai faltar, ata amo. E outra coisinha muito importante, é que hoje é exatamente dia 31 de julho de 2023, dia do que? Exatamente! Nascimento da Astraea e do Harry. ENTÃO FELIZ ANIVERSÁRIO ASTRAEA E HARRY!! FELIZ QUARENTA E TRÊS ANOS! Eu tô chorando, criei essa personagem e na atualidade ela tem a idade para ser minha mãe, mas tudo bem, faz parte. E vocês não sabem, o prazer que é escrever essa fanfic e principalmente ter criado ela juntamente de ter criado a Astraea, ela pra mim vai estar sempre em meu coração, e eu tenho orgulho imenso em dizer que ela foi totalmente e unicamente criada por mim. Te amo Astraea! Agora, deixo aqui minhas despedidas para até o próximo capítulo. E mais uma vez, obrigada por terem lido até aqui, e não se esqueçam de votar, comentar o que acharam do capítulo, teorias e tudo o que vocês tiverem vontade de comentar, façam isso! Mas principalmente, não esqueçam de compartilhar a fanfic com seus amigos pra fanfic poder crescer ainda mais. E me sigam no Tik Tok! Vai ter muitos edits por lá, principalmente em especial ao aniversário da Astraea e também do nosso casal aqui. É isso, já escrevi muito por hoje, 10 mil palavras são muito já. Até o próximo capítulo meus amores!

MALFEITO FEITO!

— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.

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