ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗢𝗥𝗧𝗬 𝗢𝗡𝗘❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝗼𝗻𝗲. ᠉ ࣪ ˖
treinamento com morgana!
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𝗔𝗦𝗧𝗥𝗔𝗘𝗔 𝗦𝗘 𝗘𝗡𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗔𝗩𝗔 𝗡𝗔 𝗙𝗥𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗗𝗢 𝗗𝗜𝗔́𝗥𝗜𝗢, suas unhas estavam quase em carne viva de tanto que ela roía elas, a ruiva pensava seriamente se fazia isso ou não, depois de muito tempo enrolando com o diário ela finalmente pode estar sentada na frente da mesinha de estudos que havia em seu dormitório, já que as outras garotas não estavam ali e felizmente ou graças a ela expulsando ele dali, Perseu não estava presente e contra a gosto estava em seu dormitório, fazendo absolutamente nada. Astraea decidindo acabar logo com isso, colocou a mão sobre o diário, havia uma tranca ali e esse era outro problema, Ares não havia entregado a ela uma chave e obviamente ela não sabia como abrir o cadeado.
— Como eu abro isso? — Ela observou o diário, cada detalhe seu era em preto e roxo. Um típico diário de uma bruxa poderosa, pelo menos era isso que Astraea pensava. — Poderia ter pelo menos me dado uma chave ou uma dica, né Ares?
Mesmo sabendo que não receberia nenhuma resposta, Astraea tentou, bufando ao ver que não recebeu uma resposta do Deus da Guerra, ele até poderia responder, já que havia escutado a ruiva falando com ele, mas Ares não se sentia bom humorado para respondê-la ou até mesmo ajudá-la, em sua mente o Deus já havia feito muito ao entregar a ela o diário, o resto dependerá de Astraea e somente dela. Os deuses agora não poderiam fazer nada, a única coisa que Astraea deveria fazer agora é treinar com Morgana por apenas um dia, seria o suficiente para os próximos acontecimentos.
— Mas que merda. — Ela xingou batendo o diário na mesinha. — Abre diarinho, por favor.
O diário obviamente não abriu.
— Okay. — Astraea levantou um polegar na direção do diário, sua feição parecendo totalmente irritada. — Vamos para o plano b! — Pegando sua varinha ela apontou para o diário, coçando a garganta. — Vamos lá. Abracadabra!
O diário ao menos se mexeu, a ruiva soltou um xingamento batendo no diário com a ponta da varinha.
— Que ódio, essa merda não abre! — Murmurou colocando a varinha sobre a mesa. Logo em seguida ela pegou o diário, analisando ele, Astraea focou seu olhar na pedra roxa e brilhante que ficava no meio do diário, por alguns instantes a pedra reluziu e a ruiva arregalou os olhos. Seus dedos passaram pela pedra, a coloração antes roxa passou a ser um azul e como se fosse mágica. O diário se abriu sozinho, mostrando as folhas em branco que logo apareceu uma pequena frase escrita. — Diário de Morgana Lefay, para aqueles que buscam conhecimentos aqui encontrarão o que procuram. Que?
Astraea se afastou por um momento olhando para o diário com uma expressão confusa, obviamente ela não estava entendendo nada do que estava acontecendo ali, ela realmente esperava ver algumas anotações de Oclumência ou qualquer outra coisa que pudesse ajudá-la, mas depois de a pequena frase aparecer ela folheou o restante do diário, estava em branco, não havia nenhuma palavra, nada, tudo em branco e apenas isso. Nenhuma palavra além da frase, ela piscou fazendo uma careta, completamente descontente, não era isso que ela achava que aconteceria, obviamente.
— É isso? — Cruzou os braços. — Eu esperava ter algo escrito ou umas dicas sei lá, mas não tem nada? Só pode estar brincando com a minha linda cara!
A ruiva continuava a resmungar, ela até deu uns soquinhos de leve no diário, mas nada aconteceu, o diário não revelou mais nada. Astraea tentou usar um feitiço revelador, nada novamente, riscou o diário com uma pena fazendo um desenho de uma galinha, mas o desenho desapareceu em segundos, ela franziu o cenho encarando o diário com descrença, dava para ver que a ruiva estava quase declarando guerra contra o diário, ela estava quase desistindo, uma carranca presente na sua face enquanto ela se jogava de costas na cadeira.
— Diário maligno. — Apontou para o diário como se ele pudesse responder. — Você não vai revelar mais nada né? Sem problemas, a guerra está acabada! Eu desisto totalmente.
Quando ela estava prestes a sair da cadeira e ir dormir, o diário simplesmente começou a brilhar, a ruiva piscou lentamente tentando ver se estava vendo a coisa certa, mas definitivamente estava, do meio do diário saia um brilho branco iluminando toda a sala. Quando Astraea chegou mais perto, ela quase ficou cega com a claridade, mas isso mudou quando uma sensação a atingiu em cheio.
— Mas que merda! — Xingou, mais rápido do que um flash, o diário expandiu seu brilho ainda mais, a sensação de estar sendo sugada sendo sentida imediatamente pela ruiva. Não era a mesma sensação de aparatar, ou de uma Chave de Portal, até mesmo do que sentiu quando ela e Harry foram sugados para dentro da Penseira, foi totalmente diferente do que as outras sensações, era como se ela estivesse flutuando e não havia enjoo ou até mesmo dor de cabeça, foi de forma leve e antes que ela pudesse perceber, ela já estava sendo puxada para dentro do diário. O brilho juntamente com Astraea desaparecendo do dormitório, com um baque surdo o diário se fechou imediatamente assim que a ruiva já se encontrava dentro dele.
Quando ela abriu os olhos, tudo o que ela pode encarar a sua volta foi uma sala com uma claridade pequena, ela olhou em volta analisando tudo, as paredes eram rústicas e em coloração prata, havia alguns lustres no teto mas estavam apagados, nas paredes tinham tochas de fogo que iluminavam o local, a sala continha um sofá espaçoso na cor preta no canto, uma mesinha de vidro com vários livros do lado, havia uma manta jogada no sofá de forma despojada e na frente do sofá havia um tapete prata que parecia extremamente fofinho. Os olhos da ruiva desviaram para as janelas, as cortinas estavam abertas e revelavam as janelas fechadas, porém, como eram de vidro a ruiva tinha a bela visão do céu estrelado do lado de fora, portanto, os seus olhos se caíram sobre a mulher na frente de uma das janelas, ela estava de costas, usava um vestido verde escuro até os pés, seus cabelos pretos intensos e encaracolados batiam além da sua cintura, ela mantinha uma pose firme, ao menos se mexia.
— Você demorou, criança. — A voz dela soou por todo salão, Astraea imediatamente se ergueu, dando um passo para trás. A mulher olhou para ela pelo ombro, sua face tão bela quanto a noite e seus olhos tão perigosos quanto o poder que há em seu corpo, Morgana Lefay se virou ficando de frente para a ruiva, seu olhar não baixou e muito menos a sua pose de superioridade.
— Me desculpe. — Astraea suspirou, se abraçando para diminuir o frio que fazia na sala. — Não tive tempo.
— É, eu sei. — Morgana começou a andar, o barulho de seus passos soando pelo salão. — Mas você está aqui agora. E é isso o que importa.
— O que eu tenho que fazer?
— Treinar sua mente. — Morgana parou na frente de Astraea, seus olhos verdes esmeralda a analisando de cima a baixo. — Severus Snape te ajudou um pouco, não precisaremos treinar muito. Apenas o treinamento de hoje será o bastante para você conseguir fechar sua mente, mas para isso você terá que se esforçar.
— Farei o meu melhor!
— Eu sei que vai. — Morgana sorriu orgulhosa. — Bom, vamos começar?
— O que temos que fazer exatamente? — Astraea perguntou receosa, mesmo que Morgana parecesse ser alguém totalmente confiável, ela ainda se sentia desconfortável com o pensamento da bruxa ter que invadir sua mente e olhar suas memórias.
— Snape te ajudou a não ter sua mente invadida com o feitiço Legilimens, um feitiço usado normalmente nos treinos de Oclumência. — A ruiva concordou não entendendo onde a bruxa queria chegar. — Iremos fazer algo diferente Astraea, não irei fazer o mesmo que seu professor. Você já está boa o suficiente para conseguir se proteger com esse método, tenho certeza que ninguém seria capaz de invadir sua mente por um determinado tempo com esse treinamento, é claro que você precisa treinar ainda mais e aperfeiçoar isso, mas ainda sim, é o bastante para que nenhum bruxo invada sua mente. Mas como você deve saber, não é o suficiente para outras criaturas ou até mesmo deuses conseguirem invadir sua mente. E por isso, que eu vou te ensinar a proteger sua mente de outra forma.
— Que forma?
— Criando um escudo mental. — Astraea franziu o cenho, nunca havia escutado falar disso. — Sei que está confusa sobre isso e já vou te explicar. Um escudo mental é como uma barreira para proteger de que outras pessoas invadam sua mente, ele necessita de prática, concentração, força de vontade e muito, mais muito, poder. Na sua realidade você será a única a manter um escudo mental, isso te ajudará a impedir que os deuses menores invadam seus sonhos, apague suas memórias ou faça uma bagunça com sua cabeça. Você pode erguer ele, baseado em alguns estudos meu, cada escudo mental é diferente um do outro, mas você sempre poderá ter uma porta de acesso para aqueles que você quer que entre em sua cabeça. Irá funcionar assim, vou tentar invadir sua mente, mas é claro que não irei olhar nenhuma lembrança ou memória sua, a sua privacidade prevalecerá, porém. Eu quero que você faça o que eu vou pedir.
— Estou escutando.
— Criar um escudo mental é fácil, difícil é mantê-lo por muito tempo. Iremos tentar o primeiro passo, tenho a certeza que você vai conseguir facilmente e depois iremos treinar a resistência dele, não quero que você não se esforce só porque não sou sua inimiga e não vou olhar suas lembranças, quero que você dê tudo de si como se eu fosse uma das pessoas que está tentando invadir sua privacidade, quero que você crie um escudo mental forte, um que te proteja e não deixe que ninguém te machuque mentalmente. — Ela fez uma pausa, seus olhos verdes brilhando como se estivesse visualizando algo. — Vai ser o seguinte, quando eu passar pela sua barreira mental, quero que você crie o escudo e proteja sua mente, imagine ele baseado no seu poder, imagine, visualize e faça, não importa se ele durar um segundo, teremos tempo o suficiente para ir aperfeiçoando ele ainda mais. Só quero que você pense na sua própria proteção e na das pessoas que você ama, se você conseguir, todos estarão seguros e principalmente seus sonhos estarão longe das mãos dos deuses, não haverá sangue, guerra, morte ou pesadelos. Então, tente, Astraea. Mesmo que falhe na primeira vez, tente até conseguir.
— Eu irei. — A voz da ruiva saiu confiante, ela estava crendo que iria conseguir, poderia não ser a coisa mais fácil do mundo, mas ela iria tentar até conseguir. Tudo para proteger aqueles que ela amava, Astraea definitivamente faria de tudo para que nada acontecesse com ninguém. — Quando podemos começar?
— Quando você estiver preparada. — Morgana sorriu levemente. — Você está preparada, Astraea?
— Estou. — A confirmação veio, firme e forte.
— Ótimo, podemos começar então. — Morgana sinalizou. — Se lembre do que eu disse, irei penetraram em sua mente, não se defenda, crie o escudo e apenas isso. Okay?
— Okay! — Astraea arrumou sua postura, ficando confortável.
— Irei contar até três. — Ela avisou, mas Astraea ao menos prestava atenção, ela apenas se perguntou onde estava a varinha de Morgana. — Um... dois... três!
Astraea esperava um feitiço sendo murmurado, ela esperava que Morgana usasse uma varinha, mas não havia nada. A morena ao menos havia falado uma palavra e quando a ruiva finalmente percebeu o porque disso, Morgana já estava invadindo sua mente, Astraea até tentou fazer o que a morena havia pedido, mas seus pensamentos interrompiam a tentativa de criar um escudo mental. Mas como Morgana havia falado, ela não invadiu seus pensamentos, apenas recuou e quando a ruiva deu por si própria, estava novamente no salão mal iluminado, a morena a sua frente olhava para elas com seus olhos verdes penetrantes, havia um típico brilho de desaprovação que os professores davam a seus alunos quando eles erravam alguma coisa, a ruiva imediatamente engoliu em seco, se reaprendendo mentalmente por ter se distraído e ter falhado.
— Você se distraiu. — Astraea podia sentir que ela não fez uma pergunta, ela apenas afirmou. — Distrações como essa são o bastante para que entrem em sua mente e destruam ela por completo, mesmo que isso seja um treino, se esforce mais. Mas além disso, está tudo bem falhar na primeira vez, mas, espero que isso não ocorra novamente, quero foco total agora. Sem distrações, ouviu?
— Sim, senhora. — Morgana pareceu ter um pingo de satisfação passar por seus olhos quando ouviu a última palavra.
— De novo. — A ruiva se posicionou novamente, assim como Morgana, sua cabeça levantada como se fosse a porra de uma rainha. E ela realmente era. — Um... dois... três!
Astraea teve tempo para se preparar dessa vez, antes que a morena invadisse sua mente, ela fez o que Morgana havia pedido para ela fazer, ela imaginou o escudo sendo construído parte por parte, como se fosse uma casa, cada parte dele sendo montada perfeitamente na frente de sua mente. Era como se fosse muros, um muro azul escuro com pontos brilhantes e sombras densas, era como se as sombras a qualquer momento pudesse atacar, também havia um nevoeiro com faíscas do poder verde esmeralda criando mais uma barreira na frente do escudo, como se além do muro feito de poder celestial, sombras e do próprio poder de bruxa de Astraea não fosse suficiente, era como se fosse uma proteção extra, as faíscas eram como uma barreira de laser cortante que mataria quem se aproximasse. Quando Morgana parou de frente para o escudo mental, ela não pode ficar mais orgulhosa, o escudo exalava poder e era tão forte que ela tinha certeza que qualquer pessoa não conseguiria passar nem pela primeira faísca do poder verde esmeralda, mas como o esperado de uma principiante, o escudo durou apenas um segundo na frente da morena, antes de desabar completamente como uma avalanche.
Assim que Morgana recuou para fora, Astraea sentia suas pernas bambas e sua respiração falha, um pingo de suor descendo por sua testa, ela mal havia percebido o esforço que havia feito para fazer o escudo e até mesmo para mantê-lo por um segundo e ela se perguntou mentalmente o quão ela estaria destruída quando esse treinamento acabasse, porque se ela já se encontrava assim apenas mantendo o escudo por um segundo, ela não queria nem imaginar como ela ficaria mantendo ele por muito mais. Quando seus olhos azuis se focaram no verde de Morgana, ela pode ver ali um misto de orgulho e confiança, era como se a morena estivesse esperançosa no que aquilo poderia se tornar, e realmente, ela estava muito animada para ver o quão longe Astraea poderia chegar. E se a ruiva já se encontrava assim apenas para fazer o escudo mental, Morgana mal podia esperar para ver o dia que as dias realmente iriam começar seus treinamentos, o treinamento de seu poder, assim que ele se manifestasse. E faltava pouco para esse acontecimento, a morena não poderia estar mais ansiosa.
— Muito bem. — Sua voz passava uma sensação de satisfação. — Foi muito bom mesmo. Como eu disse, fazer o escudo não foi o problema, mas sim mantê-lo, é realmente difícil fazer isso, requer muito poder e esforço físico e mental, pode te desgastar, mas esse não é o real problema aqui. Você vai precisar continuar se quiser conseguir, mesmo que isso te canse, é bom você fazer isso hoje do que ser atacada amanhã. Então, vamos tentar até conseguimos manter o escudo firmemente okay? Eu irei saber se você vai conseguir mantê-lo em sua mente como um muro duradouro e assim vamos finalizar, infelizmente não haverá descanso e até recomendo você se sentar para não exigir muito.
— Estou bem assim, obrigada. — A ruiva já havia se recuperado. — Vamos lá, quero conseguir fazer isso logo.
— Gosto da sua determinação, criança. — Morgana sorriu de forma felina. — Isso vai ser bom para o sucesso.
— Eu estou acostumada com o sucesso, eu vou conseguir.
— Muito bem, continue pensando assim. — Morgana se virou levemente, ainda mantendo seus olhos na ruiva. — Vamos começar, Astraea. Agora vai ser para valer.
— Estou preparada para o que vem.
— Ótimo. Contagem regressiva. — A ruiva acenou, seu corpo e sua mente preparados para o que vinha pela frente. — Três... dois... um. De novo!
De novo. Astraea não soube quantas vezes ela ouviu essa frase por segundos, minutos ou horas, a cada vez que Morgana repetia essa frase, o seu escudo ficava cada vez mais fortalecido com suas tentativas. Cada momento que passava ela sentia seu escudo aumentando ainda mais de poder e ficando mais resistente, suas tentavam eram tantas, seu corpo estava cansado ao ponto dela mal conseguir se manter de pé, sua mente estava uma turbulência e a dor de cabeça era insuportável, tudo o que ela queria era sua cama quentinha e nada mais. Mas devido as circunstâncias, parecia que não seria tão cedo assim, Morgana parecia um demônio obsessor quando se falava de treinamento, a cada hora que ela ouvia as duas palavras saindo da boca da mais velha a ruiva sentia vontade de esganar ela, mesmo sabendo que era para o seu bem e para proteger quem ela ama, não era o suficiente para impedir ela de pensar em desistir do treino e chorar em posição fetal por não conseguir.
Mas esses pensamentos mudaram quando pela primeira vez ela conseguiu manter o escudo por vinte minutos sem fraquejar, era uma meta, ela sentia que poderia manter por muito mais, era como se o escudo estivesse grudado no chão com um poderoso feitiço, nem mesmo as investidas poderosas de Morgana foi o suficiente para o escudo recuar, não havia nenhuma rachadura, estava completamente e totalmente erguido e sem nenhuma falha, era um escudo perfeito, um escudo mental poderoso o suficiente para que nenhum criatura ou até mesmo deuses invadisse sua mente. Quando Morgana recuou novamente, Astraea cambaleou quando voltou ao salão, a bruxa mais velha agarrando ela pelos braços para mantê-la de pé, seus olhos estavam cansados e ela tinha um pequeno problema em se manter de pé, a ruiva podia desmaiar a qualquer momento. Assim que passaram alguns minutos para se acostumar, Astraea se desvencilhou fo toque gentil de Morgana, dando um passo para trás e olhando para a morena, seus olhos transbordavm de orgulho. Era como se ela estivesse olhando para sua aluna que realizou uma tarefa extremamente difícil e era exatamente isso que ela estava pensando.
— Você conseguiu. — Um sorriso gigante apareceu em seu rosto, a marra de bruxa perigosa desaparecendo. — Eu sabia que você podia conseguir, garota.
— Depois de muitas tentativas era de se esperar, não?
— Não esperava menos de você. — Ela piscou. — Isso é bom, significa que nosso treinamento chegou ao fim.
— Graças aos Deuses! — Astraea murmurou, Morgana levantando uma sobrancelha em sua direção.
— Sei que você está cansada e que provavelmente quer me matar agora, mas tudo isso foi necessário e você sabe disso. — A ruiva acenou em concordância. — Seu escudo é forte, quero que saiba disso. Agora que você conseguiu mantê-lo, não desmonte ele, fique com ele como um muro de proteção vinte e quatro horas por dia, até mesmo há hora de dormir, não deixe a fraqueza invadir a sua mente e não cometa nenhum deslize, imagine o seu escudo permanecendo intacto e em pé durante a noite toda e assim ele vai ficar. Não deixe ninguém brincar com a sua cabeça garota, você é mais forte que isso e as pessoas não podem ficar entrando na sua mente e fazendo dela seu parque de diversão. Isso será o suficiente para que nada do que aconteceu naquele tempo ocorra novamente, caso você não se sinta confortável com o seu escudo e ache que ele não será o suficiente para te proteger, expulse a pessoa da sua mente, é apenas dar um empurrão no requisito de poder que tentar passar pelo escudo.
Morgana se aproximou em passos lentos de Astraea, suas mãos calorosas a segurando pelo ombro enquanto ela mantinha seu olhar orgulhoso. Não era de se esperar que Morgana fosse claramente mais alta do que a ruiva, sua pose de rainha ajudava a manter a estrutura que ela parecia mostrar ter.
— Estou orgulhosa de você, garota. É a primeira pessoa que consegue projetar um escudo mental tão poderoso em apenas algumas horas, não minto quando digo que para fazê-lo leva tempo, poder, paciência e muita, mais muita determinação e força de vontade, tanto que para uma pessoa normal projetar um escudo normalmente levaria meses. Mas você sempre me surpreende, é incrível ver o quão boa você é, os deuses não erraram quando te escolheram, criança, você tem um potencial e tanto e eu vou adorar fazer parte disso e te ajudar a chegar no topo. — Ela tocou levemente a cabeça da ruiva, sua dor de cabeça se amenizando. — Infelizmente está na hora de ir, creio que você esteja cansada e precise repôs as energias. Se lembre do que eu disse Astraea, e qualquer coisa, eu estarei aqui para te ajudar. Te vejo daqui alguns meses novamente.
Astraea não teve tempo para falar, perguntar ou até mesmo para abrir a boca. Morgana estava desaparecendo de sua frente com um brilho reluzente, a ruiva olhou pela última vez para seus olhos verdes esmeraldas antes de ser empurrada para além da barreira protetora do diário, com um brilho gigante pelo quarto, Astraea saiu de dentro do diário, caindo levemente na cadeira que se encontrava a horas atrás. Ela piscou fortemente, o brilho sumindo assim quando o diário se fechou se trancando sozinho, ela soltou um gemido de dor, ao contrário do que ela pensava, o cansaço, a dor e a exaustão não haviam sumido, na verdade, pareciam mil vezes pior do que quando estava com Morgana, mas o escudo permanecia em pé, fortemente e poderosamente que até mesmo os deuses de longe poderiam sentir o poder que exalava de sua mente. Quando Astraea se levantou ela teve que se segurar na mesinha, olhando para trás ela viu todas suas colegas dormindo e se questionou se já era tão tarde assim, ela não sabia quanto tempo havia passado com Morgana, mas ela agradeceu pelo cansaço de suas colegas e por elas não terem acordado com o extremo brilho dentro do quarto.
Quando a ruiva se recuperou, ela agarrou o diário, arrumando a cadeira no seu devido lugar evitando fazer barulho para não acordar nenhuma das garotas. Andando em passos lentos ela colocou o diário dentro do malão, fechando o cadeado para que ninguém mexesse, esticando seus músculos, ela soltou um bocejo, os seus olhos se fechando enquanto ela cambaleava até a cama. Astraea se jogou no colchão fofo, evitando acertar Pólux que dormia preguiçosamente na cama, já que a ruiva estava com seu pijama para dormir, ela apenas se cobriu com uma coberta fina já que estava calor, sentindo o corpo peludo de seu furão se aconchegar no seu pescoço ela soltou um sorriso involuntário, fazendo um carinho em Pólux enquanto lentamente se entregava ao sono e ao cansaço, seus olhos se fecharam e ela entrou no mundo dos sonhos, fazendo o que Morgana havia pedido e mantendo o escudo em sua mente. Esse que se mantinha intacto, sem nenhuma brecha para ser atacado, graças ao treinamento com a tão famosa Morgana Lefay, Astraea se via em paz, sabendo que ninguém entraria em sua mente novamente. Nunca mais.
Era de se esperar que na manhã seguinte Astraea se encontrava totalmente cansada e sem se recuperar dos acontecimentos de ontem, ela não soube quanto tempo de sono ela teve, apenas que parecia que no mesmo momento que ela havia pregado os olhos, já era na hora de acordar de novo. Mesmo estando um caco total, ela se pôs a tomar um banho relaxante, vestir o uniforme e se preparar para mais um dia em Hogwarts, um dia que seria totalmente estressante, levando em consideração que era o último dia da semana que haveria a prova dos N. O. M. s, fechando a semana de provas e terminando logo a semana mais agitada da vida da ruiva. Durante os dias da semana, ela não soube quantas provas no mínimo fez, só soube que em todas as matérias ela se saiu bem, Transfiguração, era fácil para ela e ela adorava a McGonagall, sem contar nos seus estudos para a prova que com toda certeza levaria ela a tirar uma nota máxima. Assim como também em Feitiços, Poções, Defesa Contra as Artes das Trevas, Astronomia e Herbologia, Adivinhação, Aritmância, Estudo das Runas Antigas, Cuidados com Criaturas Mágicas e Estudo dos Trouxas. Todas as matérias ela sabia que tinha se saído bem, apesar de odiar algumas e achar completamente desnecessário, ela ainda havia tirado uma nota boa.
A única prova que faltava era História da Magia, a prova que ocorreria no fim da tarde, Astraea estava tão desanimada que se não fosse pela prova ela certamente iria para seu dormitório e dormiria o dia todo, mas como não podia, a única coisa que ela podia fazer era descansar na Sala Comunal de sua casa. Ela odiava Umbridge de fato, mas pelo menos a diretora havia decidido dar a tarde inteira até as provas para que os alunos pudessem descansar até a prova e também para que estudassem ainda mais, a ruiva até havia estudado um pouco, mesmo não precisando, ela se pôs a colocar seu cérebro a trabalhar e conseguir guardar o máximo de informação para a prova. Ela até pensou em tirar um cochilo para descansar a mente, mas levando em consideração que seu cochilo podia durar a tarde inteira e ainda mais, ela foi rápida em proibir os seus olhos de se fecharem, mesmo que fosse minimamente.
— Eu tenho tanta sorte. — A voz de Perseu soou como um sussurro nos ouvidos da ruiva, o loiro-acastanhado estava sentado no chão, alguns livros e cadernos na mesinha de vidro em sua frente. Astraea estava sentada confortavelmente em seu colo, suas costas descansando no peito de seu namorado enquanto ele fazia leves caricias em sua cintura. — De ter uma namorada tão linda, perfeita, estudiosa, inteligente, maravilhosa e totalmente minha. Não é, meu amor?
— Puxa saco! — Raven foi a que faliu, a morena estava na Sala Comunal da Sonserina de favor, na verdade, ela havia sido arrastada por Benjamin, o moreno que estava deitado no sofá no colo de sua namorada, lendo um livro.
— Tá com inveja? — Perguntou ele fazendo uma careta.
— Tô. — Confessou ela fazendo um biquinho. — Me dê sua namorada! O meu é muito chato e só serve pra me irritar, já que eu vou dar um pé na bunda dele.
— Eu sei disso, convivi com ele por dezesseis anos. — Comentou baixinho, mesmo que Astraea pudesse ouvir. — Essa ruiva aqui é só minha, tira o olho.
— Chato! — Ela levantou o dedo do meio, o loiro-acastanhado ignorando ela completamente enquanto encarava suas unhas em forma de deboche.
Perseu continuava não falando com Benjamin, sempre que o mais velho tentava conversar com ele era totalmente ignorado, algo que as duas garotas não se metiam, isso era algo pessoal dos dois e elas não podiam fazer nada em questão a isso, o dia que os dois quiserem se resolver, eles fariam. Mas as duas nunca, nunquinha, iriam se colocar no meio dos dois. Astraea e Raven ficavam pacíficas em relação a isso, ignorando completamente a tentativa falha de Benjamin em falar com o irmão e pedir desculpas e também o jeito que Perseu lidava com esse fator, ignorando e algumas vezes trocando trocadilhos maldosos com o mais velho. Mas, apesar de Perseu não falar com Benjamin, Astraea não fazia o mesmo e mantinha uma conversa amigável com o ex-melhor amigo, assim como ela conversava com Raven, Perseu também fazia o mesmo, ele só não fazia questão de falar com o irmão mesmo.
— Vocês sabem que eu estou ouvindo tudo, né? — Benjamin questionou não tirando seus olhos do livro.
— Ninguém liga. — Disseram os dois juntos.
— Crianças. — Murmurou Astraea baixinho, revirando os olhos.
— Sou mais velho que você, ruivinha. — O loiro-acastanhado afastou o cabelo de sua namorada do ombro, apoiando sua cabeça ali.
— Só por um mês, meu lindo. — Ela olhou para ele, vendo um sorriso gigante aparecer no seu rosto pelo apelido.
— Ainda sim sou mais velho.
— Não parece, age que nem criança. — Ela sentiu Perseu começar a fazer cócegas em sua cintura, não podendo evitar uma risada ela se virou escondendo a sua cara na curvatura do pescoço de seu namorado, sua risada contagiosa soando por toda sala.
— Aí, chega! — Apolo reclamou sentado na poltrona, ambas suas irmãs sentadas na frente dele no chão. — Inferno, cu, porra. Não aguento mais segurar vela nessa merda não caralho!
— Não tira palavrão da boca também, porra. — O loiro-acastanhado xingou, parando de fazer cócegas na namorada e ajeitando ela em seu colo.
— Você acabou de falar palavrão, moleque! — Artemis ergueu o olhar de seu caderno para analisar Perseu, que mostrou a língua para ela, a Corvina fez uma careta parecendo não gostar da atitude do Sonserino. — Enfia no cu também.
— Qual é o problema de vocês, hein? — Athena perguntou, sua voz era calma e soava como a de um anjo. A Lufana parecia ser a única do grupinho a não parecer ter problemas a menos na cabeça, xingar toda hora e ser completamente apocalíptica. Ela era a única normal ali.
— Quer que eu liste eles em ordem alfabética ou cronológica? — Perguntou Astraea com uma sobrancelha arqueada, todos olharam para ela de boca aberta. — O que gente? Vocês são tão problemáticos que merecem estar no manicômio.
— Somos seus amigos!
— E?
— Minha estrela. — Resmungou Perseu, cutucando a ruiva nas costelas. — Até mesmo eu? Seu lindo e perfeito namorado?
— Você seria o primeiro da listinha, meu lindo. — Piscou ela inocente, o loiro-acastanhado ficou com uma cara de tacho, completamente chocado.
— Calúnia! — Ele apontou para o rosto dela que soltou uma risada. — Isso aí é opressão hein, não pode fazer isso com seu namorado. Eu não aguentaria ficar longe de você.
— Isso aí já é problema seu, loirinho.
— Eu poderia morrer!
— Dramático. — Revirou os olhos.
— Não é drama, ruivinha. — Ele se esfregou no pescoço dela, parecendo um gatinho manhoso. — Eu só te amo e não aguentaria passar um segundo longe seu.
— Eu também te amo. — Ela jogou um beijo no ar, vendo a cara de descrença de Perseu.
— Porra, daqui a pouco eu viro a própria deusa Héstia. — Dramatizou Apolo.
— Ninguém manda ser encalhado. — Apontou Artemis.
— Irmãzinha, você também é encalhada.
— Ué, tu não tava saindo com o menino da Grifinória? — Raven olhou para o companheira de casa, essa que deu um olhar para ela como se quisesse que calasse a boca.
— Fofoca, é? — Murmuraram Astraea e Perseu ao mesmo tempo.
— Não, tenho vergonha de pedir pra sair com ele. Eu sempre travo, fico parecendo uma estátua.
— Ih, meu amor. — Astraea se preparou, pronta para dar seus conselhos. — Só vai, se joga de cabeça e pega ele, amarra ele em você e pronto.
— Foi isso que você fez com esse coiso aí? — Com uma cara de nojo ela apontou para Perseu, que colocou a mão no coração dramaticamente ao ser referido como coiso.
— Esse aqui tá amarrado a mim desde o meu nascimento, amor. — Ela jogou o cabelo, como se estivesse se achando. — Precisei amarrar ele não, já tava na coleira bonitinho assim que eu cheguei já.
— Verdade, meu amor. — Perseu sorriu bobo, apenas concordando com a namorada enquanto mexia em seus belos cabelos ruivos.
— Independentemente. — Ela suspirou. — Eu queria sei lá, entregar uma carta pra ele pedindo pra sair comigo. Ele já me disse que gosta dessas coisas.
— Quem é o babaca? — Apolo tentou se intrometer. — Vou bater nele por respirar perto da minha irmãzinha.
— Eu sou mais velha que você!
— Só por alguns minutos!
— Temi. — A voz angelical de Athena falou, ganhando a atenção de todos. — Eu tenho um conselho: Você pode dar a ele uma flor, mas não é como se ele não fosse gostar de qualquer coisa que você dê a ele.
— Como é a história? — Benjamin se intrometeu.
— Não é nada príncipe, volte a ler, volte. — Raven deu batidinhas na cabeça do namorado, orientando ele a voltar a ler.
— Gente, só uma perguntinha. — Todos se viraram para Perseu. — Vocês são gêmeos, é?
— O burrice. — Astraea reclamou.
— Na verdade, somos trigêmeos, mas não é como se tivéssemos tido escolhas de nascer irmãs desse zé ruela. — A morena revirou os olhos, descontente em dizer que era irmã gêmea de Apolo, junto com Athena.
— Me ame menos. — Artemis mostrou o dedo do meio pra ele.
— Olha só. — Imediatamente todos do grupinho reviraram os olhos com a famosa voz de Draco Malfoy, todos ali tinham algo contra o loiro. — Se não é o grupinho elegante, é a galinha, a vaca, o burro, a chorona, o banana, o cachorrinho e a traidora de sangue imunda. Que grupinho maravilhoso, só está faltando o Potter pirado, o pobre de meia tigela e a sangue ruim pra completar.
— Você ainda está respirando, Malfoy? — Zombou Astraea, olhando com desgosto para o loiro.
— Cale a boca...
— Termina e eu te mato. — Todos se arrepiaram ao ver o olhar de Perseu, ele parecia extremamente perigoso.
— Caso você tenha esquecido, Dempsey. — Ele forçou a voz como se estivesse com nojo. — Eu faço parte da Brigada Inquisitorial e...
— Não perguntei, porra. — Sua voz saiu assustadoramente, Astraea imediatamente sentiu um arrepio subir pela sua coluna. O jeito que a voz do seu namorado soou fazendo ela perder os sentidos e pensar em outra coisa. — Abre essa sua maldita boca novamente para falar da minha namorada e eu te quebro, caralho. Não me importo com a merda da Umbridge ou com quem diabos você segue, vou fazer você ficar em coma caso fale dela de novo.
— Vaza daqui, cabelo de periquito. — Astraea xingou antes que Draco abrisse a boca, o que arrancou várias risadas de seus amigos. — Ninguém te quer aqui, suma.
— Isso não vai ficar assim! — Ele avisou antes de sair. Todos imediatamente reviraram os olhos, sabendo que ele só falava mas não mordia.
— Será que se eu acidentalmente jogar um avada nele, eu vou presa? — Raven perguntou.
— Com certeza, linda. — O namorado concordou vendo a morena bufar e xingar Draco de todos nomes possíveis, todos começaram a xingar o loiro em conjunto, acompanhando Raven com seus xingamentos.
— Obrigado por me defender, meu príncipe encantado. — Astraea sussurrou no ouvido do namorado, ele sorrindo bobo enquanto alisava suas costas calmamente.
— Sempre irei, minha deusa. — Deixando um beijo singelo em seus lábios ele continuou a acariciar a namorada, suas mãos em momento algum se afastando de seu corpo.
— Amo você, loirinho.
— E eu amo você, minha estrela. — Abraçando o corpo de Astraea, os dois ficaram ali aproveitando o último momento de paz ao lado de seus amigos. Perseu sentia seu coração se enchendo cada vez mais de amor pela ruiva, ela não estando muito diferente dele e sentindo cada batida de seu coração ficar mais forte pelo loiro-acastanhado. De fato, os dois a cada momento pareciam se amar mais ainda.
Os quintanistas entraram no Salão Principal às cinco horas e se sentaram em seus lugares diante do exame virado para baixo, entre o grupinho, apenas Benjamin e Raven não estavam incluídos, já que ambos eram do sexto ano. Astraea se sentia exausta, só queria que aquilo terminasse para poder dormir, então amanhã, ela poderia passar o dia tranquilamente ao lado de Perseu, o que sempre lhe trazia calmaria.
— Desvirem o exame. — Disse a Prof. Marchbanks à frente do salão, invertendo a gigantesca ampulheta. — Podem começar.
Astraea olhou fixamente paeq a primeira pergunta. Passaram-se vários segundos até lhe ocorrer que deveria começar a fazer a prova, havia uma vespa pertubativa zumbindo de encontro a uma das altas janelas e ela estava torturando a ruiva lentamente, como se quisesse que ela se desconsentrasse. Lenta, tortuosamente, ela começou, por fim, a escrever uma resposta. Estava achando extremamente fácil lembrar os nomes, portando, a maldita vespa zumbindo em seu ouvido não deixava ela se concentrar, respondendo a pergunta calmamente ela saltou para a próxima. (Em sua opinião, a legislação sobre varinhas contribuiu para um melhor controle das revoltas dos duendes no século XVIII ou levou a esse controle?), pensando na resposta que seria a certa, ela escreveu de modo lento na folha, o cansaço quase pegando ela desprevenida. Quando terminou ela pulou para a próxima novamente (Como foi violado o Estatuto de Sigilo em 1749 e que medidas foram introduzidas para impedir que o fato se repetisse?), mas sentiu uma suspeita insistente de que omitira vários pontos importantes; teve a impressão de que os vampiros haviam participado em algum momento do episódio.
Astraea leu mais adiante, indo para a próxima pergunta para que pudesse responder, e seus olhos bateram na décima. Descreva as circunstâncias que levaram à formação da Confederação Internacional de Bruxos e explique por que os bruxos de Liechtenstein se recusaram a aderir. Fácil, pensou Astraea, embora sentisse o cérebro entorpecido e sem energia. Visualizava um título, na sua própria caligrafia: Formação da Confederação Internacional de Bruxos... lera as anotações ainda esta tarde.
E começou a escrever, erguendo os olhos de vez em quando para verificar a grande ampulheta ao lado da Prof. Marchbanks. Estava sentado logo atrás de seu namorado, cujos os cabelos loiro-acastanhado que já estavam quase chegando além do ombro caíam abaixo de sua nuca com uma beleza parcial. Uma ou duas vezes ela se surpreendeu contemplando as luzes douradas que brilhavam nos cabelos quando ele mexia levemente a cabeça e teve de sacudir a própria cabeça para clareá-la.
... o primeiro chefe supremo da Confederação Internacional de Bruxos foi Pierre Bonaccord, mas sua nomeação foi contestada pela comunidade bruxa de Liechtenstein, porque...
Ao redor de Astraea as penas arranhavam os pergaminhos como ratinhos que corressem para se esconder. O sol estava muito quente em sua nuca, mesmo que fosse fim de tarde. Que fizeram Bonaccord para ofender os bruxos de Liechtenstein? Astraea pensou levemente, se lembrando claramente que havia alguma coisa ligada aos trasgos... e tornou a fixar o olhar vazio na nuca de Perseu. Tudo o que ela queria era dormir, suspirando pesadamente ela apoiou a mão na cabeça, se lembrando do que se tratava a pergunta.
A ruiva fechou os olhos e enterrou ainda mais o rosto nas mãos, fazendo que o fulgor avermelhado de suas pálpebras se tornasse escuro e fresco. Bonaccord tinha querido impedir a caça aos trasgos e conceder-lhes direitos... mas Liechtenstein estava enfrentando problemas com uma tribo praticamente violenta dr trasgos montanheses e não havia o mesmo pensamento que Bonaccord. Era quase isso, só mais alguns detalhes a mais e seria uma resposta perfeita.
Ela abriu os olhos, sentiu-os arderem e lacrimejarem à vista do pergaminho desmasiado branco, devagar, escreveu cinco linhas sobre os trasgos, e leu o que já fizera até ali. Tava bom o suficiente para ela, estava nem informativo e detalhado, mesmo que as suas anotações sobre a Confederação tinham ocupado páginas. Mas ainda sim, um pequeno resumo seria o bastante.
Ela tornou a fechar os olhos, tentando vê-las, tentando se lembrar... a Confederação se reunira pela primeira vez na França, sim, já escrevera isso… Os duendes tinham tentado participar, mas foram expulsos. E ninguém de Liechtenstein tinha querido ir...
Pense, disse a si mesma, com o rosto nas mãos, enquanto ao seu redor as penas arranhavam os pergaminhos em respostas intermináveis, e a areia se escoava na ampulheta lá na frente. Teve um momento que o barulho da sala ecoava em seus ouvidos como se fosse uma mosca irritante zumbindo, mas ao deixar o cansaço, exaustão e o o sono tomar conta de sua cabeça, ela deixou com que sua cabeça caísse em cima do pergaminho, seus olhos se fechando enquanto ela se entregava a um cochilo. Ela esperava tudo, menos que estaria em um sonho tão diferente e que com toda certeza não fazia parte da mente dela.
Astraea estava andando pelo corredor fresco e escuro em direção ao Departamento de Mistérios, coisa que ela sabia por causa da placa nas paredes, com passos firmes e deliberados, por vezes correndo, decidindo a alcançar finalmente o seu destino, a porta preta se escancarou, e ela se viu na sala circular com suas muitas portas. Atravessou direto o piso de pedra e passou pela segunda porta, nesgas de luz dançavam nas paredes e no chão, e ela ouvia aquela estranha crepitação mecânica, mas não tinha tempo para investigar, precisava se apressar.
Correu a pequena distância que faltava para a terceira porta, que se abriu tal como as outras. Chegou então à uma sala do tamanho de uma catedral, cheia de prateleiras e esferas de vidro, seu coração batia muito rápido agora, determinada a continuar ela virou à esquerda e continuou apressada pelo corredor entre as estantes. Mas havia uma forma bem no finzinho, uma forma escura que se movia pelo chão como um animal ferido, o estômago de Astraea se contraiu de ansiedade, medo e pavor. Havia mais alguém mais a frente, ela não sabia quem era, mas… não era alguém do bem, com certeza. Uma voz saiu da boca dessa pessoa, uma voz aguda, fria, sem nenhum calor humano.
— Apanhe-a para mim... erga-a, agora... não posso tocá-la... mas você pode...
A forma escura no chão moveu-se um pouco. Astraea viu uma mão branca de longos dedos empunhando uma varinha erguer-se na ponta do seu braço, ouviu a voz aguda e fria dizer: “Crucio!”
O homem no chão soltou um berro de dor, tentou se levantar, mas caiu em contorções. A pessoa a sua frente ria. Ergueu a varinha, a maldição foi retirada, e a figura gemeu e se imobilizou.
– Lorde Voldemort está esperando...
Muito lentamente, com os braços tremendo, o homem no chão ergueu os ombros alguns centímetros e em seguida o rosto. Estava manchado de sangue e magro, contorcido de dor, contudo, rígido de rebeldia...
— Você terá de me matar. — Sussurrou Sirius.
— Sem dúvida é o que farei quando terminar. — Disse a voz fria. — Mas primeiro você a apanhará para mim, Black... você acha que sentiu dor até agora? Pense outra vez... temos horas à nossa frente e ninguém para ouvir os seus gritos...
Mas alguém gritou quando Voldemort tornou a baixar a varinha, alguém berrou e escorregou pelo lado de uma mesa quente para o chão de pedra frio. Astraea acordou ao ouvir os berros, ela levantou a cabeça assustada, seu corpo imediatamente se levantou e ela olhou tão rápida quanto um flash para Harry que estava caído no chão ao lado de sua mesa. Seus escudos mentais estavam fechados, ninguém havia entrado em sua mente para o sonho ser mostrado, alguém havia lhe compartilhado o sonho e ela tinha a certeza de que foi Harry. Ela também tinha a certeza de algo, Sirius, seu tio, estava em perigo e esse perigo se chamava Lord Voldemort e ele iria matar Sirius Black.
✦ —— Olá estrelas e constelações!
Devo um imenso pedido de desculpas a vocês pela falta de capítulo durante tanto tempo, também devo uma explicação, não? Bem, essas semanas que eu estive fora eu não estive me sentindo bem, minha mente estava uma bagunça e eu precisei de tempo para me ajustar, tive uma enorme queda e minha ansiedade e depressão voltaram com tudo, não estava me sentindo bem emocionalmente e não conseguia escrever nada, eu ao menos conseguia respirar direito sem pensamentos ruins entrarem na minha mente. Minha saúde mental estava uma merda e ainda esta! Mas estou cuidando dela e garanto que vou ficar melhor logo, como devem imaginar eu não estou 100% bem e não posso garantir que vai ter capítulo mais recente porque não me recuperei totalmente, mas vou dar o meu melhor e tentar não abandonar a fanfic pelo menos. Espero que vocês entendam de coração e que não abandonem Elysium por causa disso, assim que eu melhorar mais tenho a certeza que capítulo para vocês não ira faltar. Outra coisa, espero que tenham aproveitado esse momento de calmaria nos capítulos até agora e realmente espero que tenham aproveitado o momento feliz do nosso casal, porque apartir de agora... não vamos mais ter felicidade, preparem os corações, próximos capítulos já serão no ministério e não garanto nada. É isso, não se esqueçam de comentar, votar e compartilhar com seus amigos pra fanfic poder crescer ainda mais, espero que tenham gostado do capítulo e até a próxima, beijos e se cuidem!
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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