Cap.46 Situações inusitadas parte-1
No capítulo há vários cenários diferentes, espero que não fique confuso durante a leitura e o capítulo está pré-revisado.
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Situações inusitadas
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A ruiva olhava para os protótipos um pouco desconfiada apoiada na mesa acendeu um cigarro tragando lentamente, seus dedos mecânicos exprimiam com graça as garras em cores alternadas de verde e prata.
— Nada mal doutor... — Comentou sorrindo enquanto observava a última criação detalhadamente.
— Obrigado criança, agora me fale sobre o nosso pequeno empecilho.
Com graça a mulher se sentou na poltrona e ergueu o braço mecânico, Shiga havia feito algo parecido para Compress a diferença é que o dela possuía umas melhorias a favor de AFO.
— Eu queria tanto que o mestre tivesse fora da prisão, seria tão fácil roubar a individualidade do Chisaki. — Reclamou. — Mas enfim, o governo planeja lançar o projeto Fênix ainda essa semana, a reunião será essa noite e todos os figurões poderosos de Musutafu e representantes da Aliança central estão presentes, Overhaul foi bem esperto em fazer os testes em países aleatórios, mas no fim todos sabem que o reinado dele acabou e como não querem passar por isso novamente exigiram o lançamento o mais rápido possível.
Dr.Shiga sorriu antes de beber um pouco d'água e continuar o reparo da peça.
— Excelente. Colocarei câmeras novas no seu braço assim vamos ver essa reunião em primeira mão. Agora me conte como foi com o sucessor.
Ela sorriu amargamente.
— O desgraçado que fez isso? Não posso dizer que será dos melhores, mas ao mesmo tempo parece ser implacável e controlado, porém aquela garota... É fraca. — Reclamou levando o Doutor a rir.
— Você só diz isso porque foi rejeitada, deveria tomar cuidado com eles. Principalmente a garota, diferente de Tomura que não se importa em tirar uma vida em prol dos próprios objetivos, Mirai ainda tem esse receio e no dia que cruzar essa linha nada vai impedi-la de ocupar o lugar que Shigaraki planejou. (A: ao usar o sobrenome Shigaraki ele está se referindo a AFO)
Foi a vez da ruiva rir.
— Ela é quem deveria tomar cuidado comigo, ninguém vai contra o meu mestre e vive o suficiente para isso, o mestre só não se deu conta de que eu sou sua melhor escolha.
— Melanya sua ambição é louvável, mas tome cuidado para que não seja sua ruína.
Ela sorriu genuinamente, há anos que não ouvia o próprio nome ser pronunciada tão publicamente e em sua cabeça só queria se vingar. Nunca foi recusada antes e jamais aceitaria, não quando seus próprios planos dependiam disso.
Enquanto isso eu um escape room afastado da cidade Toga e June se preparavam para alcançar a metade do desafio, a dupla passou mais de duas horas entrando e saindo de cômodos comuns.
— Olha loirinha essa ideia foi péssima. — A vermelha procurava pistas debaixo da cama, até que encontrou uma faca de serra.
— E me levar para um racha foi incrível né? — Comentou, levando June a rir.
— Olha você bem que gostou. — Ironizou com malícia.
— Isso não conta! — Abriu o mapa sobre a cama olhando a planta. — Estamos nesse quarto aqui, tenho certeza que Twice e Compress estão na sala, Spinner e Sato na cozinha e Dabi e Elena transando nesse banheiro. — Apontou para todos os lugares do mapa e June se aproximou, deixou a faca sobre a cama e encarou o rosto da loira.
— Bem que poderíamos seguir os ensinamentos de Dabi. — Arqueou a sobrancelha duas vezes.
— Você só pode estar brincando!
— Não. Aposto que um 69 em meia hora resolve nossos problema,s estamos estressadas demais para achar a saída. — Cruzou os braços falando sério.
Toga balançou a cabeça pegando a faca.
— Sua pervertida, ainda estamos competindo esqueceu? E foi ideia sua se dividir em duplas e apostar!
— Claro! Tudo fica melhor quando rola uma aposta fora que em grupo não dá pra fazer isso. — Roubou um beijo da loira deixando um selinho no canto dos lábios. Não era a intenção de Toga querer mais daquilo, porém queria vencer a prova. — E aí vamos ou não?
June alisou a coxa direita da loira antes de pegar a faca da mão dela e sorriu sentindo a pele da mesma arrepiada.
— Uma face de serra de cozinha então é pra lá que devemos ir. — Sussurrou se afastando e na cabeça de Toga aquilo estava cada vez mais interessante...
Do outro lado da cidade mais precisamente na mansão Mirai adentrava o escritório do pai sorrindo pelo mesmo não está acompanhado:
— Atrapalho? — Perguntou incerta.
— Jamais My baby.
— Preciso de armamento pesado, ao que parece a liga está falida... De novo — Revirou os olhos.
— Essa péssima gestão ainda vai te comprometer. — Ironizou. — Vejamos — desbloqueou o tablet que fica sobre a mesa. — Consigo nove semiautomáticas e dois IMBEL 5,56. Tive que dispersar meus estoque devido aos últimos acontecimentos, parece que sou a fonte de dinheiro do desgraçado do Overhaul. — A garota revirou os olhos, achando tão suposição um absurdo.
— Olha o governo é muito burro, não é a toa que nunca conseguiram prender o all for one.
— Não diria que são burros, pare para pensar Mirai, se eles tem um culpado ao qual congelar os bens cadê o dinheiro da famosa Yakuza? — Puxou de dentro dos bolsos um charuto, o cortando e acendendo.
— Nos cofres públicos! — A garota relaxou na cadeira enquanto o pai enchia um copo d'água para lhe entregar. — Se bem que...
— Quê?
— Fui eu que fiz todo a finança de Overhaul nesses últimos meses e sei exatamente que todo o dinheiro que foi declarado ali foi devidamente lavado, foram cerca de quatro milhões da última vez que tive a chance de tocar nos papéis e olha que não tínhamos tudo isso nem com as empresas fantasmas, mas era de se esperar que Overhaul tivesse um Ás na manga, trabalhando diretamente com o inimigo e se expondo tão formalmente. Então se é assim papi o dinheiro da Yakuza não está com o governo e sim muito bem guardado, o que o governo tomou foram as notas frias que eu lavei. — Bebeu a água tranquilamente.
— E o que você acha que farão com esse dinheiro?
— Vão tentar torná-lo viável e tenho certeza de que usaram em negociações, afinal Musutafu ainda é uma potência devido ao All Might, agora falando sobre as armas que você separou, pode ter certeza que serão o suficiente e darei um jeito de aumentar as suas contas, basta me colocar na maior e melhor exposição da cidade.
Hikai sorriu tragando o charuto mais uma vez e pela obstinação da filha tinha absoluta certeza de que esse roubo valeria a pena...
Enquanto isso no esconderijo da liga, dentro do quarto do líder tudo ocorria tranquilamente. Shigaraki estava mais calmo, limpou a bagunça dos cacos de azulejo e se deitou na cama com a garrafa de whisky barato, logo no primeiro gole sentiu o amargor e fez a pior careta do mundo.
— Essa porcaria é muito ruim, como o Twice bebe isso. —Não era um entusiasta de bebias para se recordar que o companheiro de vilania bebia cervejas e vodka ao invés de whisky quente e vagabundo, mesmo assim virou a garrafa no gargalo e respirou profundamente imaginando que teria o tal descanso que havia planejado. A mente traiçoeira ainda insistia em focar no sorriso da lilás e em todos os bons momentos que passaram juntos, mas aos poucos o álcool que consumiu somado as noites de insônia fizeram um bom trabalho e não demorou a adormecer.
...
De volta ao escape room June e Toga foram trancadas em um quartinho de limpeza ativando a porta de metal, aquilo ainda era uma aposta e todos estavam jogando sujo e óbvio que poderia tentar quebrar a porta na base do soco, mas se não conseguisse ficaria cansada e se tornaria um peso para a loira.
— Porra... Eu vou te matar mascarado! Quando te encontrar vou afiar minhas garras no seu peito macio e me deliciar com sua dor! — Berrou ouvindo uma risada.
— Tenta a sorte idiota! Gostosa! — Twice sussurrou se afastando e dentro do quarto Toga continuava apoiada na parede brincando com a faca. A vermelha se virou observando o ar despreocupado da loira e sorriu se aproximando.
— Nem pense nisso. — Sentiu a faca ser apontada em direção ao peito e continuou andando.
— É serio que você quer mesmo fazer isso aqui? — Provocou se frustrando no processo, pois Toga baixou a faca, June bufou chateada revirando os olhos. — Sem graça.
— Precisamos sair daqui esqueceu. — Agora a faca voltava para o apoio da coxa e June botou a mente para funcionar e foi a vez de Toga revirar os olhos. — Isso que dá passar metade do jogo concentrada em transar! Me dá o seu celular.
Como uma criança emburrada a vermelha cedeu e a loira ligou a lanterna, depois pegou o próprio celular entrando no aplicativo do jogo e caçando a bússola.
— Há uma saída em cada um desses cômodos e armadilhas mortais também. — A bússola apontava para baixo indicando o caminho.
— Vamos por cima. —June concluiu deixando a loira confusa. — Quem é que não está raciocinando agora? Se isso é para machucar, matar ou assustar então nada é o que parece, logo a saída é por cima!
— Finalmente! — Toga concluiu provocando.
— Nem vem, quem achou a faca fui eu! — June.
— Com a minha dica de que estava no quarto. — Toga.
— OK senhorita sabe tudo, se prepara pra subir. — Desconversou deixando a loira incrédula. — Sou mais pesada que você então monta no meu ombro e procura algum dispositivo no teto! — Concluiu.
— Se der errado eu morro.
—Se o chão abrir também, pelo menos meu corpo é resistente o suficiente pra te proteger por baixo e por cima qualquer coisa é só você se esquivar donzelinha. — Desafiou a loira que apenas pegou a faca observando o sorriso malicioso. — Agora sobe. — Cruzou os dedos dando suporte aos quais foram recusados. Toga se apoiou na parede colocando o peso nas prateleiras que pareciam ranger e sem perceber uma lança saiu do segundo apoio sendo pega pela vermelha. — Pisa logo no meu ombro! — Revirou os olhos.
Apesar de não querer dar o braço a torcer aquela era uma excelente ideia, se esgueirando posicionou os pés sobre os ombros da vermelha que apenas olhou para cima descaradamente, agora utilizando o celular para iluminar.
— Preta e transparente, boa escolha.— Ironizou quase tendo o rosto chutado.
— Combina com o meu porta facas. — tateou o teto até encontrar algo, notando um leve desnível.
— Provavelmente o sutiã é de coelhinhos assassinos. — Riu.
— Você errou agora presta atenção e talvez você veja mais tarde. — Ok aquilo deixou a vermelha em alerta, se tinha uma coisa que gostava eram de seios, fossem grandes, medianos, pequenos, gordos, magros, de homem, mulher etc. Sendo seios da pessoa por quem nutria interesse sexual já estava de bom tamanho, porém Toga nunca caia nas suas tentativas de a irritar desde que começaram esse jogo, então preferiu se calar e observar tendo em mente que inverteria o quadro da situação.
Na garagem do room um grupo inusitado também participava do desafio e sem saber aquela brincadeira estava para se tornar muito mais perigosa.
Mirai estava no galpão testando as travas das armas e observando Fabricador, Skell e Balaor sorrirem enquanto se aproximava.
— Quanto tempo princesinha. — Balaor comentou recebendo um abraço.
— Verdade, parece que fazem anos que não trabalhamos juntos. — Olhou para Skell e Fabricador os cumprimentando.
— Beleza qual é o plano? — A voz de Skell quebrou o clima, sempre apressado e focado no trabalho, fazendo com que a garota sorrisse.
— Vamos pegar um certo dinheiro de volta e dessa vez fabricador, faça notas mais vagabundas do que papel higiênico de segunda, só mantenha o peso. — Piscou deixando a todos atordoados. — Bom o plano é o seguinte...
O room escape estava lotado, Dabi e Elena partiram para o quarto sabendo que poderiam ser pegos a qualquer momento e isso tornava o clímax mais excitante enquanto a esverdeada quicava sobre o colo do moreno, vozes foram ouvidas no corredor enquanto ela tentava abafar os próprios gemidos.
— Nunca mais escutaremos o Mineta! Ele disse que as garotas ficariam com medo e agarrariam nossos braços e elas nem entraram. — A voz desconhecida fez com que Dabi travasse o quadril alheio.
— Não é nada másculo choramingar de medo por estar nesse brinquedo. Relaxa cara depois que sairmos daqui podemos ir a lanchonete com as meninas — Outra voz soou.
— VOCÊ QUE É UM IMBECIL POR TER ESCUTADO AQUELE MERDINHA! AGORA CONTINUA ANDANDO QUE ESSE LUGAR ESTÁ ME DEIXANDO PUTO! — A voz estridente fez com que Dabi sorrisse forçando Elena a parar de quicar.
— Se acalma boneca, do contrário vou acabar perdendo meu controle com você. — Ela sorriu levando a destra dele até os lábios sugando o indicador.
— Que tal me foder de verdade hein Dabi? Um lugar inusitado merece uma foda tão louca quanto.
Dabi queria escutar o que estava acontecendo lá fora? Ah se queria, mas tocou o dane-se no momento em que se lembrou que teria o dia inteiro para se vingar de qualquer um que atravessasse seu caminho e sem pensar muito resolveu atender ao pedido da famigerada "namorada".
Toga finalmente havia destravado o teto abrindo o caminho e observou como tudo estava escuro, ligou a lanterna dando de cara com algo escuro e sem pensar duas vezes pegou a faca passando pelo local e ao se dar conta de que estava vazio subiu, estendendo a mão para June ao adentrar o local notou uma enorme quantidade de tecido.
— Onde estamos? — Sussurrou
— E que barulhos são esses? — Toga perguntou.
— Parecem gemidos... — Sem esperar muito a vermelha abriu a porta dando de cara com um espaço bem amplo. — Ah puta que pariu... — Explanou pouco se importando com a cena e empurrando Toga pra dentro do armário, fechando a porta travando-a com a lança.
Na Sala Twice e Compress aos poucos se cansavam e por um milagre decidiram se sentar no sofá.
— Somos a melhor dupla. A pior! — Twice suspirou.
— Não fique assim Twice quando sairmos daqui, vamos parar em algum lugar para comer. —Mr.Compress tentou animar o companheiro de equipe.
— Eu quero beber! Aquela amiguinha desgraçada da Mirai roubou minha vez! Cretina! — Pirraçou e Compress riu de leve, se levantando.
— É meu amigo creio que esse posto jamais será seu. — Seguiu pelo corredor em direção a garagem. — Me ajude a empurrar isso. — Apontou para uma velha estante cheia de quinquilharias e com cuidado para não serem pegos por mais armadilhas tiraram-na do lugar dando de cara com uma parede de cimento.
— Onde vamos Compress?
O castanho sorriu utilizando sua individualidade para abrir caminho deixando um bom espaço na parede.
— Essa é a única parede que notei ser oca, vamos esperá-los naquele bar ou você quer continuar perdendo? — Apesar de querer seguir a loira, Twice se deu por vencido. Os ombros chegavam a estar levemente arqueados para frente demonstrando um pouco da frustração que corroía a mente, nada que uma cerveja não pudesse resolver.
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Notas finais: Dividi em duas partes, pois além de enorme o capítulo poderia ficar confuso e corrido
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