Cap.33 Literalmente Quebrada-2

Alerta: Desequilíbrio emocional leve, fuga de problemas emocionais.

Tive que dividir em duas partes para não ficar confuso; há um soft hot no capítulo se não gostar desse tipo de conteúdo pule. 

Boa leitura.

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Literalmente quebrada-2

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Na mansão o clima não podia ser pior, Toga havia ido embora enquanto Hikai e Sato discutiam a respeito do que fazer com as informações sobre Marawani, e June sentia a raiva lhe consumir ao ponto de bater com os punhos na mesa quebrando a madeira.

— PORRA! VOCÊS ESTÃO BRINCANDO COMIGO? DESDE QUANDO VIRARAM UNS CUZÕES? — Esbravejou conseguindo os calar. — Mirai deve estar uma bagunça e vocês deveriam gastar o seu precioso tempo procurando por ela e não discutindo sobre o desgraçado que fez isso.

Hikai Tragou o charuto perdendo a conta de quantos fumou, afinal sua garotinha estava lá fora pensando o pior de si e sim, até pensou em ir atrás dela, mas sabia que não funcionaria. Não quando a cabeça de Mirai fervilhava com ideias cada vez piores.

— Se acalme Hellbaby — Soltou a fumaça lentamente. — Mirai precisa de ações, da forma como saiu daqui se fossemos atrás dela não daria em nada. Minha filha precisa sentir que fiz a justiça, só assim para acreditar que eu jamais a usei, no fim ações valem mais do que palavras.

O portal inferior novamente voltou a beber e June revirou os olhos encarando Sato que no momento preparava um drink sentindo as costas queimar.

— Não me olhe assim, não faço a menor ideia de onde ela está.

June ficou ainda mais frustrada: —  E ainda se julgam protetores, como não fazem a menor ideia de onde ela foi?

Uma parte da sala escureceu e dessa vez o azulado trajava o "costumeiro" uniforme, seus cabelos estavam bagunçados conforme ele se aproximava, dessa vez sozinho.

— Cadê a diaba?

Sato revirou os olhos detestava esse tipo de tratamento para a segundo ele 'sua' garota.

— Não faço ideia, Mirai não é nossa prisioneira. — Sato ironizou e pela primeira vez naquela noite Shigaraki riu adorava tal ironia.

— São realmente inúteis. — Parte da sala escureceu.

— Espera garoto ela não disse onde ia, o que te faz achar que a conhece melhor do que a própria família? — Ele não se importou em responder apenas desapareceu deixando para trás um Sato extremamente revoltado e um pai cada vez mais confuso sobre a própria filha.

...


Shigaraki estava no quarto sentado na cama segurando o controle de vídeo game seus pensamentos iam de como estava satisfeito pelo caos que causou ao fato de que Mirai ignorou mais uma ordem.

— Então Tomura, onde ela está? — A voz de Kurogiri invadiu o local conforme o azulado ligava o vídeo game.

— Quero que visite dois lugares e procure por ela. — Kurogiri assentiu enquanto Shigaraki jogava, sumindo novamente no silêncio, tais momentos em seu íntimo eram tão raros, a vontade de destruir tudo parecia adormecida por alguns segundos enquanto se concentrava em passar de fase.
O quarto escureceu mais uma vez.

—  Nenhum sinal da senhorita. — Informou, Shigaraki terminou a fase tirou as peças extras e pôs um casaco com capuz.

— Vamos dar uma volta Kurogiri, aquela diaba é previsível demais.

.
..
...


No segundo andar da boate a garota já estava sem o sobretudo havia retornado ao bar e deixado na parte detrás do balcão com Peter e agora na pista dançava de maneira sexy sem se preocupar a melodia ajudava e muito: love, sexy and Magic tocava e com o passar do tempo ou a temperatura subindo devido ao alto teor alcoólico as pessoas pareciam desesperadas para se apertar eram poucas as que estavam com o mesmo efeito da lilás, bêbadas, sozinhas e visivelmente infelizes.

Yeah! Soou alto e a garota soube que precisava parar, sentia o corpo todo girar e foi uma dificuldade dos infernos se arrastar pelas paredes para se escorar, desceu as escadas com cuidado e incerteza.

"Que merda para de girar." — Reclamou mentalmente.

Quando alcançou o primeiro andar indo em direção ao bar trombou com um corpo largo, uns braços tão fortes que pareciam desproporcionais, não que o restante do corpo não fosse musculoso, mas claramente parecia um detona half bombado. Seus fios castanhos medianos e o sorriso largo contrastavam com a bela face comum.

— Foi mal. — Ela respondeu.

— Sem problemas, só toma uma água pirralha antes que caia no chão. — Ele riu e como se um estalo ecoasse em sua mente recordou do preceito com quem mais conversava, mas ao olhar para trás percebeu que o castanho tinha sumido.

Balançando a cabeça e se arrependendo no processo pela embriaguez recorrente cambaleou até o balcão sorrindo encontrando com Peter.

— O meu sobretudo gatinho. — Se debruçou no bar.

— Você não está condições de ir embora.

— E sempre chego em casa, relaxa.

Mesmo a contragosto entregou a peça, ela mandou um beijinho fazendo-o sorrir. Peter gostava da companhia, uma garota divertida e simples e olhando nos orbes embebidos pelo álcool soube que a garota passava por algo tremendamente ruim. Mirai continuou trocou as pernas até a saída onde encontrou Yushiro o  segurança que sempre a deixava entrar em troca de algo, dessa vez foi dinheiro.

— Quer que chame um táxi?

— Não. Vou tropeçando pelo caminho — sorriu se despedindo, caminhou tranquilamente até a primeira esquerda e ao virar foi surpreendida com o corpo sendo prensado na parede, o coração acelerou mas ao sentir o pescoço ser apertado e a voz rouca no ouvido as batidas perderam o ritmo.

— Gostei do que vi diaba. Se divertiu bastante agora vamos embora! — Se afastou, os orbes esfumaçados o olharam de cima a baixo antes de continuar cambaleando fingindo não se importar com a ordem e ele bem, procurou não mata-la, visto que estava praticamente bêbada. — Mirai... — Chamou de maneira séria e ela inclinou a cabeça.

— Me deixa em paz Shigaraki, você é igual a todos os outros! — Continuou caminhando.

Ele bufou estressado antes de se aproximar e puxá-la em direção ao próprio peito, tomando-a nos braços a força, a garota não disse uma palavra enquanto Kurogiri abria o portal.

Agora na cama continuava encolhida sem olhar nos olhos dele, Shigaraki se deitou ao lado com os braços para trás sentindo que ela estava chorando de maneira silenciosa.
Ele não sabia o que fazer, não tinha a menor ideia de como consola-la, porém odiava tal situação. Um ódio diferente do habitual, a destra devidamente enluvada foi até a cintura pousando ali ao poucos notou o corpo se acalmar e virar para o peitoral masculino enterrando o rosto ainda úmido e circulando a cintura e de forma inconstante pousou a destra nos fios o afagando e a ouvindo fungar.

— Você está cheirando a bebida vai tomar um banho hum? — Quebrou o silêncio conversando praticamente sozinho.

— Diaba...

— A bebida foi cara então o cheiro é bom, só me deixa em paz. — Se apertou nos braços dele.

Em outra situação acharia graça.

— A sua família idiota está preocupada. — Tentou, no fundo queria descobrir o motivo de tal comportamento.

— Hoje você está muito falante Shigui, só preciso dormir tá legal? Amanhã voltou a ser a ferramenta perfeita.

E lá estava o motivo ela ainda não tinha esquecido toda aquela besteira de ferramenta, se bem que parecia ter algo mais. Não demorou muito a dormir e Shigaraki teve dificuldades para sair do aperto sendo usado como apoio de perna e braço ouvindo-a sibilar:

Seja um bom namorado ou vou deixar você.


O corpo travou ficando rígido. Olhou para baixo e Mirai dormia feito um bebê e não pode deixar de revirar os olhos constando o óbvio:  

Mirai estava se tornando uma perdida ao estilo da liga, porém o mais inquietante são o peso de suas palavras e os sentimentos dúbios em seu coração.

...


Já passavam das dezoito horas e o não casal permanecia dormindo o azulado foi o primeiro a despertar sentindo câimbra na cintura devido a posição, esfregou os olhos confusos antes olhar para a garota e sorrir, se desfazendo da face sincera em seguida.

— Mirai acorda.

— Shigui fala baixo, minha cabeça está rodando. — Reclamou e ele se aproximou puxou os fios para o lado delicadamente e deixou uma mordida leve na nuca.

— O nome disso é ressaca agora levanta essa bunda da cama que temos mais o que fazer. — E assim seguiu para o banheiro, a garota demorou para sentar e depois se arrastou para fora do quarto esfregando o rosto foi até o terceiro andar onde adentrou o banheiro fez suas higienes com a banheira cheia se afundou sentindo o corpo todo relaxar.

— Queria dormir, mas sabia que deveria se recompor e já era um milagre não ter vomitado depois de beber tanto, provavelmente isso não aconteceu por não ter misturado. Após se banhar permaneceu ali, precisava reorganizar os pensamentos além das próprias finanças do contrário seria tudo em vão e enquanto brincava com as poucas bolhas de sabão que restavam não percebeu a sombra no arco da porta.

— Vai passar o dia na água diaba? Te trouxe isso. — Na destra havia uma toalha escura. — E isso — Tirou do bolso uma peça íntima minúscula na cor vermelha e rodou entre os dedos e ela balançou a cabeça.

Desde quando Shigaraki Tomura era tão.... Afetivo? Será que disse ou fez algo para que isso acontecesse?

Se perguntando mentalmente saiu da banheira pouco se importando com a nudez, caminhou até ele e enxugou o rosto sentindo o corpo queimar pelo olhar intenso. Em sua mente Shigaraki poderia devorá-la ali mesmo, encostou o corpo molhado no dele e envolveu o pescoço com gosto.

— Shigui você é um pervertido, mexendo na minha gaveta desse jeito. — Ironizou e sentiu a porta atrás de si ser fechada, bingo! Ele caia com facilidade nas tentações, pelo menos é isso que pensa. A destra de Tomura percorreu a cintura úmida apertando e por fim deixou um tapa forte na bunda.

— Não temos tempo pra isso Mirai — Sentiu a garota ficar na ponta dos dedos e o beijar, depois os lábios suaves percorreram o queixo e o pescoço deixando selares assim como as mãos entraram pelo moletom alisando o corpo.

— Ontem eu disse alguma coisa que te deixou assim ou você resolveu descomplicar? — A mão de Tomura subiu pela nuca agarrando os fios com força obrigando-a olhá-lo nos olhos.

— Não abuse da minha boa vontade diaba — tomou os lábios num beijo bruto e depois se separou sorrindo de maneira cafajeste por nota-la ainda de olhos fechados. — Agora se veste não gosto que olhem para o que só eu posso ver. — Selou os lábios novamente se afastando.

— E o restante das minhas roupas?

Ele riu.

— O sobretudo está aí pra isso e não adianta trazer algo seu, no fim vai afanar meu armário mesmo. — Saiu do banheiro ouvindo-a praguejar e adorou tal efeito.
Mirai por sua vez continuou confusa a respeito, mas se secou vestiu a calcinha e o sobretudo além de pegar as roupas sujas e voltar para o quarto, onde colocou um short que ficou apertado nas coxas, sutiã e uma blusa preta de manguinhas, o cabelo continuou preso pôs chinelos e desceu para comer encontrando a liga vazia.

— Ué cadê todo mundo?

— Toga resolveu dar uma festa. Provavelmente estão arrumando o galpão, depois que o muscular roubou um fornecimento enorme de bebidas.

Tomou um susto notando Shigaraki sentado na cadeira com o frappuccino em mãos.

— E por que não vamos? — Seguiu até a parte detrás do balcão abriu a geladeira e recolheu algo para comer queria sorvete de morango e água e não estava nem aí que essa seria sua primeira refeição do dia. Pegou o pote assim como bebeu a pequena garrafa inteira e sentou no balcão ao lado de Shigaraki deixando as coxas em paralelo com as mãos dele, na primeira colherada sentiu um certo prazer gustativo percorrer o corpo.

— Temos uma reunião particular hoje. — De esguelha olhou para as coxas e estaria mentindo se não dissesse que desejava se afundar no meio daquelas pernas sentindo o quadril ser apertado por elas. O solilóquio no entanto foi quebrado por uma pergunta nada usual:

— Shigui, acha que eu engordei?

— Mais que merda de pergunta é essa?

— Só responde, ok?

— Um pouco.

Ela o olhou incrédula.

— É por isso que está me olhando tanto né? Estou tão grande assim?

Ele riu, tinha horas que a ingenuidade dela era adorável, num movimento rápido deixou o copo sobre a bancada e puxou-a pela coxas fazendo com que caísse sentada em seu colo prensando o corpo contra a madeira.

—  Tudo o que eu quero fazer com você não envolve um pingo de racionalidade ou bondade da minha parte nem mesmo está relacionado ao seu peso. — Apertou as coxas deixando-a em alerta e ao remexer o quadril sentiu que ele não estava brincando, principalmente por receber uma mordida no pescoço e um aperto por cima do sutiã se dando conta de que nem percebeu a mão adentrar a camiseta, a destra puxou os seios para fora e apertou o bico direito de leve fazendo-a arfar.

— I-isso não responde minha pergunta. — Fechou os olhos tentando se conter.

Novamente sentiu o corpo aquecer.

— Responde sim diaba, não brinque tanto com fogo ou vai se queimar.

Ela envolveu o pescoço masculino com as mãos, chegou pertinho do ouvido mordendo a ponta o arrepiando.

— Se for você a queimar não me importo.

Shigaraki travou o quadril dela com força aquela mulher era um furacão quando queria mesmo que não percebesse e se desse conta de como suas palavras, trejeitos e carinhos mexiam com ele ao ponto de o quebrar, sim, quebrar aquela casca que revestia seus sentimentos há muito tempo adormecidos e para ela tudo se tornava pior pois não conseguia o entender, lutava internamente para não se deixar levar pelos sentimentos fragilizados a respeito de quem amava, no fim misturavam suas dúvidas com aquela bomba emocional fodida que carregavam a respeito do passado, mas os beijos, ah.... Esses carregavam o momento e as emoções que ambos queriam expressar por agora.
Tomura levantou a camisa dela deixando beijos e mordidas no torso expôs os seios se saciando com os dois deixando os bicos durinhos e a mente dela nublada.
Nada melhor do que sexo para esquecer todos os problemas, pelo menos Mirai pensa dessa forma.

— Tira o short e senta pra mim. — Ordenou observando-a se impulsionar e  sentar no balcão, tirou a camisinha do bolso, o short dela foi deixado de lado e a calcinha encarada por tempo demais até que uma mordida leve fosse dada no monte de vênus fazendo-a gemer. Por cima da peça a torturou ouvindo-a choramingar, antes de sentar na cadeira e sorrir por notá-la ainda mais encharcada, expôs o falo e colocou a camisinha, Mirai voltou a se posicionar sobre o colo ele arredou a calcinha para o lado e a observou descer, sentindo o membro ser apertado com vontade, tão bom que o fez jogar a cabeça para trás enquanto ela tencionava os ombros alheios. — Temos que ser rápidos de não quiser que o Kurogiri pegue você quicando, então mexe esse quadril. — Apertou a lateral da cintura.

A posição nem de longe é das melhores já que os pés praticamente não tocam no chão e ainda  rebolava lindamente sobre o colo dele tentando conter os gemidos, era gostoso estar assim e principalmente satisfatório estar no controle, mas não duraria muito. Shigaraki segurou com firmeza no quadril a impulsionando sobre o balcão levantou a camisa alheia empurrando o sutiã para cima e sorriu. Mirai chegou a revirar os olhos com o tranco que levou entre as coxas provavelmente ficaria dolorida, mas por hora estava bom demais para reclamar e ao sentir a língua circular o seio esquerdo sabia que não conseguiria conter a própria voz.

...


Kurogiri encarava a ambos confuso Mirai estava um pouco descabelada enquanto Tomura bebia seu frappuccino como se nada tivesse acontecido, quando olhou para a lilás piscou sorrindo de lado escondendo a intenção com o copo. (A: onde eu compro um desses? Shoppee)

"Desgraçado, gostoso, idiota e muito desgraçado, mas vai ter volta ah se vai."  — A lilás pensou enrubescendo.

— Quando quiserem. — Kurogiri Informou.

— Onde vamos? E preciso calçar um tênis. — Mirai comentou.

— Diaba só calça logo o pé e vamos, verá o que temos que fazer.

A garota deu graças aos céus por ter deixado um par de calçados na sala e após por os tênis Kurogiri abriu o caminho.

— Damas primeiro. — Ela revirou os olhos antes de andar com um pouco de dificuldade até a escuridão. Ele colocou a mão no rosto e se aproximou.

— Está mancando e nem começamos.  — Um tapa foi deixado do lado esquerdo da bunda antes de ambos sumirem.

Os orbes esfumaçados ficaram confusos, desde quando Shigaraki concordaria em trazê-la aqui? O famoso ring da mansão estava diferente, havia uma jaula envolta por energia elétrica e dentro dela um homem acorrentado, a mesma piscou diversas vezes antes de entender o que estava acontecendo, mas quando os olhares se cruzaram soube de imediato que jamais esqueceria. O arrepio subiu pela espinha e sem perceber segurou o pulso de Shigaraki, uma coisa é estar livre e longe das confusões outra é descobrir que o homem que lhe causou tanta dor e sofrimento ainda estava vivo.

— Shigui eu quero ir embora. — Ele arqueou a sobrancelha, esperava que Mirai  se vertesse em ódio e fosse se vingar.

— Babygirl — A voz de Hikai se fez presente. — O que acha que devemos fazer com ele?

Ela ainda estava incrédula, olhou para cima e viu Shigaraki profundamente entediado, já Sato e Hikai esperavam pela aprovação como uma forma de perdão, revirou os olhos antes de sentir o olhar de Tomura fixo em si.

— Mandem-no para o tártaro. — Sussurrou. — Aposto que tem uns colegas de trabalho que ele ferrou louco para revê-lo. — Desviou o olhar e dessa vez foi a mão de Shigaraki a segurar com firmeza na cintura notando a garota tremer de leve lutando para se controlar.

— Vamos embora diaba ainda temos uma festa pra comparecer. — Tais palavras fizeram as batidas aceleradas voltarem ao normal, em sua mente aquela era a forma do azulado lhe oferecer um ponto de fuga, algo ao qual se agarrar deixando tal situação para trás já que claramente se recusava a matar e pensando desse jeito balançou a cabeça se deixando levar.

— Espera Shigui eu preciso trocar de roupa. — A contragosto foi solta e saiu do local seguindo para mansão, pouco de importou com a forma de andar sabendo que provavelmente quando voltassem a se falar tal ato seria comentando. Agora dentro do quarto Mirai revirava os olhos ao estar seminua e caçando um vestido, achou um lilás bem bonito e pouco apertado e principalmente tapado no busto já que o azulado foi bem generoso com as mordidas e chupões.
A porta do quarto foi aberta e a mesma se assustou, mas ao sentir o perfume amadeirado e notar a pele vermelha percebeu de quem se tratava.

— Vai ficar lindo em você. — June vestia um cropped preto e uma calça de couro da mesma cor, os fios estavam presos com duas tranças soltas uma de cada lado do rosto e os lábios tingidos de vinho.

Mirai virou de costas.

— O que faz aqui?

— Vim ver como você está.

—  Ótima, agora já pode ir embora.

June suspirou.

— Mirai sei que está com raiva, mas me perdoe, jamais pensei que...

— Marawani fosse tão longe, que fosse me pegar, me machucar entre outras coisas? Já ouvi esse discurso inúmeras vezes e o quê mais me dói é o fato de vocês minha família não pensar que eu poderia lidar com isso e que precisavam esconder seus planos de mim quando era minha vida que estava em risco! — Desabafou.

A lágrima vertia pela face, havia jurado para si mesma que não pensaria nisso, mas estar ali de frente com uma das pessoas mais importantes de sua vida tornava-se impossível o ato de não chorar. June se encontrava na mesma forma não desejavam machucá-la, pelo contrário a tinha como uma irmã caçula e sempre estava ali para protegê-la e ser afastada tão bruscamente fazia com que seu coração doesse.

— Não tenho palavras para expressar o que você passou e nem mesmo a capacidade de me por no seu lugar. — June suspirou sentindo-se mal pela amiga.

— Você acha que o perdão é assim algo fácil? Traíram a minha confiança e são as pessoas em que eu depositaria minha vida como quer que eu lide com isso?

June suspirou, não tinha mais o que dizer ainda assim tentou:

— Somos sua família Mirai e pessoas com personalidades tão diferentes umas das outras, famílias também erram e saiba que jamais viraremos as costas pra você.

Os ombros da mais nova pesaram era possível sentir o arrependimento na voz embargada da vermelha e movida pelo coração fraco quando se tratava deles a abraçou, um abraço forte carregado de sentimentos que procurava dizer aos quatro cantos daquele quarto que as poucos a mágoa cessaria, que com um tempo diminuiria a sensação e a tristeza até que restasse uma lembrança e o aprendizado através dele. Ao se afastar fungando e limpando o rastro de lágrimas June sorriu.

— Tenho que ir Shigui está com uma paciência absurda mas não quero abusar, pelo menos não agora. — Colocou o vestido e June riu de lado.

—  É claro que ele está leve você estava mancando e tem marcas até na barriga, não sei como funciona o namoro de vocês, mas claramente ele precisa fazer isso com menos ódio.

Mirai balançou a cabeça negando, gostava demais do efeito que Shigaraki provocava em seu pobre corpo.

— E então como estou? — Desviou o olhar e a conversa.

— Linda, mas o chupão na coxa está aparecendo.

— Ok June vai ficar assim mesmo e não é bem ódio que ele usou comigo, vai por mim, estou bem. Agora vou indo antes que o chefe pire.

— Ah ele vai pirar de qualquer jeito.

A lilás preferiu ficar em silêncio, retornando para a arena, mas só de ver o orbe vermelho reluzindo sabia que June tinha razão.

Provavelmente mais um vestido que vai virar pó — Pensou.


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Notas finais: Esse foi o vestido escolhido.



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