Cap.4 Esmero
Notas iniciais: E vamos para mais um cap meio tóxico pelo menos no início, sério não deixe ninguém te tratar dessa forma;
Cap. Pré-revisado.
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Capítulo 4 - Esmero
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A dupla esquisita andava pela rua enquanto Mirai adorava o fato dos últimos raios de sol tocarem sua pele totalmente coberta, Shigaraki ia um pouco atrás andando com as mãos no bolso, às vezes desviava o olhar para o quadril e não deixava de pensar que a garota estava certa quando afirmou que gostava daquele balanço tão natural.
— Shigui vamos entrar nesse aqui. — Ele revirou os olhos.
— Não me chame por esse apelido ridículo. — Desdenhou.
— Ok senhor azedo. Você vai querer alguma coisa? — Mirai se aproximou dele sorrindo, estranhamente preferiu quando ela estava distante ou chateada. Aquela demonstração de bondade lhe incomodava profundamente, mesmo tendo plena consciência de que aquele era seu trejeito. — Shigui estou falando com você. — Passou a mão sobre o moletom despertando-o e teve o pulso segurado com firmeza, soube no mesmo momento que a individualidade dele estava ativada e revirou os olhos. — Não seja tão idiota.
— Não quero nada, apenas compre logo o que quer não vou entrar nessa merda. — Se estressou.
— Depois o Twice que é bipolar, se não vai entrar veio pra que? — Mirai se afastou e sorriu levantando a destra. — A propósito peguei sua carteira. — Nem esperou pela resposta apenas entrou no mercado indo direto para sessão de doces, depois para a de bebidas onde pegou um engradado de coca e a vodka de Twice, seguiu para a sessão de frutas e catou várias, depois passou pelos congelados e pegou mais de um pote de sorvete, além de uns frappucinos prontos antes de finalmente ir para o caixa, a moça responsável pelo caixa passou todos os itens exceto a vodka.
— Desculpe, mas precisarei ver sua identidade. — Mirai ergueu uma das sobrancelha. Não queria chamar atenção e por esse motivo ativou a individualidade, sorriu ao olhar para a funcionária do mercado.
— Não precisa não.
— Claro que... — Mirai intensificou. — Realmente não preciso. — Passou a vodka, a lilás observou os diversos pacotes de cigarro presos no fundo do caixa, mesmo que Dabi não houvesse pedido nada, sentiu vontade de levar algo para ele.
— Adiciona uma caixinha daqueles cigarros ali, a preta por favor, aquele hidratante labial e uma pacote de camisinhas também — Pediu. No fim gastou mais de 100 naquela ida, quando saiu carregando uma bolsa de plástico e outra de papel a frente do rosto nem se deu conta de procurar pelo azulado até dar de cara em algo.
— Você comprou o mercado todo! — Tomura puxou uma das sacolas da mão dela, tornando assim mais fácil de carregar.
— Não. Só comprei uma coisinha pra cada um, mesmo que você e Dabi não tenham pedido nada sou uma pessoa benevolente. — Imitou a frase favorita de Tomura quando estavam juntos e enquanto se gabava os olhos vermelhos vislumbraram o que tinha na sacola, logo de cara se deparou com cigarros e um pacote preto e o pegou.
— Isso aqui seria pra quem? — A voz estava um pouco rouca e o rosto dela ficou vermelho. — Mirai-Mirai, se você sair da linha eu mudo de ideia e mato você. — Cuspiu as palavras como se não fossem nada.
— Shigui você está com ciúmes? Acha mesmo que tem controle sobre mim? — Continuaram andando em direção ao esconderijo.
— Você faz parte dos meus planos e...
— Sou sua propriedade, seu presente e blá-blá-blá. Você é um idiota sabia?
O pior de tudo é que quando descobrem com quem eu ando, se te conhecem se afastam naturalmente. — Revirou os olhos. — Agora guarda isso, ninguém precisa saber o que tem nas nossas sacolas.
— Você ainda não me respondeu, pra quem são as camisinhas? — Sussurrou sentindo o pescoço coçar.
— Olha não começa com o desespero se não vai desintegrar a sacola! — Antes de adentrarem o esconderijo ela pegou o pacote guardando-o no bolso largaram as compras no balcão e Mirai subiu as escadas correndo, Shigaraki respirou fundo tentando se acalmar cada pisada na escada era uma estremecida em seu corpo, ao adentrar o próprio quarto deu de cara com a garota procurando por roupas dentro do armário, tirou de lá um vestido preto com um material parecido com latex além de saltos.
— Aonde você pensa que vai? — Reclamou.
— Primeiro tomar um banho, meu último foi antes de você marcar a minha bunda e mais tarde a boate. — Piscou, ele se aproximou e tocou a peça desintegrando-a por completo. — Você tem ideia de quanto custou esse vestido?
— Antes a peça do que você. E sei que pagou com dinheiro da liga. — Cruzou os braços.
— Que se não fosse por mim vocês seriam uns duros! — Mirai bufou antes de puxar a toalha do cabide e saiu do quarto batendo a porta com força. Shigaraki revirou os olhos antes de mexer no armário que passou a compartilhar com ela, puxou o cabideiro para o lado dando de cara com um vestido idêntico ao que destruiu apenas a cor era diferente e sorriu bobo.
"Como ela é dramática quando quer."
Mirai tomou um bom banho de espuma, vestiu um shortinho preto curto que deixava parta das bandas de fora e uma regata branca colada que evidenciava os seios, mas quem liga? Iria ter que ficar nua de qualquer forma para entrar no vestido, fez um coque frouxo nos cabelos e desceu as escadas até a sala onde pegou o pacote de cigarro, colocou os frappucinos e um dos potes de sorvete no freezer e ficou com o outro, puxou o celular do bolso que nunca se afastava olhou as horas e subiu as escadas novamente dessa vez virou a esquerda e caminhou até a porta com símbolos de fique fora, bateu duas vezes e esperou até que o vilão das chamas azuis abrisse a porta.
Dabi estava descamisado e Mirai não conseguiu evitar, mordeu o canto direito da boca.
— Perdeu alguma coisa princesa? — Mesmo com as palavras de Dabi, ela continuou olhando o corpo exposto, sua mente meio insã praticamente gritou: "Queria perder tudo que tenho direito."
Ao invés disso respondeu:
— Infelizmente não perdi nada, apenas vim te entregar isso. — Mostrou o pacote de cigarros.
— Mentolado hein. — Pegou o pacote das mãos dela. — O que te faz pensar que gosto desse?
— Você fumou do meu lado várias vezes gatinho. — Dabi sorriu com a pequena provocação.— Bom vou indo. — Deixou o olhar felino de lado e ao virar o moreno vislumbrou o corpo, fixou os olhos no quadril dela, passou a mão nos lábios imaginando que tipo de diversão poderia ter com a garota, já que visivelmente curtia um sexo bruto devido as marcas no traseiro, por fim revirou os olhos e fechou a porta a vontade de convidá-la para entrar era enorme.
Mirai adentrou o quarto deveras silencioso, abriu o pote de sorvete e sentou na cama estava louca por um docinho e a liga andava muito tensa para saírem e aproveitar a noite como costumavam fazer há alguns meses, fechou os olhos tentando se aquietar. Para uma garota de quase 18 anos estava fora de controle além de ter uma vida completamente desregulada sentia uma atração inexplicável pelo moreno das chamas azuis além do coração bater duas vezes mais rápido quando se tratava de Shigaraki e tudo piorava quando a raiva que sentia pelo mesmo se misturava se transformando numa grande bola de neve.
Mirai tomou meio pote de sorvete quando a porta do quarto foi aberta, por ela o azulado em trajes pretos passou secando os fios de cabelo.
— Finalmente tomou um banho! Você quer? — Ofereceu.
— Isso é melado demais. — Ela revirou os olhos e voltou a lamber a colher, Shigaraki apreciou a cena antes de se aproximar decidido do que faria, Mirai deixou o pote no chão enquanto o azulado puxou-a pela mão o coração acelerou ao sentir o toque áspero pelo pescoço, os dedos se fecharam de leve e agora a olhava de cima, a respiração estava tão próxima que não conseguiu evitar mordendo os lábios com força.
— Pra quem são as camisinhas? — O aperto antes suave tornou-se um pouco mais rude, a mão de Mirai gentilmente alisou o peito masculino, ela se atreveu mais um pouco subindo a mão e tocando o pescoço usou o local com a ponta dos dedos provando a textura da pele, se arriscou mais e subiu a mão tocando o maxilar, notou o aperto suavizar totalmente. Ainda olhando nos olhos dele Mirai guiou a mão do pescoço para a cintura levantando levemente a blusa para que ele sentisse a pele macia depois envolveu os braços no pescoço masculino pressionando os seios contra o tórax dele, soprou gelado antes dedilhar os lábios em mais uma carícia mínima.
Aquela era primeira vez que conseguia tocá-lo da forma como queria, Shigaraki continuou imóvel e Mirai resolveu aproveitar um pouco mais, elevou a destra e com dois dedos semi-curvados distribuindo carícias pela bochecha os olhos de Shigaraki brilharam.
Aquilo era carinho? Como podia ser tão... Insuportavelmente bom de recordar?
A individualidade aos poucos cessou como se o corpo se acalmasse os dedos de Mirai foram em direção a nuca e com as unhas distribuiu arranhões leves provocando em Shigaraki mais uma reação, estava louca para tomar os lábios dele e torcia para que ele sentisse o mesmo.
— O que pensa que está fazendo Mirai? — Os olhos de Tomura emitiam um brilho único um misto de desejo e excitação, tudo isso contrapondo ao seu lado rude que insistia em dizer que aquilo não passava de uma tentativa de manipulação, porém quando a lilás desviou o olhar soube na hora que não era essa a intenção.
— Eu... Não ia fazer nada. — Sussurrou, sentindo a mão quente em sua cintura e sorriu, um sorriso amável que nunca demonstrou antes. — Você pode fazer também, se quiser é claro. — As bochechas avermelharam.
— A que se refere? — O tom de voz de Tomura era denso e tomando mais uma iniciativa Mirai tocou a mão dele e alisou na altura de seus rins, era um carinho mínimo e muito confortável segundo ela, para ele aquilo soou como um estalo: que tipo de mentoria era aquela? Pra que ele usaria isso? Para nada! Mesmo que o toque de Mirai sobre sua pele fosse cálido e único.
— Sabe Shigui, você não precisa ser rude comigo pode tentar ser agradável. — Ele continuou em silêncio, Mirai aos poucos tirou a mão de cima da dele e voltou distribuir carícias pelo rosto dessa vez planejou enlaçar os fios azuis, mas acabou sendo impedida a outra mão de Tomura segurou-a pela cintura a afastando.
— Não tente me manipular mulher. — Sussurrou, ela revirou os olhos ao senti-lo se afastar.
— Não estou, apenas deixei-me levar pelo momento. — Mirai se virou e recolheu o pote de sorvete, Tomura não deixou de analisá-la se perdendo no quadril e nas polpas a mostra se estava tentando provocá-lo talvez obtivesse sucesso, a garota não percebeu os olhares indevidos e seguiu escada abaixo guardou o sorvete e retornou para o quarto. Shigaraki estava deitado olhando o que pareciam ser plantas de um edifício, não se atreveu a perguntar sobre apenas seguiu até o armário e se despiu estava acostumada a ser vista por ele, não o corpo inteiro e sim as costas nuas. Tirou o sutiã e o azulado baixou as plantas delicadamente.
— Onde você pensa que vai Mirai? — A garota fingiu não ouvir e se pôs a vestir a peça de látex vermelho, o vestido em questão tinha sido escolhido por Toga e era um espetáculo, mesmo que exprimisse os seios e evidenciasse demais o quadril.
— A Red Velvet. Você quer ir? — Soltou os cabelos e aplicou um batom.
— Quem disse que eu deixei você ir? — Tomura sorriu com raiva e ela se aproximou de forma ladina.
— Você não manda em mim Shigui quando voltar pode me castigar se quiser, mas eu vou rebolar muito hoje. — Piscou. Mirai era a verdadeira tormenta em sua vida de vilanismo, trazia consigo uma alegria que Tomura não compreendia e pela primeira vez não pensou em retrucar, tinha mais planos e com o que se concentrar.
...
A garota dava risadas descontraídas sentada na banqueta. Em duas horas no estabelecimento havia feito "amizade" com o barman e a cada momento livre ele vinha jogar conversa fora, em pouco tempo havia descoberto que Peter possuía a individualidade de abrir qualquer coisa e pertencia a uma família de ladrões, Mirai não negou que adorou saber disso até tentou convencê-lo de participar de um roubo com ela, mas ao mostrar a tornozeleira na perna desviou o olhar.
— É uma pena. — Sussurrou, ele sorriu envergonhado.
— Você gosta de se divertir. Volto logo. — Se afastou para atender os cliente e ela nem notou quando um homem em roupas sociais visivelmente de segunda se aproximou.
— Um whisky duplo pra mim e um Martini para a dama. — O olhar ia de cima abaixo se fixando nos seios pressionados pelo tecido, já Mirai fixou o olhar esfumaçado no sorriso claramente lascivo e quando Peter trouxe as bebidas se fez de desentendida.
— Agradeço, mas não gosto de Martini. — Mentiu, nunca tinha provado.
— E do que uma gata como você gosta? — Ela revirou os olhos, o elogio era no mínimo sem graça quando verbalizado pelos lábios errados. Piscou para o barman e pediu uma gin tônica que foi entregue na hora.
— No momento o que gosto não deve lhe interessar. — E assim se afastou subindo as escadas para o segundo piso, onde se acabaria na pista.
No esconderijo Shigaraki havia revisado as plantas duas vezes mesmo que não fosse necessário, respirou lentamente antes de descer as escadas em busca do tal presente que Mirai tanto falou e não ligou com a movimentação do local, era completamente normal os vilões estarem acordados.
Toga estava largada sobre o urso devorando o restante do sorvete que a lilás deixou no pote colocando as balas azedas por cima, Twice bebia a vodka acompanhado por Kurogiri, já Dabi fumava o cigarro que ganhou. O azulado se curvou procurando o frappuccino na geladeira e não se surpreendeu quando viu os copos escritos em vermelho glitter Shigui <3
"Ela só pode estar querendo me irritar." — Pensou, mesmo assim pegou um dos copos e seguiu para a bancada.
— Você vai para boate? — Toga perguntou ao moreno.
— Desde quando isso te interessa? — Dabi soltou a fumaça calmamente.
— Não seja um grosso! Seja um babaca! — Twice riu antes de voltar a beber.
— Se encontrar a Mi tira um foto pra mim? Aposto que ela está usando a roupa que escolhi. — Riu com malícia despertando a curiosidade do moreno. — Aquele vestido não da pra esconder nada, mas é divertido ver os idiotas atrás dela achando que a mesma é indefesa, então ela aceitou o meu desafio de usar um vestido que provavelmente colocaria aquela bunda em evidência. —Se gabou e Twice sentiu a bebida queimar as narinas enquanto ria maniacamente e se repreendia no processo.
— Não irei tirar foto alguma e vai por mim um vestido não vai impedi-la de fazer nada. — Dabi sorriu de lado se recordando da última vez que a viu dançando. Shigaraki que até então estava calmo desintegrou o copo da bebida sem ter sequer terminado, sem dizer uma palavra saiu da sala e se vestiu, as mãos já estavam por todo o lugar.
— Kurogiri, vamos dar uma volta...
Na boate Mirai se encontrava suada, dançou tanto que os pés doíam em agradecimento. Aquela era a única forma que conhecia para extravasar seus problemas além do tradicional clube clandestino de lutas e o estande de tiros e no momento queria se livrar as sensações dúbias a respeito do azulado, não conseguia lê-lo de forma alguma e para completar ainda tinha a porcaria da combustão que tomava conta de seu corpo quando via Dabi dar ordens, ficar sem camisa ou até mesmo matar alguém. Convivia no meio de dois homens extremamente interessantes e no momento se sentia uma perdida por querer ter os dois só pra si, também expressava confusão em relação as próprias escolhas fossem a respeito das missões, da própria individualidade ou qualquer outro aspecto de convivência. Não conseguia julgar os atos deles como algo ruim mesmo que no fundo a dúvida e o questionamento a respeito das intenções de cada um tentasse provocar a consciência, no fim não sabia como lidar com tudo aquilo e não tinha com quem conversar a respeito e a fuga aos poucos tornava-se a melhor amiga. Sentiu uma mão tocar a cintura quebrando o solilóquio e quando virou deu de cara com o mesmo homem que tentou pagar uma bebida.
— Que tal dançar comigo? — Sussurrou e ela o afastou com um leve empurrão.
— Que tal não encostar em mim? — Piscou antes de voltar a mexer o corpo impiedosamente, o cara não se deu por vencido e chegou perto da garota de novo dessa vez um pouco mais agressivo, ela desviou o olhar antes de pisar no pé dele e desceu as escadas em direção ao bar estava alcoolizada portanto a individualidade não faria efeito.
— Cansou de dançar gatinha? — O barman perguntou.
— Pior que não, dançara mais um pouco, mas tem um pulha no meu pé e já está um saco. Que vontade de socar a cara dele! — Sussurrou pedindo uma água gelada, bebeu o líquido deixando meio dedo no copo apenas para salpicar no corpo suado, agora era só questão de tempo até conseguir utilizar a anulação.
— A vadia cansou? — O cara que antes a incomodava retornou para o bar e ela revirou os olhos. — Ninguém me diz não. — Riu o provocando.
— Por acaso é surdo? Deixa eu soletrar pra você: N-Ã-O. Agora lide com isso ou vá para a casa do caralho. — Se exaltou, não fazia parte de seu cotidiano xingar. O barman percebeu que as coisas estavam para sair dos trilhos e rapidamente apertou o botão debaixo da mesa.
— Senhor precisa se acalmar, não são permitidas agressões e lutas aqui dentro. — Informou. Apesar da Red Velvet ser um local frequentado por muito vilões, existia uma regra clara dentro e fora da boate, brigas não eram toleradas.
— Essa vadia que começou. — Mirai revirou os olhos.
— Vadia é o seu pai seu monte de merda! Não se toca numa mulher sem que ela queira, nojento. — Bebeu mais um copo d'água a sensação de embriaguez se dissipava aos poucos e antes que o homem pudesse vir a falar alguma coisa os seguranças o tiraram da boate. Mirai esperou cerca de 20 minutos, foi o tempo de ir ao toalete se aliviar e pagar os gastos, quando saiu cumprimentou o segurança calmamente e sorrindo seguiu o caminho costumeiro, conseguia andar sem trocar as pernas, tentou ativar a individualidade mas o corpo ressoou de forma negativa, ou seja, ainda havia uma boa quantidade da costumeira embriaguez pairando em sua cabeça.
— Quero ver se é valente assim quando está sozinha. — O homem agora ativava a individualidade, seu corpo parecia de um canivete cheio de pontas e Mirai continuou andando fingindo que não era com ela. — Volta aqui ô vagabunda! — O homem caminhou mais rápido, estava prestes a puxá-la pelo cabelo quando encontrou com o grande nada.
— Eu não faria isso se fosse você. — A voz rouca veio detrás. Shigaraki estava com os braços esticados e mexendo os dedos, óbvio, irritado.
— Não se mete nesse assunto ou vai acabar se machucando.
Shigaraki riu novamente foi então que Mirai se virou, Kurogiri já estava ao lado e o azulado coçou o pescoço.
— Seria interessante vê-lo tentar. — O homem desconhecido sentiu peito inflar, primeiro fora recusado por uma vadia em sua percepção e agora um magrelo lhe desafiava. Sorriu enquanto virava para Shigaraki de uma forma ou de outra iria extravasar a raiva, partiu para cima do azulado com tudo na intenção de lhe cravar um soco, mas aquela luta acabou antes mesmo de concluir seus pensamentos. Com uma mão fora completamente aniquilado e os olhos esfumaçados de Mirai brilharam diversas vezes. — Apenas um monte de lixo desnecessário.
Ela não esperou que o mesmo desativasse a individualidade e não pensou duas vezes em correr até ele e enlaçar o pescoço.
— Shigui você foi maravilhoso! — Apesar da mão no rosto ela ainda olhava em seu olho direito, o mesmo desativou a individualidade pousando a destra na cintura e Kurogiri desviou o olhar constrangido.
— Quando voltarmos vou desintegrar esse vestido todinho. — Havia raiva em seu tom de voz, mas aquilo não a abalou, pelo contrário acelerou o coração e fez com que as maçãs do rosto corassem e não era por conta do álcool. Olhando nos olhos dele ela mordeu o canto do lábio inferior.
— Não sairia fácil mesmo.
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Notas finais: O vestido preto da imagem é pra cês terem uma noção, foi isso que a Mirai usou.
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