ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗢𝗥𝗧𝗬 𝗘𝗜𝗚𝗛𝗧❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝗲𝗶𝗴𝗵𝘁. ᠉ ࣪ ˖
ele quem deve me temer!
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𝗦𝗨𝗔 𝗥𝗜𝗦𝗔𝗗𝗔 𝗗𝗘 𝗦𝗔𝗗𝗜𝗦𝗠𝗢 faz meu ouvido doer como se brasas quentes estivessem sendo colocado dentro dele, tudo nessa desgraçada me irrita, sua voz, sua risada, seu jeito, sua cara, sua respiração e até mesmo o fato de sua existência. Tudo nela me faz querer matá-la e acabar com sua raça aqui mesmo, nesse momento os ensinamentos e lições que meus pais me deram desde criança não fizeram mais sentido na minha cabeça, porque eu só queria matar Bellatrix Lestrange e não me importo nem um pouco com todos os prós e contras que eu teria que lidar, nada mais importava para mim além do fato de querer arrancar sua cabeça e mandar em uma caixa para aquele sem nariz nojento.
— Se controle. — A voz em minha cabeça comandou e eu puxei o ar para me acalmar, infelizmente ou felizmente, funcionou.
— Você... você era para estar morta. — Mesmo não demonstrando, eu conseguia ver sua voz falhando.
— Acha mesmo que um lixo como você iria conseguir matar alguém como eu? — Soltei uma risada. — Não me faça rir, Lestrange.
— Vocês dois. — Ela apontou de mim para Harry. — Acham mesmo que podem me vencer? Fui e sou a mais leal servidora do Lorde das Trevas. Aprendi com ele as Artes das Trevas e conheço feitiços tão fortes com que vocês, menininhos patéticos, não tem a menor esperança de competir...
— Não preciso de feitiços para acabar com você. — Olhei para Bellatrix com um olhar superior. Ela ia se levantando com a varinha em mãos. — Você é tão fraca que não vale o esforço de eu sequer levantar a varinha.
— Garota maldita. — Seus gestos não passaram despercebidos por mim e eu estava prestes a defendê-lo. — Avada Keda...
— Não! — Harry pulou em minha frente nos protegendo protegendo com um feitiço silencioso, o jato de luz verde, seu próprio feitiço da morte, se voltou contra ela. Bellatrix desviou por pouco e o feitiço atingiu em cheio uma parede distante, ela rachou e desabou no chão por completo. — Não vou deixar você matar ninguém importante para mim mais.
— Potter, vou lhe dar uma única chance! — Gritou Bellatrix. — Me entregue a profecia, faça-a rolar pelo chão na minha direção, e talvez eu poupe a vida de vocês dois!
— Bom, você vai ter de nos matar então, porque ela não existe mais! — Urrou Harry. — E ele já sabe!
Olhei de escanteios para Harry que se encontrava estranho, estranho até demais, ele soltava uma risada desvairada que se igualava à de Bellatrix.
— Seu velho e amado companheiro Voldemort sabe que não existe mais! Ele não vai ficar nada satisfeito com você, vai?
— Quê? Que é que você quer dizer? — Disse ela, e pela primeira vez havia medo em sua voz.
— A profecia se quebrou quando eu estava tentando subir os degraus com Astraea e Neville. Então, que é que você acha que Voldemort vai dizer disso?
Ele vai ficar furioso, ah, vai sim. Mas cão que late, não morde.
— MENTIROSO! — Os gritos de Bellatrix soavam como música em meus ouvidos, sou bem capaz de perceber o terror por trás da raiva agora. — ESTÁ COM A PROFECIA, POTTER, E VAI ME ENTREGÁ-LA! Accio profecia! ACCIO PROFECIA!
Harry soltou outra risada porque sabia que isso a irritaria, ele mostrou a ela os bolsos e tudo mais, não havia nada e isso parecia irritar Bellatrix ainda mais. Puxando ele pelas mãos fiz com que ele desviasse de mais um jato de luz verde que ela havia lançado contra ele.
— Não tem nada aqui! — Gritou ele. — Nada para convocar! Ela quebrou e ninguém ouviu o que disse, pode informar ao seu chefe!
— Não! — Estou me cansando de seus gritos desnecessários. — Não é verdade, você está mentindo! MILORDE, EU TENTEI, EU TENTEI... NÃO ME CASTIGUE...
— Não perca seu fôlego! — Harry tentou gritar mas sua voz parecia mais falha, parando de olhar para Bellatrix eu me virei para ele, seus olhos estavam apertados e ele parecia com uma dor absurda. — Ele não pode ouvir você daqui!
— Não posso, Potter? — Disse uma voz aguda e fria. Harry abriu os olhos.
A meses atrás ou até mesmo a horas atrás eu poderia dizer que Voldemort me dá medo, que sua presença me faria tremer e cair de joelhos em sua frente, isso seria baseado apenas por causa das histórias que ouvi sobre ele através de meus pais. Mas agora, nesse momento e segundo, tudo o que eu sinto por ele é pena, desgosto e raiva, tipo, fala sério, eu estive na presença do famoso Deus mensageiro, vulgo o motoboy do Olímpio, apesar de ter feito muitas coisas boas, ele ainda é conhecido como Deus dos ladrões e o fato de ter roubado seu irmão, Apolo, quando ainda era uma criança só faz isso como prova. Também pude estar na presença de Apolo, o Deus do sol apesar de ser Deus de muitas outras coisas, os gregos antigos o acusavam de ser aquele que jogava pragas na Grécia e fazia plantações, animais e tudo mais serem mortos.
Também a Ares e Hades, nem preciso mencionar o que eles fizeram de errado né? Ares é praticamente o Deus da guerra e sua função é trazer a guerra e a ira para o mundo, Hades é o deus do submundo e tem uma grande reputação de ter feito coisas ruins. Ainda sim tem mais uma, Nix, estive na presença da deusa da noite por um dia e mesmo assim foi o bastante para temê la antes mesmo de saber que ela é uma deusa, apenas o fato de saber que ela era Morgana Lefay me fazia admirá-la, mas ao saber de sua verdadeira identidade, tudo o que eu eu senti foi uma tamanha inferioridade. Mas além de tudo, eu não temi a presença deles, eu não cai de joelhos aos seus pés e ao menos me senti minúscula ao seu lado, então por que eu sentiria isso com Voldemort?
Ele não passa de um bruxo fraco, a pior de sua espécie, sua fraqueza é tão repugnante que ele ao menos conseguiu matar um bebê, pude ler sobre diversos bruxos das trevas que existiram anos antes dele e mesmo assim eles foram muito mais lendários que Voldemort. Suas histórias, seus feitos e seus motivos para seus atos eram superiores, mesmo que isso não tire o fato deles terem sido pessoas horríveis, ainda sim, eu os venero muito mais como vilões do que Voldemort.
Tudo o que ele faz é por causa de Harry, mais especificamente por causa de uma profecia estúpida que ao menos foi criada pelo próprio oráculo, uma profecia que foi quebrada e que agora não tem valor, ele matou trouxas, mestiços e muito mais por causa de sua ideologia de sangue ridícula, ele repugna mestiços, mesmo sendo um. Voldemort não é alguém que deve ser temido por mim, na verdade, ele quem deve me temer. Alto, magro e encapuzado, sua medonha cara ofídica pálida e magra, seus olhos vermelhos de pupilas verticais encarando Hary. Pude ter a visão completa de Lorde Voldemort que apareceu no meio do saguão, a varinha apontada para Harry, que ficou paralisado, incapaz de se mover.
— Então, você destruiu minha profecia? — Perguntou Voldemort mansamente, encarando Harry com aqueles olhos cruéis e vermelhos. — Não, Bella, ele não está mentindo... vejo a verdade me encarando de sua mente inútil... meses de preparação, meses de esforço... e os meus Comensais da Morte deixaram Harry Potter me frustrar mais uma vez...
— Milorde, sinto muito, eu não sabia, eu estava lutando com o animago Black! — Soluçou Bellatrix, atirando-se aos pés de Voldemort quando ele se aproximou lentamente. Patético, me fez sentir nojo e querer vomitar essa cena. — Milorde, o senhor devia saber...
— Fique quieta, Bella. — Voldemort vociferou ameaçador. — Cuidarei de você em um momento. Você acha que entrei no Ministério da Magia para ouvir você choramingar desculpas?
— Mas, milorde... ele está aqui... está lá embaixo.
Voldemort não lhe deu atenção.
— Não tenho mais nada a lhe dizer, Potter. — Falou ele calmamente. — Você tem me aborrecido muitas vezes, por tempo demais. AVADA KEDAVRA!
Harry nem sequer abriu a boca para resistir, sua mente parecia ter se desligado e sua varinha apontava inutilmente para o chão. Meus pés se moveram rápido, mas minha varinha caiu no chão com um baque surdo, se esse bruxo de quinta categoria acha que vai matar meu melhor amigo ele está muito enganado, Harry Potter não vai morrer e eu vou garantir isso. O jato de luz verde quase me atingiu, mas fui rápida em jogar Harry para o chão ao mesmo tempo que estiquei minha mão em direção ao feitiço da morte, foi como se todo o poder correndo em minhas veias se focassem apenas em minhas mãos e em seguida o poder verde saiu e se chocou contra o jato de luz verde de Voldemort, tenho que dizer que a cara de surpresa dele foi o bastante para me fazer sorrir, é isso mesmo o que ele está vendo, vai ter que me peitar com o máximo de poder possível, porque agora eu vou usar o que os deuses me deram. Depois de segundos em uma luta intensa entre as duas luzes verdes, a minha brilhou mais forte e atingiu Voldemort com tudo, por causa de um feitiço lançado por ele de última hora ele conseguiu se manter em pé.
— Quem é você? — Sorri arrumando minha pose e olhei para ele com um olhar superior.
— Meu nome é Astraea Sacturn Black e eu vou te dar a lição que a sua mãe não te deu, Tom Riddle. — Seus olhos ficaram mais escuros e eu deduzi que eu consegui o que eu queria. — Por que você não vem lutar com alguém do seu nível? Ou tem medo de perder? Pensei que você e sua mestra eram os bruxos das trevas mais perigosos do mundo, mas agora posso ver que vocês dois não passam de um completo nada.
— Como...
— Não ache que seus segredos sobre reviver uma bruxa morta vão permanecer como segredos, os deuses não estão do seu lado. — Pisquei sugestivamente.
— Já chega de falar. Devo me livrar de lixos que ficam no meu caminho e é isso que eu vou fazer com você. Avada Kedavra!
Estava preparada para contra-atacar novamente, mas a estátua dourada do bruxo, agora sem cabeça, ganhou vida na fonte, saltou do pedestal e aterrissou com estrépito no soalho entre mim, Harry e Tom. Assim, o feitiço apenas ricocheteou no peito da estátua quando ela abriu os braços para nos proteger.
— Quê...?! — Exclamou Voldemort, olhando para os lados. E então sussurrou. — Dumbledore!
Olhei para trás juntamente com Harry, Dumbledore estava parado à frente das grades douradas. Tom Riddle ergueu a varinha e um segundo jato de luz verde coriscou no ar contra Dumbledore, que se virou e desapareceu com um rodopio da capa, no segundo seguinte, ele reapareceu atrás de Tom e acenou a varinha em direção ao que restara da fonte. As outras estátuas ganharam vida. A da bruxa correu para Bellatrix, que gritou e lançou feitiços, mas estes deslizaram inutilmente pelo peito da estátua, que se atirou sobre a bruxa e a pregou no chão. Entrementes, o duende e o elfo doméstico correram para as lareiras ao longo da parede e o centauro sem braço galopou de encontro a Riddle, que desapareceu e reapareceu ao lado da fonte. A estátua decapitada empurrou a mim e a Harry para trás, nos afastando da luta, quando Dumbledore avançou para Riddle, e o centauro dourado iniciou um meio galope em torno dos dois.
— Foi uma tolice vir aqui hoje à noite, Tom. — Disse Dumbledore calmamente. — Os aurores estão a caminho...
— Altura em que estarei longe e você morto! — Vociferou Tom. Ele lançou outra maldição letal contra Dumbledore, mas errou o alvo atingindo a mesa do guarda de segurança que incendiou. Coitado, se Dumbledore não tiver pena dele, ele quem vai sair daqui mesmo, ou ele realmente acha que poderia vencer Dumbledore sendo um bruxo tão fraco como ele é?
Dumbledore agitou sua varinha, a força do feitiço que dela emanou foi tal que eu e Harry, embora escudados por nosso guarda dourado, sentimos os cabelos ficarem em pé, quando o raio passou, e desta vez Tom foi forçado a conjurar do nada um reluzente escudo de prata para desviá-lo. O feitiço, qualquer que fosse, não causou nenhum dano visível ao escudo, embora produzisse uma nota grave como a de um gongo, um som estranhamente enregelante.
— Você não está procurando me matar, Dumbledore? — Gritou Tom, seus olhos vermelhos apertados e visíveis por cima do escudo. — Está acima de tal brutalidade?
— Ambos sabemos que há outras maneiras de destruir um homem, Tom. — Disse Dumbledore calmamente, continuando a andar em direção a seu adversário como se nada temesse no mundo, como se nada tivesse acontecido para interromper o seu passeio pelo saguão. – Admito que meramente tirar sua vida não me satisfaria...
— Não há nada pior do que a morte, Dumbledore! — Rosnou Riddle. Ele não pode estar muito mais do que enganado.
— Você está muito enganado. — Dumbledore falou, ainda avançando para Riddle e falando naturalmente como se estivessem discutindo a questão enquanto tomavam um drinque.
Harry parecia se sentir apavorado ao vê-lo caminhar, sem defesa, sem escudo, ele parecia querer dar um grito de alerta, mas seu guarda decapitado não parava de empurrá-lo para trás em direção à parede, bloqueando todas as suas tentativas de sair de trás dele. Eu também estava quase a desmaiar ele ali mesmo, acho que esse idiota não percebe que essa é uma luta na qual a gente não pode interferir, isso está nas mãos de Dumbledore agora.
— Na verdade, sua incapacidade de compreender que há coisas muito piores do que a morte sempre foi sua maior fraqueza...
Mais um jato de luz verde voou de trás do escudo de prata. Desta vez foi o centauro de um só braço, galopando na frente de Dumbledore, quem recebeu o impacto e se partiu em mil pedaços, mas, antes mesmo que os fragmentos batessem no chão, Dumbledore recuou a varinha e a vibrou como se brandisse um chicote. De sua ponta voou uma chama longa e fina que se enrolou em Riddle, com escudo e tudo. Por um momento, pareceu que Dumbledore vencerá, mas então a corda de fogo se transformou em uma serpente, que se desprendeu de Riddle na mesma hora e se virou, sibilando furiosamente para enfrentar Dumbledore. Tom Riddle desapareceu, a serpente se empinou no soalho, pronta para atacar… surgiu então uma labareda no ar acima de Dumbledore ao mesmo tempo que Riddle reapareceu sobre o pedestal no meio da fonte, onde até recentemente havia cinco estátuas.
— Cuidado! — Berrou Harry.
Mas, enquanto Harry gritava, outro jato de luz verde voou da varinha de Tom contra Dumbledore e a serpente deu o bote... Fawkes mergulhou à frente de Dumbledore, abriu o bico e engoliu o jato de luz verde inteiro então rompeu em chamas e tombou no chão, pequena, enrugada e incapaz de voar. Ao ver a cena da Fênix acontecer diante de meus olhos eu dei um passo na direção dela, não pude evitar de deixar a preocupação me corromper por completo.
No mesmo instante, Dumbledore brandiu a varinha em um movimento fluido e longo, a serpente, que estava prestes a enterrar as presas nele, voou muito alto e desapareceu em um fiapo de fumaça negra, e a água na fonte subiu e cobriu Riddle como um casulo de vidro derretido. Durante alguns segundos, Tom continuou visível apenas como uma figura ondeada, escura e sem rosto, tremeluzente e difusa sobre o pedestal, tentando visivelmente se livrar da massa sufocante. Então desapareceu e a água caiu com estrondo na fonte, extravasando impetuosamente pelas bordas, encharcando o chão encerado.
— MILORDE! — Gritou Bellatrix.
Ainda não acabou, ele está aqui, posso senti-lo, posso saber que ele está planejando algo, posso sentir que ele está prestes a fazer algo. Harry ao meu lado fez menção de correr de trás de sua estátua-guarda, mas Dumbledore bradou.
— Fique onde está, Harry!
Pela primeira vez, Dumbledore pareceu temeroso.
Harry e muito menos eu não via porquê, o saguão estava vazio, exceto pelos três, a soluçante Bellatrix ainda presa sob a estátua da bruxa, e a fênix recém-nascida crocitando debilmente no chão. E então Harry despencou no chão ao meu lado, o ato foi o suficiente para me fazer olhar para ele preocupada, de repente seus olhos verdes que me lembravam tanto sua mãe se tornou escuro e eu soube que Voldemort havia tomado conta não só de sua mente, mas sim de seu corpo.
— Me mate agora, Dumbledore... — Mesmo sendo Voldemort a falar, ainda eu podia ver que a dor que Harry mostrava em sua voz era dele. — Se a morte não é nada, Dumbledore, mate o garoto...
Meu coração se encheu de emoção e por um momento pesou intensamente dentro de meu peito, a dor de Harry é tão grande que para ele até a morte é menos dolorosa. Fiquei todo o tempo olhando para ele, me corpo não se mexia e eu me encontrava paralisada, uma parte dentro de mim não entendia a dor de Harry, mas outra parecia sentir essa dor junto a ele. Então seus olhos se fecharam e ele estava deitado de borco no chão, sem óculos, tremendo como se estivesse deitado sobre gelo e não madeira. Só pude reparar que havia vozes ecoando pelo saguão, assim que o silêncio escurecedor sumiu e com toda certeza havia mais vozes do que deveria haver.
Harry retornou a abrir os olhos e o verde intenso estava presente ali de novo, ele então pegou seus óculos junto ao calcanhar da estátua sem cabeça que o guardava, mas que agora estava caída de costas no chão, rachada e imóvel. Pôs os óculos, ergueu ligeiramente a cabeça e pode se deparar com o nariz torto de Dumbledore a centímetros do dele. Assim como tinha certeza de que poderia me ver ainda de pé com os olhos transbordando a preocupação.
— Você está bem, Harry?
— Estou. — Ele respondeu, mas dava para ver que não estava nada bem. Harry estava tremendo com tanta violência que não conseguia manter a cabeça em pé direito. — Estou... onde está Voldemort, onde... quem são esses... que é...
O Átrio estava cheio de gente, o soalho refletia as chamas verde-esmeralda que explodiram em todas as lareiras ao longo de uma das paredes, delas emergiam torrentes de bruxas e bruxos. Quando Dumbledore o ajudou a se levantar, junto a Harry eu pude finalmente ver as minúsculas estatuetas douradas do elfo doméstico e do duende, conduzindo um aturdido Cornélio Fudge.
— Ele estava ali! — Gritou um homem de vestes vermelhas e rabo de cavalo, apontando para um monte de destroços dourados do outro lado do saguão, onde Bellatrix estivera presa momentos antes. Estive tão preocupada em olhar para Harry que mal notei o que aconteceu ao meu redor. — Eu o vi, Sr. Fudge, juro que era Você-Sabe-Quem, ele agarrou uma mulher e desaparatou!
— Eu sei, Williamson, eu sei, eu também o vi! — Balbuciou Fudge, que estava usando pijama sob a capa de risca de giz e ofegava como se tivesse corrido quilômetros. – Pelas barbas de Merlim... aqui... aqui!... no Ministério da Magia!... Céus... não parece possível... palavra de honra... como pode ser...?
— Se você for ao Departamento de Mistérios, Cornélio. — Disse Dumbledore, aparentemente satisfeito de que Harry estivesse bem, e se adiantando para que os recém-chegados vissem que ele se encontrava ali pela primeira vez, alguns ergueram as varinhas, outros simplesmente fizeram caras surpresas, as estátuas do elfo e do duende aplaudiram e Fudge se assustou tanto que seus pés calçados de chinelos se ergueram do chão. — Você encontrará vários Comensais da Morte fugitivos amarrados na Câmara da Morte, por um Feitiço Antidesaparatação, aguardando sua decisão sobre o destino a dar a eles.
— Dumbledore! — Exclamou Fudge, sem conter o seu espanto. — Você... aqui... eu... eu...
Ele olhou agitado procurando os aurores que trouxera, e não poderia ter ficado mais claro que estava indeciso se deveria ordenar: “Prendam-no!”
— Cornélio, estou pronto a enfrentar seus homens, e vencê-los mais uma vez! — Dsse Dumbledore com voz tonitruante. Não pude evitar o sorriso, esse cara é foda. — Mas há uns minutos você viu, com seus próprios olhos, a comprovação de que há um ano venho lhe dizendo a verdade. Lorde Voldemort retornou, você esteve perseguindo o homem errado durante doze meses, e já está na hora de ouvir a voz da razão!
— Eu... não... bom. — Atropelou-se Fudge, olhando para os lados, como se esperasse alguém lhe dizer o que fazer. Mas como todos continuaram calados, falou. — Muito bem... Dawlish! Williamson! Desçam ao Departamento de Mistérios e vejam... Dumbledore, você... você terá de me contar exatamente... a Fonte dos Irmãos Mágicos... que aconteceu? — Acrescentou lamurioso, correndo o olhar pelo chão, onde estavam espalhados os restos das estátuas da bruxa, do bruxo e do centauro.
— Podemos discutir isso depois de eu mandar Harry e Astraea de volta a Hogwarts. — Disse Dumbledore.
— Harry... Harry Potter?
Fudge virou-se e encarou Harry, ainda encostado à parede ao lado da estátua caída que o guardara durante o duelo entre Dumbledore e Tom Riddle.
— Eu tô aqui viu! — Resmunguei.
— Ele... aqui? — Espantou-se Fudge. — Por que... afinal que aconteceu?
— Explicarei tudo. — Repetiu Dumbledore. — Quando os dois tiver regressado à escola.
Dumbledore se afastou da fonte em direção à cabeça dourada do bruxo no chão. Apontou a varinha para ela e murmurou “Portus”. A cabeça brilhou azulada, vibrou ruidosamente contra o chão de madeira por alguns segundos, então tornou a se imobilizar.
— Agora, escute aqui, Dumbledore! — Disse Fudge, quando ele apanhou a cabeça e voltou a mim e Harry, carregando-a. — Você não tem autorização para usar essa Chave de Portal! Você não pode agir assim diante do ministro da Magia, você... você...
Sua voz falhou sob o olhar professoral que Dumbledore lhe atirava por cima dos oclinhos de meia-lua.
— Você dará ordem para transferir Dolores Umbridge de Hogwarts. — Dsse Dumbledore. Imediatamente minha felicidade foi tanta que eu dei pulos de alegria, finalmente, finalmente me livrei da sapa rosa. — Mandará os seus aurores pararem de perseguir o meu professor de Trato das Criaturas Mágicas, para ele poder voltar ao trabalho. Concederei a você... — Dumbledore puxou do bolso um relógio de doze ponteiros e o consultou. — Meia hora do meu tempo hoje à noite, na qual poderei folgadamente abordar os pontos mais importantes do que aconteceu aqui. Depois, terei de retornar à minha escola. Se precisar de mais alguma ajuda, naturalmente, será bem vindo de entrar em contato comigo em Hogwarts. As cartas endereçadas ao diretor chegarão às minhas mãos.
Fudge arregalou mais que nunca os olhos, sua boca se abriu e o rosto redondo se tornou mais corado sob os cabelos grisalhos e despenteados.
— Eu... você...
Dumbledore deu-lhe as costas. Estou prestes a aplaudi-lo aqui.
— Pegue esta Chave de Portal, Astraea e Harry.
Ele estendeu a cabeça dourada da estátua e Harry pousou a mão nela, sem se importar com o que faria a seguir nem onde iria. Que menino burro, obviamente não fiz o mesmo.
— Não se preocupe, Astraea. — Olhei diretamente para Dumbledore. — Seus pais, tio e o garoto já estão lá esperando por você. Temos muita coisa para esclarecer daqui para frente e todos eles serão importantes para isso, agora segure na chave de portal. Verei vocês em meia hora. — Disse Dumbledore brandamente, prontamente obedeci. — Um... dois... três...
Pude sentir a conhecida sensação de que um gancho me puxava por trás do umbigo. O soalho polido desapareceu sob os meus pés, o Átrio, Fudge e Dumbledore, tudo desapareceu e eu estava voando num redemoinho de cor e som. Vamos lá né, de volta para Hogwarts, onde finalmente irei receber as respostas que eu mereço, por favor, qualquer Deus que está me escutando, me faça ficar bem calma para acabar não surtando diante de tudo. Porque eu sinto que o que eu vou descobrir daqui pouco tempo, será a pior ou melhor coisa da minha vida e eu não estou preparada para isso.
✦ —— Olá estrelas e constelações!
Sumi, mas voltei, e sim, há muitos motivos pelo meu sumiço, primeiro, não havia me recuperado mentalmente e minha vida estava uma bagunça, segundo, o aplicativo que eu usava para escrever os capítulos simplesmente travou a apagou os últimos capítulos de Elysium e eu estou tendo que rescrever tudo de novo, mesmo com o bloqueio gigantesco, top coisas que só acontecem comigo. Mas voltando para falar que estamos mais perto do final do primeiro arco do que vocês imaginam, faltam somente um ou dois capítulos para acabar e começarmos o segundo arco, já estou até prevendo a felicidade (só que não) até lá, aguardem que vem bomba por aí, incluindo no próximo capítulo, pois é, finalmente teremos tudo sendo revelado, só não sei se faço o Perseu contando tudo sobre o laço entre ele e a Astraea, vou deixar pro futuro, no caso, no começo do segundo arco, só pra ter uma briga. Infelizmente por hoje foi só, vejo vocês em breve, não se esqueçam de votar e comentar, também quero pedir a vocês dorameiras e dorameiros que gostam de uma boa fanfic com a temática Enemies to Lovers e ainda mais entre vilões pata irem dar uma olhada na minha nova fanfic, ela tá bem baladeira, obrigada por terem lido até aqui, beijos e até a próxima!
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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