ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗧𝗘𝗘𝗡❕

ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗶𝗿𝘁𝗲𝗲𝗻. ᠉ ࣪ ˖
alta inquisidora?
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𝗔 𝗥𝗨𝗜𝗩𝗔 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 𝗣𝗨𝗧𝗔, o jeito que ela andava demonstrava isso, Benjamin atrás de si pedia desculpas pra todas as pessoas que a ruiva passava de cara feia ou esbarrando. Astraea xingava Dolores Umbridge em sua mente de nomes que sequer foram inventados ainda, a ruiva virou em um corredor, dando de cara com Filch acabando de colocar o quadro sobre a parede. Astraea sendo curiosa se aproximou pra ler, vendo do que se tratava ela rapidamente revirou os olhos.

— Maldita sapa rosa. — Xingou a ruiva enquanto voltava a andar.

Benjamin soltou uma risadinha e colocou o braço sobre o ombro da ruiva, enquanto ela ainda resmungava sobre Dolores. Os dois amigos andavam pelo corredor recebendo olhares nada discretos dos alunos que passavam por eles.

— Espero que caia da torre de Astronomia aquela velha nojenta. — Terminou Astraea soltando um bufo de irritação.

— Acabou? — Perguntou Benjamin encarando a ruiva que lhe deu um olhar severo. — Ótimo, porque aqui nos separamos.

O garoto parou no meio do corredor olhando pra ruiva, Astraea resmungou quando percebeu que seu melhor amigo não teria aula com ela hoje.

— Que saco viu, vou ter que aturar aquele povinho insuportável. — Resmungou alto, enquanto se lembrava de como odiava os Sonserinos de sua sala, mesmo ela sendo da Sonserina.

— Você aguenta, pelo menos vai receber suas notas de poções hoje e sabe que se saiu bem, agora eu não tenho muita certeza sobre isso. — Benjamin murmurou pensativo.

— Você vai se sair bem. — Garantiu a ruiva, olhando pro lado e vendo que seus colegas já estavam indo pra sala. — Te vejo depois?

— Sim. — Benjamin sorriu dando um abraço na amiga. — Até depois, Ast.

— Até. — Sorriu acenando.

Benjamin lançou uma piscadela antes de sair correndo pra não perder o horário de aula, Astraea se virou se preparando para ir para sua aula também. A ruiva não estava nem um pouco de bom humor hoje e ela duvidava que se alguém viesse falar com ela sairia vivo e como se o mundo estivesse contra ela, ela sentiu uma presença muito conhecida do seu lado a fazendo bufar com desgosto.

— Olá, ruiva. — Perseu murmurou ao seu lado, um sorrisinho presunçoso em seu rosto.

Astraea não respondeu, revirando os olhos ela continuou sua caminhada ignorando o rapaz ao seu lado. Esse que não parecia que ia parar de a oportunar.

— O gato comeu sua língua? — Ele questionou a cutucando de lado.

Ela se virou olhando pra ele seria, a seriedade que não assustou o garoto nem um pouco, só o fez sorrir mais ainda provavelmente planejando tirar o sério da ruiva.

— O que você quer, demônio? — Sua voz soou voraz, Astraea estava perdendo a paciência e tinha certeza de que iria socar o garoto se ele não parasse.

— Não posso mais falar com minha colega? — Ele colocou a mão sobre o coração como se estivesse ofendido.

— Não quando essa colega não gosta de você. — Astraea sorriu irônica, dando graças aos deuses por ter chegado na sala.

— Adorável. — Ela ouviu a voz do loiro-acastanhado soar atrás de si, como se fosse um sussurro que ela obviamente ouviu.

Astraea assim que entrou na aula já estava preparada para ver Umbridge, já que apartir de agora ela iria inspecionar as aulas, mas ela olhou ao redor da sala não encontrando a sapa rosa. A ruiva soltou um suspiro feliz por pelo menos isso, ela cumprimentou Harry, Hermione e Ron com um aceno de cabeça indo para seu lugar, que para a infelicidade dela era do lado de Perseu. E assim a aula de História da Magia se passou, totalmente desinteressante como na aula da semana interior, e Astraea ficou a aula inteira se segurando para não bater no garoto ao seu lado que batucava a mesa sem parar.

E quando Astraea foi até as masmorras para a aula de poções com Snape, a sapa rosa também não estava lá, e Astraea ficou um pouco mais animada, enquanto se sentava esperando Snape lhe dar seu trabalho sobre a pedra da lua. Trabalho esse que ela tinha feito com muito capricho.

Quando Snape colocou seu trabalho em cima da mesa ela pode ver o perfeito "O" escrito ali, ela sorriu feliz, mal notando o olhar discreto mas orgulhoso do professor sobre ela.

— Dei a vocês as notas que teriam recebido se tivessem apresentado esses trabalhos no seu N.O.M. — Disse Snape com um sorriso afetado, enquanto terminava de passar pelos alunos devolvendo os deveres. — Isto deverá lhes dar uma ideia realista do que esperar no exame.

Snape foi até a frente da classe e se voltou para a turma.

— O nível geral dos deveres foi abissal. A maioria de vocês não teria passado se fosse um exame real. Espero observar um esforço bem maior no trabalho desta semana sobre as variedades de antídotos para venenos ou terei de começar a distribuir detenções para os tapados que receberem “D”.

O professor riu com afetação quando Malfoy deu uma risadinha e disse num sussurro ressonante atrás de Astraea.

— Teve gente que recebeu um “D”? Ha!

Astraea revirou os olhos, sabendo muito bem que Malfoy no máximo havia tirado um "E" e a garota adoraria jogar seu lindo e perfeito "O" na cara dele, mas ela simplesmente ignorou.

— Você só pode estar de brincadeira. — Ela ouviu o garoto cochichar ao seu lado enquanto olhava sobre o ombro de Astraea para ver seu trabalho. — Você recebeu um "O" e eu um "E" sendo que nossos trabalhos estão praticamente a mesma coisa. Fala sério, qual é o poblema do Snape comigo?

— Talvez seja porque você é muito irritante, e chato, metido, insuportável, egocêntrico e totalmente desagradável? — Questinou a ruiva com um sorrisinho sarcástico.

Antes de que o loiro-acastanhado pudesse responder, a sineta tocou avisando que a aula de poções havia acabado, Astraea saiu de disparada da sala, colocando seu trabalho na bolsa enquanto corria para comer seu almoço. Benjamin havia lhe dito que iria passar o almoço na biblioteca, graças a um trabalho que ele não havia feito que era para ser entregue na próxima aula. Então Astraea pensou se seria uma boa ideia ela ir se sentar na mesa da Grifinória hoje para poder conversar com Harry.

A ruiva foi uma das primeiras de sua casa a entrar no Salão Principal, indo diretamente até a mesa da Grifinória ela praticamente jogou a mochila do lado do garoto de óculos, esse que levou um susto e olhou pra trás se deparando com Astraea.

— Oi todos vocês. — Ela sorriu se sentando ao lado de Harry.

— Oi? — Disseram os três amigos olhando pra ruiva confusos.

— O que foi? — Perguntou ela olhando ao redor.

— O que você tá fazendo na mesa da Grifinória? Não te expulsando, é claro. — Questionou Harry.

— Decidi vir comer aqui com vocês hoje. — Disse ela com um enorme sorriso no rosto. — Posso?

— Claro. — Disseram os três amigos se olhando.

A ruiva começou a se servir lentamente, ouvindo a conversa dos três amigos que por coincidência discutiam sobre suas notas do trabalho de poções.

— É óbvio que eu teria vibrado se tivesse recebido a nota máxima...

Mal sabe ela que Astraea recebeu, mas não iria jogar assim na cara da garota, a ruiva não era desse jeito.

— Hermione. — Disse Rony com rispidez. — Se você quiser saber que notas nós tiramos é só perguntar.

— Eu não... eu não tive intenção... bom, se vocês quiserem me dizer...

Ah, mas você teve sim. Pensou Astraea.

— Tirei um "P". — Disse Rony, servindo uma concha de sopa em seu prato. — Contente?

— Ora, não tem do que se envergonhar. — Disse um ruivo, que acabara de chegar à mesa com um garoto igual a ele, que Astraea deduziu que era seu irmão gêmeo, e o outro garoto, que estava se sentando à direita de Harry. — Não há nada de errado com um saudável "P".

— Mas. — Perguntou Hermione. — "P" não significa...

— "Passável", isso mesmo. — Disse o garoto a direita de Harry. — Mas ainda é melhor do que um "D", não é?
"Deplorável"?

Astraea notou quando Harry corou, e logo fingiu um pequeno acesso de tosse provocado pelo pão. Quando ele se recuperou do acesso, lamentou ver que Hermione continuava falando sobre as notas do N.O.M. E Astraea deduziu rapidamente que ele havia tirado um "D".

— Então a melhor nota é "O" de "Ótimo". — Ia dizendo. — Depois tem o "A".

— Não, o “E”. — Um dos gêmeos a corrigiu. — "E" de "Excede Expectativas". Sempre achei que Fred e eu devíamos ter recebido "E" em tudo, porque excedemos as expectativas só de comparecer para prestar os exames.

Todos riram, exceto Hermione, que insistiu. E Astraea que estava focada em comer, mal sendo notada pelo grupinho.

— Então, depois do "E" tem o "A", de "Aceitável", e esta é a última nota para aprovação, não é?

— É. — Respondeu Fred, enfiando um pãozinho inteiro na sopa, transferindo-o para a boca e o engolindo de uma só vez.

— Aí vem o "P" de "Passável". — Rony ergueu os dois braços fingindo comemorar. — E "D" de "Deplorável".

— E por fim o "T". — O outro gêmeo lembrou Rony.

— "T"? — Perguntou Hermione, parecendo admirada. — Ainda abaixo de "D"? Que é que significa "T"?

— "Trasgo". — Disse o gêmeo imediatamente.

Harry riu ao lado da ruiva, fazendo ela o olhar com uma sombrancelha arqueada.

— E você? — Hermione perguntou a ruiva, que imediatamente olhou para a Grifinória.

— Eu o que? — Perguntou olhando para todos na mesa que a olhavam enquanto bebia seu suco calmamente.

— Que nota você tirou? — Perguntou Rony.

— Um "O"? — Perguntou ela cautelosamente.

Todos a olharam de olhos arregalados, enquanto a ruiva simplesmente começava a comer sua comida calmamente.

— Como? — Foi Hermione quem perguntou.

— Tirando. — Respondeu a ruiva.

Harry deu uma risada ao seu lado, disfarçando rapidamente enquanto todos ainda a olhavam chocados.

— Vocês já tiveram uma aula inspecionada? — Perguntou Fred mudando de assunto.

— Não. — Respondeu Hermione na hora. — Vocês já?

— Acabamos de ter uma, antes do almoço. — Disse o outro. — Feitiços.

— E como foi? — Perguntaram Harry, Astraea e Hermione juntos.

Fred sacudiu os ombros.

— Nada mau. Umbridge só ficou escondida em um canto, tomando notas em uma prancheta. Vocês conhecem o Flitwick, ele a tratou como convidada, e não pareceu se incomodar. Ela não disse muita coisa. Fez umas perguntas a Alícia, para saber como são normalmente as aulas, Alícia respondeu que eram realmente boas, e foi só.

— Não consigo ver o velho Flitwick recebendo nota baixa. — Comentou o ruivo. — Ele normalmente consegue fazer todo o mundo passar bem nos exames.

— Com quem vocês têm aula hoje à tarde? — Perguntou Fred a Harry.

— Trelawney...

— Um “T” se é que já vi algum.

— E a própria Umbridge. — Complementou Astraea resmungando.

— Vai, sejam bonzinhos e você fica calmo com a Umbridge hoje. — Disse o irmão. — Angelina vai enlouquecer a mulher se você perder mais um treino de quadribol.

Astraea ergueu um joinha, voltando sua atenção pra comida, detestando o fato de ter aula com Umbridge hoje.

Astraea não precisou esperar até a Defesa Contra as Artes das Trevas para encontrar a Prof. Umbridge. Ela estava sentada em uma cadeira no fundo da sombria sala de Adivinhação, tirando da mochila o seu diário de sonhos, quando Perseu xingou olhando para algo atrás dela e, ao olhar para o lado, a ruiva viu a Prof. Umbridge surgir pelo alçapão no piso. A turma, que estivera conversando alegre, calou-se imediatamente. A queda abrupta no nível do barulho fez a Prof. Trelawney, que vagava pela sala distribuindo exemplares do Oráculo dos sonhos, virar-se para olhar.

— Boa tarde, professora. — Disse a Prof. Umbridge com seu largo sorriso. — Você recebeu o meu bilhete, espero? Informando a hora e a data da sua inspeção?

A Prof. Trelawney fez um breve aceno com a cabeça e, parecendo muito descontente, deu as costas à recém-chegada, e continuou a distribuir os livros. Ainda sorridente, a Prof. Umbridge agarrou o
espaldar da poltrona mais próxima e puxou-a até a frente da classe, de modo a colocá-la alguns centímetros atrás da cadeira da Prof. Trelawney. Sentou-se, então, apanhou a prancheta na bolsa florida e ergueu a cabeça em atitude de expectativa, aguardando o início da aula. A Prof. Trelawney apertou os xales em volta do corpo, com as mãos ligeiramente trêmulas, e inspecionou a turma através das enormes lentes de aumento dos seus óculos.

— Hoje continuaremos o nosso estudo dos sonhos proféticos. — Disse, numa corajosa tentativa de reproduzir o seu tom místico habitual, embora sua voz tremesse um pouco. — Dividam-se em pares, por favor, e interpretem as últimas visões noturnas do colega com a ajuda do Oráculo.

Ela fez um movimento largo para retomar o seu lugar, viu a Prof. Umbridge sentada bem ao lado, e imediatamente se desviou para a esquerda, em direção a Parvati e Lilá, que já discutiam absortas o sonho mais recente de Parvati.

Astraea abriu o seu exemplar do Oráculo dos sonhos, observando Umbridge veladamente. Ela já estava tomando notas na prancheta. Decorridos alguns minutos, levantou-se e começou a andar pela sala, acompanhando Trelawney, escutando suas conversas com os alunos e fazendo perguntas aqui e ali. Astraea e Perseu  se abaixaram, ligeiramente, a cabeça para o seu livro.

— Pense em um sonho depressa. — Astraea disse a Perseu. — Caso a sapa cor de rosa venha para o nosso lado.

— Porque eu? — Ele perguntou cochichando pra ela.

— Porque fui eu da última vez. — Ralhou ela.

— Deixe-me pensar. — Disse Perseu maleficamemte. — E se eu disser que sonhei que estava matando Snape enforcado por me dar uma nota menor que a sua sendo que nossos trabalhos estavam iguais?

Revirando os olhos Astraea abriu seu Oráculo dos sonhos.

— Dramatico. — Disse ela, logo voltando a escrever no caderno. — Então, eu acho melhor eu escrever um sonho para você, já que isso aconteceu a exatamente uma aula atrás e não deu tempo de você dormir.

— Eu poderia ter tirado um cochilo. — Disse Perseu.

Astraea deu de ombros parando de escrever e olhando para trás. Umbridge estava agora colada ao ombro de Trelawney, tomando notas enquanto a professora de Adivinhação interrogava Neville sobre o seu diário de sonhos.

— Que noite posso colocar que você sonhou com isso? — Astraea perguntou, voltando sua atenção pro loiro-acastanhado.

— Isso o que? — Perseu tentou espiar no Oráculo dos sonhos da ruiva, sendo impedida por ela que lhe deu um olhar severo enquanto continuava a escrever tentando escutar o que Umbridge dizia à Prof. Trelawney atrás dela.

Astraea deu uma olhada pra trás, vendo que as duas estavam apenas a duas mesa de distância. A Prof. Umbridge anotava mais alguma coisa na prancheta e a Prof. Trelawney parecia extremamente aborrecida.

— Agora. — Perguntou Umbridge, erguendo os olhos para Trelawney. — Exatamente há quanto tempo você vem ocupando este cargo?

A Prof. Trelawney encarou a outra zangada, os braços cruzados e os ombros curvados para a frente, como se quisesse se proteger ao máximo da possível indignidade da inspeção. Após uma breve pausa em que parecia decidir se a pergunta não era ofensiva, se era razoável deixá-la passar, respondeu em um tom profundamente ofendido.

— Quase dezesseis anos.

— Um bom tempo. — Comentou a Prof. Umbridge, fazendo outra anotação na prancheta. — Então foi o Prof. Dumbledore que a nomeou?

— Correto. — Respondeu secamente.

Umbridge fez mais uma anotação.

— E você é tetraneta da famosa vidente Cassandra Trelawney?

— Sou. — Confirmou ela erguendo um pouco mais a cabeça.

Mais um registro na prancheta.

— Mas acho... corrija-me se eu estiver enganada... que você é a primeira em sua família desde Cassandra Trelawney a ser dotada de Segunda Visão?

— Esses dons muitas vezes saltam... hum... três gerações. — Disse a Prof. Trelawney. O sorriso bufonídeo da Prof. Umbridge se ampliou.

— Naturalmente. — Disse com meiguice, fazendo mais um registro. — Bem, então será que poderia profetizar alguma coisa para mim?

E ergueu os olhos com ar indagador, ainda sorridente. A Prof. Trelawney ficou tensa, como se não conseguisse acreditar no que ouvia.

— Não estou entendendo. — Disse agarrando convulsivamente o xale em torno do pescoço muito magro.

Mas eu estou, pensou Astraea, e eu quero matar essa sapa rosa.

— Gostaria que você fizesse uma profecia para mim. — Disse a Prof. Umbridge muito claramente.

Astraea, Perseu e Harry e Rony, que a ruiva havia notado que estava observando as duas, agora não eram as únicas pessoas que observavam e escutavam furtivamente por trás dos livros. A maioria da turma observava paralisada a Prof. Trelawney quando ela se empertigou toda, os colares e as pulseiras tilintando.

— O Olho Interior não vê quando recebe ordem! — Disse em tom escandalizado.

— Entendo. — Respondeu a outra brandamente fazendo mais uma anotação.

— Eu... mas... mas... espere! — Disse a Prof. Trelawney de repente, tentando falar no seu tom habitualmente etéreo, embora o efeito místico ficasse um tanto arruinado pelo modo com que tremia de raiva. — Eu... eu acho que estou vendo alguma coisa... alguma coisa que diz respeito a você... uma coisa escura... um grave perigo...

A Prof. Trelawney apontou um dedo trêmulo para Umbridge que continuou a sorrir brandamente para ela, de sobrancelhas erguidas.

— Receio... receio que você esteja correndo um grave perigo! — Terminou Trelawney dramaticamente.

Houve uma pausa. As sobrancelhas de Umbridge continuaram erguidas.

— Certo. — Disse com suavidade, anotando mais uma vez alguma coisa. — Bom, se isto é realmente o melhor que consegue fazer...

E virou as costas, deixando a Prof. Trelawney pregada no chão, com o peito arfante. Astraea e Harry se olharam e ela e percebeu que o amigo estava pensando exatamente o mesmo que ela, assim como Rony e Perseu, os quatro sabiam que a Prof. Trelawney era uma velha charlatona, mas, por outro lado, tinham tal aversão a Umbridge que se viram tomando o partido de Trelawney, isto é, até ela cair em cima deles alguns segundos depois.

— Muito bem? — Disse, estalando os longos dedos embaixo do nariz de Harry, de forma estranhamente enérgica. — Deixe-me ver o progresso que vocês fizeram no diário de sonhos, por favor.

E quando terminou de interpretar os sonhos de Harry alto e bom som (os quais, até mesmo os que envolviam comer mingau de aveia, pelo visto profetizavam para ele uma morte precoce e horripilante), Astraea pode perceber que o garoto estava se sentindo muito menos solidário com Trelawney.

Durante todo o tempo, a Prof. Umbridge se manteve afastada alguns passos, tomando notas na prancheta e, quando a
sineta tocou, Astraea soltou um suspiro de alivio ao ver que a Professora, não havia passado por sua mesa, levando em consideração que a ruiva nem terminou o que tinha que escrever ja que estava prestando atenção demais na conversa. Umbridge foi a primeira a descer pela corda prateada, e já os aguardava quando eles chegaram à classe de Defesa Contra as Artes das Trevas, dez minutos depois.

Ela sorria e cantarolava baixinho quando os alunos entraram. Astraea e Perseu se sentaram atrás de Harry, Rony e Hermione, prestando atenção que os dois contavam tudo para a melhor amiga que estava em outra aula.

— Guardem as varinhas. — Mandou ela com um sorriso, e aqueles que esperançosamente haviam apanhado as varinhas, com tristeza as repuseram nas mochilas. — Como terminamos o capítulo um na aula passada, hoje eu gostaria que abrissem na página dezenove e começassem a ler o capítulo dois. "Teorias de defesa comuns e suas derivações". Não haverá necessidade de conversar.

Ainda sorrindo, aquele sorriso amplo e presunçoso, ela se sentou à escrivaninha. A turma deu um suspiro audível quando abriu, como se fossem um só aluno, a página dezenove. Astraea ficou olhando pro livro, entediada, ela sabia que haveria no livro capítulos suficientes para mantê-los lendo durante todas as aulas do ano, e ia verificar o índice quando reparou que Hermione erguera novamente a mão no ar.

A professora também reparou e, além disso, parecia ter preparado uma estratégia para essa eventualidade. Em lugar de tentar fingir que não reparara em Hermione, ela se levantou e deu a volta na primeira fila de carteiras até ficar cara a cara com a garota, então se inclinou e murmurou, de modo que o restante da classe não pudesse ouvi-la, mas Astraea ouvia.

— O que é agora, Srta. Granger?

— Já li o capítulo dois.

— Então passe para o capítulo três.

– Já li também. Já li o livro todo.

A Prof. Umbridge piscou os olhos, mas recuperou sua pose quase instantaneamente.

— Bem, então, você deverá poder me dizer o que Slinkhard escreveu sobre as contra-azarações no capítulo quinze.

— Ele escreveu que a denominação contra-azarações é imprópria. — Respondeu Hermione imediatamente. – E que contra-azaração é apenas o nome que as pessoas dão às suas azarações quando querem fazê-las parecer mais aceitáveis.

A Prof. Umbridge, ergueu as sobrancelhas, e Astraea percebeu que estava impressionada, ainda que a contragosto.

— Mas eu discordo. — Continuou Hermione.

As sobrancelhas da professora subiram um pouco mais, e seu olhar se tornou visivelmente frio.

— A senhorita discorda?

— É, discordo. — Confirmou Hermione, que, ao contrário de Umbridge, não murmurava, falava em uma voz alta e clara, que a essa altura já atraíra a atenção do resto da turma. — O Sr. Slinkhard não gosta de azarações, não é? Mas acho que podem ser muito úteis quando são usadas defensivamente.

— Ah, então essa é a sua opinião? — Disse a professora, se esquecendo de murmurar e endireitando o corpo. — Bom, receio que seja a opinião do Sr. Slinkhard que conte nesta sala de aula, e não a sua, Srta. Granger.

— Que patada. — Disse Astraea e Perseu ao mesmo tempo.

— Mas... — Recomeçou Hermione.

— Agora basta. — Disse a professora.

Voltou, então, para a frente da sala e se postou ali, mas toda a segurança que exibira no início da aula se perdera.

— Srta. Granger, vou tirar cinco pontos da Grifinória.

Houve uma eclosão de murmúrios.

— Por quê? — Perguntou Harry indignado.

— Não se meta! — Cochichou Hermione para ele, ansiosa.

— Por perturbar minha aula com interrupções sem sentido. — Disse a Prof. Umbridge suavemente. — Estou aqui para lhes ensinar, usando um método aprovado pelo Ministério que não inclui convidar alunos a darem suas opiniões sobre assuntos de que pouco entendem. Os professores anteriores desta disciplina podem ter permitido aos senhores maior liberdade, mas como nenhum deles... com a possível exceção do Prof. Quirrell, que pelo menos parece ter se restringido a assuntos apropriados para sua idade... teria passado em uma inspeção do Ministério...

— É, Quirrell foi um grande professor. — Disse Harry em voz alta. — Exceto pelo pequeno problema de ter Lorde Voldemort saindo pela nuca.

Este pronunciamento foi seguido de um dos mais retumbantes silêncios que Astraea já ouvira.

Então...

— Acho que mais uma semana de detenção lhe faria bem, Sr. Potter. — Disse Umbridge com voz sedosa.

Astraea abriu a boca pronta para revidar, mas o garoto ao seu lado puxou seu cabelo de modo fraco, chamando sua atenção.

— Não faça isso. — Murmurou ele. — Não vai querer outra cicatriz vai?

Astraea olhou para sua mão vendo a pequena cicatriz ali, ela suspirou jogando a cabeça pra trás e fechando os olhos. Seria um longo dia.

—— Olá estrelas e constelações!
Esse capítulo a única coisa que eu tenho a dizer é sobre a Astraea xingando a Umbridge por qualquer coisa que ela faz, e eu seria exatamente assim se fosse ela. E essa interação entre a Astraea e o Perseu? Aí meus deuses, eu amo tanto até quando eles respiram um perto do outro. Sem contar na amizade do Benjamin com a Astraea, tão fofos aaa! Só não queria chegar nos capítulos futuros e ter que acabar com isso. E novamente um capítulo chega ao fim com mais outros para vocês lerem, então espero que vocês tenham gostado, não se esqueçam de votar, comentar o que achou e principalmente repassar essa fanfic para seus amigos que gostam do mundo de Harry Potter.

MALFEITO FEITO!

— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.

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